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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Coisas do fim-de-semana

28
Fev11

Sem espinhas

 

 

Em terra de gente do mar, parece-me que é uma boa forma de descrever a vitória do FC Porto sobre o Olhanense.

 

No final do jogo veio-me à cabeça aquela música do Zeca Afonso: “ Ó Vila [agora já é cidade] de Olhão; da restauração; Madrinha do [Porto]; Madrasta é que não”.

 

Foi o terceiro jogo do FC Porto, numa semana e meia, sempre em alta rotação, depois dos dois jogos da eliminatória com o Sevilha.

 

Ontem até o João Querido manha admitia na TVI24, que a crise estava superada e que estávamos de volta às boas exibições.

 

Pois é. Três a zero em Olhão não é para todos, ou melhor, até agora é só para nós, porque os da casa estavam invictos no seu reduto. E desta vez, que o Bicho não é o treinador do adversário, e que não estão lá não sei quantos jogadores emprestados pelo FC Porto, será que também vão dizer que o Olhanense abriu as perninhas?

 

E já agora, se o resultado foi exactamente igual com e sem Bicho, será que na época passada houve alguma abertura de pernas? Dá que pensar. Ou então foi só coincidência.

 

A questão é que o FC Porto, desta vez, não fuciletou, e com o Belluschi a moutinhar em grande estilo, como de resto já fizera na primeira parte no Dragão contra o Sevilha, e mais qualquer coisinha, como aquele golo, que faltou na quarta-feira, a vitória foi uma consequência lógica da exibição convincente, mormente na segunda parte.

 

Quando uma equipa que joga contra nós, faz nove remates, três dos quais à baliza, e cria, segundo o match center da Liga, duas oportunidades de golo em toda a partida (quais? Eu vi uma, e ainda assim…), só por milagre é que acontece o que sucedeu na eliminatória com os andaluzes, de um lado e do outro, diga-se em abono da verdade.

 

 

 

Belluschi à cabeça, convirá não esquecer a importância da reviravolta estratégica operada pelo André ao intervalo, com a entrada do Fucile e do James, para os lugares do Sapunaru e do Varela. Ficámos com a defesa que, passe o pleonasmo, mais adeptos tem entre os adeptos portistas, e o James entrou muito bem no jogo, enquanto que o Varela estava desinspirado, como vem sendo hábito.

 

Mas, quanto a mim, a melhoria do FC Porto nos últimos três jogos passa necessariamente pelos regressos do Álvaro Pereira e do Falcao. Não só do ponto de vista da sua presença em campo, como do foro psicológico.

 

O caso do Falcao, então, é mais que evidente. Não tendo Falcao, o André bem pode tentar caçar com o Monstro Verde, e o Hulk até pode ter jogado a avançado centro no Japão ou na Conchichina. Essa não é a sua posição. O Hulk, que teve pormenores técnicos deliciosos nos últimos dois jogos, apesar de ter ficado em branco, quando pega na bola, arrasta a equipa atrás de si. Mas depois, se joga ao meio, das duas, uma: ou finaliza a jogada individualmente, ou falta-lhe alguém a quem passar a bola.

 

No meio falta-lhe espaço, e essencialmente falta-lhe aquilo que o Falcao tem, e que dá logo outra dimensão à equipa: capacidade para pensar o jogo, para tabelar, quando é para tabelar, segurar a bola, quando tem que ser, e finalizar, se para isso tiver oportunidade.

 

E isso viu-se nos últimos dois jogos. Com o Sevilha tivemos azar e o Howard Webb, com o Olhanense, foram mais três pontos sem espinhas.

 

Agora, com o Falcao, o ataque volta à sua melhor disposição táctica (ou não, porque o James jogou muito bem pelo meio!), e só falta o Hulk mudar o "chip" para, paralém de rematar, acertar na baliza, de preferência dentro da dita.

 

Em suma, estamos bem, recomendamo-nos, e temos auto-estima mais do que suficiente para não necessitarmos de andar por aí a massajar o ego, com constantes auto-elogios.

 

   

Três em linha

 

É caso para dizer que, às vezes, mais valia ficar calado.

