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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

E viró disco... (actualizado em 03.11.2009)

30
Out09

Mais uma noite gloriosa do Glorioso, e mais um adversário cilindrado sem dó, nem piedade.

 
Mais uma vitória, e uma vitória daquelas que fazem a concorrência roer-se de inveja, e acima de tudo, uma vitória transparente, límpida, cristalina mesmo, diria eu.
 
Como nos dias de hoje, nada é deixado ao acaso lá para os lados da Luz, foi uma vitória que começou a ser preparada e construída bem antes do jogo. Não, não me estou a referir aos treinos semanais de preparação, que esses, por força do jogo europeu, a meio da semana, terão sido poucos.
 
A construção começou aquando da nomeação do árbitro Vasco Santos, logo prontamente, identificado como conotado com o "Apito Dourado".
 
E é mesmo assim que se fazem as coisas. É preciso memória, e saber quem é quem. Como provou o Dr. Fernando Seara, que para além de saber o nome do árbitro-auxiliar-que-anulou-um-golo-ao-Benfica-mas-que-validou-um-semelhante-ao-Nacional (eu não sei o nome, nem me dei ao trabalho, e por isso os hífens), até sabe em que é que ele esteve envolvido, e em que equipas de arbitragem esteve integrado. Vai na volta, até a cor das cuecas…
 
Um espanto! Um autêntico SIS ao serviço da causa desportiva!
 
Mas voltemos ao jogo. Identificados o árbitro e o árbitro auxiliar, havia esse pequeno pormenor, 90 minutos mais descontos, no tal campo de cento e não sei quantos metros, por sessenta ou setenta e picos, como diz o Jesus, a aturar uns quantos palermóides, vindos da Pérola do Atlântico.
 
E o jogo até começou bem. O Benfica fez o 1-0, numa bela jogada de futebol corrido.
 
A partir daqui é que foi o descalabro. Então não é que o sacana do árbitro auxiliar do Fernando Seara, resolve deixar passar um fora-de-jogo a um jogador do Nacional, e o tipo até marca golo?
 
Pior ainda. Então não é que o árbitro auxiliar do outro lado anula um golo ao Benfica, por um fora-de-jogo, para alguns milimétrico, mas ainda que assim seja, fora-de-jogo?
 
1-1 em golos, 0-2 em prejuízo para o Benfica.
 
A sorte é que lá veio o 2-1, ajudar a compor as coisas, e todos para o duche. No túnel, no famoso túnel, não se passou nada, excepto com o Rúben Micael, que foi acometido por um ataque súbito de complexo de perseguição.
 
De tal maneira não se passou nada, que o árbitro nunca mais foi o mesmo.
 
O árbitro auxiliar do Fernando Seara, fazendo jus ao epíteto que este lhe colocara, tem o desplante de anular um golo ao Benfica, numa jogada, muito parecida com a do golo do Nacional.  
 
0-3 a favor do Nacional, mas com um senãozito. Não houve golo anulado, a jogada foi interrompida antes de o esférico penetrar na baliza nacionalista.
 
Esclarecido este, para todos os efeitos, mero detalhe, siga a banda. E a banda segue com mais uma daquelas jogadas do Aimar, a que eu não tenho coragem de chamar pénalti ou grande penalidade, e prefiro chamar “uma-jogada-daquelas-em-que-o-Aimar-resolve-atirar-se-para-o-chão-e-o-árbitro-dá-um-penálti-daqueles-que-fazem-rir-a-malta”.
 
Foi tão descarada, que até o Sílvio Cervan, na primeira vez que mostraram a repetição da jogada na televisão, e certamente (ou não), sem saber que estava a ser filmado, não conseguiu conter um sorriso trocista.
 
Grande penalidade inexistente para o Benfica, cartão amarelo para o homem da Madeira, e golo para o Cardozo, que esta época, a continuar assim, vai bater os recordes de golos do Jardel e do Yazalde juntos.
 
Na realidade, o que devia ter acontecido era um cartão amarelo para o Aimar, o qual, somado a uma entrada anterior sobre um jogador do Nacional, que também não lhe foi mostrado, dava uma bela expulsão aos 48 minutos de jogo, e com o resultado em 2-1.
 
