"Não vos posso dizer quem joga a lateral esquerdo. Nem a equipa sabe. O coletivo vai dar uma boa resposta. A equipa não vai sentir a falta de ninguém, apesar de estarmos a falar de dois jogadores com o ritmo competitivo excelente»
Terá respondido Vítor Pereira, quando confrontado pelos jornalistas, com aquele que será (ou talvez não!) o grande dilema na constituição do onze, que irá defrontar no sábado o Rio Ave.
Não é muito o meu hábito, pelo menos neste terreiro, bitaitar sobre esse tipo de questões. Pelo menos, à anteriori. É muito mais fácil criticar à posteriori…
É compreensível que o nosso treinador não quisesse abrir o jogo, no entanto, como de treinador e de louco, todos temos um pouco, resolvi tentar dar uma ajudinha, e cheguei a três hipóteses:
Your obvious choice
Quiñones. A escolha óbvia. Esta é daquelas, como se costuma dizer, trigo limpo farinha Amparo. Passe a publicidade, não paga, óbvia e infelizmente.
Com o Maicon recuperado, e de tal maneira a roer as unhas, ansioso para recuperar o seu lugar, que até marca golos do meio-campo, é a evolução, que se espera natural de um jovem que alinha pela equipa B.
Duas trocas directas: um central, por um central, Mangala por Maicon, e um lateral-esquerdo por um lateral-esquerdo, Alex Sandro por Quiñones. O risco maior, quiçá o único, será a inexperiência deste último.
Por via das dúvidas, é espetar-lhe o Varela à frente, que tacticamente, sempre será o extremo mais dado a tarefas defensivas. A contrabalançar com a entrada do James para o lado contrário.
Será que o Maicon também joga a lateral-esquerdo?
Pronto, agora aqui começam os devaneios de quem não joga “Football Manager” há muito, muito tempo.
O rapaz tem duas pernas, não tem? E já revelou uma surpreendente capacidade de adaptação à posição de lateral, não revelou?
E se em vez de o pormos ao centro ou à direita, o espetássemos na ala canhota?
Trocar o Danilo, que já está a jogar contrariado a lateral-direito, para o lado esquerdo, não me parece boa ideia.
O Otamendi, por sua vez, jogou a lateral na selecção das pampas, com o Maradona, mas, que eu saiba, sempre do lado direito.
Porque não o Maicon? Que tipo de implicações é que isso acarretaria?
Teria de jogar o Abdoulaye a central. Bem sei que do lado do Rio Ave, não vai estar presente o homem que substitui ultimamente o João Tomás, o egípcio Hassan. O João “pode vir o João” Ferreira, numa tentativa de comprovar que esse tipo de coisas também nos acontecem a nós, expulsou-o no jogo anterior.
Mas ainda lá estão o Bebé e o Del Valle, mais o “nosso” Ukra, que a bem dizer, ainda é o que de pé mais atrás me deixa.
Será um exagero três torres na defesa para estes três artistas. Ou outros quaisquer? Ainda por cima, num jogo em casa?
A escolha “de treinador e de louco, todos temos um pouco”
O nosso faz-tudo do momento, Steven Defour.
O que é que acham? O homem que já foi seis, já foi oito, já foi sete, tem sido pau- para-toda-a-obra, de tal maneira que qualquer dia dispensamos o Fabiano, e pomos só jogadores de campo no banco de suplentes.
Diga-se que é uma hipótese tanto mais académica, apesar de estar convocado, e mesmo tendo treinado a 100%, quanto mais dados me faltam sobre a sua efectiva recuperação.
Nos tempos que correm, não dispomos no plantel de jogadores como o Rubens Júnior ou o Marek Cech, que tanto podiam jogar como defesas-esquerdos, como como médios, mais interiores desse mesmo lado.
O Defour é o que mais de parecido temos à mão.
É claro que não seria para alinhar propriamente a defesa-esquerdo. Imagino-o numa posição mais adiantada, mais sobre o meio-campo, e a cair sobre o Ukra, quando este pendesse para o seu lado.
Desvantagens desta opção:
O Fernando não está habituado a ter companhia naquela zona do terreno. Há trincos que parece que só rendem quando jogam sozinhos. Por timidez ou mau feitio, parece que precisam de espaço, tipo eucaliptos, e quando têm alguém próximo, a coisa não corre tão bem.
Estou a lembrar-me do Petit, sim, esse mesmo, que ainda é capaz de voltar a jogar na primeira liga, ou do Paulo Assunção.
Por outro lado, o Fernando, cada vez mais está a deixar de ser um mero seis posicional, e está a conviver mais e melhor com a bola no pé. Porra, até já faz assistências para golo! Por isso, talvez não fosse por aí o grande impedimento.
A outra desvantagem que antevejo, é que os vilacondenses têm alinhado com dois avançados, mais ou menos fixos, o Hassan e o Bebé, mais um extremo, por norma, o Ukra.
Jogando o Defour, quem marcaria quem, ainda que à zona? Danilo sobre o Ukra, os centrais, o Fernando e o belga sobre o Del Valle ou o Bebé, consoante aquele que lhes aparecesse à frente?
Ou seja, muito pouca diferença faria para um esquema com quatro defesas típicos.
Vamos ver qual vai ser a aposta do Vítor Pereira, mas algo me diz que, aproveitando o ambiente do Dragão, vamos ter a estreia do Quiñones
Sugestões meus caros, há por aí mais algumas? Dêem largas à vossa loucura...
Querem ver que vai na volta, e nem com todos os bons esforços do João “pode vir o João” Ferreira, é desta que o clube que nos defronta vai deixar de utilizar um jogador por ter sido expulso na partida anterior!?
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