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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

For He's a Jolly Good Fellow!

31
Jul09

   Morreu um Senhor, um autêntico "Sir". Nunca hei-de perceber o que é que passou pela cabeça do Sousa Cintra, provavelmente uma enxurrada de Água das Pedras, para dispensar este Homem, e ir buscar o Carlos Queiroz.

 

Mais do que os dois campeonatos que abriram o caminho ao penta, mais do que por o Emerson, o Kulkov e o Iuran a jogar futebol, o FC Porto deve-lhe o relvado, que serviu de palco a tantas vitórias.

 

O Sir Bobby Robson, como bom súbdito de Sua Majestade, era adepto do "fast pitch", e trouxe-o para o Porto. Para além disso, conseguiu entender-se e fazer-se entender, com um tradutor que falava (e fala) mal e porcamente o inglês, fez dele seu adjunto, e contribuiu para que hoje seja um dos melhores treinadores do Mundo.

 

"For he's a Jolly Good Fellow,

 Which no one can deny"

 

Descanse em Paz, e Obrigado

 

Homenagem ao Zé Carlos

30
Jul09

    Faleceu há dias o ex-guarda-redes do SC Farense, José Carlos, com 47 anos, vitimado por aquilo a que num eufemismo, pouco eufemístico, se costuma designar, por "doença prolongada", ou seja, cancro.

 

Bem melhor que eu, nada como o "seu" Flamengo para falar sobre ele, e faço minhas as palavras que constam na sua apresentação no site negro-rubro:

 

 

apesar de realizar defesas impossíveis, de puro reflexo e elasticidade, o ex-goleiro pecava em situações relativamente simples

 
O Zé Carlos de que me lembro era isto mesmo, o que levava o pessoal a "carinhosamente" apodá-lo de "frangueiro".
 
Parece mal, quando estamos perante um dos três melhores guarda-redes que vi alguma vez jogar pelo Farense, mas era mesmo com uma grande dose de respeitoso carinho, que o tratávamos assim.
 
Para além dele, e sem entrar em qualquer tipo de ordenação, só mesmo o Ferenc Meszaros e o Peter Rufai.
 
Aqui fica a minha singela homenagem, a um grandessíssimo guarda-redes.
 
Descansa em Paz Zé Carlos.
 

 

 

 

Olha o nível...!

29
Jul09

De repente, ocorreram-me uma dúzia de coisas que os cagões fazem, para além de voltar as costas, mas não me parece que fique bem enumerá-las. Ainda era capaz de ofender alguém...

 

Na realidade, não concordo inteiramente com o que diz o professor Jesualdo. Nem sempre os cagões voltam as costas, e não são só os jogadores a sério que jogam de frente para os adversários.

 

Cagões há, que são capazes de frente a frente, vangloriarem-se de vitórias arbitrárias ou conselheiras.

 

Tudo isto, depois de andarem a criticar terceiros, e a acusá-los de ganharem com recurso aos mesmos meios.

 

Estes sim, são os autênticos "cagões", na verdadeira acepção da palavra, e não os que viram as costas à bola para a cobrir, como diz o professor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Equipa Cai-cai

27
Jul09

O Sporting conseguiu finalmente assegurar o empréstimo do Caicedo.

 

Já lá tinha o "Cai sempre", também conhecido por "Cai-por-tudo-e-por-nada", ou "Cai fácil". Por outras palavras, o João Moutinho.

 

Tinha vários "Cai-lhe em cima" (o Polga, o Tonel, o Daniel Carriço, o Grimi, o Caneira, o Rochemback, etc.), que facilmente se transfiguram em "Cai sacana", quando chegam ao pé do adversário.

 

Teve um "Cai fora", ex-"Cai sacana": o Derlei, e tem um "não Cai-bo" na equipa, o Miguel Veloso.

 

Tem uns quantos "Cai pira-te", como o Stojkovic ou  o Purovic. Os adeptos, esses, são mais do género "Cai na real".

 

E o treinador, tem um "Cai-belo", com um penteado do "Cai-raças"!

 

 

A Idade da Pedra

24
Jul09

"Os campeonatos sempre se podem ganhar à pedrada"

 

José Eduardo Bettencourt, Twitter, 23 de Julho

 

  

Mal adivinhava eu, quando escrevi qualquer coisa sobre a vergonha que foi o que se passou em Alcochete, no último jogo do campeonato de juniores entre o Sporting e o Benfica, que o desfecho daquela batalha campal iria ser, para completar o ramalhete, a Deliberação de anteontem do Conselho de Disciplina da FPF.

 

Ainda menos esperava que, depois da minha alusão ao aparente retrocesso aos primórdios do futebol, patrocinado pelo Director Desportivo do Benfica, o dito Conselho de Disciplina fosse ainda mais longe, e recuasse até à Idade da Pedra!

