Com a chegada ontem do certificado internacional do Liedson, ficou concluída a componente burocrático-administrativa da transferência, falta agora a consumação no terreno de jogo.
Se, no caso do Izmaylov, era o joelho que me deixava de pé atrás, por muito que anatomicamente isso fosse complicado, no do Liedson, eram certas e determinadas atitudes com que nos presenteava de cada vez que nos defrontava.
Mas, let bygones be bygones, o que lá vai, lá vai, agora está do nosso lado, e concordo plenamente com o nosso treinador quando refere que jogadores como aqueles dois, com a qualidade e o conhecimento do nosso campeonato de que são detentores, se em boa forma física, aportam quase instantaneamente um acréscimo qualitativo à equipa.
Ambos têm em comum o facto de, tal como o João Moutinho, serem provenientes, ou pelo menos ter passado por lá, no caso do Liedson, da Calimeroláxia, esse pomar verde e branco de fruta podre.
Tendo em consideração esta tendência hortofrutícola, dei por mim a magicar se não haverá por aqueles lados mais algumas peças de fruta com algum interesse.
Comecemos pelo princípio, e neste caso o princípio será a baliza.
Rui Pastorício. É bom guarda-redes, sem dúvida. Com o Beto a dar frangos como o da Pedreira contra o actual segundo classificado, ex-aequo, e sem saber muito bem em que estado estará o Eduardo, é sem dúvida o melhor guarda-redes nacional.
No entanto, até ver, ou seja, a reforma do Helton, estamos bem servidos nesse capítulo, e é demasiado caro, uma espécie de Louis Vuitton da Pepa. Desnecessário.
Na defesa, o meu favorito era o Bruno Pereirinha. Que na realidade, tanto pode ser defesa como médio. Uma espécie de sósia do Danilo, mas com menos corpo, menos técnica e sem ser internacional pelo Brasil.
Gosto deste rapaz, fundamentalmente por aquilo que conheci do pai, o Pereirinha, que jogou no Farense. Também fazia de lateral, nos dois lados, e ainda médio, se bem que mais defensivo.
Profissional sério e compenetrado, manteve uma regularidade impressionante ao longo das épocas em que passou por aqui. O filho dá a ideia de ser da mesma cepa, com mais propensão ofensiva, e é outro daqueles que gostam de jogar contra nós.
Falta-lhe explodir, no bom sentido, e alguma raça, que pelos vistos não adquiriu no clube do leão, contrariando o anúncio da Peugeot, mas que tenho a certeza, entre nós conseguiria explanar. É com pena que o vejo de partida para a Lazio.
No centro do terreno, gosto do Schaars. É inteligente, tem experiência e, tanto técnica como tacticamente, parece-me evoluído. Talvez até demais para aquele habitat.
Há quem prefira o Rinaudo, mas esse acho-o um tanto ou quanto estranho. Não é muito usual ver alguém com o seu tipo físico, ter tantas dificuldades ao nível dos rins. Caramba, não se pede um contorcionista, mas neste tipo o tronco parece que foi montando em cima das pernas de outra pessoa.
Mais adiante, têm três extremos que não jogava fora, especialmente se tivesse o Varela actual como termo de comparação: o Carrillo, o Jeffrén e o Capel.
Com o Carrillo, o problema ao que consta será uma certa tendência para se exceder nas ocasiões festivas, especialmente quando regressa à santa terrinha. Dá-me a ideia de que, devidamente domesticado, poderá tornar-se em algo interessante.
Ao Jeffrén vi-o fazer coisas engraçadas quando ainda estava no Barcelona. O passo que agora deu na carreira, não foi necessariamente no sentido evolutivo, e talvez se esteja a ressentir mais disso, do que das lesões.
O Capel conhecia-o do Sevilha, quando nos defrontou. Apesar daquela mania muito futriana de pôr os olhos na bola e desatar a correr com ela colada ao pé, ainda assim é o mais efectivo dos três.
A possibilidade, ainda que remota, de vê-lo com as nossas cores causar-me-ia bastante apreensão, pelos mecos utilizados nos treinos e por ele próprio, na eventualidade de esbarrar contra a peitaça do Mangala, por exemplo.
E há ainda o Wolfseiláquantos. Gosto dele. Tem lances de fora-de-série, e depois, de repente, desaparece.
Tenho cá para mim que padece do mesmo mal de que sofria o Izmaylov, e que uma mudança de ares não lhe faria mal. Pode ser que agora, com a concorrência do Niculae, espevite, porque o Viola, tocava muito baixinho.
Há apenas um jogador, dos actuais ou dos que mudaram entretanto de ares, que não quero, nem pintado ver com as nossas cores, e desconfio que se fosse o caso, e lhe propusessem um blushzinho ou um rimmel, ele quase de certeza não recusaria.
Obviamente, o Miguel Veloso.
O bundão do Scolari. E não é por motivos técnico-tácticos, de profissionalismo, ou por ser filho de quem é.
Reconheço que, esteticamente daria um lifting ao look médio do plantel, e um certo je ne sais quoi de metrossexualidade. Os penteados são magníficos e as sobrancelhas arranjadas um must, mas nem assim.
Chamem-me o que quiserem, mas ainda vejo o futebol, masculino, está visto, como um desporto para gajos de barba rija e pilosidades desenvergonhadas nos membros inferiores, onde ele, os Djalós e os Nunos Ribeiros, serão sempre apenas as excepções que confirmam a regra.
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