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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

O Síndrome Elmano

31
Jan11

Por variados motivos, na semana que passou não consegui colocar online os textos que tinha programados, por isso, desculpem lá o atraso, mas vão ter que gramar com eles esta semana…

 

Comecemos por aqui: Taça de Portugal, Rio Ave 0 – 2 Benfica, o tal jogo dos milhentos penáltis marcados, e mais uns quantos por marcar, com a apocalíptica intervenção do João “pode vir o” Ferreira.

 

Salvo um caso, não vou entrar em questões existencialistas, sobre se foram ou não bem assinalados os castigos máximos, só que há coisas que são demasiado evidentes. Serei eu muito picuinhas, ou mais ninguém terá notado onde andava o guarda-redes no penálti marcado pelo João Tomás?

 

Reparem na imagem, que garanto que não foi modificada em algum Photoshop, e se quiserem comparem com o vídeo, no final do texto.

 

  

 

 

 

 

 

 

O que se vê lá atrás é o João Tomás a arrancar para a bola. Onde é que está o guarda-redes? Devia estar em cima da linha. Pois devia, mas está pelo menos um metro adiantado. Ninguém viu, ou depois da barracada do Elmano, o melhor é deixar de repetir penáltis?

 

O Rio Ave falhou, o adversário também não concretizou a sua grande-penalidade seguinte, venha outra.

 

E veio mesmo, e deu o primeiro golo do desafio.

 

O que se vê na imagem seguinte é a reacção do árbitro auxiliar e do João “pode vir”, após a bola ter sido tocada, ou ter tocado no jogador vilacondense.

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual é a reacção visível? Exacto, nenhuma. Não houve qualquer reacção!

 

Agora avancem o vídeo até aos 0:59 segundos, e vejam quem é que levanta primeiro o braço? O Saviola ou o árbitro auxiliar?

 

O Saviola, está visto! E, acto contínuo pavloviano, o árbitro auxiliar faz o mesmo. Um penálti a fazer lembrar os foras-de-jogo sacados nos bons velhos tempos pelo Humberto Coelho e pelo Mozer.

 

Ontem, tive o azar de ver para aí uns 10 minutos do jogo do Desportivo das Aves. E, o que é que eu vi? Para começar, o Javi Garcia a ganhar uma disputa ombro-a-ombro à e pluribus unum, ou seja, espetando a mão e o ante-braço na cara do opositor, sem que lhe seja assinalada qualquer infracção.

 

Nos quatro ou cinco minutos que antecederam o golo, o amigo Carlos Xistra - quem mais haveria de ser? – marca contra o Desportivo das Aves, quatro faltas, qual delas a mais duvidosa, sobre o Luís Fernandez, que apesar de recém chegado, parece perfeitamente integrado na filosofia da sua nova equipa, Jara e César Peixoto. A outra não me lembro quem foi a pobre e inocente vítima.

 

Desta sucessão de faltas (até aquele momento os de Vila das Aves lideravam o computo por 3-1. O Xistra teve a audácia de assinalar uma falta ao mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, antes do golo! Grande Xistra!) resultaram dois cartões amarelos.

 

Encostados os avenses às cordas pelo árbitro, o aparecimento do golo do Javi Garcia, foi natural. Como natural também, foi a seguir a falta cometida pelo César Peixoto sobre um adversário que se isolava, e que o Xistra mandou seguir. Naturalíssimo!

 

E mais não vi, porque um homem não é de ferro…

 

Somamos a isto o brilhante desempenho do Bruno Paixão no jogo Rio Ave x Vitória de Guimarães, que antecedeu a partida para a Taça de Portugal, e temos um belo trio de jarras: Paixão, Ferreira e Xistra.

 

É pá, se o Prof. Doutor Rei da Chuinga quer ganhar a Taça de Portugal, para dedicar a vitória ao avô, e a Bwin Cup, para dedicar ao peixinho dourado, por mim, tudo bem. Tem tanto direito a fazê-lo como tem o tipo que passa uma noite bem passada, de dedicá-la à puta com que passou um bom bocado.

