O Anti-Lampião deu o pontapé de saída ao recordar alguns episódios interessantes, como um certo perdão fiscal, a comissão de fiscalização que afinal, não fiscalizava nada, ou os financiamentos da EPUL.
Até um dos patrocinadores da principal prova nacional, a Sagres, resolveu dar uma ajudinha, curiosamente, em detrimento do Sporting.
Algo que não é nada estranho, nem fora do comum. Também o Banco Espírito Santo (BES), através da ESAF, entrou nos fundos de ambos os clubes.
Porém, verificaram-se algumas discrepanciazinhas nos valores atribuídos a alguns jogadores. Ou então, confundiram o Daniel Carriço com o Roderick Miranda.
Isto apesar do indefectível sportinguismo de homens como Galvão Telles ou José Maria Ricciardi. Contudo, nada que inquiete as mentes de sportinguistas, que ainda não alcançaram, de uma vez por todas que, para o BES, enquanto o seu rival da segunda circular representa um negócio, um investimento (ou vários), o seu clube, mesmo que sendo o do coração, não passa de um hobby, um capricho.
Bem se viu ainda recentemente com Paulo Abreu.
Voltando à vaca fria, nem vou recuar mais atrás aos casos das alterações à medida de Planos Directores Municipais ou do tráfico de influências no da Euroárea, até por que esses serão mais da esfera profissional do seu presidente, do que do clube.
Assim como o financiamento de 250 milhões de euros, em tempos que se adivinhavam de crise através de um sindicato bancário constituído pelo sempre presente BES, pela Caixa Geral de Depósitos e pelo BCP Millenium.
É este presidente, este clube, esta SAD, neste último caso através de um administrador, por sinal também ele sportinguista, que vêm questionar um eventual perdão de dívida bancária ao Sporting, com o argumento de que “[é] difícil entender que bancos intervencionados com os nossos impostos possam utilizar dinheiro dos contribuintes para perdoar dívida, seja a quem for.”
O banco intervencionado pelos nossos impostos é o BCP Millenium, por mero acaso um dos que entraram com os 250 milhões de euros, do empréstimo ao presidente.
É duma puta duma desfaçatez a toda a prova. Mas que tipo de moral é um sabujo destes tem para vir arrotar postas de pescadas nesta matéria?
Certamente já ouviram falar do Banco Internacional do Funchal, vulgo Banif?
Pois bem, o Banif também foi intervencionado pelo Estado. O que é isso significa?
Apenas isto:
“O Estado irá entregar 700 milhões em capital – acções com direitos especiais – e os restantes 400 milhões em dívida, através de instrumentos de capital contingente (dívida que se transforma em acções se não fôr paga). Vai ficar com o controlo e 99% do capital do banco até Junho. Nesse mês, o Banif irá fazer um aumento de capital de 450 milhões de euros para os seus accionistas. Se for bem sucedido, o Estado reduz a sua participação para 60% do capital e os direitos de voto para 49%, perdendo assim o controlo total da instituição”.
Agora, reparem se faz favor, naqueles que são os patrocinadores oficiais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional:
Notam alguém conhecido?
É verdade. Todos nós, através dos nossos impostos, os que pagamos impostos, vamos ser, pelo menos até Junho, donos de 99% do Banif, e como tal, patrocinadores da Liga.
Estarão conscientes disto, os sem vergonha que agora se insurgem contra o perdão da dívida bancária de que se fala?
Nota: Pela minha parte, por princípio também não concordo com qualquer tipo de perdão, seja fiscal ou bancário, em que o nosso dinheiro esteja envolvido, nem que seja a título de gorjeta.
Porém, acho que é uma puta duma falta de vergonha vir quem veio a terreiro insurgir-se contra a situação.
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