Segunda-feira, 14 de Janeiro de 2013

A inclinação natural das coisas

Bem vistas as coisas, como é que Vítor Pereira (o dos árbitros, e não o nosso), poderia deixar de inclinar-se para nomear o João “pode vir o João” Ferreira, para o clássico de ontem?

 

Notem que a pergunta não tem subjacente qualquer segunda intenção. É apenas a mera constatação de um facto, como de seguida se verá, incontornável.

 

A partida teria necessariamente que ser dirigida por um internacional. Mal seria se o não fosse.

 

Neste momento, temos onze juízes que satisfazem esse requisito: Jorge Sousa, Artur Soares Dias e Vasco Santos, do Porto, Carlos Xistra, de Castelo Branco, Olegário Benquerença, de Leiria, Pedro Proença, Duarte Gomes, João Capela e Hugo Miguel, de Lisboa, o dito João, de Setúbal, e Marco Ferreira, da Madeira, que, por mero acaso, até foi o quarto árbitro.

 

De todos estes, Pedro Proença, Olegário, Xistra, Soares Dias, Capela e Hugo Miguel, fazem parte da famosa lista de árbitros que Rui Gomes da Silva constatou com elevada sabedoria, equivocarem-se sempre para o mesmo lado, depreendendo-se que não será o seu.

 

Assim sendo, restariam Jorge Sousa, Vasco Santos, Duarte Gomes, o João e o Marco Ferreira.

 

Sendo recém-promovidos a internacionais, o Vasco Santos e o Marco Ferreira ainda não estão à altura de cavalarias como as dum clássico. Quanto muito, assentar-lhes-ia bem o papel de quartos árbitros, brinde que saiu ao madeirense.

 

O Duarte Gomes esteve na Amoreira, na recente deslocação do seu clube, para a jornada anterior da Liga. Portanto, à partida, de acordo com os critérios da Comissão de Arbitragem, que como sobejamente se viu, só se lhe aplicam muito casuisticamente, estaria arredado deste jogo.

 

Teríamos então o Jorge Sousa e o João “pode vir o João” Ferreira. Faria algum sentido mandar o ex-Super Dragão para este jogo? E quem é que nos apitaria depois na Calimeroláxia? Ou na final da Taça Lucílio Baptista?

 

Obviamente, teria de ser o João “pode vir o João” Ferreira. Nem sei como é que alguém, eu incluído, poderá querer ver alguma malícia por detrás desta nomeação.

 

Se tudo estava preparado ao milímetro para desembocar aqui… Era ele, ou um estrangeiro. Coitado do Vítor Pereira, não são só os treinadores que têm opções limitadas.

 

Naturalmente que sendo ele, seria natural que as coisas se inclinassem um nadinha para um dos lados.

 

Não vi o jogo. Ou melhor, mais coisa, menos coisa, assisti à meia hora final. O online habitual estava ontem uma porcaria, e tive de mudar de stream, sem melhorias significativas. Mas ouvi parte do relato, incluindo os comentários ao intervalo, e hoje já li o “Tribunal d’O Jogo”.

 

Ou seja, presenciei quase em directo a entrada do Maxi Pereira, e tive a oportunidade de escutar ao intervalo, que um dos árbitros auxiliares, que depois fiquei a saber ser António Godinho, revelava uma certa inclinação natural para levantar a bandeirola, quando os nossos rapazes se adiantavam.

 

 

Algo que não se lhe viu, por exemplo, na nossa derrota da época passada em Barcelos, onde não foi acometido deste tique nervoso, e deixou passar em claro o fora-de-jogo que deu origem ao segundo golo do nosso adversário de então.

 

O lance do Matic, não o vi, ou não reparei.

 

Mais do que isto, notei nos derradeiros minutos, um “deixar jogar”, amiudadamente louvado, estranhamente apenas por uma das partes, em que, certamente por lapso, ou “critério largo”, como também se poderá convenientemente designar, ficaram por apontar algumas infracções, curiosamente sempre a favor da parte não louvaminhenta.

 

Salvo erro, uma das quais deu azo ao golo fantasma da Liga, que também, diga-se em abono da verdade, mais não fez do que seguir a sua inclinação natural.

 

O resto, foi apenas a inclinação natural do João “pode vir o João” Ferreira.

 

Quanto aos onzes que entraram em campo, ficou demonstrada a minha falta de inclinação natural para estes coisas. Afinal, parece que o Izmaylov, o Aimar, o Mona Lisa e o Rodrigo, estavam pior do que eu antevira.

 

Do nosso lado, não se esperavam grandes novidades, e o mais natural seria a presença do Defour na equipa, como aconteceu. O Marat ainda entrou, mas não está nem sequer na vizinhança de estar próximo de au point.

 

Do “outro lado”, dois nem se equiparam, e o Aimar, rezam as crónicas, terá entrado tarde de mais. Uma espécie de prémio de consolação para mim…

 

 

Quando desliguei o computador, depois de ouvir as “flash interviews”, a minha esposa tinha a televisão ligada na SIC, onde se estreava o novo programa do João Manzarra, “Vale Tudo”.

 

Não percebi o objectivo da coisa, mas um fulano cujo nome desconheço e a Lucy, ex-senhora Djaló, tentavam interpretar uma pequena cena, num cenário inclinado de tal maneira, que estava praticamente oblíquo.

 

Para quem tinha acabado de assistir aos minutos finais do clássico e à magnífica exibição do João “pode vir o João” Ferreira, olhei para aquilo e pensei de mim, para mim, que o jogo tinha ido a prolongamento.

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