 

Agora, não tem é que ser levado ao colo, e ainda menos que atirar pedras aos telhados dos outros, quando os dele são de vidro, e daquele bem fininho. Haja decoro.

 

 

Depois dos frangos, a Gala

31
Jan11

Ao que parece, um dos pontos altos da semana que passou foi a Gala do Eusébio, festarola que até teve direito a transmissão televisiva assegurada, com o alto patrocínio do nosso rico dinheirinho, pela nossa televisão estatal, em clara e despudorada concorrência à Benfica TV.

 

A Gala celebrou a dupla efeméride dos 50 anos da chegada do Pantera Negra a Lisboa, e simultaneamente, o seu 69.º aniversário. É, sem dúvida, uma idade bonita, especialmente quando se sabe contar até ela, e muito sinceramente, gostava de lá chegar.

 

Agora, festejar os 50 anos da sua chegada a Lisboa? Porquê? Bem, que me lembre, isso coloca o Eusébio ao nível do Pedro Álvares Cabral, cujos 500 anos da chegada ao Brasil, também foram objecto de celebração.

 

Afora isso, não me lembro de nenhuma outra chegada que tenha sido festejada. Será que os espanhóis festejaram os 50 anos da chegada do Di Stefano a Madrid? Ou os italianos, a chegada dos “assimilados”, que lhe deram os títulos mundiais de 1934 e 1936?

 

Não me consta, mas tudo bem. Desde que daqui a uns tempos não me venham festejar os três anos do Balboa, o mesito do Shaffer, a semanita do Patrick, as duas horitas do Rodrigo, ou o quarto de hora do Alípio, ou como é que raio é que se chamava o gajo, tudo bem.

 

Olhem, o Urretavizcaya parece que está de volta, podem começar a contar o tempo…mas livrem-se de o por a jogar na Taça de Portugal, OK?

 

Quanto a mim, quando ouvi dizer que as grandes vedetas presentes na soirée, tinham entrado em cena levadas pela mão por criancinhas inocentes, ostentando orgulhosamente camisolas com o número 10, a minha memória selectiva levou-me para isto…

  

  

 

 

 

 

Para a próxima, pensem nisso, pode ser?!

Bitch Slapping

24
Jan11

 

Ultimamente, o que mais tem havido por aí é "bitch slapping".

  

Cá está um bom exemplo:

  

  

 

A verdade, também leva bitch slaps, a torto e a direito:

 

 

 

 

A "outra verdade", a desportiva, idem aspas, aspas: Slap, slap, bitch! E castigos, nem vê-los...

 

 

 

 

Mas a suprema “bitch slap”, foi esta. E sem mãos:

 

«Não é da minha conta, cada um é responsável pelo que faz. Apenas quero assinalar a discrepância na análise do caso da minha expulsão nos jogos com o Sporting e Guimarães. Na altura disseram que eu era um miúdo que não se sabia comportar e afinal é o graúdo que faz piores figuras»

 

 

 

Ah! Ganda Mister! Touché!

Reviver o passado em Aveiro

21
Jan11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para começar, o seu a quem de direito: o título deste texto foi roubado à famosa série britânica, que há uns valentes anos atrás, revelou o actor Jeremy Irons.

 

Ora então, vamos ter o nosso amigo João “pode vir o” Ferreira, em Aveiro, contra o Beira-Mar local.

 

Apetece-me dizer, como fazia o Herman José, “Ai, que bem escolhido!”. De facto, quem melhor do que o João, para Aveiro, onde o FC Porto já foi tão feliz em Agosto passado (agora, pareço o Malato!!), aquando da Supertaça Cândido de Oliveira?

 

O que é que interessa que nesse jogo o árbitro, por mero acaso, este de que agora se fala, tenha perdoado umas três, quatro ou cinco expulsões aos adversários de então, consoante os pontos de vista, e, entre outras minudências, tenha amarelado o Palito, depois de lhe fazer uma festinha?