 

Ainda há dias elogiei o Record, pelo seu rigor informativo, em contraponto com o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, e agora, saem-se-me com esta:

 

"Dragões têm opção por Leonardo Jardim"

 

“Pinto da Costa valida mudança de técnico para Braga”

 

 

 

 

Com que raio de objectivo é que dão à estampa uma proto-pseudo-notícia destas?

 

Para desestabilizar o André Villas-Boas, na véspera de um jogo em Olhão, onde ainda ninguém tinha vencido?

 

Para atormentar o espírito do Domingos, na jornada que antecede a recepção ao segundo classificado, e quando tem um jogo com a Naval 1.º de Maio, treinada pelo Mozer, e “pode ser o” João [Ferreira] a arbitrá-lo?

 

Ou desestabilizar o Beira-Mar, que, para já, concedeu ao Portimonense a sua primeira vitória fora de portas?

 

Parabéns, dos três, já conseguiram o último. Pelos vistos, os aveirenses sofreram os danos colaterais.

 

Muito rasteirinho, mesmo vindo de onde vem!

 

 

Previsão meteorológica



 

Um centro de altas pressões localizado sobre a zona de Carnide faz com que se prevejam fortes ventanias ao longo da próxima semana.

 

Como é do conhecimento geral, o ar circula das zonas de altas para as de baixas pressões, por isso mesmo, antecipa-se que o vendaval se fará sentir por todo o restante País, e com particular incidência, nos programas de comentário desportivo que se avizinham.

 

Às expectativas de que a ventania viesse ajudar a dissipar algumas nuvens escuras que ficaram a pairar no fim-de-semana sobre esses locais, e a arejar as ideias de alguns dos ilustres paineleiros, há que resignarmo-nos ao facto de que o vento não se propaga no vácuo que existe entre as suas respectivas orelhas.

 

 

 

  

Põe-te a pau Paulinho



 

 

José Couceiro entrou no Sporting para administrador da SAD sportinguista, com o propósito de aliviar o Presidente da SAD, na sua intervenção junto da equipa de futebol.

 

Passadas umas (duas ou três) semanas, o Presidente pôs-se ao fresco, e essa situação tornou-se ainda mais efectiva.

 

Um mês volvido, e é o Director para o futebol que é demitido, e o Couceiro lá substitui o Costinha.

 

Agora, o Cepo é posto a andar, e quem é que o substitui? O Couceiro.

 

Por sorte, enquanto jogador não foi grande espingarda, se não, com jeitinho, com jeitinho, ainda fazia uma perninha no lugar do Polga!

 

Se eu fosse o Paulinho, punha-me a pau. Primeiro deixam de brincar com ele, a seguir...



 

Olho no Couceiro, Paulinho!



Poker de Valetes

26
Fev11

Com as cartas altas do baralho ocupadas noutro tipo de afazeres (Olegário Benquerença, no sempre complicado Oliveirense (2.º classificado, 31 pontos) x Leixões (8.º classificado, 24 pontos), da Liga Orangina, Pedro Proença indisponível por dispensa e Jorge Sousa, no Paços de Ferreira x Vitória de Setúbal), avançam os valetes Vasco Santos, “pode ser o” João [Ferreira], João Capela e Carlos Xistra.

 

 

 

 

Certamente por coincidência, qualquer um deles vai no seu sexto jogo da época envolvendo, pelo menos, um dos quatro primeiros da época anterior.

 

Vasco Santos vai fazer o seu terceiro jogo com o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, e sempre na Cesta do Pão. Já lá esteve com o Vitória de Setúbal e com a Naval 1.º de Maio. Se fosse a ele, pensava em alugar um apartamento ou um quartinho lá para as bandas da capital.

 

De Vasco Santos já falei recentemente, a propósito do FC Porto x Rio Ave, e não há muito mais para dizer. Aposto singelo contra dobrado, em como vai ser o próximo rosto da arbitragem portuguesa a atingir o patamar internacional, e como tal, estas nomeações fazem todo o sentido.

 

Resta esperar que não caia em situações deste género…

 

 

“Pode ser o” João [Ferreira] na Figueira da Foz, na recepção da Naval 1.º de Maio ao SC Braga. É terceiro jogo em que vai dirigir os bracarenses, e sempre fora de casa, depois de ter estado em Paços de Ferreira e Guimarães.

