Grandes mentes pensam igual
Quem dera ao Primeiro-Ministro estar numa posição tão confortável!
Nota: o título original seria "Great minds think alike!"
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Quem dera ao Primeiro-Ministro estar numa posição tão confortável!
Nota: o título original seria "Great minds think alike!"
Ainda a propósito do último Sporting x Setúbal, da final da Taça da Liga Carlsberg (ou sei lá como é que se chama!), houve duas coisas que me chamaram a atenção, e curiosamente, nenhuma delas é a vitória do Vitória de Setúbal!
Quanto a mim há coisas, actos ou omissões, opiniões ou a falta delas, que definem quem os pratica ou não, quem as emite ou não. Foi o caso.
Coisas que definem um árbitro. Pedro Proença, é um árbitro de uma geração que já vai deixando de ser nova, e que encarna perfeitamente as características de uma boa parte dos árbitros dessa geração (Pedro Henriques, Duarte Gomes, João Ferreira, e eventualmente outros, que não me lembro): nunca se enganam, e raramente têm dúvidas!
E, não, não me vou por a bater na falta que não foi marcada sobre o Claúdio Pitbull , no início do jogo. Nem no vermelho que terá ficado por mostrar ao Abel. Nem sobre as duas faltas seguidas, sobre o Romagnoli e sobre o Liedson (ou vice-versa!), praticamente no mesmo sítio, junto à área do Vitória, e que, macacos me mordam se existiram. E menos ainda sobre o amarelo (com jeitinho, e pensando no Bruno Alves, vermelho!), que terá ficado por mostrar ao LIedson !
Nem sequer sobre a maravilha da engenharia protagonizada pelo árbitro (de certeza que o homem é formado em Gestão?), que conseguiu na primeira parte, criar a ilusão de que o campo estava inclinado para o lado da baliza do Vitória.
Essas, quer queiram, quer não, são, infelizmente, situações normais nos estádios portugueses. Pelo menos naqueles onde se joga a Liga Bwin .
O que, quanto a mim, define este árbitro, por incrível que pareça, é uma jogada em que o Sporting é, na minha óptica, prejudicado: o amarelo mostrado ao Anderson Polga !
Se repararam, o árbitro mostrou o amarelo ao Polga , que, mesmo sendo um jogador correcto, lhe disse qualquer coisa. E, Pedro Proença, levanta sucessivamente, um, dois, três dedos. Dando a entender que o cartão seria resultado da acumulação de faltas.
Tudo bem. E já agora, recordam-se de quantas faltas é que o Polga fez, até merecer o cartão amarelo?
Garanto-vos que puxei pela memória, e, que tenha sido assinalada, não me lembro de nenhuma. Pode tê-las feito. Não digo que não. Só que, se as fez, o árbitro não as marcou. Se não as fez, ou se as fez, e o árbitro não indicou, porquê o amarelo, supostamente, por acumulação de faltas?
O amarelo soou-me a desculpa de mau pagador, ou a compensação por qualquer coisa, se preferirem. Ou ainda, a asneirada feita, e depois não querer dar o braço a torcer.
Seja como for, é um facto que este tipo de artifício não está ao alcance de qualquer árbitro. A maior parte é pura e simplesmente descarada nas burrices que faz, tipo Bruno Paixão. Pedro Proença não. E isso define-o como árbitro!
Coisas que definem um comentador. Seguindo a lógica do anterior, mas desta vez aplicada a um comentador desportivo, António Tadeia . Também ele da nova geração de comentadores, e aproveito para esclarecer que, para mim, nova geração, neste caso, será a era pós-Gabriel Alves.
Ainda no jogo Sporting x Vitória de Setúbal, depois das duas faltas ficcionadas, assinaladas contra o Vitória, numa jogada semelhante, dá-se o inverso, e é um jogador do Sporting, que atropela involuntariamente, pareceu-me a mim, um vitoriano. Pedro Proença não assinala.
Comentário de António Tadeia : se marcou as faltas anteriores, devia também ter assinalado falta nesta situação.
Até aqui, não me surpreendo se concordarem com o comentário. Mas vejam bem. A questão não é colocada em termos de: é falta ou não é falta. As outras situações foram assinaladas, logo por uma questão de uniformidade de critério, esta também deveria ter sido.
Bolas! Foi falta ou não foi falta? É isso que queremos que o comentador diga. Se as outras duas faltas marcadas contra o Setúbal, foram duvidosas, devia o árbitro (t)repetir a asneira, e assinalar mais uma? Ou Tadeia estava a dar uma bicada no critério do árbitro? Se era isso, podia ter sido mais incisivo, porque às vezes, com indirectas a malta não chega lá!
