Ontem à noite, perdi 25 minutos da minha vida a ver o “Trio d’Ataque”, coisa que não acontecia há bastante tempo.
Digo “perdi”, porque valha a verdade, não vi nada que não tivesse visto antes. Ou seja, nada de novo, continua a mesma espécie de telenovela, apenas sem a presença do elemento feminino, que ajuda a passar o tempo.
Desisti ao fim de 25 minutos porque a cada intervenção do representante benfiquista no programa, vi-me incapaz de reprimir insultos e de não desatar a praguejar sozinho em voz alta, frente ao televisor. Mudei de canal, mas o que já não me saiu da cabeça foi a pergunta do título.
O João Gobern conseguir vislumbrar a falta que dá origem à expulsão do Haas, e eu, por exemplo, não conseguir, é normal. Noutras ocasiões, também me pareceu ver as coisas de uma forma em directo, e depois, nas repetições tive de engolir a primeira opinião.
Estranho será que, como o Gobern, o árbitro e o árbitro assistente, situados ambos ao nível do terreno de jogo, tenham conseguido descortinar a falta, que depois, na televisão não se vê.
Nesse aspecto até estiveram mais ou menos equiparados aos telespectadores, pois enquanto um lance dum qualquer golo em pretenso fora-de-jogo ou de bola na mão nosso, é repetido à exaustão, neste caso muito poucas repetições tiveram lugar.
Também não me surpreende por aí, além, que o Gobern tenha visto no Haas o último elemento da defensiva bracarense. Na linha recta para a baliza, foi a impressão com que também fiquei.
Porém, fico verdadeiramente apreensivo é que ao dito Gobern, que tão minuciosas e pertinentes análises faz de lances dos adversários, designadamente, dos nossos jogadores, tenha escapado a falta do Mona Lisa, no início da jogada.
Lá está, uma vez mais faltaram as repetições em número adequado e suficiente. Deve ter sido isso.
A desonestidade intelectual estava apenas a aquecer. Estava lançado o gérmen, todo o seu apogeu viria a seguir. Aqui ainda a coisa passava.
Trazida entretanto à colação pelo Miguel Guedes, a expulsão na partida anterior a esta, do único central capaz do SC Braga, ir buscar os exemplos do Izmaylov e do Liedson, que mal chegaram ao FC Porto, e logo foram convocados, para servir de pretensa desculpa à arbitragem do Duarte Gomes, não lembrava a ninguém.
Nem sequer ao sportinguista de serviço. Querer fazer crer que pôr no onze inicial uma dupla de centrais, em que um deles fez três treinos com a equipa, e o outro nove jogos, não é a mesma coisa que lançar um médio/extremo quinze ou trinta minutos, ou um avançado.
É claro que, entrando no domínio da arbitragem, a coisa não podia ficar por aí. Confrontado pelo Miguel Guedes, com o facto de haver árbitros, como o mencionado Duarte Gomes, ou o do jogo, Bruno Esteves, que parecem seguir idêntica cartilha, mostrou-se espantado pelo arrolar de erros da autoria deste último, sempre em benefício do seu clube, nos jogos das duas últimas épocas, ante o Paços de Ferreira.
Se o Gobern visitasse blogs benfiquistas – eu sei que o faz, mas fica aqui entre nós – teria visto que também há queixas do Bruno Esteves do seu lado. Em grande parte da bluegosfera, até aqui, ainda que de forma ligeira, estava disponível a “ficha” do Bruno Esteves, que agora tem mais um episódio para acrescentar-lhe.
Talvez não tenha querido ir por aí, de tão ridículas e hilariantes que são a maior parte delas, quando vistas da perspectiva das suas cores. Então, mais valeu simular o pasmo, e puxar pelos trunfos do costume, de um naipe que parece nunca mais ter fim à vista: José Guímaro, Carlos Calheiros e José Pratas.
Assim se defendem quando o tapete da argumentação lhes começa a fugir debaixo dos pés. Se tivesse visitado os tais blogues do seu clube, haveria de ter visto que também podia acrescentar à lista o nome de Martins dos Santos. Fica para a próxima, que de certeza vai haver.
Entretanto, enquanto alinhavava este texto, acabei por responder por mim próprio à questão que coloquei.
Há aquela máxima que diz que se pode mudar de muita coisa, mas não se muda de clube de futebol. A desonestidade intelectual é incurável.
Nota: Hoje, contra o Gil Vicente, bastam-nos três golos para passarmos para o primeiro lugar. Ex-aequo, é claro. Não é nada de mais, e o Fiúza merece levar três. Pensar que ainda defendi este gajo no caso Mateus...Vamos lá ver se o Paulo Alves vai dar razão ao Gobern, e põe o Hugo Vieira de início.
De
penta1975 a 28 de Janeiro de 2013 às 14:14
@ Alex
não foste o único a perder tempo precioso da tua vida.
e a praguejar para um monitor de televisor.
e a veres-te compelido a moderar o volume do teu áudio, pela tua esposa, quando, ao fim de cinco minutos, vislumbras o enésimo sorriso cínico do gordo gobern e não consegues resistir a mandá-lo para a g'anda p**@ que o pariu (certamente pelo olho do cu).
fui mesmo obrigado a mudar de canal. e a prometer a mim mesmo não mais ver aquele programa.
desculpa a linguagem, mas com lampiões como aquele não consigo ser correcto.
abr@ço
Miguel | Tomo II
De
Alex F a 28 de Janeiro de 2013 às 23:07
@Miguel,
Aquilo tem muito de encenado, e é feito precisamente com o objectivo de nos tirar do sério. A nós, e aos portistas que participam nesses programas. O Gobern mal começou a falar, disse logo que tinha sido uma grande vitória do clube aquele, e sem guarda-redes avançado. Qual era a necessidade?