Entretanto, o resultado passa para 3-1 para o Benfica, e as coisas equilibram-se em termos de prejuízo, 3-3.
 
E vem o 4-1, pelo Saviola, e nada de especial a dizer, apesar dos protestos nacionalistas, de uma falta sobre o Rúben Micael, que continuava a ser perseguido.
 
Depois vem o 5-1, na sequência de uma defesa incompleta do Bracalli, num livre a punir falta inexistente do Patacas, que acaba expulso.
 
Para os benfiquistas, tudo o que pudesse acontecer ao Patacas, desde os 44 minutos de jogo, em que, segundo alguns deles (pelo menos o Cervan), o dito deveria ter sido expulso, com o segundo cartão amarelo, era benvindo, portanto, nada de especial.
 
O Nacional talvez diga o mesmo, no que diz respeito ao Aimar, mas isso é uma questão de opiniões…
 
O que é certo é que a falta não existiu, o tipo foi expulso, e o Benfica passa a liderar, sendo beneficiado, 5-3.
 
Para acabar, o penáltizinho da ordem, sobre o Ramires. Assim ao jeito do penálti que também foi marcado sobre ele, no jogo com o Belenenses. O homem, para além de correr muito, sabe deixar-se cair.
 
Aliás, nessa matéria, o Benfica tem este ano dois artistas – ele e o Aimar.
 
Termina o jogo. Resultado final: 6-1, computo benefício/prejuízo: 6-3.
 
Dir-me-ão: “Ah, e tal, o Benfica até marcou três golos sem mácula, e o Nacional, foi beneficiado no tento que obteve”.
 
Pois sim. A questão é que, se entrarmos no campo do “suponhamos”, imaginemos que, como de direito, o Aimar era expulso aos 48 minutos, com o jogo em 2-1, para o Benfica. O jogo seria o mesmo? E se o Patacas tivesse sido expulso antes?
 
Vá-se lá saber! O que é certo é que aquela jogada da grande penalidade, teve uma influência directa no resultado, que a expulsão do Patacas nunca teria. E mais do que isso, acabou com o jogo.
 
E, se calhar dir-me-ão mais ainda: “Sim, sim, e o FC Porto não foi pouco beneficiado contra a Académica”.
 
Então, vejamos o que se passou no FC Porto x Académica.
 
No primeiro golo do FC Porto, diz-se que há fora-de-jogo. Só se for do jogador portista que sai detrás do guarda-redes. Os restantes, mal ou bem (para a Académica), estão, pelo menos, em linha, com o último defesa, e têm atrás de si o Rui Nereu.
 
Acham que é o jogador que sai detrás do guarda-redes que perturba a intervenção deste? Brilhante! É só ver no vídeo se existe alguém a estorvá-lo. Há um palerma de um jogador do Porto, que ainda tenta meter a cabeça à bola, e poderia estragar a jogada, mas, até esse estava em jogo.
 
Adiante. No segundo golo, não me parece que haja grande motivo para falatório.
 
O terceiro, esse é que é a desgraça total. Ainda por cima, têm depois o desplante de anular um golo do mesmo género ao Glorioso.
 
Vista a jogada, tenho que admitir que fiquei com dúvidas, mas, se como alguns, às vezes dizem, o que conta é a última parte do corpo do jogador, então há um pezinho do jogador da Académica que põe em jogo o Farías.
 
Lá está. É o que me pareceu. Não tive acesso a imagens de vídeo, com direito a paragens e linhas a marcar o fora-de-jogo. Admito que talvez não seja assim.
 
Se for, o FC Porto foi efectivamente beneficiado, com o resultado em 2-1.
 
Agora, descarada, descarada, é a jogada em que o Bruno Alves faz penálti sobre um jogador estudantil. O que é que se pode dizer? É penálti, e pronto. E, pronto não. Cartão amarelo para o capitão do Porto. Ou queriam vermelho?
 
Contabilizando, o FC Porto foi beneficiado em dois lances capitais, um deles com implicação directa no resultado, a Académica, zero.
 