 

Rien, de rien. O “pode vir o Ferreira” foi uma das figuras proeminentes na arbitragem da época transacta, tendo participado em nove jogos envolvendo, pelo menos, um dos quatro primeiros classificados, seis deles até à 17.ª jornada, que corresponde à que se vai disputar este fim-de-semana.

 

Esta temporada, quiçá em resultado da magnífica exibição no tal jogo da Supertaça, em igual número de jornadas, só esteve (ou vai estar, no caso do FC Porto) em quatro jogos das mesmas equipas (1). Ele há coincidências…

 

Escuso de me estar a repetir quanto à falta de sensibilidade e de bom senso do presidente da Comissão de Arbitragem, além de noutras situações, em particular no que toca às nomeações de árbitros.

 

Dado o seu historial, a nomeação do João “pode vir o” Ferreira para jogos do FC Porto, seria desaconselhável. No entanto, o Vítor Pereira insiste.

 

Que mais não fosse por uma questão de proteger o seu “subordinado”. Mas não, tal como noutras situações, sendo a mais recente a nomeação do Elmano Santos, na última ronda, esteve-se marimbando, e cá vai disto. Ainda estou para perceber se o faz por distracção, se porque tem uma confiança do tamanho do Mundo nos seus comandados, ou se porque os quer deliberada e ostensivamente, queimar.

 

Enfim, o que interessa é que “pode vir o” Ferreira, e temos que aturá-lo. Contudo, desta vez tenho cá um feeling que o seu regresso às nomeações para jogos com equipas grandes, logo em Aveiro, onde fez burrada da grossa em desfavor do FC Porto, é precisamente para o lembrar disso mesmo. Oxalá não me engane.

 

Em Braga, na recepção dos bracarenses ao Vitória de Setúbal, vai estar o Olegário Benquerença, que vai fazer apenas, o seu terceiro jogo entre membros do top four da Liga 2009-2010 (2). Apesar de ter sido considerado o 16.º melhor árbitro de 2010, continua a cumprir a penitência que lhe imposta após o encontro de Guimarães.

 

Na Cesta do Pão, contra o Nacional da Madeira, vamos ter o portuense Rui Costa, naquele que será também o seu terceiro jogo envolvendo grandes e o SC Braga, e que já deve estar habituado a acompanhar os madeirenses a Lisboa, pois já lá esteve em Alvalade.

 

É a estreia de Rui Costa em jogos do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide (na temporada em curso e na que a antecedeu), pois se na época anterior esteve em jogos de FC Porto (um, o FC Porto x Paços de Ferreira, de má memória), Sporting (dois, Sporting x Olhanense e Olhanense x Sporting) e SC Braga (um, contra a Naval 1.º de Maio), nesta(3), só havia estado em jogos dos leões (Nacional da Madeira, em Alvalade, e outra vez no Algarve, mas agora em Portimão).

 

Será a melhor maneira de, lá mais para diante, não vir alguém perguntar porque é que não arbitrou jogos de uma tal equipa, como fizeram em relação ao seu irmão.

 

Para terminar, Artur Soares Dias, no Marítimo x Sporting. É já um habitué, e o árbitro com mais jogos entre as quatro equipas de que costumo falar, pois já vai no sétimo encontro (4) arbitrado entre elas.

 

Curiosamente, esteve em três jogos dos minhotos, dois dos sportinguistas, de que fará agora o terceiro, e um do FC Porto. Do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, népia.

 

Já fez mais um jogo do que na temporada anterior, na qual não interveio em jogos do FC Porto, e esteve em três das papoilas, dois do SC Braga, e um do Sporting.

 

Globalmente, causa-me alguma estranheza que sejam nomeados árbitros internacionais para os jogos de SC Braga, FC Porto e Sporting, que defrontam, respectivamente, o 13.º, o 8.º e o 9.º classificados, e para a Cesta do Pão, seja indicado o Rui Costa, quando vão estar frente a frente o 2.º e o 5.º classificados.