Pura provocação. Ele e o Rui Gomes da Silva prestam-se conscientemente a esse papel. O Seara está um bocadinho mais comedido, apenas porque está metido noutro tipo de esquemas.
O Gobern sabe o suficiente de futebol para saber que comparar a entrada do Haas e do Sasso na defesa do Braga, com as entradas do Izmaylov e do Liedson, que nem sequer aconteceu, é comparar o cú com a feira de Castro. No entanto, fá-lo.
Para provocar, e porque o resto da carneirada, ouve, e come aquilo por bom. O que é triste. Assim como é triste que as televisões alberguem este tipo de jogadas, apenas em função das audiências.
É o que temos, e hoje demos-lhes uma boa resposta.
Abraço
Alex
De Luis Manuel a 28 de Janeiro de 2013 às 15:21
Caríssimos, vivo em Coimbra. Não posso afirmar-me PORTISTA. Falta-me aquilo que genuinamente voces têm, não só geográficamente. Vivem o clube no Estádio, no pavilhão, usam os vossos direitos como sócios.
Sou adepto? Absolutamente!
Visto a camisola no “confronto” com os adversários.
Mas, não tenho a minha voz nos sítios certos…
Por isso vos peço: Acreditem na força do clube Futebol Clube do Porto.
Uma força de união, carácter e vontade.
Não qualquer força bruta e esmagadora sobre todos os que dignamente partilham uma qualquer actividade desportiva.
Existe orgulho mas não preconceito.
Onde se deseja e proclama a vitória, reconhece-se que alguém foi derrotado.
Nunca porque os derrotados são “gente” inferior, mas porque no confronto o FCPorto conseguiu ser melhor. Dentro do espaço - das quatro linhas!
E no fim respeita os adversários vencidos.
Todos?? Tem sido assim, mas TEM DE ACABAR !
Cada vez aumenta mais em mim o sentimento que tanto desprezo: REVOLTA
Não admito violência, nem suportaria qualquer adepto do clube FUTEBOL CLUBE DO PORTO muito menos alguns evidentemente identificados como responsáveis fazê-lo.
Não esqueço os maus exemplos do nosso adversário SLB. E por isso são maus exemplos que felizmente não colhem frutos nestas bandas.
Mas porque razão esses exemplos vêm na sua quase totalidade só de um adversário?
A minha resposta simples: Muito raramente têm conseguido ser melhores, sobretudo têm dentro tamanha basófia e preconceito.
Ontem, perdi (ganhei porque (re)conheci a maldade) muitos minutos a ver e gravar os programas de comentadores do futebol.
Senti-me mal, como verdadeiro adepto do Futebol Clube do Porto, em ver e ouvir esse gordo João Gobern destilar tanta perfídia e mentira. Mais ainda porque o Miguel Guedes não conseguiu estar á altura de vestir a NOSSA camisola. À muito que não lhes ligava. Acerca do Miguel e quando ele substituiu o Rui Moreira via nele pessoa capaz de retorquir com esclarecimento e objectividade. Para mim poderia estar ali alguém capaz de desmascarar as mentiras e enaltecer as verdades.
Mas não era só nesse.
Num tempo que é Extra (pudera, uma estação reservar um monólogo durante tantos minutos a esse Rui Santos, tem de ser mesmo EXTRA longo…) foi mais do mesmo.
E o tema até à exaustão era a despromoção da Taça da Liga. Pedro Proença e o jogo em Setubal!!!
Que enorme chorrilho de pouca vergonha!
Isto não é mais do aquilo que o caro Vila Pouca (nunca soube se este é o seu nome, mas também não importa) tem vindo a dar espaço e destaque aqui nesta página. E muitos outros PORTISTAS o fazem.
Mas tem que ser feito ainda mais!
Renovo o meu pedido.
Usem tudo aquilo que está ao vosso alcance para desmascarar estes abutres indignos.
Apoiem o CLUBE e ajudem-no a conseguir mais esta vitória.
Chamem-me a escrever a minha REVOLTA, gritem no Estádio, exibam mensagens no Estádio, exigam a quem está próximo do Clube que responda.
Não um comentário on-line na página oficial ou no facebook.
Apelem à nossa SAD.
Declarações sustentadas na comunicação social.
E depois que se sacrifiquem com sentido e rigor na busca das condições ideais para a equipa de futebol conseguir a vitória NESTE campeonato!
Repito alumas palavras do NOSSO treinador:
“Às vezes leio críticas em que baixamos de qualidade, de ritmo, mas é preciso analisar correctamente as situações…”
“Satisfeitíssimo, vejo a equipa a vir de um período em que teve de lidar com muitas condicionantes e foi ganhando jogos com personalidade, com qualidade, com carácter e aqui estamos na frente do campeonato e à espera de elevarmos a qualidade, de continuarmos agressivos, de continuarmos concentrados e de chegarmos no fim em primeiro lugar, que é esse o grande objectivo da época.”
Luis Manuel (Coimbra)
Deixei este comentário no Vila Pouca, na porta 19, e tentarei noutros PORTISTAS.
Estou imensamente REVOLTADO.
Acho que definitivamente perdi o respeito desportivo, embora o(s) clube(s) adversários enquanto instituição mo exigem. Mas esta gente!!! Pouca vergonha !!!
Hoje será o primeiro dia do resto do NOSSO campeonato
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