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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Agent Provocateur *

25
Set09

Depois de ver Sílvio Cervan, no programa da SIC Notícias, “Dia Seguinte”, criticar de forma contundente o árbitro Jorge Sousa, a propósito da sua actuação no jogo que pôs frente-a-frente a Académica de Coimbra e o Sporting, tenho que admitir que foi com algum espanto que vi depois, a sua nomeação para o jogo entre a União de Leiria e o Benfica.

 
Fiquei na dúvida se o Vítor Pereira estava numa de provocar o Benfica, ou antes, numa de Cupido, tentando promover as pazes entre os desavindos.
 
A actuação do Jorge de Sousa, com o penálti marcado a favor do Benfica, levou-me a concluir que a segunda hipótese era a mais provável.
 
Agora, a recente nomeação de Duarte Gomes para o FC Porto x Sporting, veio novamente lançar a dúvida sobre a bondade dos propósitos da mesma.
 
É por demais sabido que o Sporting tem um contencioso aberto com este árbitro. Mesmo que Vítor Pereira venha dizer que “é tudo normal”.
 
Sendo esta uma nomeação, no mínimo, pouco pacífica, apetece por isso perguntar: a quem é que aproveita a indigitação deste árbitro para este jogo?
 
Ao Sporting? Se seguirmos a lógica aparente da nomeação de Jorge Sousa, no caso do jogo União de Leiria x Benfica, poderá parecer que sim.
 
Ao FC Porto? Se tivermos em conta o clima tenso existente entre os sportinguistas e este árbitro, não é de todo destituída de fundamento esta hipótese.
 
Se o árbitro, por um acaso do destino, ou por lapso, prejudicar o Sporting, o que é irá acontecer? É claro que virão por aí dizer que o FC Porto é beneficiado nas nomeações, e etc, etc.
 
E se Duarte Gomes favorecer o Sporting? Será uma forma de provar que afinal de contas, nada o move contra o clube de Alvalade e fica demonstrada à saciedade a sua isenção. Virá mal ao Mundo? Nem por isso. O Sporting alcança o FC Porto na classificação, e o Benfica, acaso ganhe o seu jogo, que é isso que preocupa o Jorge Jesus, e não os resultados dos clubes rivais na luta pelo título, fica a seis (!) pontos dos portistas.
 
Seis pontos?! É verdade. Vamos recapitular: a quem é que aproveita esta nomeação? A ver vamos, a ver vamos…
 
As responsabilidades do Sr. Vítor Pereira no futebol português, deviam permitir-lhe ver além “dos parâmetros e dos critérios (…) definidos e decididos”. Não é com uma nomeação destas que se contribui para minorar o clima de suspeição, que não obstante o “Apito Dourado”, paira sobre o futebol nacional.
 
Voltamos ao mesmo: resta saber a quem vai aproveitar esta nomeação. À partida a actuação do Sporting, por muito que os seus dirigentes e jogadores, digam o contrário, já está condicionada. E com o feitio do Paulo Bento, ainda pior. É o rastilho para, caso as coisas não corram a contento, despoletar as reacções desabridas do costume.
 
O Sr. Vítor Pereira, enquanto árbitro foi mestre na arte da condução do jogo e do seu empastelamento a meio-campo. Equipa que não quisesse deixar jogar, não jogava mesmo. Eram faltas e faltinhas assinaladas no meio do terreno, de forma a empurrá-la para trás, ao mesmo tempo que, quando na posse da bola, essas faltas ficavam em claro quando era o adversário a praticá-las, impedindo-a de avançar.
 
Nada de muito flagrante. Eram mesmo faltas e faltinhas. Nada de muito escabroso, como penáltis ou foras-de-jogo mal assinalados. A maior parte dos mortais nem dava por ela, mas foi um mestre na arte do anti-jogo.
 
O ponto alto da sua carreira foi, sem dúvida, a não expulsão do Vítor Baía, num famoso jogo do FC Porto contra o Belenenses, por jogar a bola com as mãos fora da grande-área. Aí, o Sr. Vítor Pereira não se coibiu de não aplicar os “critérios definidos e decididos”, e fez vista grossa.
 
Há que saber dançar conforme a música, e consoante quem está na mó de cima, não é?!
 