 

Critérios…

  

  

 

 


Nota:

 

(1)    Paços de Ferreira x SC Braga (5.ª jornada, 2-2); União de Leiria x Sporting (9.ª jornada, 1-2) e Vitória de Guimarães x SC de Braga (11.ª jornada, 2-1);

 

(2)    Vitória de Guimarães x Benfica (4.ª jornada, 2-1) e Sporting x Rio Ave (8.ª jornada, 1-0);

 

(3)    Sporting x Nacional da Madeira (6.ª jornada, 1-1) e Portimonense x Sporting (13.ª jornada, 1-3)

 

(4) Paços de Ferreira x Sporting (1.ª jornada, 1-0); Vitória de Setúbal x SC Braga (2.ª jornada, 0-0); SC Braga x Olhanense (8.ª jornada, 3-1); Académica x Sporting (11.ª jornada, 1-2); União de Leiria x SC Braga (13.ª jornada, 3-1) e Paços de Ferreira x FC Porto (14.ª jornada, 0-3). 

Foram grandes...

20
Jan11

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

Dando um desconto à parte que trata do Mariano, isto é uma imagem fiel do que é o Sporting Clube de Portugal.

 

“Não esperem que eu me detenha no périplo goleador de Hulk ante a Naval quando o Sporting, com a demissão do seu presidente, me permite experimentar a consistência da expressão “aquilo não é um clube, é um romance russo”. Acabo de reler e segura-se.

 

Quer isto dizer que escuso perorar sobre a estranha configuração escatológica que permite que muito do ascendente de Villas-Boas no balneário se deva ao facto de ser mais velho que aquela criançada toda (só o Helton chega perto). Também escuso de mostrar preocupação com a propensão de Varela para lesões ou, pior, com a manifesta impossibilidade de encaixar Mariano Gonzalez numa narrativa confortável acerca da vida em sociedade. E acreditem que já tentei de tudo. Primeiro determinei que Mariano seria um desastre. Depois lá me fui convencendo que a sua maneira de ser desastrado era, afinal, a sua grande virtude – foi nessa altura em passei a reparar na espantosa a forma como ele consegue fazer fintas com as suas desconcertantes recepções de bola. Houve ainda uma altura em que me limitei a achar que ele era um bom jogador cujo estilo, de truculento, prejudicaria a recepção crítica dos espectadores da Sporttv – esta narrativa aguentou uma tabela, ele passou para o Lucho, desmarcou-se, recebeu a bola e aí eu tive que abandonar esta hipótese de trabalho. No fundo, Mariano é uma personagem futebolística com grande densidade caracteriológica, um gajo cheio de heterotopias naquela cabeça que nos faz questionar, a cada jogada, se os tijolos que carrega nos pés não serão meras projecções de preceitos arcaicos.

 

Mas voltemos ao Sporting, que isto de ter uma personagem densa para zurzir não é nada quando há todo um clube cuja reputação se estabeleceu na possibilidade de Eduardo Bettencourt sobreviver ao primeiro mês de mandato. É demasiado fácil dizer, como tenho visto por aí, que o presidente demissionário falhou em tudo. Na minha opinião Bettencourt foi uma provação à sociedade civil do Sporting, algo nestes termos: "será possível um presidente fazer merda atrás de merda durante um ano e meio sem que a massa crítica do clube o ponha a correr?". A sociedade civil do Sporting é que falhou. Positivamente. Por deus!, num clube normal um presidente que tivesse como um dos seus primeiros actos de gestão a contratação de Angulo era empalado. Um presidente que contratasse o Pongolle era mandado para Guantanamo num avião fretado pela Juve Leo. Um presidente que se lembrasse do Sá Pinto para director desportivo era atirado para o centro histórico de Guimarães com uma tatuagem do Braga na testa. Um presidente que se lembrasse do Costinha para director desportivo era obrigado a contratar o Maniche. Um presidente que vendesse o Moutinho ao Porto era obrigado a correr num ano o mesmo que a Moutinho corre num treino calmo. Um presidente que contrata o Torsiglieri pelo preço do Otamendi era obrigado a ficar com o Nuno André Coelho. Um presidente que escolhe o Dias Ferreira para presidente da mesa da assembleia-geral era obrigado a tomar café com ele todos os dias. Mas não, Bettencourt conseguiu fazer todo o tipo de asneira e demitir-se.