Estava tão absorto com o FC Porto, que me esqueci da Académica. É que os academistas reduziram para 1-2, com um golo que até teve honras de “Melhor da Semana”, para o SapoDesporto.
 
O golo foi bonito, sim senhor. Um valente pontapé do Miguel Pedro (este tipo merecia um clube mais pujante!).
 
Mas o que é lá aquilo! Eh, eh, eh. Onde é que o Éder tem a mão? Olá, então não é que o tipo mexe o pé e a mão na direcção da bola. E, macacos me mordam, se não toca na bola com a mão. Assim, com a ajuda de uma mãozinha marota é mais fácil dominar a bola, não é?
 
 
Golo da semana! Esta Liga está o máximo. Já tivemos um jogador expulso duas vezes, e agora temos um golo da semana, em que o jogador que faz o último passe, joga a bola com a mão. Ainda bem que é contra o FC Porto. Não há azar!
 
Contabilizando, o FC Porto foi beneficiado em dois lances capitais, um deles com implicação directa no resultado, a Académica, num.
 
Para as coisas acabarem em beleza, faltava mais um golo para a Académica. Um golo em que o Sougou, para não ficar atrás do Éder, dá um jeitinho com a manita, para por a redondinha mais a jeito.
 
Só que isto foi já ao cair do pano, aos 92 minutos, a malta já estava de saída, e não interessa.
 
No total, o FC Porto e a Académica foram beneficiados, cada um, em dois lances.
 
Diferenças para o jogo do Benfica. Poucochinhas. Foram duas arbitragens execráveis, de dois dos árbitros mais promissores cá do sítio.
 
Tanto o FC Porto, como o Benfica, como a Académica, como o Nacional, foram beneficiados e prejudicados.
 
Então, porque é que raio é que o jogo do Benfica dá tanta comichão?
 
É que o Benfica foi, “ligeiramente”, mais beneficiado. Aliás, têm-no sido ao longo das nove jornadas já jogadas, com a excepção dos jogos com o Vitória de Setúbal, que não foi capaz de fazer melhor, e com o Paços de Ferreira, que parece não ter querido fazer melhor.
 
Quiçá pelo facto de o treinador estar de saída para o amigo Guimarães.
 
Mas pior do que isso, é que quando o Benfica é beneficiado, o é de uma tal maneira, que mata completamente o jogo. Basta ver este jogo e a partida contra o Leixões.
Não dá hipótese ao adversário. Se isso fosse resultado da “dinâmica do jogo” benfiquista, como diz o Jesus, tudo bem. Só que o que se tem visto, não é bem isso. Pelo menos nestes dois jogos, a dinâmica esteve mais do lado da equipa de arbitragem.
 
Quando não é assim, como em Leiria, lá vêm as “jogadas-daquelas-em-que-o-Aimar-resolve-atirar-se-para-o-chão-e-o-árbitro-dá-um-penálti-daqueles-que-fazem-rir-a-malta”.
 
Dito isto, tenho para mim que a teoria do “colinho”, é bem mais do que uma “teoria da conspiração”, e que, efectivamente, os encarnados estão a ser levados ao colo. E não é só no plano desportivo.
 
O futebol, devia ser arte, a arte do jogo, e não estes “pormaiores”.
 

Sendo arte, “the beauty is in the eye of the beholder”, ou, na nossa língua de Camões, “cada cabeça, sua sentença”.

 


P.S. (escrito em 03.11.2009):

 

Apesar de provavelmente, poucos se terem dado ao trabalho de ler este post, acho que, quando nos enganamos ou exageramos, fica bem fazer a respectiva rectificação.

 

De facto, bem vistas as coisas, continuo a achar que o lance do pénalti sobre o Aimar, foi decisivo no desfecho final desta partida, mas também tenho que admitir que a jogada só é decisiva porque, entretanto o Nacional da Madeira havia equilibrado o resultado através de um golo obtido ilegalmente, e o Benfica viu uma jogada, que poderia ou não dar golo indevidamente anulada.

 

Portanto, até o árbitro começar a parvejar, o resultado estava 1-0 para o Benfica. Ou seja, em termos práticos, a partir do momento em que o Patacas poderia ter sido expulso (44 minutos), a verdade do jogo ficou adulterada. Ainda que, quanto a mim, não havia motivo para a expulsão. Mas isso sou eu a pensar.