 

Por uma vez, vejo-me obrigado a concordar com a Associação dos Adeptos do Sporting. Como é possível atribuir a pena de derrota aos dois clubes, e a interdição dos seus estádios, para os próximos três jogos que se venham a realizar entre si.

 

É claro que, para chegar a esta salomónica deliberação, sendo a justiça, seja ela qual for, cega, surda e muda, os respeitáveis membros do ditoso Conselho, não tiveram certamente em consideração as  consequências que a mesma acarretava, ou seja, que o Benfica seria intitulado campeão nacional.

 

Na óptica da justiça desportiva que campeia por cá, é perfeitamente natural que o prevaricador e a vítima, sejam punidos exemplarmente, pela mesma medida. Natural, desde que o prevaricador vista de vermelho, claro está.

 

Aí está mais uma vitória da tese, defendida, por exemplo, pelo ilustre benfiquista Dr. Cunha Leal, de que a justiça desportiva tem que actuar rapidamente, punindo desportivamente os culpados, doa a quem doer, desde que não seja ao Benfica.

 

Se a justiça comum é lenta, então os processos que vão correndo, e no final destes, logo se verá para que lado pende a razão. Ora, isso poderá vir a acontecer daqui a um, dois, três, cinco, dez ou vinte anos.

 

Claro está, que não há pachorra para esperar tanto tempo. Então, é como se viu nas recentes eleições para os gloriosos Corpos Sociais. O tribunal não decide rapidamente? Adiante. P'ra frente é que é caminho. Parem-nos, se conseguirem!

 

No entretanto, o Benfica é campeão nacional de juniores A, na época 2008-2009 (pendente de recurso para o Conselho de Justiça da FPF, que, de certeza, não vai alterar a decisão de primeira instância), o FC Porto viu serem-lhe subtraídos seis pontos, por conta do "Apito Final", o Boavista desceu de Divisão e o Gil Vicente, idem.

 

Se fizermos um resumo do histórico das decisões dos Conselhos de Justiça e de Disciplina da Federação ou da Liga, tanto faz, é surpreendente o record de decisões favoráveis aos encarnados ou a causas patrocinadas por estes, sempre dentro do mesmo princípio - a justiça desportiva decide, e depois logo se vê.

 

Assim de repente, ocorrem-me o caso do doping do Nuno Assis, o caso Mateus, o "Apito Final", e agora, mais esta.

  

Este, ainda agora começou.

 

Portanto, denota-se uma certa tendência para as instâncias supranacionais contraditarem as decisões da justiça desportiva portuguesa. Porque será? Perseguição ao "Glorioso"?

 

O que é inequívoco, é que, apesar de alguns contratempos, o ideal benfiquista de ganhar jogos, títulos, lugares, ou seja o que for, sem jogar, se vai, a pouco e pouco, consolidando, aperfeiçoando, perdendo a pouca vergonha que lhes resta, e obtendo alguns resultados.

 

Senão vejamos. Na Liga "sumaríssima", ganha pelo Trappatoni, que tinha saudades da família, as influências foram, principalmente, movidas na sombra, sempre com a omnipresença tutelar do Dr. Cunha Leal, enquanto Director Executivo da Liga de Clubes.

 

Para além das asneiras usuais no terreno de jogo, mais umas quantas decisões administrativas aleatórias, inéditas e inauditas, que desestabilizaram um adversário já de si, debilitado, e o título, já lá mora.

 

Na Taça da Liga, não foi preciso tanto. Bastou o beneplácito de Lucílio Baptista, e, à vista de todos, foi o que foi.

  

Agora, é um mix das anteriores. A batalha campal em canal aberto, seguida da decisão tomada no aconchego do gabinete.

 

Alguns benfiquistas, como o Rui Costa ou o Nuno Gomes, devem estar exultantes de orgulho.

 

Outros, espero eu que os haja, não vão precisar de pintar a cara de vermelho, nos próximos jogos do seu clube.

 

A vida dura do Rui

09
Jul09

A acreditar nas notícias vindas a público ontem, o Benfica terá desistido de contratar o já famoso, Radomel Falcao (ou Radamel Falcão), como também já vi escrito).

 
Como explicou o senhor Director do futebol encarnado, à semelhança do caso do guarda-redes Andújar, terá sido dado um prazo ao jogador para decidir se vinha ou se ficava. Esgotado esse prazo, o Benfica (ou o Rui Costa, a saber) entendia que o seu amor pelo(s) jogador(es) não estava a ser correspondido, e rompeu o(s) noivado(s).
 