Só que, desconfio que não será esse o caso. É que este mesmo comentador, foi o inventor, há não muito tempo, do inovador em futebol, "limite da falta".
Coisa nunca antes vista, e que passo a explicar. Acho que foi num dos últimos jogos em que foi perdoado um penálti ao Benfica. Salvo erro, no Sporting x Benfica, e numa jogada em que o Léo derrubou na área um jogador do Sporting. Não me lembro qual!
Comentário de António Tadeia ao sucedido: "É uma jogada no limite da falta! O árbitro não marcou, mas se marcasse, não estava mal!"
Hã!? O quê?! Mas que raio! Então afinal de contas, foi falta ou não?
Se ele diz que se o árbitro marcasse, não estaria mal, então deve ser porque foi falta! Contudo, não diz que aquele esteve mal ao não marcar. Que confusão!
Pura ignorância da minha parte, certamente. Em tantos anos a ver futebol, nunca tinha ouvido falar em "limites das faltas"! Sempre encarei as faltas de forma shakespeariana: ou são, ou não são, eis a questão!
Ou melhor, para ser falta, primeiro o árbitro teria que ver a jogada (ia quase a escrever: "querer ver a jogada", mas arrependi-me!). Depois, teria que considerar falta. Sendo falta, das duas uma, ou dava a lei da vantagem, se a bola ficava na posse de um jogador da equipa que sofreu a falta, ou assinalava a bendita da infracção.
Naquele caso, como aparentemente o comentador não coloca a hipótese de o árbitro não ter visto a falta (Bolas! Também era o que faltava!), e decorrendo a jogada no interior da área, sendo falta, teríamos um penálti .
Seria mais simples e objectivo, mas retirava interesse à vida dos comentadores, lá isso tirava!
UEFA convidou Bruno Alves para mostar técnica defensiva
Bruno Alves foi convidado pela UEFA para demonstrar a sua técnica defensiva numa secção do site oficial daquele organismo na internet chamada Training Ground " ou "Campo de Treino" em português.
(…)
Bruno Alves, que foi totalista pelo FC Porto na Liga dos Campeões, cometendo apenas 17 faltas em 750 de jogo, foi escolhido pela UEFA - naturalmente indiferente às polémicas internas - para demonstrar a sua técnica defensiva naquela secção. As filmagens do contributo do central portista para a UEFA deverão decorrer durante os primeiros dias de Abril.
Fonte: O Jogo
Numa semana em que decorreu o peditório nacional, para que fosse aplicado ao Bruno Alves um processo disciplinar sumaríssimo, e certamente, o consequente castigo, como resultado da jogada com o Jorge Gonçalves, no jogo com o Leixões, logo haviam de vir os senhores da UEFA, com as parvoíces deles.
Sem dúvida que o rapaz, de vez em quando excede-se, e o convite vale o que vale, mas pronto, não será para qualquer mânfio .
Deve ter sido um valente baque, para todos aqueles que defendem que o Bruno Alves deveria ir para a rua "jogo sim, jogo sim", da Bwin Liga!
É que não for por mais nada, os números impressionam. 17 faltas cometidas em 750 minutos (sim, falta a indicação de "minutos" no texto acima), são 17 faltas em, qualquer coisa como, 8 jogos! Ou seja, mais ou menos 2 faltas por jogo!
Ele há estrelas em ascensão no panorama futebolístico português, na mesma posição, mas noutros clubes, que, vendo bem as coisas, não farão 750 faltas em 17 minutos, mas, entre as que são marcadas e as que os árbitros deixam passar em claro, as fariam, por certo, em 17 jogos. Se os jogassem...
Ora, como penso que a UEFA não terá convidado o homem, para ir dar uma lição sobre a melhor maneira de apanhar cartões amarelos, as faltas cometidas não devem ser, ainda por cima, faltas graves.
E agora? Será que o Pinto da Costa conseguiu endrominar os tipos da UEFA, ou comprou os árbitros daqueles 8 jogos, como faz em Portugal?
Ou será que o rapaz, que segundo dizem, até nem prima particularmente pela inteligência, joga de uma maneira em Portugal, e com os árbitros portugueses, e muda de forma de jogar, quando vai para a estranja?
Se for assim, pelo menos revela mais inteligência que o Óscar Cardozo , que faz uma asneirada em Portugal, e safa-se, e depois vai repetir a mesma brincadeira lá fora, e claro, vai para o olho da rua!