 

Depois, com se descontarmos o golo que valeu para o Nacional, e não deveria ter valido, e acrescentarmos o golo que deveria ter valido para o Benfica, e não valeu, o jogo ia para intervalo com 3-0, para o Benfica.

 

Daqui para a frente, com pénalti sobre o Aimar, ou sem ele, dificilmente o Nacional daria a volta ao texto, portanto, os erros do Sr. Vasco Santos só contribuiram para o avolumar da goleada, o que, tendo em conta as declarações do Luis Filipe Vieira, não é coisa de somenos, porque, com as goleadas terão aumentado as receitas de bilheteira e a valorização bolsista das acções do Benfica SAD. Estas últimas em qualquer coisa como 27 milhões de euros!  

 

 

 

Foi você que pediu...a treta do costume!

29
Out09

 

Na terça-feira passada surgiu a notícia da convocação do Hulk  para a Selecção brasileira.

 

 

Na quarta-feira, o Dunga é babaca, porque o Hulk perde muitas bolas.

 

 

 

Hoje, o David Luiz é o próximo a ir à selecção (brasileira).

 

 

 

 

E agora digam lá: há notícias encomendadas no jornalismo em Portugal?

 

Claro que não. Há é muitas coincidências. E certos clubes, que nem nas pseudo notícias jornalísticas podem dar-se ao luxo de perder. Como é que ficavam os 27 milhões de capitalização bolsista?

 


Nota: O Benfica não perde bolas. É por isso que só ganha jogos por mais de quatro golos, e vai ser campeão.

 

Vai uma aposta?

02
Out09

 

É para este fim-de-semana, e especialmente dedicado àqueles que já estão a mandar bocas ao Jorge Costa, por causa do próximo jogo Olhanense x FC Porto, fica aqui um desafio.

 

 

Tentem lá adivinhar:

 

A quantos minutos de jogo é que o Cardozo vai converter o penálti contra o Paços de Ferreira, na sequência de "falta" cometida sobre o Aimar?

 

A quantos minutos de jogo é que vai ser expulso o primeiro jogador do Paços de Ferreira? E o segundo?

 

Para mim, o penálti e a primeira expulsão vão ser aos 37 minutos de jogo. Até dá para imaginar a jogada: o Danielson espirra na área, o Aimar cai. É castigo máximo e vermelho directo, porque o argentino ia isolado para a baliza, em claro fora-de-jogo.

 

Mas isso não é para aqui chamado.

 

A segunda expulsão vai ser três minutos depois do golo do empate do Paços, que não entra nesta estória, por isso nem vou tentar adivinhar quando será.

 

 


Nota: Desculpem lá olhanenses, mas só espero que o Jorge Costa não se arme em Domingos!

 

 

Sabedoria popular

01
Out09

Reza o dito popular que “é mais fácil apanhar um mentiroso, que um coxo”. O povo é sábio, e sabe-a toda.

 
Quem não a saberá toda, ainda que, sem sombra de dúvida, saiba muito, é o Jorge Jesus. E isto, ainda a propósito do jogo Benfica x Leixões, do último fim-de-semana.
 
O treinador do Benfica parece que se começa a alcachofrar com as constantes, e claro está, infundadas, alusões de que o seu clube tem sido ajudado na carreira brilhante que tem feito até aqui na Liga Sagres.
 
De tal maneira que se tem visto obrigado a fazer alguns malabarismos para demonstrar o contrário. Após o jogo com o Leixões foi vê-lo a justificar o descalabro leixonense pela “dinâmica ofensiva” do jogo do Benfica, que fez com que os do Mar arriscassem faltas, e se vissem por isso, castigados disciplinarmente.
 
Mais, segundo confidenciou, ao intervalo terá dito mesmo aos seus jogadores, que por causa disso, o Benfica ia golear na segunda parte.
 
Questões de fé e contactos divinos preferenciais à parte, o Jesus deve ter algum espírito santo de orelha que lhe segreda essas coisas. Se bem que, com um adversário reduzido a dez elementos desde os 26 minutos da primeira parte, não foi grande a profecia.
 