 

Qual o factor que terá mais peso na sua nomeação para este jogo: o facto de o Carlos Nepumoceno Mozer treinar a Naval, ou de no próximo encontro os minhotos irem defrontar o clube que todos sabemos? Dois em um? Vamos ver se teremos uma actuação à Bruno Paixão.

 

Em Olhão, vai estar o novel internacional João Capela. Faz o terceiro jogo envolvendo o FC Porto, e o primeiro fora de casa. Esteve no Dragão nas partidas contra o Beira-Mar e Portimonense. Vamos ver como se dá com os ares da Ria Formosa.

 

Carlos Xistra vai à Madeira, fazer o seu primeiro jogo com o Sporting nesta temporada. Vale a pena dizer alguma coisa?

Aleluia

25
Fev11

Para que não digam que sou mau feitio, e que lhes estou sempre a bater, o que até é mentira, porque na verdade, prefiro ignorá-los, aqui fica o registo para a posteridade do momento em que o "Record" se conseguiu sobrepor em rigor factual, ao papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos concorrente, e acertou uma na mouche:

 

 

 

 

 

Reparem na subtileza da coisa. O primeiro titula "Assim se faz história", o segundo "um grande [sei lá que mais] mudou a história".

 

A diferença? É simples. A história não se muda. A história faz-se, ou vai-se fazendo, e nem um grande sei lá que mais consegue mudar isso.

 

Talvez não se importassem de o fazer, ou até talvez o quisessem, mas não há volta a dar. Para trás ficam 19 jogos sem ganhar, e apenas seis empates, e não há como contorná-lo.

 

Enfim, um pormenor apenas, porque, em bom rigor, quanto a rigor estamos conversados dum lado e doutro. Vai valendo que sempre é mais fácil apanhar um mentiroso que um coxo, mesmo quando o mentiroso não é coxo.

 

Os meus parabéns ao "Record", por agora. Uma vez sem exemplo!

 

É da “poncha”

23
Fev11

Então não é que, apesar do protocolo, direito de preferência, ou lá o que lhe quiserem chamar, que aparentemente deve incluir no seu clausulado a leitura pública de comunicados, o actualmente jovem e promissor jogador do Varzim SC, de nome de guerra Neto, a crer no que se lê, está de malas aviadas para a Madeira, para representar o Nacional daquela ilha?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

É que nem sequer segue para o Maritmo, vai mas é precisamente para o rival.

 

Segundo reza a notícia, parece que o facto de que, pese embora esteja em fim de contrato, e por isso, o seu clube de origem ter direito, pela lei de compensação de clubes, a ser indemnizado, terá afastado a concorrência.

 

O Nacional, pelos vistos, terá encontrado forma de contornar o problema.

 

Irá pagar em "poncha"?

 

 

 

Um que se deve meter na “poncha” é este…

 

 

A SAD do FC Porto resolveu interpor uma acção judicial contra o tipo, pelas alarvidades que proferiu numa entrevista.

 

Queixa-se o fulano que se prontificou para colaborar com o Ministério Público (alô, Dr.ª Morgado!), com o propósito de esclarecer algumas situações, e que foi tudo arquivado, o que não me surpreende.

 

Desconheço qual a validade do “hear say” (ouvi dizer) no ordenamento jurídico português, mas se for como no anglo-saxónico, é claro que teria de ser tudo arquivado.

 

Este indivíduo, quando diz que o FC Porto trata as pessoas como guardanapos, de certeza absoluta que só pode estar a referir-se a algo passado com outra pessoa, porque no caso dele, quanto muito, só serviria como papel higiénico, e ainda assim, vai lá, vai.

 

 

Por sua vez, o treinador da equipa que vamos defrontar na 25.ª jornada, devia estar sob o efeito de outro tipo de “poncha”, quando falou à Renascença (e lá estou eu a falar de coisas de que não devo…). Por via das dúvidas, o teste do balão talvez não fosse demais. Ou um teste de matemática, mas das Novas Oportunidades, só para dar mais hipóteses…

 

Espero que o anterior, seguindo o raciocínio do “saco azul” do FC Porto, no caso do Kléber, se prontifique a ir queixar-se ao Ministério Público, para ver esclarecido o misterioso desaparecimento de três pontos nas contas da Liga ZON Sagres.

