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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Tiro na água e tiro no porta-aviões

29
Jul10

 

 

O SC Braga do Domingos Paciência continua com a sua veia de fazer bons resultados frente a clubes que trajam equipamentos de riscas horizontais verdes e brancas.

 

Depois da dupla vitória da época passada sobre o Sporting, agora foi a vez do Celtic de Glasgow. Se bem que, com o equipamento amarelo e preto que este utilizou ontem, e com as abébias que os seus defesas centrais deram, mais fazia lembrar uma trupe de abelhas Maias.

 

Parabéns ao SC Braga e ao Domingos Paciência, e um tiro na água do Miguel Sousa Tavares (MST), que na sua última crónica dizia qualquer coisa como isto:

 

“Tive ocasião de lamentar aqui que (…) fosse o Sp. Braga e não o FC Porto a disputar um lugar na Champions. Porque o FC Porto já todos sabemos que, em qualquer circunstância, tem capacidade para o fazer e seguir em frente, enquanto o Braga, oxalá me engane, mas não o estou a ver conseguir entrar no quadro final da Champions (…)”

 

 

Efectivamente, com a vitória caseira por 3-0, os minhotos parecem estar lançados no bom caminho. Parafraseando pela negativa o MST, oxalá não me engane.

 

Agora, a vitória bracarense de ontem foi um valente tiro no porta-aviões que é o FC Porto. Aliás, esta época, quer se queira, quer não, se as coisas não correm de feição para o nosso lado, todo o sucesso que o SC Braga, e porque não a Académica de Coimbra, consigam alcançar, só vêm aumentar a fasquia da pressão que se coloca sobre o FC Porto e o seu treinador.

 

Oxalá eu, o Miguel Sousa Tavares, e os portistas, em geral, não venhamos a dar por nós a precisar de muita paciência! 

 

 

 

Ó tempo volta p'ra trás (ou "Momentos de rádio televisão")

19
Jul10

Ainda não consegui ver um minuto de FC Porto, desde a Final da Taça de Portugal.

 

E como não sou o único que não tem paciência para andar por aí, à procura de jogos no “stream”, as queixas começam a dar sinais de vida. No geral, concordo com a opinião de que o FC Porto deveria ter um qualquer meio interno de comunicação, seja uma TV online, seja lá o que for.

 

No entanto, também me parece que dada a desproporção de sócios, simpatizantes, interessados e interesseiros (“stakeholders”) existente entre nós e o Benfica, dificilmente um tal projecto conseguiria ter a repercussão necessária para gerar uma “onda”, como aquela que levou as papoilas saltitantes até ao título da época passada.

 

A propósito deste assunto, vi ontem uma coisa que me fez regredir no tempo uns bons vinte anos.

 

Durante muitos anos tive lugar cativo no Estádio de São Luís, em Faro. Os sócios do Farense com lugar cativo eram todos os anos, quase sempre os mesmos, e as pessoas que se sentavam nos dez/doze lugares mais próximos, pouco ou nada mudavam. De vez em quando lá saia um ou outro, porque se chateava com o treinador, por que sofria do coração, porque se zangava com o vizinho do lado, mas, basicamente, havia um grupinho que já fazia parte da mobília.

 

Nestas pessoas incluíam-se dois veteranos, um deles, ex-contínuo (auxiliar de acção educativa, nos dias de hoje) no liceu onde andei, que pareciam os dois velhotes dos Marretas.

 

 

Aqueles maduros eram capazes de estar a ver o jogo e, em simultâneo, ouvir o relato num daqueles transístores a pilhas, só com um auricular, que antecederam os “walkmens” e os ipods. Em estações diferentes, está claro. Para que cada um pudesse depois discutir o lance à sua maneira.

 

Por vezes, com a substituição a dar-se mesmo ali à frente (a visão vai à vida com a idade, não é?!), eram capazes de discutir quem era o fulano que ia entrar, só porque na rádio, numa estação diziam que era um que entrava, e noutra afiançavam outro nome.