Além disso, os factos do jogo e o Aimar, encarrega(ram)-se de desmentir o treinador do Benfica.
 
O Pablito disse, de caras, no flash interview, que o Benfica tinha entrado nervoso, e que só na segunda parte, com o adversário reduzido a dez jogadores, é que tinha assentado o seu jogo.
 
Viu-se a reacção abespinhada do Jesus a este comentário. Atirou-se ao argentino, dizendo irado que não, que a equipa não entrou nervosa, “o jogador organizador de jogo, é que estava nervoso”.
 
Pouco tempo depois, num tom mais calmo, certamente depois de falar com o João Gabriel, lá teve de emendar a mão. A equipa continuou a não estar nervosa, para num meio elogio a Aimar, acrescentar que o organizador de jogo do Benfica quer fazer tudo muito rápido. Então, como por vezes começava a pensar a jogada antes de ter a bola nos pés, dava buraco.
 
Depois, salomonicamente, dividiu as responsabilidades com o Saviola, que não ajudou, não sendo a referência costumeira na frente de ataque.
 
O Benfica, desde que o Presidente e o Rui Costa estão afónicos, tem uma excelente política de comunicação, e continua a ter uma brilhante estratégia de marketing.
 
Nada pode pôr em causa o grande Benfica. Tudo a favor, nada contra. Nem um jogador admitir que a equipa entrou nervosa em campo. Isso é dar parte de fraco, e não pode acontecer neste Benfica.
 
De tal maneira que foi ver o Aimar, no princípio da semana, na capa de um dos jornais oficiais do glorioso, a dizer que “estava maravilhado com o Benfica” e que “na Argentina não conhecem a grandeza do Benfica”. É assim. Amor, com amor se paga.   
 
Voltando, só por descargo de consciência, à questão da “dinâmica”. Também por aqui é desmentido o Jorge Jesus. Senão, vejamos quantos cartões amarelos é que os jogadores do Leixões levaram na primeira parte, à conta da “dinâmica” benfiquista.  
 
De acordo com os dados da Liga de Clubes, foram cinco: Tiago Cintra, aos 18 minutos, Pouga, aos 21 e 26 minutos, Tucker, aos 36 minutos e Wénio, aos 39 minutos.
 
Ora, se tivermos em conta que, destes, o primeiro do Pouga foi por responder a uma provocação do Luisão, após uma falta para amarelo, que ficou por mostrar, do Ramires, e o do Tucker, foi por “palavras” ao árbitro, ficamos com três cartões “dinâmicos”.
 
A não ser que se tenha em conta o “dinamismo” da provocação do Luisão, ou que se considere que a cabeça quente do Tucker, foi uma reacção “termodinâmica”.
 
Mais. O Wénio, toda a gente o conhece. Mais tarde ou mais cedo, acaba por ser amarelado, em todos os jogos. Portanto, ficamos, vá lá, com dois cartões e meio, por conta da “dinâmica”.
 
No Benfica, o dinamismo ofensivo todo, deu um cartão ao Luisão, na jogada com o Pouga (vá lá!), e um cartão por mostrar ao Ramires, por uma entrada ao género da que valeu o segundo cartão ao Pouga, e que curiosamente, foi sobre este mesmo jogador. Esteve em todas o rapaz!
 
Por isso, “dinâmica ofensiva”? Pois sim. Só se for talvez, a partir dos 54 minutos de jogo, quando o adversário ficou reduzido a nove jogadores.
 
E não é só isso. Estou com o José Mota, quando ele diz que é difícil sair em ataque organizado, quando as jogadas são sistematicamente cortadas em falta pelo adversário. Faltas essas que não são assinaladas, e são-no a favor do adversário.
 
É que a “dinâmica ofensiva” se constrói a partir da recuperação da bola. Se se permite a uma equipa recuperá-la em falta, e ainda se penaliza o oponente em jogadas idênticas, torna-se difícil tentar, pelo menos equilibrar o jogo.
 
Ou seja, ao contrário do que disse no último post, tenho de admitir que até há árbitros capazes de fazer arbitragens ao bom estilo do seu patrono, Vítor Pereira. Não conhecia este João Capela quando escrevi aquilo.
 