 

E quanto ao outro, o que será que ele sabe, que nós não sabemos? Estamos a cinco jornadas de ir à Cesta do Pão, e o resultado já se sabe? Baixou Zandinga nele? Vão fazer “buuuu!” quando lá chegarmos, e pensam que damos a volta à caminéte? Ou o sonho da vida dele era apresentar o “Vamos jogar no Totobola”?

 

Contar com o ovo no cú da galinha, é natural, só que às vezes, também vem caca.

Escolha óbvia (mente rebuscada)

19
Fev11

 

Artur Soares Dias foi a escolha de Vítor Pereira para dirigir o próximo jogo do Sporting, na próxima segunda-feira. Esta escolha tem o seu quê de surpreendente. Ao menos para mim.

 

À partida, a escolha recairia sempre sobre um internacional. Até aí tudo bem.

 

Afastados o Olegário Benquerença e o João “pode ser o” João [Ferreira], por terem estado na jornada anterior nos jogos dos contendores, os meus favoritos seriam o inevitável Pedro Proença, que regressou ao activo na semana passada, após um período relativamente longo de inactividade, ou o Jorge Sousa.

 

Por motivos diferentes. Pedro Proença porque, quanto a mim, será hoje por hoje o árbitro menos impressionável no panorama da arbitragem nacional, e talvez por isso mesmo se viu afastado.

 

Na época passada foi ele quem à 11.ª jornada, dirigiu este mesmo jogo, cujo desfecho se saldou num empate. Na altura o treinador dos visitantes, depois de acabar o jogo a defender o zero a zero, manifestou-se esfusiante porque tinha afastado um rival da disputa pelo título. Este ano não serve.

 

O Jorge Sousa parecia-me a escolha mais acertada porque, por um lado, já deu uma valente ajuda ao Sporting no jogo connosco, e depois, porque do outro lado é sempre visto com desconfiança.

 

O Vítor Pereira tem seguido uma lógica de nomeações que, já o disse, ou demonstra uma confiança infinita nos seus dirigidos, ou então é para queimá-los de vez. Passa por indicar para alguns jogos árbitros que têm um histórico, digamos que pouco favorável, com uma das equipas em refrega. Vejam-se os casos do Elmano Santos, para o da Académica contra aquela equipa para a qual valem golos marcados com a mão, em off-side, depois do FC Porto x Vitória de Setúbal, ou a do João “pode ser o” João [Ferreira], para o nosso jogo em Aveiro.

 

Ao nomear o Jorge Sousa, matava dois coelhos com uma cajadada: o Sporting já foi beneficiado, como tal, se agora, por algum acidente de percurso, fosse prejudicado, não tinha o que reclamar, e se isso, por mero acaso, viesse a acontecer, poderia ser que os do outro lado recordassem o excelente árbitro que foi em Leiria, na época anterior.        

 

Mas não, nem um nem outro. Como hipóteses remotas ainda pensei no Bruno Paixão ou no Carlos Xistra. O Xistra até esteve no jogo da Cesta do Pão na primeira volta, e o Paixão, que está a fazer uma época irreconhecível, para os seus parâmetros habituais, até esteve no tal jogo das três expulsões, mais o treinador, do Rio Ave, que antecedeu uma eliminatória da Taça, obsessivamente perseguida por alguém. Mas, também não.

 

O Duarte Gomes esteve na última jornada no SC Braga x FC Porto, em que, apesar do seu esforçado labor, ganhámos, e para além disso, tem os seus quid pro quos com o que dizem ser o seu clube do coração, o Sporting. Era de evitar.

 

De facto, restavam o João Capela, recentemente empossado como internacional, e o Artur Soares Dias. E foi a este último, não obstante dar a ideia de se tratar, por enquanto, de um parente afastado, daqueles que quase só com tele-objectiva se conseguem apanhar nas fotos de família, que saiu o brinde.

 

Há que convir que aparenta ter a confiança do chefe, pois é o oitavo jogo envolvendo os quatro primeiros da anterior temporada, que vai fazer. É o árbitro com mais jogos “grandes”, seguindo-se João Capela, Carlos Xistra, João “pode ser o” João [Ferreira], Duarte Gomes, e o futuro internacional Vasco Santos, todos com cinco.