 

O facto de José Eduardo Bettencourt ter saído pelo próprio pé remete-nos para a única explicação possível: JEB abandonou uma casa há muito abandonada (excepção a Angulo, ainda a equipar-se no sótão).”

 

(Bruno Sena Martins, “Liga Aleixo e “Arrastão")

 

Que valente molho de bróculos!

Elmano, Cosme e Xistra? Catita!

14
Jan11

Comecemos por uma estreia absoluta: Luís Catita, da Associação de Futebol de Évora, com cinco jogos arbitrados na Liga ZON Sagres (1), vai estrear-se em confrontos que envolvem a presença de um dos quatro primeiros classificados da época transacta, tendo sido escolhido para o Sporting x Paços de Ferreira.

 

Na primeira volta, recorde-se, o Sporting perdeu na capital do móvel, com a arbitragem de Artur Soares Dias. Do registo de Luís Catita, nos jogos até agora ajuizados, contam-se três vitórias caseiras, um empate e uma derrota. A observar…

 

No Algarve, mais exactamente em Portimão, onde se desloca o Sporting de Braga, teremos o Carlos Xistra, que já havia estado no SC Braga x Portimonense da primeira volta.

 

Repete o SC Braga, e faz o seu quinto jogo tendo por interveniente ou um grande, ou como neste caso, os bracarenses, constituindo assim, juntamente com Artur Soares Dias e João Capela, o trio dos mais solicitados para esses jogos. Cartões amarelos como os mostrados ao Sapunaru e ao Guarín, no último jogo no Dragão, e a habilidade evidenciada para, a espaços, inclinar o campo de jogo, tipo David Copperfield, serão provavelmente uma boa justificação para tal.

 

No FC Porto x Naval 1.º de Maio, Cosme Machado. Faz o seu segundo com um grande (ou SC Braga) nesta temporada. O primeiro foi o da vitória da Académica de Coimbra na Cesta do Pão, logo na primeira jornada. Parece ir a caminho do registo da época passada, em que arbitrou um jogo de cada um dos grandes, e tal como na agora em curso, sempre em casa.

 

Vamos ver como se vai comportar com a Naval, agora do benfiquista Carlos Nepumoceno Mozer, o único jogador a quem, até hoje, vi fazer com os joelhos, aquilo que dizem que o Maicon fez ao Kardec, no jogo da grande cabazada. Sem ser assinalada falta, pois claro, e com elogios em cima, pelo “magnífico poder de elevação”!

 

Para a Cesta do Pão vai Elmano Santos. Na pretérita temporada, curiosamente, esteve lá o Cosme Machado, que até conseguiu deixar passar incólumes dois penáltis a favor da Académica de Coimbra, um deles com o Cachinhos Dourados a derrubar, de uma assentada, dois opositores.

 

Já aqui disse, a propósito da nomeação de Jorge Sousa, para o Sporting x FC Porto, e não queria estar a repetir-me, que, a Vítor Pereira lhe falta sensibilidade e bom senso em algumas das nomeações que faz.

 

Esta, é um caso flagrante disso mesmo. Mandar o Elmano Santos para um jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, depois de paineleiros de serviço e adeptos desse clube dizerem dele o que Maomé não disse do presunto, e conotarem-no com "o regresso do sistema”, por causa do FC Porto x Vitória de Setúbal, não lembra o diabo.

  

  

 

Ou Vítor Pereira tem uma confiança inabalável em Elmano, ou quer, definitivamente, queimá-lo de vez. Os da casa estão de pé atrás em relação a ele. Se comete o mais pequeno deslize, e por deslize entenda-se, cair na asneira de não beneficiar o clube patrono da verdade desportiva, está completamente feito ao bife.