Será que os defensores de que o Bruno Alves nem devia entrar em campo (em Portugal, pelo menos!), já conseguem aceitar que o rapaz pode não ser um Humberto Coelho ou um Eurico, nem sequer um Ricardo Carvalho, mas que evoluiu bastante, e até joga à bola?
Não? Então, continuem em estado de negação, como têm estado nos últimos tempos, se isso vos consola!
O que, quanto a mim, não deixa de ser interessante é que o Conselho de Disciplina que não aplicou o "sumaríssimo" ao Bruno Alves, foi o mesmo que também não o aplicou ao Cardozo , e a UEFA que convidou o Bruno Alves, foi a mesma, cujo órgão de disciplina castigou em três jogos, o Cardozo !
É irónico!
O antigo empresário de futebol e director-desportivo do Benfica, José Veiga, foi multado pela Comissão do Mercados e Valores Mobiliários em 30 mil euros, devido ao facto de não ter comunicado ao mercado a posição que detinha da SAD do Estoril.
Num comunicado a CMVM refere que o Conselho Directivo do regulador decidiu aplicar a coima a José Veiga pelo facto de este ter violado o dever de comunicar as participações qualificadas detidas numa sociedade aberta e numa sociedade cotada, num caso que remonta a 2003, 2004 e 2007.
O regulador não diz qual a cotada em que José Veiga não comunicou a sua participação, mas esta estará relacionada com a Estoril SAD , empresa cujo capital chegou a ser controlado pelo responsável e que depois o alienou.
Em Julho de 2005 a CMVM anunciou que suspendeu os direitos de voto das acções do Estoril Praia – Futebol SAD adquiridas por duas empresas ao empresário José Veiga, em 2004, por duvidar da transparência das participações em causa, que somam 37% do capital social da SAD do clube.
No comunicado emitido hoje, a CMVM explica que "na altura da prática dos factos, qualquer accionista cuja participação numa sociedade aberta atingisse ou ultrapassasse 10%, 20%, um terço, metade, dois terços ou 90% dos direitos de voto, ou reduzisse para valores inferiores a estes limites, tinha o dever de o comunicar à CMVM e à sociedade participada".
Regras que, de acordo com a CMVM, José veiga não cumpriu.
O regulador refere que "o arguido impugnou judicialmente esta decisão da CMVM".
A notícia surgiu acabrunhada no rodapé dos noticiários televisivos, e nem sei se chegou a sair em mais algum jornal, para além do Jornal de Negócios, na versão on-line. Que surpresa!
Então, afinal de contas, apesar do que o próprio afirmou na altura, o Sr. José Veiga, seria, de facto, à data do Estoril-Benfica , que se realizou no Estádio do Algarve, detentor de uma participação qualificada na SAD do Grupo Desportivo Estoril-Praia .
Que grande novidade!
O estúpido é que esta até é uma situação fácil de dar a volta. Basta encontrar um testa-de-ferro, e já está. Mas nem isso o Sr. José Veiga sentiu necessidade de fazer!
Mas o que me apetece perguntar é: "Porquê só agora?"
Foi compreensão lenta de quem tinha entre mãos o processo, ou não deu jeito?
Quando comecei a escrever umas balelas no blog "Fresquinho, q.b.", cheguei à conclusão que o futebol não é claramente, um dos temas com maior aceitação entre o pessoal frequentador do mesmo. Na realidade, a maior parte está-se perfeitamente borrifando para o que se passa no "mundo da bola".
E, se calhar com toda a razão! Mas o que é que querem, como alguém já disse, "o Mundo é redondo", e acrescento eu, "e azul"!
O futebol, quer se queira, quer não, está presente em todos os noticiários e jornais, e oferece inúmeras oportunidades de debate e discussão, tal a quantidade de interpretações que, consoante a cor clubística, se podem fazer de um único lance ou situação de jogo.
A Terra pode ser o "Planeta Azul", mas cá por estas bandas, há uma flagrante falta de "azul"!
A realidade é iluminada por raios ultra-encarnados, que geram quase sempre uma perspectiva desfocada. É uma "vermelhidão" que me provoca urticária!
Não tenho a menor pretensão de equilibrar a balança, mas espero deixar aqui, na medida do possível, um singelo contributo, e a expressão de uma visão alternativa.
Se esperam isenção, desenganem-se! À partida, sei que não é possível ser isento quando se vê ou comenta futebol, por isso percam as esperanças!
Aproveitem, se conseguirem, para ver a realidade por outros olhos. E se não gostarem, reclamem!