 

Será o quarto jogo com o Sporting, e o primeiro disputado em casa, depois de ter estado em Paços de Ferreira (derrota na primeira jornada), Coimbra e Madeira, contra o Marítimo. Esteve ainda em três jogos do SC Braga (em Setúbal, em casa, contra o Olhanense, e em Leiria), e um do FC Porto, também em Paços de Ferreira, no tal jogo em que os castores nos iam tirar a invencibilidade, mas ficaram pela imbecilidade.   

 

Faz a estreia em jogos do adversário dos leões, o que não deixa de ser estranho depois de na temporada transacta, dos seis jogos que fez das mesmas quatro equipas, três terem sido precisamente desse clube.

 

Como internacional já é, e como não deve almejar ao título de árbitro do ano, este jogo servirá fundamentalmente para estreitar os laços de parentesco com os demais membros do clã. Assim como uma espécie de prova de confiança.

 

 

 

Uma pequena nota sobre o André Gralha, que vai estar no SC Braga x Paços de Ferreira. Espero que nenhum dos guarda-redes se lembre de ir de luvas brancas, estilo mordomo. É sabido que a lógica do Vítor Pereira funciona como um daqueles policiais em que o culpado é sempre o mordomo! 

Vai uma aposta?

18
Fev11

  

  

  

 

As casas de apostas, mais exactamente a BetClic, davam a vitória de uma equipa como a mais provável da jornada europeia de ontem.

 

Em caso de vitória pagava 1,5 para 1, sendo a “única abaixo dos 2,00 para além (…) do Liverpool (1,90)”. A “única para além de …”, pois claro…

 

FC Porto e Sporting estavam cotados a 2,80, para a vitória e 3,20 para o empate, sendo que o Sevilha e o Glasgow Rangers pagavam 2,40 para 1, ou seja, eram os potenciais candidatos à vitória.

 

Nada de novo, mas dá-me que pensar: e se aquela bola do VB Sttugart, que foi ao poste, tivesse entrado?

 

Lá se ia a vitória mais provável pelo cano.

 

Quanto ao FC Porto e à vitória em Sevilha, quem me conhece sabe que não sou a pessoa mais optimista que existe na face desta Terra. Antes pelo contrário, a tendência é para ver o copo meio vazio, e, normalmente, não é por emborcar o seu conteúdo…

 

No entanto, ao contrário do que fui ouvindo por aí, estava (e estou) optimista em relação a esta eliminatória com o Sevilha.

 

É uma grande equipa, tem grandes jogadores, é verdade, sim senhor. Mas também não é a mesma equipa que conquistou duas Taças UEFA consecutivas.

 

Desde logo, o treinador de então, Juande Ramos, já se foi, e dos jogadores, restam, salvo erro, o Palop, o Escudé, o Navas, o Renato, o Luís Fabiano e o Kanouté. Curiosamente, alguns dos melhores da actual equipa.

 

Porém, já não há Dani Alves, o precocemente falecido Puerta, Poulsen, Maresca, Adriano, e mais recentemente, o Keita, por exemplo. Tem um novo treinador, Manzano, contratado com a época em andamento, e já sonha com o próximo, Caparrós.

 

O actual está a tentar, ao que parece, a tentar modificar um pouco a filosofia de jogo do conjunto, que tinha como característica um futebol linear, directo à baliza, feito de nervo espanhol, com uma forte participação dos extremos, conjugada com o poderio da dupla atacante Fabiano-Kanouté, que se mantém quase inalterado.

 

A defesa muda quase sempre de jogo para jogo e ontem o miolo do meio-campo foi uma novidade, com o par de recém contratados Medel e Rakitic, em vez de Zokora e do Romaric.

 

Parece ser sobre o homem contratado ao Schalke (Rakitic) que recaem as esperanças de Manzano, num futebol mais trabalhado, fazendo dele algo assim como um organizador de jogo. No entanto, faltam ainda a ambos as rotinas de jogo de quem vai com pouco menos de um mês na equipa.

 

Tudo somado, se é verdade, como li em diversos comentários, que o FC Porto fez mais um jogo ao jeito daqueles que vem produzindo ultimamente, também é certo que, ainda assim, deu para ganhar à tal grande equipa, com excelentes jogadores.

 

Foi sorte? Se foi, oxalá continuemos a tê-la na próxima eliminatória.