Acontece. No entanto, é estranho que dois jogadores fiquem assim com tantas dúvidas, ainda para mais quando se trata de vir para o Grande Benfica, e não se tenham metido no primeiro avião, sujeitando-se a serem contagiados pela gripe H1N1, e ala para a Luz.
 
Dá a entender o Rui Costa que terá havido algures uma intromissão do FC Porto neste último negócio, e aproveita para enaltecer a superioridade ética e moral do Benfica, que “(…) nunca procurou nem procura contratar jogadores para não irem para o FC Porto ou porque o FC Porto está interessado”, e que “(.…) não anda atrás de jogadores apalavrados por outros clubes”.
 
Desculpem lá, mas isto soa-me, antes de mais, a desculpa de mau pagador.
 
E parece que é precisamente isso que estará em causa. Em relação ao Andújar, não sei o que se passou, mas quanto ao Falcão, o que corre por aí é que a diferença de valores entre as duas partes anda à volta de 400 mil euros.
 
Ora, 400 mil euros é bem menos que o valor do passe do Mário Bolatti. Se o FC Porto pode ficar com um jogador pelo preço que o Benfica ia pagar, rentabilizando de caminho, um activo pouco activo do seu plantel, e entra na corrida por ele, de que se queixa o Rui Costa?
 
É do FC Porto a culpa de que o Benfica pague indemnizações a treinadores que saem e a equipas dos treinadores que entram, que, curiosamente, não estavam só apalavrados com o clube que treinavam, tinham até mais um ano de contrato, e depois ande a regatear na compra de passes de jogadores?
 
É o tipo de coisa que talvez dê resultado no negócio dos pneus ou na construção civil. No futebol, pelos vistos, não dá.
 
Que o diga o Atlético de Madrid, que também já se veio queixar de que o Benfica não cumpriu o estabelecido quanto ao Reyes. Se calhar querem mantê-lo por cá a preço de saldo.
 
E até talvez consigam, mas só porque parece que não existem muitos interessados nele. De tal maneira que até também o dão como a caminho do FC Porto. Deve ser só para pressionar o bom do Rui Costa.
 
Vendo bem as coisas, não era má ideia. Apesar de não ter gostado de algumas atitudes de filho-da-p*%@ do Reyes, ao longo da época passada, isso foi no Benfica.
 
O FC Porto precisa urgentemente de jogadores sacanas e que dêem porrada à má fila, que concorram em pé de igualdade com os do Benfica e do Sporting, porque os que por lá andam, com excepção do Bruno Alves, que pode ficar ou não, são uma chusma de anjolas.
 
Pois é, caro Rui, a vida é difícil. Era bem mais fácil aqui há uns anos, quando jogadores do Barreirense, do Montijo, do Atlético, da CUF, do Olhanense ou do Lusitano de Vila Real, recebiam convites de outros clubes, e eram redireccionados, para não dizer outra coisa, para o Benfica.
 
Ou, quando não, davam com os costados em África na Guerra Colonial, juntamente com colegas de outros clubes, que não o Benfica.
 
Os adeptos benfiquistas não gostam de ouvir isto. É a fase da negação da doença crónica de que padecem, e da qual sofrem recidivas sazonais quase todos os anos, aí por volta de meados de Maio.
 
Foram várias as histórias que me lembro de ler na bíblia benfiquista “A Bola”, no tempo em que ainda perdia tempo a lê-la, contadas na primeira pessoa por antigas glórias do nosso futebol, algumas das quais até ex-jogadores encarnados, que narravam episódios deste género.
 
Um dos únicos que sempre negou veementemente, ter sido desviado do Sporting, naquela época foi o Eusébio. Mas compreende-se. Trata-se de um funcionário do clube, do qual depende de tal maneira, que até o Vale e Azevedo apoiou, virando depois a casaca.
 
Aliás, foi interessante vê-lo na cerimónia de apresentação do Cristiano Ronaldo em Madrid, ainda que não tenha percebido muito bem a que título, ao lado do Alfredo di Stefano, que foi e é outro caso idêntico.
 
Um desviado pelo regime do generalíssimo Franco para o Real Madrid, e o outro pelo salazarismo, para o Benfica. Um e outro imagens dos regimes, e um e outro, a nunca o admitirem. Talvez daí o simbolismo a sua reunião no Santiago Barnabéu.
 
Nesses tempos era muito mais fácil contratar jogadores. Nos dias de hoje, dá algum trabalho, não é Rui Costa?

Ui, ui!