Felizmente o estilo de arbitragem do Sr. Vítor Pereira, há que reconhecê-lo, não está ao alcance de todos. É preciso savoir-faire para conseguir pô-lo em prática, e a grande maioria dos nossos árbitros é, pura e simplesmente, parafraseando o Paulo Bento, “incompetente”.
 
O grande seguidor deste estilo, e quiçá, o único em que revejo o grande Vítor Pereira, é o Lucílio Baptista. Vá-se lá saber por quê, ou por outras palavras: a quem é que tal aproveita?
 

Nota: Dito isto, só espero que o árbitro, em primeiro lugar, e o FC Porto e o Sporting, façam três excelentes exibições, que ganhe o melhor, e que o melhor seja o FC Porto, claro está!
 
* título do álbum de 1984 dos Foreigner, que incluía o sucesso “I Want to Know What Love Is” e o menos ouvido “Yesterday”.

 

 

 

 

Haja Paciência - a conclusão

22
Set09

Lá diz o ditado, e com razão: "as gatas apressadas, parem os filhos cegos".

 

Com a pressa de pôr cá fora o post anterior, esqueci-me de algo muito importante: dar os parabéns ao Domingos Paciência.

 

E não é só pela vitória. É por isso, e pelos resultados que alcançou até aqui, com uma equipa de jogadores, que, como diz o omnipresente Jesus, "foram escolhidos por mim".

 

E ainda por quase conseguir calar aqueles que diziam que iria fazer um favor ao FC Porto. Deu-lhes um banho de dignidade e profissionalismo.

 

Parabéns! 

Haja Paciência

21
Set09

 

Como diria o "Gato Fedorento", digamos que fiquei "medianamente" lixado com a derrota do FC Porto em Braga.

 

É certo que o FC Porto perdeu, e isso irrita-me, mas, dentro de tudo, houve atenuantes para que não ficasse completamente lixado.

 

Vejamos, ou melhor, não vejamos, porque não vi o jogo. Só uns quantos comentários, a jogada do penálti do Álvaro Pereira e o golo do Alan. Não sei se o FC Porto jogou bem ou mal, mas por aquilo que ouvi e vi, o Pedro Proença até perdoou uma grande penalidade ao FC Porto.

 

Estava a começar a detectar no Álvaro Pereira uma perigosa tendência para fazer faltas estúpidas nas proximidades da área, e claro, agora aprimorou-se, e cá vai disto, mesmo dentro da área.

 

E quanto ao golo, o que dizer de um golo assim? "Ponham o Beto no lugar do Helton"?! Será que adiantava? Não sei, mas não me parece.

 

Mas isto são só pormenores. O que irrita verdadeiramente é que foi preciso o FC Porto perder em Braga, para alguns palermas engolirem em seco aquela estupidez do jogo com o Sporting de Braga, não passar de favas contadas, porque o Domingos havia de fazer um favorzinho ao Porto.

 

Cambada de idiotas! Então só porque o homem jogou em tempos no FC Porto, e é portista, ia perder ou empatar um jogo, "para fazer um favor"!

 

Os palermas que colocaram essa hipótese nunca devem ter ouvido falar em brio e dignidade profissional. Deve ser qualquer coisa que não existe nos seus clubes, e claro está, é perfeitamente normal para eles, até obrigatório, que os treinadores dos clubes adversários, ex-profissionais do seu clube, façam o tal "favorzinho", quando defrontam o "grande clube".

 

Por favor. Então se o homem é do FC Porto, já deviam saber que, a última coisa que ele faria, era um favor. A quem quer que fosse. Não é essa a fama do FC Porto?

 

O que é chato é que foi preciso uma derrota para calar esses idiotas. E nem assim se calaram. Agora é ver as parangonas: "Traição de Domingos". Estúpidos, o jogo até foi ao Sábado!

 

Está-se mesmo a ver que com o Jorge Costa e o Olhanense, vai ser a mesma história.

 

E depois temos o Glorioso, e mais o seu divino treinador.

 

Ainda mal tinha acabado o jogo, e já o Mestre proclamava: "Tenho a certeza que foi grande penalidade"!

 

Compreende-se. Foi uma questão de fé.

 

Na realidade, não era castigo máximo. Quando muito seria jogo perigoso, livre indirecto, e cartão amarelo.