 

É contra o CSKA de Moscovo, não é? Ui, mais uma grande equipa. Só os nomes assustam, e não é pela originalidade da grafia: Akinfeev, Semberas, os manos Berezutski, Tosic, Aldonin, Necid (o marcador de serviço), e claro, o inigualável Vágner Love.

  

 

 

Uma palavrinha para o outro “underdog”, o Sporting, que, também contra as previsões mais “optimistas”, foi arrancar um empate a Glasgow. Excelente escolha de equipamento, os gajos nem perceberam que estavam a jogar contra o Celtic português! Se tivessem dado por isso…

Sexo em grupo na véspera do Dia dos Namorados

16
Fev11

Depois de uma semana de forçado interregno, eis que regresso.

 

E, nada melhor para marcar este reencontro do que prestar a minha singela homenagem à equipa do FC Porto. A quem é que havia de ser? Aos outros toda a gente rende vassalagem.

 

Pois é. Eles é que são os mais maiores grandes, eles é que jogam o melhor futebol do Mundo e arredores, eles é que estão quase a chegar outra vez aos calcanhares do Barcelona. Ou será do Estugarda? Não, é mas é do Hapoel!

 

Perderam a Supertaça? Sim, mas foi porque os malandros da Liga (ou será da Federação? Acho que sim, é da Federação…Porra, lá se vai a teoria da conspiração!) abriram muito cedo as hostilidades e os meninos ainda estavam de férias.

 

Levaram cinco para a Liga do patrocinador? Isso foi azar nítido, e um mau momento do, então (e sempre), palhaço, e agora, de novo prestes a pedir meças ao Special One (António-Pedro Vasconcelos dixit), treinador.

 

O que interessa é que nos foram ganhar ao Dragão, para a Taça Millenium. Aí sim, fomos prendados com uma grandiloquente exibição. Pena as falhas dos adversários, que por sinal, até deram origem aos golos. Palermas tinham que borrar a pintura daquela maneira…

 

Muito mais do que o clássico que se avizinha, elegeram o nosso jogo em Braga como o jogo da época. E ainda há quem, na sua inocência, afiance que fomos nós, pobres de nós, que exaltámos para lá do razoável a importância desse jogo. Logo nós, que, como todos sabem, controlamos de cima abaixo a comunicação social.

 

Qual clássico? Isso não importa para nada, o Sporting tem é que pensar na Liga Europa, dizem os experts espertalhaços.

 

Mas voltemos ao jogo da época. Ao bem escolhido árbitro, juntaram-se mais dois escolhidos a dedo para o seu jogo e para o do próximo adversário, como se a jornada 19.º fosse de vida ou morte. Dois deles portaram-se à altura. O terceiro, só de nome, tolheu de tal maneira o oponente, que mais parecia que estavam a disputar a Taça da Amizade.

 

Entrar em campo com o João à frente, é caminho e meio andado para a vitória.

 

E afinal de contas, em que é que param as modas?

 

O FC Porto, que joga mal e porcamente, ganha por dois a zero na Pedreira, e apesar dos pesares, continua com oito pontos de vantagem, para alguns excessivamente realistas, e onze, para outros excessivamente rigorosos.

 

No ar, após o jogo, ficou a sensação de que estivemos perante uma gigantesca sessão de sexo em grupo. Seis milhões, mais coisa, menos coisa, foram fornicados, quiçá por via anal, pela nossa vitória.

 

Que continuem assim. Mas que não fiquem de cócoras. Levantem-se, e olhem para cima, que é lá que nós estamos. Onze pontos à frente, até domingo, que mais não seja…

  

  

 


Nota: o vídeo é também ele uma singela homenagem a esse fenómeno do nosso panorama musical, os Irmãos Catita. É pena que não seja um vídeo-vídeo, mas fica o momento de grande musicol…

Segundas linhas

04
Fev11

Em jornada de descanso do peixe graúdo, entra em cena a arraia miúda. Para esta jornada temos: Vasco Santos, um portuense no Dragão, para o FC Porto x Rio Ave, Hugo Miguel, no Marítimo x SC Braga, Bruno Esteves, no Sporting x Naval 1.º de Maio, e Cosme Machado, no encontro entre o Vitória sadino, e a equipa de Carnide.