 

Sendo assim porquê esta nomeação? Ao amigo Pereira, depois do bate-boca com o Prof. Doutor Rei da Chuinga, deu-lhe para gozar com os seis milhões, ou é mesmo para o Elmano limpar a sua imagem?

 

 

 


Nota1: (1) jogos arbitrados por Luís Catita: Beira-Mar x Académica, 2-1; Vitória de Guimarães x União de Leiria, 1-0; Nacional da Madeira x Vitória de Setúbal, 1-0; Olhanense x Beira-Mar, 1-1; e Académica x Marítimo, 1-5.

 

Nota 2: João Capela, um dos elementos do trio de delfins de Vítor Pereira, recebeu as insígnias de árbitro internacional. Esperemos que seja devidamente homenageado pelo clube do seu coração. Sei lá, era bonito receber, por exemplo, uma camisola assinada por todos os jogadores, incluindo o Pedro Mantorras e o Nuno Ribeiro.

 

Nota 3: O texto acima foi escrito parcialmente durante o dia de ontem, e terminado à noite. Para não o por online a horas tardias, e deixar o anterior, que me deu algum gozo a elaborar, mais uns tempinhos na berlinda, programei a sua publicação para hoje, pelas 13.01.

 

Agora mesmo, reparei que o Jorge Maia, no jornal "O Jogo", tem uma crónica muito parecida com a parte que diz respeito ao Elmano Santos. Para que não fiquem dúvidas, garanto que é coincidência... 

Passatempo infantil

13
Jan11

Para crianças dos 3 aos 36 meses, e adeptos do clube mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, de qualquer idade.

  

Una as seguintes imagens:

  

  

 

 

 

 

E descubra o resultado final:

 

 

 

 

A isto chama-se transparência. Aliás, mais transparente do que isto deve ser difícil de encontrar.

 

É a “e pluribus unum” veritas a funcionar, e nem sequer é grande novidade, se recordarmos a transferência do Fábio Faria do Rio Ave, na época passada, e a sua “recusa” em alinhar no derradeiro encontro da Liga Pescada, o que garantiu o título de campeão nacional a quem já era campeão antes de o ser.

 

E depois vêm falar de jogadores emprestados, e do Pedro, de Leiria, que fez "caixinha".

 

Ora...vão mas é lamber sabão (ou coisa pior)!


Nota:  É interessante a associação de idéias que se pode fazer entre as capas d'"O Jogo", de ontem, e "A Bola" de hoje: "A Taça é uma obsessão" e "Jesus reencontrou o caminho". A verdade acaba sempre por vir ao de cima...

De resto, a nós, as obsessões do Prof. Doutor Rei da Chuinga até nos dão jeito. Por exemplo, a sua obsessão por passar madrugadas a ver na televisão jogos de campeonatos sul-americanos, já nos rendeu o James, e não sei até que ponto, o Falcao e o Álvaro Pereira, e a sua obsessão pelo Hulk deu uma valente ajuda na cabazada dos 5-0!  

Um outro FC Porto x Marítimo

12
Jan11

Muito se disse já sobre o FC Porto x Marítimo. Sobre o golaço do Guarín, sobre os festejos de Jorge Nuno Pinto da Costa e de André Villas-Boas, aquando do golo do puto James, sobre a importância desta vitória para afastar a insustentável pressão das papoilas, enfim, de tudo um pouco.

 

Admito que também eu, depois da derrota no jogo da Bwin Cup, estava (e estou) cheio de medo, e por isso, também vibrei com a bomba do Guarín e com os demais golos portistas, o do James incluído.

 

Mas, mais do que esses aspectos, já sobejamente vistos e revistos, houve naquele jogo alguns pormenores, que ainda não vi suficientemente destacados, e que me tranquilizam quanto ao futuro.

 

Acaso repararam bem na equipa que entrou em campo?

  

  

 

Comparem-na com as expectativas prévias ao início da época e com aquele que vem sendo o onze-tipo de Villas-Boas.

 

O FC Porto entrou com Sapunaru, que na pré-época poucos ou nenhuns alvitravam como titular, no lugar, que supostamente, seria cativo do Fucile.