03
Jul09

Segundo Luís Filipe Vieira, em entrevista ao jornal "O Jogo":

 

"Estava tudo preparado para assaltar o Benfica"

 

Nome de código da operação: "Eleições"

O Grandioso molho de brócolos

02
Jul09

 “Quem com ferro mata, pelo ferro morre”

 
Esta Direcção demissionária do Benfica, deve ter sido aquela que, em todos os tempos, e em todos os clubes, mais vezes tentou conseguir na “secretaria”, aquilo que não conseguiu no campo, ou pelas vias mais ortodoxas.
 
E, simultaneamente, aquela que mais vezes deu com os burros na água.
 
Foi o perdão fiscal, para limpar as dívidas e conseguir construir o Estádio, de que hoje se gabam aos sete ventos, foi o caso do doping do Nuno Assis, foram os processos “Apito Dourado” e “Apito Final”, foi o processo Mateus, em que patrocinaram a causa do Belenenses contra o Gil Vicente, foi o sumaríssimo ao Lisandro López. Enfim, um ror deles.
 
Destes todos, contam-se por vitória parcial, e até ver, o “Apito Final”, o processo Mateus, e o castigo ao Lisandro López. Sem margem para dúvidas, insuficientes para ofuscar as retumbantes derrotas nos restantes casos.
 
Depois do “golpe de estado estatutário”, como lhe chamou Bagão Félix, que culminou com a antecipação das eleições, o candidato à sucessão de Luís Filipe Vieira, Bruno Carvalho, deu-lhes a provar do seu próprio remédio.
 
Foi mais uma oportunidade para o auto-demissionário ex-Presidente do Benfica dar mostras de todo o seu sentido democrático. O acto de demissão, que Manuel Vilarinho, com a sobriedade que se lhe reconhece, havia já admitido publicamente enquadrar-se na estratégia “de quem manda”, tresandava a democrático.
 
A apressada marcação das eleições para data anterior, por exemplo, a que José Veiga perfizesse os cinco anos de sócio necessários para poder candidatar-se, foi mais uma achega.
 
A chamada de atenção a José Eduardo Moniz, depois tornada pública, numa entrevista de metamorfose idiossincrática, ao jeito de José Sócrates, de que não pagava quotas à 31 anos, foi certamente para alertá-lo, e prevenir males maiores caso aquele decidisse efectivamente concorrer. Tudo em prol da democracia, está visto, e da pluralidade, não fosse dar-se o caso de virem a não aceitar a sua candidatura.
 
Afastado este concorrente de peso, e o movimento “Vencer Benfica, Vencer…”, numa atitude de claro menosprezo em relação ao ainda concorrente Bruno Carvalho, proclama que, uma vez eleito vai alterar os estatutos do clube, alargando o período de tempo de permanência como associado necessário para qualquer sócio poder candidatar-se a Presidente. Talvez para 10 anos, o que já lhe daria margem suficiente para tramar pela segunda vez o bom do Veiga.
 
Enfim, é de uma democraticidade que impressiona. E tudo isto vindo de alguém que não se promove à custa do Benfica, que serve o clube, e que não está no clube para se servir, e, pasme-se, que não está agarrado ao poder.
 
É claro que este bonito discurso, uma vez pisado nos calos, desceu imediatamente ao nível rasteirinho e soez, que lá vai disfarçando como pode, apelidando o seu oponente, consócio de clube, de “garotão”.
 
O paladino da verdade desportiva, dava assim, uma vez mais, prova do seu elevado desportivismo, fairplay e respeito pelas pessoas e instituições.
 
Mas isso, ainda é o menos grave. É que se tivermos em conta o sóbrio comunicado do Presidente da Assembleia-Geral, Manuel Vilarinho, a lista de Luís Filipe Vieira põe em causa a citação judicial recebida, e logo, uma ordem do tribunal, preparando-se para não a acatar.
 
Já se tinha percebido, pelos comentários do personagem Vieira, às decisões dos tribunais no caso “Apito Dourado”, que o seu conceito de justiça é variável, consoante as decisões lhe são favoráveis ou contra.
 
Pior. Luís Filipe Vieira encontra-se preso, num tempo que não é, claramente, o seu. A sua concepção de democracia, todos por mim, ninguém contra mim, é própria de um regime que existiu em tempos idos, durante o qual cresceu, e se terá feito simpatizante encarnado, e em que as coisas, ao que se conta, funcionavam dessa maneira.
 
Mas o Mundo não parou desde então. Evoluiu. E a sociedade também. A democracia parece estar para durar, e Luís Filipe Vieira continua cristalizado num Mundo seu, onde tenta levar a água ao seu moinho, à sua maneira. É compreensível a frustração que deve sentir.
 
Só que isso, provavelmente, combate-se com sessões de terapia. Nós, é que não temos nada que ver com isso.
 

Pela parte que me toca, fico a torcer para que tudo corra bem a Luís Filipe Vieira. É o Presidente que eu sempre quis…para o Benfica!