 

 

 

 

De Vasco Santos já tive oportunidade de dizer qualquer coisa em tempos, e precisamente após um desafio com o Rio Ave, em que os vilacondenses deram porrada até mais não.

 

Na altura coloquei-o no trio de jarras emergente, que se perfilava para substituir o triunvirato Lucílio, Benquerença e João “pode vir o” Ferreira. A ele, ao Artur Soares Dias e ao João Capela. Na altura o Soares Dias era já internacional, o João Capela ascendeu recentemente à internacionalização, falta o amigo Vasco.

 

Esta época esteve no FC Porto x União de Leiria, e a história tornou-se a repetir, num comportamento que se torna recorrentemente padrão. O que nos vale é que, tanto o André Vilas-Boas (jogador), como o Sílvio, entretanto mudaram de ares.

 

Para a Madeira vai o lisboeta Hugo Miguel. Que na época passada, não arbitrou jogos do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, mas que nesta, esteve em Portimão e na Cesta do Pão, com o Rio Ave.

 

O Estádio do Barreiros está em obras, e o Presidente do Marítimo tem andado por aí a obrar em más companhias. Algo me diz que os madeirenses não perdem este jogo.

 

Bruno Esteves vai dirigir o jogo de despedida do gajo-que-resolvia-da-maneira-mais-emporcalhada-possível. Depois da estreia em contendas envolvendo os grandes na deslocação do Paços de Ferreira à Cesta do Pão, onde teve uma actuação, como hei-de dizê-lo? hilariante – segue para Alvalade.

 

Porque será que os jogos do Sporting parecem continuar a ser o balão de ensaio para testar a recuperação das exibições daquele género?

 

Por sua vez, Cosme Machado depois, segundo as papoilas entendidas na matéria, de ter patrocinado a derrota do clube que segue onze pontos atrás do FC Porto, logo na primeira jornada, a favor da Académica de Coimbra, na Cesta do Pão, regressa agora em Setúbal a jogos da dita equipa.

 

Pelo meio, esteve no Dragão, na recepção à Naval 1.º de Maio, sendo este o terceiro encontro em que participa no que vai decorrido da época, com os chamados grandes, igualando assim a marca da temporada transacta, em que fez um jogo com cada um deles, incluindo aqui o Sporting, claro está.

 

É mais uma daquelas nomeações à Vítor Pereira, e uma oportunidade para fazer as pazes com aqueles que se dizem tããão prejudicados.

 

A propósito desse jogo inaugural, lembro que os queixosos alegam que lhes terão sido sonegados, entre um a cinco penáltis, e que a Académica, então treinada pelo Bicho, reduzida a dez jogadores, por expulsão do Addy, a partir dos 50 e poucos minutos, usou e abusou do anti-jogo.

 

Mesmo assim venceu, e de acordo com o “Tribunal” d’”O Jogo”, a que não dou muito crédito, mas, à falta de melhor…, a única jogada polémica do género, mereceu a seguinte apreciação:

“86’ Fica por assinalar penálti de Diogo Melo sobre Saviola?

 

Jorge Coroado: Não. Diogo Melo cabeceou a bola, sem cometer qualquer grande penalidade sobre Saviola. Este simplesmente esperou o contacto com o intuito de tirar proveito da situação.

 
Pedro Henriques: Sim. Saviola é carregado nas costas dentro da área, num lance passível de grande penalidade. Em movimento rápido, para um árbitro que deixa jogar, é um lance de difícil análise.

 
Paulo Paraty: Não, de todo. É Saviola quem estorva Diogo Melo. Sem pretensões de jogar a bola, Saviola desequilibra o jogador da Académica”.

 

Convirá também recordar que, na temporada 2009-2010, este mesmo árbitro conseguiu, num jogo com os mesmos intervenientes, não vislumbrar uma grande-penalidade numa jogada em que o Cachinhos Dourados faz falta, em simultâneo sobre dois adversários.

 

E já agora lembrar que, na pretérita temporada, a deslocação a Setúbal dos actuais segundos classificados se saldou por um empate, tendo o árbitro desse jogo, o Jorge Sousa, anulado um golo limpo aos sadinos. E porque não é demais lembrar, o Marc Zoro já não mora lá para as bandas do Sado…

 

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