 

Mas o que é que isso interessa? Niente. Para o bom do Jesus, inabalável na sua fé, mesmo depois de ver o lance na televisão, continua a ser penálti, e mais, "É com este espírito que se fazem campeões", diz ele.

 

Não lhe chamaria "espírito", mas lá que é espirituoso, ai isso é. E depois, vêm alguns criticar o Jesualdo...

 

O bom do Jesus prepara-se para suceder ao Giovanni Trappatoni, e ver cair-lhe no colo um título da Liga. Só que ao contrário do Trap, que não soube muito bem de onde é que aquilo veio, este sabe perfeitamente, de onde é que vem e como é que vai ser campeão.

 

O Trappatoni, que já tem títulos ganhos a dar com uma pá velha, se calhar, ao contrário do Rui Costa, até tem alguma selectividade em relação ao orgulho que tem dos títulos que conquista.

 

O que é certo é que, depois de ganhar a Liga pelo Benfica, com a desculpa das saudades da família, pisgou-se de volta para casa. Deve é ter tomado o caminho mais longo, porque, ao que consta ainda não chegou lá.

 

Lembro-me perfeitamente do amigo Jesus, dos tempos de jogador do SC Farense, a caminho do Estádio de São Luís, de blusa de linho, calça largachona, sandálias e bolsa a tiracolo, com o aspecto de quem andava a fumar coisas esquisitas.

 

Como jogador, batia a cem por cento certo com o que o Manuel Fernandes disse dele no "Record" de domingo: sem chama, mole, pouca nervo, como que a pisar ovos em pleno campo, isto, quando jogava.

 

Agora redefiniu-se como treinador. É aguerrido, tem fibra, tem opiniões firmes, ainda que erradas, e é a voz do dono. É pena.

 

Mas se é esse o preço que se tem de pagar para ser campeão, que seja.

 

E daí o "medianamente" lixado. Como cada vez mais estou convicto que esta podia ser baptizada a Liga-pescada (antes de o ser, já era), e que vai ser para o Benfica, pelo menos não vou ficar completamente lixado com as derrotas que o FC Porto possa sofrer.

 

Com as vitórias imerecidas dos outros, é que vamos a ver...

 

 

 

 

 

Saem dois Compensans

16
Set09

O programa desportivo da RTP N, “Trio d’Ataque”, tem uma rubrica, o “Topo e Fundo”, em que os comentadores de serviço (António Pedro de Vasconcelos, em representação do Benfica, Rui Oliveira e Costa, do Sporting e Rui Moreira, pelo FC Porto – note-se que a ordem é alfabética, e por mero acaso, coincide com a ordenação comummente aplicada), fazem as suas escolhas para cada um daqueles “pódios”.

 
No pouco que assisti da edição de ontem, foi sem grande surpresa que vi António Pedro de Vasconcelos colocar no “Fundo”, a decisão do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, que considerou inválidas, na parte do processo “Apito Final”, relativa ao Presidente da União de Leiria, João Bartolomeu, as escutas telefónicas retiradas do “Apito Dourado”.
 
Caiu mal entre os benfiquistas mais esta arrochada no “Apito”. Causa-lhes um tremendo mal-estar e azia enorme que, afinal de contas, o “Apito Final” venha desmantelar o “Dourado”, e pôr a nu a inconsistência da, tão defendida por eles, “justiça desportiva”.
 
Para o sr. António Pedro, que segundo afirmou, “não é jurista”, mas que teve algumas conversas com pessoas entendidas no assunto, a decisão do tribunal foi mal fundamentada, e não compreende como é que, face à gravidade do que se ouviu nas escutas, passe a redundância, e às decisões de sinal contrário a esta, tomadas por outros 23 juízes, o Tribunal tenha decidido como decidiu.
 
Independentemente da gravidade do que foi escutado a João Bartolomeu, pois não é isso que está em causa na decisão do Tribunal, como querem fazer crer o sr. em causa, e os senhores com quem terá conversado, ainda vivemos num pretenso Estado de direito.
 
Sabe-se que para os benfiquistas, as decisões dos tribunais, quando não são favoráveis às suas pretensões, o que até acontece com bastante frequência, não passam de lana caprina. No entanto, já bastas vozes haviam avisado que a prova recolhida em processo criminal não podia ser reutilizada em processo disciplinar. E adiantou alguma coisa?
 