 

Não me atrevo a dizer, com Otamendi no lugar do Maicon, porque este é um dos lugares cujo titular só agora parece começar a ficar definido. Adiante, e para concluir a defesa, o Emídio Rafael no lugar do Álvaro Pereira.

 

No meio-campo, o Guarín em vez do Fernando, se bem que aqui começo a ter dúvidas de quem é que será na realidade o lugar.

 

Na frente, o James no lugar do Hulk, e o Hulk no do Falcao.

 

No decorrer do jogo, aos 66 minutos, com o resultado em 2-1, entra o Fernando para o lugar do Varela, e altera-se ligeiramente o esquema táctico, passando a um meio-campo com quatro jogadores.

 

Mais liberdade para o Guarín, e golo aos 73 minutos. Aos 74, sai o Sapunaru lesionado e entra o Maicon. Oito minutos depois, o regressado Mariano Gonzalez ocupa a posição do Belluschi.

  

  

 

O FC Porto acaba o jogo com o Otamendi no lugar do Sapunaru, o Maicon no lugar do Otamendi, o Fernando no do Guarín, este no do Belluschi, e o Mariano, no do Varela.

 

Ou seja, trocas de posição e alterações tácticas, q.b., sempre sem comprometer o resultado final da partida.

 

Mais, com o Fernando, Varela e Mariano, todos eles a regressarem após lesões, a deste último, prolongada.

 

Pressão? Medo? Esta equipa mostrou acima de tudo, que tem soluções. Há polivalência e há jogadores que permitem encontrar diferentes alternativas para os entraves que forem surgindo, e de certeza que vão ser muitos.

 

Que me perdoe o Jorge, do Porta 19, mas quanto a mim, e com o devido respeito, este jogo mostrou que o nosso ensemble, neste momento não está muito talhado à maneira das grandes orquestras com tubas e violinos. É bem mais jazz, com uma boa dose de capacidade de improvisação colectiva e swing individual à mistura.

 

Assim se mantenha o soul, ou por outras palavras, a vontade de vencer e o querer.

 

No entanto, como não poderia deixar de ser, há sempre um “no entanto” ou um “mas”, que vem avacalhar a harmonia. Neste caso, são algumas notas dissonantes dadas por jogadores como o Rúben Micael, Walter, Souza, Sereno, Cristián Rodriguez e o Emídio Rafael, que por diferentes motivos, continuam a não tocar pela mesma partitura.

 

 

 

É pena, e oxalá entrem rapidamente em sintonia (os que tiverem unhas para isso…), porque, nas palavras do Carlos Tê e na voz do Rui Veloso, “não se ama alguém que não ouve a mesma canção” (“Anel de Rubi”).

É do aquecimento global

11
Jan11

Quando chegámos à pausa da quadra natalícia, e nada, achei estranho.

 

 

 

 

Agora, chegámos ao final da primeira volta, e ainda, nada. Mais estranho ainda achei.

  

 

 

 

Intrigado, resolvi investigar. Depois de uma aturada pesquisa pelos arquivos de alguns blogs, em particular do "Bibó Porto, Carago!!", confirmei as minhas piores suspeitas:

 

Nas últimas duas épocas, não houve campeão de Inverno!

 

Pelo menos com direito a referência de primeira página.

 

Pois é. Aparentemente, a última vez que tal aconteceu foi na época 2008-2009. Adivinhem que foi então o campeão de Inverno, após 15 anos (!) de jejum?

  

 

 

 

Boa. É isso mesmo.

 

Esta época vai o FC Porto à frente, sem margem para qualquer dúvida.

 

 

 

Na época passada, apesar de actualmente o site da Liga de Clubes colocar o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, no primeiro lugar, mas em igualdade pontual com o SC Braga, convirá recordar que os bracarenses haviam vencido no confronto directo entre ambos, em Braga, por 2-0, logo, foram eles os campeões de Inverno.