 

Dava vontade dizer: “abram os olhos! Está ali à frente, caramba!”. Convém lembrar, que as camisolas tinham números, e a partir de certa altura, até nomes…

 

Bons tempos.

 

Ontem, recordei esses tempos. Aqui há dias, num raro momento de exercício digital, estava a fazer “zapping”, e pareceu-me ver no canal 32 do MEO, qualquer coisa como “Benfica x Gronigen – relato”.

 

Como o meu masoquismo não atinge um grau assim tão elevado, e como tenho em casa dois miúdos pequenos, et por cause, tenho que ter algum cuidado com os conteúdos pornográficos de certos canais, nem liguei.

 

Mas ontem, vi “Guimarães x Benfica – relato”, e não resisti. Lá fui ver o que é que estava a dar na Benfica TV.

 

Então e não é que lá estavam dois marmelos, um a falar e o outro a meter-se de vez em quando na conversa.

 

“Notícias”, pensei eu ingenuamente.

 

Qual quê! Era mesmo o “relato” do jogo, como dizia na referência ao programa.

 

Dois monos, sentados em frente à câmara, um a debitar o relato, e o outro, a comentá-lo!!!

 

Mas isto é possível!? Mas…há quem perca tempo a ver isto?

 

Está tudo parvo ou quê? (esta pergunta é retórica. Estamos a falar da Benfica TV…)

 

Já terão ouvido falar em rádios? Se estavam a ver isto no MEO, é porque têm televisão por cabo (ou por satélite). Não sei se será exclusivo da minha televisão, mas penso que não, porque até nem é grande espingarda, mas, se me der na real gana, até posso ouvir rádio pela televisão.

 

Para quê estar a ver um canal de televisão onde dois maduros, de auscultadores nas orelhas, não fazem mais nada para além do relato e dos comentários ao jogo?

 

Pergunto-me o é que farão os telespectadores desta xaropada se, por acaso, como tantos fazem, se chateiam de ouvir as baboseiras daqueles dois?

 

(nota mental para mim mesmo: estou a falar da Benfica TV. A possibilidade de isso acontecer é…pouco mais verosímil que a de não estar tudo parvo!)

 

Desligam o som da televisão e ficam a ver a imagem, e ouvem o relato no rádio?

 

Quem assiste(iu) àquele programa deveria ser elegido como um exemplo a seguir de amor ao clube. Se isto não é amor ao clube, não sei o que é. Amor, e daquele bem ceguinho!

 

Por favor, façam o que fizerem no FC Porto, relatos na televisão…NÃO!!!!


Nota: abro uma excepção se, em vez de aparecerem os dois mânfios no ecrã, aparecerem umas imagens bonitas, umas paisagens, uns cavalos a correr, uns peixinhos, enfim…qualquer coisa que valha a pena! Percebem?!

 

Chig...quê?

14
Jul10

De acordo com as últimas notícias, o Bruno Alves estará (finalmente, acrescento eu!) de saída do FC Porto.

 

Dizem as más-línguas que um dos seus possíveis substitutos será o ucraniano Chygrynskyi, devolvido recentemente pelo Barça à procedência (Shakhtar Donetsk), pela módica quantia de 15 milhões de euros.

 

 

Primeiro: se conseguem pronunciar Chygrynskiy sem grandes dúvidas, de certeza que não são más-línguas. Pelo contrário, até serão bastante razoáveis!

 

Depois, fico um bocado preocupado quando vou ao perfil do rapaz e leio isto:

 

“Though Barça retained the title, 2009-10 was a poor season personally for Chygrynskiy as he was voted the worst player in La Liga. He has been described as "completely out of his depth at this level" and "incapable, incompetent, and undeserving of his place in a title-winning squad", with his final appearance for the club against Xerez called "nightmarish". Despite this, manager Pep Guardiola had been keen to keep Chygrynskiy”.

