Como dizia recentemente, com toda a razão, Miguel Sousa Tavares na sua crónica semanal, “Estamos a entrar na altura da época em que, para os grandes clubes, tudo se decide: o desfecho interno e o desfecho europeu de um ano. É nesta altura que, tradicionalmente, o [coiso] e os benfiquistas começam a dar sinais de nervosismo crescente. Sinais que este ano não são de nervosismo apenas, mas de verdadeiro pânico: o pânico de falharem mais uma época”.
De facto, tal como os dias a ficarem maiores, as andorinhas a esvoaçarem, as amendoeiras em flor, os morangos, a febre-dos-fenos, as Testemunhas de Jeová a calcorrearem as avenidas, fazendo concorrência aos Hélderes na sua azáfama evangelizadora, as bifas e os bifes descascados em tudo o que é superfície comercial, quando nós ainda andamos de pulloveres, há coisas que, nesta altura do ano, damos já por adquiridas.
Outrora também acontecia assim com o Natal…
A não ser como diz Sousa Tavares, como compreender um fulano, que há não muito tempo, no primeiro dia do ano dizia:
«É bom sinal, ter muitos jogos. Não é um problema, pelo contrário. Significa que ainda estamos em todas as competições. Há outras equipas que não podem dizer o mesmo... Por isso é motivador»;
«Das duas equipas que estão na frente, aquela que sair mais cedo da Europa terá mais hipóteses de ganhar o campeonato»?
Ressaca do ano novo, no primeiro caso, e efeito dos anti-histamínicos no segundo?
Alguns adeptos, perspicazes, vão sabendo o que a casa gasta. Mas, como a solução não está nas suas mãos, longe disso, dedicam-se ao seu desporto habitual: lamúrias.
“Há o Proença treinador. Aquele que promete que está mesmo mesmo mesmo muito interessado no que os benfiquistas querem e o clube exige: ganhar o campeonato. Mas depois mete uma equipa em campo que entra sem quaisquer planos para o jogo, autista, arrogante, à espera do tempo para marcar um golo. Mete uma equipa em poupança porque afinal a Europa é que pode servir de ponte aérea para qualquer coisa. Proença só quer saber de Proença. Proença tem preferidos que deixa em campo, não interessa se a jogar bem ou mal. Proença tem jogadores de que não gosta especialmente, usando-os quando deles precisa, tirando-os mesmo quando estão a jogar melhor do que os seus preferidos.
Proença em 3 anos e meio nunca soube o que era jogar de forma inteligente. Proença atira os jogadores para um campo de futebol como se fosse uma pista de atletismo. 3 anos e meio depois, Proença espera que eles saibam, de repente, ter a bola para outras funções que não seja chegar à meta. Proença, se estiver a ganhar por 5-0, corre que nem um maluco no banco a fazer espectáculo (tão ambicioso que é Proença!, dizem os entendidos); Proença mirra e deprime no banco, quando a equipa precisa dele (pensador nato!, dizem os especialistas). Proença só vê Proença. O resto é pó de estrelas”.
O próximo passo, todos sabemos qual é, não é verdade?
Afinal, a quem está no topo do mundo, não se vai pedir para descer, não é verdade?
E além disso, já reciclámos o Jesualdo, e vejam no que deu. Até do José Gomes fizemos campeão, caramba!
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