Nem por isso. O que colhe para o sr. Vasconcelos, e para os benfiquistas em geral, é o argumento dos 23 juízes que decidiram a favor das suas ideias. No fundo, é a tal história dos seis milhões.
 
Em seis milhões, apanhar 23 benfiquistas, é mais provável do que apanhar quem não o seja. Agora, pelos vistos aconteceu. Azar nítido.  
 
E quanto às conversas, era capaz de apostar que, pelo menos um (ou mais), dos interlocutores terá saído do seguinte grupo: Fernando Seara, Cunha Leal, Sílvio Cervan, João Correia.
 
Para tranquilizar os benfiquistas, e aliviar o ardor estomacal, gostaria de lembrar, que, ao contrário do noticiado, nada disto irá aproveitar ao FC Porto. Ao Boavista e à União de Leiria, talvez sim. Mas ao FC Porto, nem por isso.
 
E porquê? Porque o único caso em que o FC Porto foi castigado com base em escutas telefónicas, foi o famoso “Caso da Fruta”, do jogo com o Estrela da Amadora, que já está arquivado por falta de provas, pela segunda vez, depois de ressuscitado pela Dr.ª Maria José Morgado.
 
No caso do árbitro Augusto Duarte, não houve escutas, mas sim o depoimento da Carolina Salgado, reforçado depois no seu best-seller. E este também já foi julgado, tendo Pinto da Costa sido absolvido de todas as acusações.
 
Portanto, no caso do FC Porto, animem-se que não é por aqui que o gato vai às filhós.
 
Assim, fico à espera de ver, talvez na próxima semana, o António Pedro de Vasconcelos colocar no “Fundo”, o Delegado da Liga castigado por causa das omissões no relatório do jogo Benfica x Nacional.
 
Depois, foi com enorme regozijo que pude constatar a frustração dos três comentadores, relativamente à derrota do FC Porto contra o Chelsea.
 
É assim. O FC Porto eleva as expectativas de tal maneira, que depois as pessoas estranham que não ganhe, ou pelo menos empate, na casa do clube do Abramovich.
 
Os londrinos são candidatos à vitória na Liga inglesa, e para os comentadores, também o são à Liga dos Campeões, tendo ficado, para eles, a pairar a ideia de que, se tivessem acelerado mais um pouquinho, ai do FC Porto.  
 
A opinião geral foi de que o FC Porto devia ter ido jogar de “peito feito”, de igual para igual. Com o Falcao e o Varela, no mínimo, e talvez o Belushi, nos lugares do Cristián Rodriguez, do Mariano Gonzalez e do Guarín.
 
O prof. Jesualdo ao mexer na equipa, como fez, de acordo com os ditos comentadores, terá passado um atestado de menoridade ao FC Porto, ferindo, para o comentador do Sporting, e principalmente, António Pedro de Vasconcelos, o orgulho nacional, a dignidade, o nome e a honra do futebol pátrio. Enfim, um crime de lesa Pátria.
 
Por norma, revejo-me nas posições de Rui Moreira, mas desta vez, talvez levado pelo seu entusiasmo, não me parece que tenha razão.
 
Então vejamos. Perante o Chelsea, candidato à Liga nacional e à Champions, com um poderio financeiro incomparável com o do FC Porto (LOL), e a quem bastaria uma aceleração para desfazer o castelo de areia portista, o FC Porto deveria entrar na máxima força?
 
Estamos a falar do FC Porto, que em 14 jogos, como hoje fazem questão de referir quase todos os jornais, nunca ganhou em Inglaterra, e que nos próximos dois jogos da Liga Sagres vai enfrentar o SC Braga e o Sporting. E estamos a falar, para além disso, de um jogo disputado à chuva.
 
Desculpem lá, mas, desta vez, acho que o Jesualdo fez muito bem em reforçar o meio-campo, poupando jogadores, e dando minutos a jogadores menos rodados.
 
Aliás, tirando a componente das expectativas, que no caso portista são sempre elevadas, o que até é salutar, e um sinal do respeito que os adversários nutrem por nós, não percebo o espanto. Na primeira parte o jogo até não correu mal, e se o Raul Meireles soubesse cabecear, outro galo poderia estar a cantar.
 