Por outro lado, não concordo com o José Mota quando reclamou do árbitro, uma atitude pedagógica para com os seus jogadores, dada a sua inexperiência. Aqui acho que as regras e os critérios são iguais para todos. Se alguém tem que ser um pedagogo, é ele próprio, José Mota. Agora, as regras e os critérios têm que ser iguais para todos, e, no entanto, não é isso que se vê.
 
É por estas e por outras que, por muito que o Jesus tente fazer crer que tudo se resume a uma questão de “dinâmica ofensiva”, não vai longe. Esta época está condenado forçosamente, a ter de vencer todos os jogos por margens confortáveis, para que as “ajudas” inexistentes, não se notem!
        
E quanto ao pretenso penálti não assinalado sobre o Ramires, tenho, de facto, de dar os parabéns ao árbitro. O castigo máximo que decidiu marcar, sobre o Aimar, foi bem mais verosímil. Se tem assinalado os dois, mesmo com quatro ou cinco a zero, dava muito nas vistas. Assim, com a ajuda do argentino, que sabe deixar-se cair ao nível do melhor Simão Sabrosa, fez a melhor escolha, e foi bem mais pacífico.
 
Melhor ainda quando o FC Porto x Sporting, que estava fadado para a polémica, deu mesmo em polémica.
 
Quanto a este jogo, há que reconhecer que os jogadores do Sporting estão mal habituados.
 
Estão habituados a fazer faltas e mais faltas, dar porrada a torto e a direito e a não serem penalizados.
 
Com o treinador que têm, é natural. Cada vez percebo menos as reacções de certos treinadores, jogadores, etc, que, quando são “amarelados” ou expulsos, reclamam que é a primeira falta, ou a segunda, ou coisa que o valha.
 
No caso da expulsão do Miguel Veloso, vê-se nas imagens o Paulo Bento, feito toiro enraivecido, dirigir-se ao árbitro, com dois dedos no ar, como que a dizer que era a segunda falta do rapaz.
 
Mas, e quê? Não se pode ser expulso à segunda falta? O Pouga fez uma falta, no jogo contra o Benfica, e foi expulso. O próprio Paulo Bento, que não fez falta nenhuma (cada vez é mais verdade!), também acabou expulso. O Hulk, que foi expulso duas vezes no mesmo jogo, uma delas depois do jogo ter terminado.
 
E há casos de jogadores excluídos do banco de suplentes, sem tirarem os traseiros do dito cujo.
 
Qual é o problema do Miguel Veloso ter sido expulso, aos noventa e tal minutos, por ter feito duas faltas? Não foram faltas?
 
Começo a ter que concordar com o Scolari, e com aquela história da bunda. O tipo dos penteados chega duas vezes atrasado aos lances. Em vez de tirar o pé, deixa-o ficar. Faz faltas para amarelo. Leva dois, e vai para a rua. O que é que há aqui de extraordinário?
 
Desculpem lá, mas nada. E nem todos os decibéis e a boçalidade do Paulo Bento e do Dr. Dias Ferreira alteram isso.
 
Se o Sporting tem motivos para queixa, não será com certeza desta expulsão.
 
Falam da jogada que antecede o golo do FC Porto, e que resultou no livre que lhe veio a dar origem. Que o Polga não terá feito falta sobre o Hulk. É possível. A jogada é duvidosa.
 
Tratando-se do Polga, há fortes probabilidades de ter sido falta. Com o Hulk envolvido na jogada, há fortes probabilidades de não ter sido.
 
Mas que diabo. O Hulk, para prosseguir a jogada, teria necessariamente que saltar por cima do Polga, porque este, ao entrar de “carrinho”, atravessar-se-ia sempre no seu caminho. O jogador do FC Porto, em vez de tentar saltar, deixou-se cair.
 
Em tempos, o FC Porto foi prejudicado num penálti, porque um anjolas que por lá andou, e agora está em Marselha, se lembrou de sofrer uma falta, e tentar prosseguir a jogada. Este caiu, e pronto. Devia ter tentado continuar a jogada? Talvez. Mas não o fez. Foi falta, a falta foi marcada, e foi golo. Mérito do FC Porto.
 