 

 

 

No entanto, relembre-se que na época transacta o FC Porto jogou na Cesta do Pão a 21 de Dezembro, e o túnel, o Hulk e o Sapunaru, relegaram para segundo (terceiro, quarto...) plano o Campeão invernal.

 

O que é que se passou então com o “Campeão de Inverno 2010”?

 

Tenho várias hipóteses:

 

a)     esqueceram-se;

 

b)     finalmente criaram juízo, e chegaram à conclusão que a Liga só acaba lá para Abril/Maio, e só aí é que há, efectivamente, um campeão digno desse nome;

 

 c)     sendo o FC Porto que vai à frente, não vale a pena inventar títulos honoríficos de campeão disto e daquilo, que quando chegarmos ao fim, ainda vai ser o FC Porto que vai estar na liderança;

 

d)     foi por causa da águia Vitória, que açambarcou os noticiários;

 

e)     é do aquecimento global, que provoca Estios mais quentes e secos, e Invernos mais amenos, lançando uma tal confusão meteorológica, que não há campeão, porque já não há Inverno como dantes. As espécies animais e vegetais vêem alterados os seus ciclos vegetativos e reprodutivos, assim como na comunicação social desportiva vegetam alguns espécimes que alteram os seus ciclos reprodutores de balelas;

 

 

 

O meu voto vai claramente, para esta última hipótese.

Dublin, com escala em Sevilha

10
Jan11

O nosso próximo adversário, naquela que se espera que venha a ser uma caminhada triunfante até Dublin, o Sevilha FC, conseguiu na última jornada da Liga espanhola, uma difícil vitória em Atocha, campo da Real Sociedad.

 

Bem, difícil, difícil, até talvez não tenha sido tanto, porque a Real vinha de três derrotas consecutivas e somou a quarta, mas, no entanto, até só estava a um ponto do Sevilha na classificação.

 

   

Relativamente ao jogo do Sevilha contra o Real Moudrid, é de registar a entrada no onze inicial de, quanto a mim, dois dos melhores jogadores desta equipa: Jesus Navas, na extrema-direita, e Kanouté, no eixo do ataque, e não só, com este último a merecer inclusivamente um destaque dado pelo próprio treinador.

 

Além disso, saíram também da equipa Dado, expulso contra o Real, Konko, Zokora e Capel.

 

A defesa, com a saída de Dado, reorganizou-se com a entrada de Alexis, para o centro, derivando Cáceres para a direita. No meio-campo, que já em Madrid havia sido totalmente remodelado durante o jogo, só ficou o Romaric, e para além do mencionado Navas, reentrou na equipa o habitual titular Perotti.

 

O brasileiro Renato entrou para o lugar do Zokora, funcionando numa espécie de pivot entre o meio-campo e o ataque, enquanto que aquele, quando joga, é mais um “box-to-box”.

 

Ou seja, para este jogo, a equipa parece ter abandonado o 4-4-2 de matriz mais britânica, com dois médios centrais mais pronunciados e extremos abertos, para lançar um 4-3-1-2.

 

Contudo, as suas raízes de futebol mais directo permanecem, e vieram ao de cima com a entrada de Negredo para o lugar de Renato, aos 61 minutos de jogo, levando a equipa a avançar para um 4-3-3 (Kanouté, Fabiano e o recém entrado Negredo), em que a mobilidade de Kanouté deu nas vistas.

 

É neste período que o Sevilha dá a volta ao resultado, passando de 1-2, para o 3-2 definitivo a seu favor. Aos 70 minutos, Manzano volta a reequilibrar a equipa retirando Luís Fabiano, e colocando em campo Cigarini.

 

   

Resumindo, não altero a a opinião inicial que dei sobre o Sevilha FC, se bem que, com o regresso do Jesus Navas e com o Kanouté, aparentemente em boa forma, suba uns pontinhos na minha consideração. Por outro lado, parece-me que o treinador está a tentar combater uma certa rigidez táctica que vinha de trás.

 

 Para mais pormenores, é ver a crónica na "Marca".

 

 

  

 

 

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