Ainda há menos de um mês, o treinador de um clube enorme deixou de fora de uma partida uma série de jogadores, precisamente para dar minutos a atletas menos utilizados. Perdeu o jogo contra o portento ucraniano Vorksla Poltrava, e nem por isso cairam o Carmo e a Trindade, e terão ficado feridas a dignidade e a honorabilidade do futebol português.
 
Será, talvez, sinal de habituação!
 
É bem certo que a eliminatória estava praticamente assegurada com o resultado do jogo em casa. Mas que diabo! Para o FC Porto era a estreia na Champions. O primeiro jogo do grupo, e com o empate entre Atlético de Madrid e Apoel, decisivos, decisivos, são os jogos com estes e o jogo em casa com o Chelsea!
 
Não vale a pena dar o passo maior que a perna, e correr o risco de deixar fugir o Benfica na Liga, o que vinha mesmo a calhar para a estratégia de “bola de neve” dos encarnados.
 

Haja tranquilidade, como diria alguém, que mesmo com aquela equipa, demos luta ao Chelsea, e esqueçam as “teorias da aceleração”.

Muitos Parabéns!

15
Set09

Esta é de quinta-feira passada, por isso é já um bocadinho requentada, mas mesmo assim, não queria deixar de expressar os meus sinceros parabéns ao Benfica, pelo facto de, segundo a IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol), se encontrar na 9.ª posição dos melhores clubes europeus do século XX.

 
É que o FC Porto encontra-se em 29.º na mesma tabela, e, pelo menos pela parte que me toca, dá-me muito mais gozo ganhar aos melhores do que andar a bater em coxos, e a ganhar Eusébio Cups. E, segundo consta, nos últimos anitos o FC Porto, tem dado luta ao 9.º classificado da IFFHS!
 
Também de acordo com as últimas informações, mas com o risco de se tratar de um boato infundado, parece que já estamos no século XXI há uns tempos…e como dizem os Xutos, “o passado foi lá atrás”!

 

Essa, não Angulo!

09
Set09

Então as grandes novidades lá para as bandas de Alvalade, neste final de época de contratações, foram a venda do Rochembach, e a contratação do Angulo?!

 

Bem, a saída do Fábio "vai tomar no c..."* Rochembach, parece-me uma boa notícia. O futebol torna-se mais escorreito quando o campo não tem pedregulhos no meio, e os adversários agradecem menos um caceteiro encartado em campo.

 

Agora, desenganem-se se a ideia era substitui-lo, troca por troca, pelo Angulo. Para já, para substituir o Roca, seriam necessários, pelo menos, para aí dois Angulos, e mais um bocadinho, pois claramente que não ocupam o mesmo espaço.

 

E quando digo isto, digo-o literalmente, e em termos de posicionamento no terreno de jogo.

 

É que o Angulo, daquilo que me lembro, porque segundo me parece, ele até tem jogado pouco nos últimos tempos, é bem mais parecido com o Ronhanholi, que já se foi, com o Matias Fernandez, ou com o João Moutinho, do tipo organizador de jogo, pela direita ou pela esquerda, ou avançado mais recuado.

 

Por isso, tenho que admitir que não compreendo esta contratação, seja de que ângulo for. Então, um clube que se vê na contingência de, em última instância, ter que pôr o Tonel a avançado de centro, a fazer companhia ao Saleiro, e que tem, para posições semelhantes o João Moutinho, o Izmailov, o Vukcevic e o Matias, vai buscar o Angulo?

 

Uma jovem esperança com 32 anitos, com um feitiozinho pouco recomendável, ao que consta, e que lhe valeu um emprateleiramento quase instantâneo, quando o Koeman chegou a Valência, para quê? Não lhes basta os maus feitios que por lá andam a dar chatices e a tirar a tranquilidade ao Paulo Bento?

 

Para relançar a carreira, como o Pablito Aimar, no rival da Circular, ou para ganhar um complemento de reforma?

 

Vão vender o João Moutinho nos próximos tempos?

 

Desculpem lá, mas não compreendo, e vou calar-me, antes que o Presidente do Sporting venha de lá, e me mande fazê-lo...

 


* expressão com que o dito cujo mimoseou o seu treinador na altura, José Peseiro, ao ser substituído num jogo qualquer, e que, toda a gente percebeu...menos o Peseiro. Não sei como é que este homem chegou à final da Taça UEFA. Ou melhor, sei: com o João Moutinho a levá-lo a ele, e o Roca, e os outros, ao colo!