Se fosse ao contrário, de certeza que se discutia bem menos a não marcação da falta.
 
O outro grande momento do jogo foi a não expulsão do Raúl Meireles.
 
O primeiro amarelo não tem discussão. Na segunda falta, arrasta a perna do adversário. No entanto, ao contrário do que alguns querem ver, não me parece que o tenha feito de forma violenta, “ceifando” o Abel, como dizem. Aliás, vendo a reviravolta que o Meireles dá no ar, até parece ter o seu quê de casual. Mas admito que sim. Que aqui o Sporting terá sido prejudicado. Mas daí, até à escandaleira que se seguiu. Por favor…
 
A jogada aconteceu ainda na primeira parte. Não é de hoje que os árbitros portugueses, quando dão cartões amarelos muito cedo, se baldam a expulsar os jogadores punidos ainda na primeira parte, mesmo quando fazem falta(s) para isso.
 
Certo? Errado? Quanto a mim, é errado. Se fez a falta, vai para a rua. Agora, o que é certo é que os árbitros portugueses têm muito esse hábito enraizado. Excepto, lá está, em casos como o do Sr. João Capela, no Benfica x Leixões.
 
Houve aqui parcialidade do árbitro? É provável. Como em tantas outras ocasiões do mesmo género, em tantos outros jogos. O azar é que foi a favor do FC Porto.
 
A fora isto, o suposto penálti sobre o Liedson, dá vontade de rir, e a segunda expulsão, que o João Moutinho viu, será melhor que ele esclareça em que jogada foi, e se foi mesmo neste jogo.
 
Agora, que o árbitro não devia ter sido nomeado para este jogo, não devia. De acordo.
 
Que o árbitro fez aquilo que se esperava dele, e acabou por agradar a toda a gente, é um facto.
 
O Benfica, ficou com um rival a seis pontos, viu surgir um manto de névoa, debaixo do qual ficou oculto o jogo com o Leixões, e de caminho, vê adensar-se o clima de suspeição entre dois adversários, que até à data, davam indícios de se entender.
 
Ainda que, pelos comentários que ouvi, as queixas do Sporting sejam mais dirigidas ao Sr. Vítor Pereira e ao árbitro, do que ao FC Porto.
 
Este, ganhou o jogo, somou três pontos e manteve a distância que o separa do Benfica. Perde, porque, ainda que não tenha nada que ver com isso, surge, uma vez mais, como beneficiário de uma arbitragem mal conseguida, desta vez do Sr. Duarte Gomes.
 
O Sporting, apesar de perder o jogo, os três pontos e ficar a seis pontos do Benfica, foi, para o que der e vier, roubado pelo árbitro. Ganhou aqui capital de queixa, e tem aqui uma oportunidade para se remeter ao papel de vítima, aproveitando para extravasar as suas emoções.
 
O Paulo Bento teve um jogo daqueles que são facílimos para os treinadores. À partida, qualquer resultado seria, desde logo, aceitável. Com a actuação do árbitro, ninguém se lembra que perdeu o jogo. E assim vai, cantando e rindo, praguejando e vociferando. É o maior, e ninguém o cala.

 
Nota: não consegui encaixar no texto, já demasiado longo, que, na minha opinião, o penálti sobre o Aimar, que deu origem ao segundo golo do Benfica, não existe. Logo, não se justifica a segunda expulsão no Leixões, que ficou reduzido a nove elementos aos 55 minutos de jogo.
 
O terceiro golo dos encarnados, marcado pelo Ramires, devia ser invalidado.
 
Na jogada deste golo, vê-se claramente o Nuno Gomes a cair. Quanto a mim, sem qualquer falta, e em mais uma fita à Nuno Gomes. Se caiu com falta, então era grande penalidade. O árbitro devia ter parado ali a jogada porque, sendo penálti, não há lei da vantagem, e devia então, ter marcado o respectivo castigo máximo.
 
“Se” foi fita, devia ter parado o jogo, e assinalado falta contra o Benfica, mostrando o cartão amarelo ao infractor.
 

Portanto, eu também não acredito em ajudas, “pero que las hay, hay”!