Fada Madrinha vs. Fada Madrasta

02
Jul10

Conhecem aquela anedota do indivíduo negro a quem aparece uma fada, que lhe concede um desejo?

 

O tipo respondeu que queria ser branco e estar entre as pernas de uma mulher sexy, que se mexesse muito.

 

Vai daí, pirlimpimpim, a fada transformou-o num Tampax da Madonna!

 

Era a Fada Madrasta.

 

Este outro indivíduo, menos esquisito, só pediu que o transformasse em telemóvel.

 

E pimba…

 

 

 

Era a Fada Madrinha.

 


Nota: a rapariga da foto veio agora prometer que, se a sua selecção - a do Paraguai, chegar às meias-finais, se despirá.

 

 

Bem me parecia que para o Cardozo marcar tantos golos, devia andar por ali doping…  

Os insondáveis desígnios do Professor Queirós (ou Queiroz)

01
Jul10
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pois é. Como bons navegadores, fomos de barco.

 

Agora já nos podemos sentar descansadinhos, a ver os outros jogarem. E como o Di Maria vai fazer companhia ao Mourinho, até dá para torcer sem complexos pela Argentina. Ou pelo Brasil (desde que não joguem o Ramires e o Luisão!), ou pela Holanda, ainda não sei.

 

Na véspera do jogo o Expresso online dizia que a Cidade do Cabo, onde se enfrentariam Portugal e a Espanha, iria experimentar no dia da contenda, um novo dia de temporal, meteorológico, e não futebolístico, claro está.

 

Durante o jogo não me apercebi de que as condições atmosféricas estivessem assim tão más como se pintava. De facto, a única real e grande ventania que houve parece ter sido na cabeça do professor Queirós, e isto se, ao contrário daquilo que dizem, afinal de contas, o ar sempre se propagar no vácuo.

 

O Miguel Sousa Tavares dizia aqui há tempos que "o futebol não é assim tão complicado". Concordo com ele.

 

Ao contrário do que alguns xamãs, pelos vistos, nos querem fazer crer, o futebol não é nenhuma ciência oculta, nem é preciso ser um génio para percebê-lo. Ainda que lhes possa dar jeito que assim pareça.

 

É o tal instinto de sobrevivência, que, curiosamente faltou ao professor Queiroz quando substituiu o Hugo Almeida.

 

O “plano de jogo” sobrepôs-se ao “gut feeling” (foi isso que o professor andou a aprender com o “Sir” Alex? Não acredito), e ao “hara-kiri” português sobreveio o “tiqui-taca” espanhol.

 

As escolhas feitas pelo professor? As opções tácticas? O sistema de jogo? Pormenores. Concorde-se ou não com elas, até àquela malfadada rajada de vento, que lhe passou pela cabeça, da substituição do Bombardeiro, as coisas estavam razoavelmente compostas.  

 

Uma palavrinha para o nosso mais que tudo.

 

Os ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio, e agora, pode vir com as justificações que quiser, que aquela do “falem com o Carlos Queiroz”, não tem ponta por onde se pegue.

 

Quando o amigo Cristiano Ronaldo se deu ao luxo de nem sequer tentar recandidatar-se à conquista da “Bola de Ouro”, abstendo-se de conquistar a Champions, só para irritar de tal maneira o mister Ferguson, que este lhe abrisse as portas a caminho de Madrid, pensei “oxalá não seja como a história da Lebre e da Tartaruga”: “Corre que eu já te apanho”!

 

“Não ganho esta, ganho a próxima…, ou a outra a seguir…, ou outra qualquer, mais tarde”

 

Agora, começo a questionar se não terá antes aplicação ao nosso ratão, o Princípio de Peter, da Sociologia: a sua competência promoveu-o até melhor do Mundo, patamar a partir do qual se revela(ou) incompetente. E por aí fica ou ficou…Ficará?

 

 

 

Ficam na memória os 7-0 à Coreia do Norte: