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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Foi você que pediu um João, “pode ser o João” [Ferreira]? (actualizado em 2011.03.31)

30
Mar11

 

 

E eis que a mais previsível das previsões se torna falível, bastando que para tal se meta ao barulho o Presidente da Comissão de Arbitragem, Vítor Pereira. Devia ser uma nova Lei de Murphy.

 

Dos vários brindes possíveis, vai na volta e acaba por sair a fava, resta saber a quem.

 

Duarte Gomes foi o nomeado para o nosso próximo jogo na Cesta do Pão. Há que dizê-lo, é uma nomeação consensual, pois pelo que me parece, não acolherá simpatias nem de gregos, nem de troianos (apesar da contradição histórica, espero que nos toque o papel de troianos. Não tenho nada contra o Brad Pitt, mas prefiro que sejam os outros a verem-se gregos…).

 

Aliás, entre os grandes, ou assim-assim, o Duarte Gomes faz o pleno, porque também do lado sportinguista não o vêem com bons olhos.

 

Assim, temos o Vítor Pereira igual a si mesmo, tal como fazia quando era dele o apito: exímio na arte da condução do jogo. Um jogo pastoso, a meio-campo, sem grandes rasgos, mesmo o que se quer quando ainda não se sabe para que lado poderá pender a futura estrutura directiva do futebol nacional, na qual se diz por aí, ter lugar assegurado.

 

Duarte Gomes é um pouco à sua imagem. Viu-se em Coimbra, e não se viu em Braga, porque o FC Porto se superiorizou categoricamente aos minhotos. Ainda assim teve lampejos.

 

Do outro lado, também haverá reclamações. Por algum motivo a dada altura não o quiseram. Contudo, no que toca ao FC Porto, não tenho memória de alguma vez ter vindo assumir erros publicamente.

 

Esperemos é que não seja o “patrão” Vítor Pereira a vir, lá para a 30.ª jornada, justificar erros de arbitragem cometidos neste jogo.

 

Belluschi, cuidado com as “peitaças”!

 

Artur Soares Dias e João Capela vão estar nos encontros onde se disputa o terceiro lugar.

 

O primeiro vai estar em Aveiro, onde jogará o SC Braga, e o segundo, em Guimarães, aonde se deslocará o Sporting em ressaca eleitoral.

 

Artur Soares Dias faz o seu décimo jogo envolvendo os quatro clubes do topo da tabela, e é líder absoluto nesse capítulo. João Capela vai no sétimo, juntando-se à dupla perseguidora daquele, constituída por Carlos Xistra e pelo João, “pode ser o “ João [Ferreira].

 

É a nova ordem que se instala. Dos mais conceituados internacionalmente, Pedro Proença vai dirigir o Rio Ave x Vitória de Setúbal e o Olegário Benquerença, o Académica x Portimonense. Já o Jorge Sousa irá marcar presença no União de Leiria x Marítimo, enquanto que os mencionados Xistra e “pode ser o” João [Ferreira] foram parar à Liga Orangina.

 


 

(texto original)

 

 

Na última vez que comentei as nomeações de árbitros, alvitrei que o nosso próximo jogo iria ser dirigido pelo Pedro Proença.

 

Depois de ler a última crónica do Miguel Sousa Tavares (MST), conclui que talvez me tenha precipitado.

 

O que disse então MST?

 

 

 

 

 

 

É este, como diz, o “caderno de encargos” do nosso oponente. Curiosamente, ou não, também foi do outro lado que nos vieram delinear um “caderno de encargos”, em jeito de desafio de alguém com mau perder, mas que até sabe fazer contas:

 

 

Ou seja, e resumindo, do nosso lado há muito a ganhar e pouco a perder. Temos o título para ganhar, e logo na casa do mais directo adversário e rival nessa partida.

 

A perder, nada de especial. Se, por absurdo isso acontecesse, então restariam ainda mais cinco jogos para oficializar a (re)conquista antecipada nas estrelas, e bastariam duas vitórias, em Portimão e no Dragão, contra o Sporting, para o fazer.

 

E que bonito que seria celebrar o título contra o Sporting. Quem haveria de dizer a Godinho Lopes que, tão pouco tempo depois de ser, até ver, eleito, poderia vir a estar envolvido nos festejos de um título?

 

Não há muitos presidentes do Sporting que, ultimamente, se possam gabar desse feito, e ele próprio, dificilmente o voltará a fazer.

 

Para os da casa, pelo contrário, há muito a perder e muito a ganhar. A perder, desde logo, o jogo e o título. Depois, o trauma de isso acontecer território caseiro. E ainda o deixar por responder a questão de honra suscitada no artigo acima.

 

A ganhar, todo o inverso.

 

Neste contexto, parece-me agora claramente que o Pedro Proença, ainda que possa ser o mais indicado – foi o melhor árbitro na época transacta e estamos perante um desafio que opõe os dois primeiros classificados da Liga Zon Sagres – não será o nomeado.

 

O lisboeta é insuficientemente influenciável para dirigir este encontro, e o ambiente da Cesta do Pão, ainda para mais sendo sócio do nosso adversário e tudo, não o perturbará por aí além.

 

Assim sendo, o mais provável é que fizesse o que costuma fazer, e que errasse, como todos erram, mas não como resposta a um “caderno de encargos” previamente estabelecido, mas, como lhe acontece com frequência, por excesso de confiança.

 

Depois, entre outros pormenores, há sempre aquela estafada questão do penálti sobre o Lisandro (sim, o tal que originou o castigo que teve naquela jogada a sua única aplicação), que fazem de si um alvo apetecido para quem está nas bancadas vermelhas.

 

Seria, portanto, pouco aconselhável.

 

Dos que restam, partindo do princípio que o encontro será sempre dirigido por um internacional e que os critérios para as nomeações não serão alterados por uma catadupa de escusas, o único afastado à partida é Artur Soares Dias, que na última jornada esteve em Paços de Ferreira, a acompanhar o nosso opositor.

 

Carlos Xistra é alvo a abater após o jogo de Braga. Para mais, arrasado, e de que maneira, pelo famoso relatório do observador, é, de certeza, carta fora do baralho, mesmo que todos os outros se recusem a ir à Cesta do Pão.

 

O mesmo em relação a Olegário Benquerença, que só o salvará de um final de carreira parecido ao do Pedro Henriques, a sua reputação inexplicável reputação junto das instâncias internacionais.

 

Ao Jorge Sousa, nem todos os golos off-side validados e todas as expulsões de Alvalade, fazem dele um candidato a este jogo. É, e será sempre, o ex-Super Dragão, ainda que se esforce por provar o contrário.

 

João Capela e Bruno Paixão poderiam corporizar a(s) nomeação(ões)-surpresa. Porém, será em ambos os casos, pouco provável.

 

O primeiro ascendeu recentemente a internacional, e pese embora seja um dos que mais jogos entre os primeiros tem arbitrado esta época, quando comparado com Artur Soares Dias, o que se verifica é que este, só nesta temporada foi obsequiado com a direcção de um dérbi da Segunda Circular, mas em Alvalade.

 

Bruno Paixão, ao contrário de Xistra, poderia ser alternativa viável, caso todos os outros se recusassem. Tem trabalhado para isso – recorde-se Vila do Conde, na antevéspera da partida para a Taça de Portugal – mas, certamente com pena de alguns, duvido muito que isso aconteça.

 

Restam pois dois candidatos, o sportinguista Duarte Gomes e o João, “pode ser o” João [Ferreira].

 

Duarte Gomes teve duas boas oportunidades de mostrar serviço, no lamaçal onde o FC Porto defrontou a Académica, e mais recentemente,em Braga. Ambosos encontros se saldaram por vitórias portistas, com maior dificuldade sobre as águas revoltas de Coimbra, do que na Pedreira. Duas vitórias em dois jogos, de certeza que não constituem um bom agoiro, para quem acredita nas estrelas

 

Esteve ainda na Cesta do Pão, quando lá se deslocou o SC Braga, num jogo que o Domingos se recusou a jogar, sendo que, com Xistra e João, “pode ser o” João, constitui o trio de internacionais que marcaram presença em tal palco nesta época.

 

É, ao que se lê nas transcrições de algumas escutas, da confiança de Vítor Pereira, contudo, não era (será?) um dos favoritos do homem de orelhas grandes, que não escolhe árbitros.

 

Contudo, apesar dos pesares, parece-me que o João, “pode ser o” João [Ferreira] dá à partida mais garantias.

 

Dificilmente favorecerá o FC Porto, só por manifesta distracção, ou se algum sacana de algum árbitro assistente, o tramar. Se beneficiar os da casa, ninguém estranhará. Além disso, tem andado muito recolhido em relação à equipa em causa, só dando nas vistas no jogo com o Rio Ave, para a Taça de Portugal Millenium.

 

Esse é precisamente o maior contra que apresenta. Se for nomeado agora, que em jogo pouco mais estará além da honra ou da vergonha, quem irá estar na segunda mão da meia-final da dita Taça, em 20 de Abril próximo?

 

 

 


Nota1: a crónica do Miguel Sousa Tavares foi “pescada” do Tomo I.

 

Nota2: De acordo com o site da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, as nomeações dos árbitros para esta jornada, irão acontecer pelas 19 horas, pelo que este artigo irá ser sujeito a actualização em conformidade, logo que possível.

P.V.P. ou “Da influência da cor vermelha enquanto factor de distorção na apreensão da realidade” – Parte II

29
Mar11

(continuação daqui)

 

Costuma-se dizer que “a necessidade aguça o engenho”. Neste capítulo, ainda que possa estar em causa uma questão de sobrevivência da espécie, contornando ardilosamente aquela que deveria ser a selecção natural nestas coisas, não é profundamente engenhosa a metodologia empregue.

 

No fundo, bem vistas as coisas, mais não temos do que o recurso ao maniqueísmo mais antigo revelado nos livros: a interminável luta do “Bem” contra o “Mal”.

 

Aos que estão do lado do “Bem” tudo lhes é permitido, tudo lhes é perdoado, qualquer forma de actuação é justificável para atingir o seu supremo desígnio: derrotar o “Mal”. Os fins supremos justificam plenamente os meios empregues.

 

Os que estão do outro lado da contenda, qualquer que seja a sua linha de conduta, terá sempre a maculá-la, qual "Espada de Dâmocles", o facto de não alinharem do lado do “Bem”, e nenhum mérito, ainda que ele seja seu por direito inalienável, lhes será reconhecido. Os fins serão sempre obscuros, e os meios para os atingir, ainda que idênticos aos postos em prática do outro lado, serão sempre censuráveis.

 

Mais do que isso, o “Bem” tem do seu lado a prerrogativa de determinar quais os comportamentos desejáveis ou censuráveis, e como deverão terceiros comportar-se.

 

Também aqui nada de novo, ou nada que não se tenha visto, por exemplo, nos tempos luminosos da Santa Inquisição, e que encheria de júbilo Tomás de Torquemada.

 

No “Trio de Ataque”, da RTPN, de 23.03.2011, o boneco de ventríloquo que toma parte no dito programa, fazendo alarde da sua costumeira eloquência de orogotango gago, mimoseou os telespectadores com um belo e esclarecedor sermão a este propósito.

 

Mas valeu a pena, pois ficámos todos cientes daquilo que, do ponto d evista do “Bem”, permite distinguir um “acto de barbárie” de “um acto de violência”. Se quiserem ver por vós, não demora mais do que uns vinte minutitos, logo no início do programa.

 

 

 

Assim, comecemos pela “barbárie”, que foi pano de “Fundo”.

 

Então, para o dito "Donald", estaremos perante “actos de barbárie”, quando o Rui Gomes da Silva é agredido no Porto, ou quando o autocarro do clube que defende, é apedrejado à saída de Paços de Ferreira. Ou seja, actos de violência premeditados, segundo a sua douta opinião, e por azar, ele dá-a, mesmo que lha não peçam…

 

Terá omitido, certamente por esquecimento, o bárbaro apedrejamento de que foi alvo o autocarro do mesmo clube, aquando da sua deslocação ao Dragão na temporada passada, e pelo qual o FC Porto foi exemplarmente punido pela Comissão de Disciplina da Liga de Clubes.

 

 

  

Outros actos de violência, em que não seja macroscópicamente visível essa premeditação, não passam de isso mesmo, meros “actos de violência” ou momentos de simples exaltação de ânimos.

 

Nesta categoria poderemos então incluir coisas como as exuberantes manifestações de fairplay e de conduta profissional exemplar que o melhor treinador do Mundo, acima do Mourinho, demonstrou por duas vezes esta temporada, após desafios contra equipas madeirenses.

 

Ou o espontâneo apedrejamento do autocarro do Vitória de Guimarães, lá para as bandas de Alverca, depois da vitória desta equipa na Cesta do Pão, para a Taça de Portugal.

 

Claro está que este acto não terá sido, de forma alguma premeditado, e certamente que foram as gentes de Alverca a manifestarem a sua revolta pela deturpação da realidade histórica associada ao nascimento da nação, quando toda a gente bem sabe (ou deveria sabê-lo) que o berço do nosso País é Alverca, e não Guimarães.

 

Ou o, nem por sombras previamente estudado, apedrejamento do autocarro do FC Porto e dum carro onde seguiam dirigentes do clube, na A5, ainda antes do jogo que iriam disputar no Estádio António Coimbra da Mota, para a Taça da Liga, contra o Estoril-Praia. Ou deste mesmo autocarro, quando se dirigia para o Dragão.  

 

Ou, para terminar, e sair da Idade da Pedra, o apedrejamento de carros de adeptos do FC Porto e do GD de Chaves, depois da final da Taça de Portugal, entre estas duas equipas, onde, como todos nos recordamos, o que mais houve foram ânimos exaltados, e que tiveram a singularidade pluralista, de atingir ambos os lados.

 

Obviamente que em nenhuma destas situações terá havido a mais pequena sombra de premeditação. Apenas ânimos exaltados.

 

Como ânimos exaltados houve em Olhão, em Braga, ou em Setúbal, onde até as más maneiras das forças policiais foram postas em causa, ou em Paços de Ferreira, num claríssimo aquecimento prévio para o apedrejamento que se seguiu ao jogo.

 

Todas estas ocorrências, e outras que me escuso de enunciar, porque tornariam ainda mais fastidioso este texto, deveriam então, de acordo com os superiores parâmetros do Donald de serviço no “Trio de Ataque”, ser levadas a título de “exaltação de ânimos”, provavelmente por consumo excessivo de cafeína.

 

Deste modo, seriam indignas da mais ínfima referência à sua ocorrência, quanto mais de um qualquer comunicado a seu propósito. O apedrejamento do autocarro e os danos colaterais infligidos à viatura que o seguia, em Paços de Ferreira, e a agressão a Rui Gomes da Silva, esses sim. Enquanto “actos de violência” premeditados, leia-se, “barbárie”, deveriam ser alvo de comunicados e repudiados a viva voz por todos quantos os que quisessem viver sob o manto protector do “Bem”.

 

Os outros? É deixá-los esboroarem-se em poeira pelo tempo, até que alguém venha e os varra para debaixo de um qualquer tapete do esquecimento.

 

Isso era o que os paladinos do “Bem” viam como o caminho iluminado. Mas não foi o que obtiveram.

 

O “Mal”, fazendo alarde da perfídia intrínseca à sua natureza, veio condenar o "acto de barbárie" cometido contra o veículo, mas deixou de fora outros que afligiram as forças do “Bem”, e pior ainda, cometeu o desplante de se vitimizar por outras situações em que o próprio sentiu na pele idênticas agruras.

 

E isto é algo intolerável para o “Bem”. "Lamentável", foi o adjectivo mais suave utilizado para classificar o comunicado do "Mal". A memória é uma heresia que quem quer cair nas graças benfazejas do "Bem", não pode, nem deve ousar dar guarida, especialmente se correr a desfavor daquele.

 

Assim demonstrou amplamente o Donald logo após o jogo do cincazero, quando, tendo colocado nessa altura em “Fundo” o “Mau ganhar do FCP", se viu confrontado pelo portista Miguel Guedes, com os acontecimentos que antecederam o jogo com o Estoril-Praia, e candidamente retorquiu:

 

“O que é que o [clube de que é adepto] tem a ver com isso?”

 

  

 

É o comportamento típico das Putas das Virgens Puras, que quando não conseguem distorcer a realidade ao sabor da cor vermelha, que tanto as fascina, simples e ingenuamente não vêem, não ouvem, não sabem ou não se lembram de nada daquilo que não lhes interessa.

 

Pena é que assim seja porque, violência é sempre violência, venha ela de onde vier, e atinja quem atingir. Não há que fazer distinções entre a "violência boa" e a "violência má", que só contribuem para a escalada da dita cuja, como se viu no ataque à Casa do FCP em Coimbra.

 

A ignorância ainda é desculpável, agora a desonestidade intelectual e a má fé não têm desculpa possível. Quando se põe um pirómano a assar as sardinhas, será bom que se goste delas esturricadas.

 

 

 


Nota: Por um lamentável e mais que evidente lapso, pelo qual me penitencio, a foto do autocarro imolado pelo fogo, não retrata o estado em que ficou a viatura após o acto pelo qual o FC Porto foi exemplarmente punido, mas sim de um outro veículo, este totalmente destruído nas imediações de um estádio deste País. Relativamente a esta situação não foi possível apurar a punição em que terão incorrido os seus autores. Aguarda-se por mais um 10 de Junho, pode ser que seja desta...

 

O notável Rogério Ceni

28
Mar11

 

 

Um guarda-redes que atinge a marca de 100 tentos concretizados, é simplesmente notável.

 

São 100 golos em 900 e tal jogos, e ainda para mais marcados não só de grande-penalidade, como também de livre. Ou seja, um golo a cada dez jogos.

 

É algo que não está ao alcance de todos os avançados, que o digam o Hélder Postiga ou o Saleiro, quanto mais de um guarda-redes.

 

Por outro lado, ao Moretto já só lhe faltam fazer 99 jogos contra um certo clube que nós sabemos!

 

Ah! E que os golos na própria baliza também passem a ser contabilizados...

 


Nota: De acordo com o Zerozero.pt, o Hélder Postiga leva 67 golos marcados. Portanto, faltam-lhe 33 para atingir a marca do Rogério Ceni. Estive a fazer contas e, com o ritmo que leva, se não desatar para aí a marcar golos à doida, o Postiga conseguirá atingir a marca do Ceni daqui a umas três épocas, quando tiver 31 anos, mais coisa, menos coisa.

 

O Rogério Ceni atingiu-a aos 34 anos, e é guarda-redes.

Tenhom avonde, mó!

26
Mar11

Decididamente estes gajos fazem-me rir. É que me fazem rir, e às bandeiras despregadas.

 

Começo a ultrapassar aquela fase do "mijar de tanto rir", e começo a entrar em algo mais sólido.

 

Então não é já anda aí a nova "teoria da conspiração" da associação de paranóicos cá do pedaço?

 

 

Li isto num blog, que não vou publicitar, mas cuja filiação clubística é facilmente identificável. É do mesmo género do que se encontra noutros blogues da mesma cor, e em comentários por onde que que se vá, quando não é pior ainda.

 

O Mel Gibson e a Julia Roberts não faziam melhor!

 

Então, a grande equipa maravilha, sucessora da outra grandiosa equipa maravilha, a da temporada passada, a equipa que joga o melhor futebol da Liga, que é superior ao FC Porto, e que por mero acaso até o foi, e logo em pleno Dragão, tem problemas por disputar a meia-final da Taça Millenium em campo neutro, quando até estão na frente por 2-0? O que é que se passa?

 

Então não é a claque que vem do Norte que é pródiga nesse tipo de comportamentos?

 

Ou precisam de uma boa desculpa para se portarem bem? Caem-vos os parentes na lama se nem uma bolinha de golfe, daquelas com IVA à taxa reduzida, cair no campo?

 

Não se preocupem. Ainda que chovam torrencialmente bolas de golfe, de certeza que não haverá azar. Afinal de contas, no Dragão houve bolas de golfe e a galinha, em Alvalade também as houve, para além das maçãs e da cabeça de porco, e não aconteceu nada para além da multa da ordem. Acham que iria ser na vossa Cestinha do Pão, que iria sair uma interdição? Deveras?!

 

Nem quando andaram diabos à solta a pregar calduços aos árbitros auxiliares isso aconteceu. O vosso treinador até recriou o famoso "dar a outra face", para "dar na outra face", e deu num madeirense e depois noutrom sem que, até à data tenha saído o castigo. Se é que vai ser castigado, como o próprio duvida.

 

Talvez depois deste jogo. Ou do da Taça Millenium.

 

Acham que, com dois jogos, no curto espaço de 17 dias, caso fosse para interditar, dava tempo de se reunirem os Conselhos todos necessários para que tal fosse para a frente?

 

Devem estar a brincar!

 

Livra! Deve ser lixado viver assim, sempre a olhar por cima do ombro, para ver quem é que lá vem para nos tramar. Deve ser por isso que os psicólogos e os psiquiatras não se queixam.

 

É nestas alturas, e nas outras todas, que fico feliz por ser portista!


 

Nota: Actualização. Já há nova "teoria da conspiração". Não param! É uma dinâmica diabólica!

 

 

 

 

 

Coisas que fascinam: O maravilhoso mundo dos totós

25
Mar11

Quando, um belo Domingo há hora de almoço, li na capa do “Record” do meu sogro, que:

 

“O Sporting é um clube de totós”

 

 

 

Pensei que fosse um comentário do Rei Juliano, do “Madagáscar”

 

 

Depois, acabei por me aperceber que não. Afinal que tal veemente afirmação tinha sido proferida por alguém irresponsável, insindicável e inamovível: o candidato à presidência do clube, Juiz Abrantes Mendes.

 

Entretanto, praticamente todos os candidatos a presidente têm o seu candidato a treinador:

 

- Dias Ferreira – Frank Rijkaard;

- Bruno Carvalho – Marco Van Basten;

- Pedro Baltazar – Zico;

- Abrantes Mendes – Dunga;

- Godinho Lopes – primeiro pensou em Scolari, agora parece que vai mais pelo Domingos.

 

Garantidos, garantidos, estão dois brasileiros e dois holandeses. Na corda bamba, um brasileiro, difensor duis seus mininos portugueis, e um português.

 

Estes nomes de alto gabarito, e o gabarito, normalmente mede-se em notas, cheques ou chorudas transferências bancárias, prontos para embarcarem num clube que, como diz o outro, “não está morto, está é mal enterrado”, fazem-me um bocado de confusão.

 

Mas o que me faz ainda mais confusão é, como é que alguém no seu (possível) perfeito juízo, se lembra do Scolari para um clube de totós?

 

 

Num clube de totós, para treinador ideal só há uma hipótese…

 

 

 

Tá mai que visto! …e até pode acumular com a presidência, que não faz grande diferença!

 

 

P.V.P. ou “Da influência da cor vermelha enquanto factor de distorção na apreensão da realidade” – Parte I

24
Mar11

Este fim-de-semana não há futebol da Liga Zon Sagres, por isso, ao contrário do que o título possa eventualmente sugerir, não é de árbitros ou arbitragem que vou escrever hoje.

 

Aliás, nem vou escrever muito, pois alguém já o fez, e muito melhor, por mim, ou por nós todos, no texto que de seguida se reproduz:

 

“A estranha psicologia das multidões espicaça e multiplica mais facilmente os instintos egoístas e menos sãos das pessoas, provocando um inconsciente descontrolo do domínio individual, para as transformarem em joguete de um delírio contagiante, que a todos cega e lhe não permite a justeza de raciocínios nem a possibilidade de desculpas…o homem deixa de ser pessoa, para se diminuir como indivíduo; e este desce, às vezes, os degraus da dignidade humana, para manifestar toda a falta de respeito que deve a si e aos outros […] Entre o público: são os incitamentos à violência e ao desforço com juros, pois os nossos devem mostrar que o futebol não é para “meninas”, e são as pragas atiradas aos adversários, cujas incorrecções são sempre autênticas “selvajarias”; são os insultos aos árbitros, porque se “deixam comprar pelo clube contrário”, ou porque são “ceguinhos e parciais”…Onde está a ética…Onde está a sociabilidade humana?...E já agora, também e para abreviar, não falaremos do que se passa à saída dos estádios…: as azedas discussões que se prolongam até ao seio das famílias, e que farão passar um mau bocado à mulher e aos filhos só porque o grupo dele perdeu; os assaltos e apedrejamentos aos carros dos árbitros e dos jogadores, etc…”    

 

Este texto é um excerto, julgo eu, de uma intervenção de um tal Arnaldo Duarte, num Congresso Nacional de Futebol, realizado em Lisboa, e consta numa edição(1) efectuada pela Federação Portuguesa de Futebol.

 

Quem teve o infortúnio de, recentemente, passar os olhos pelo papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, terá dado de caras com o quadro que se segue (não sei se haveria por lá algum outro quadro do mesmo género relativo aos incidentes sofridos por outros clubes, porque não tenho periquitos!), e até poderá ser levado, por exemplo, a associar as duas coisas, o excerto e os recentes incidentes.

 

 

Pois bem, aquele texto data de 1964, sendo o seu autor, um dos homens do Estado Novo então vigente.

 

De então para cá, como se vê, pouco evoluímos. Deve ser por isso mesmo que, não havendo nada de novo, alguns, talvez por instinto de sobrevivência, se vêem na necessidade de transmitir de forma selectiva e parcial acontecimentos, esquecendo outros semelhantes ocorridos à relativamente pouco tempo atrás, só que com diferentes intervenientes.

 

 

 

 


(1)Arnaldo Duarte, Congresso Nacional de Futebol, Lisboa, edição da Federação Portuguesa de Futebol, 1964, p. 89

 

Nota: Caso exista no papel para forrar gaiolas de periquitos, algum outro quadro do mesmo género, relativo a outros clubes, agradeço que me informem, para que possa fazer um mea culpa, e rever o que escrevi.

Um, dois, três, e é o que vês!

23
Mar11

O “Azul ao Sul” completa hoje, 23 de Março, três solarengas Primaveras. É verdade, hoje está de parabéns.

 

Fazendo um pouco de história, e para os que não conhecem a sua origem, ou seja, quase todos, aquando do pontapé de saída, não passava do “suplemento desportivo” do meu primeiro blog, o “Fresquinho, q.b.”.

 

O “Fresquinho, q.b.” (e o “Azul ao Sul”), entretanto desactivado, foi um passatempo, numa altura em que dispunha de tempo para passar. Nele falava sobre todo o tipo de banalidades e parvoíces que me passavam momentaneamente pela cabeça. Portanto, como vêem, tirando aquelas raras ocasiões em que agora, dedico alguma atenção ao FC Porto, não me afastei assim muito do ramo.

 

A dada altura apercebi-me que, sendo muitos dos poucos leitores do sexo feminino, cada vez que abordava qualquer tema relacionado com futebol, a resposta era a mais rotunda indiferença.

 

Por outro lado, sempre gostei de desporto, e de futebol em particular. O “Azul ao Sul” foi apenas a consequência lógica da conjugação destes dois elementos.

 

O seu percurso inicial não foi linear, e por motivos que permanecem obscuros até para mim próprio, viu a sua “intensíssima” actividade interrompida entre Maio de 2008 e Abril de 2009.

 

Em 28 de Abril de 2009, retomou a sua actividade com um curto texto dedicado ao Derlei, que estava em vias de abandonar o futebol.

 

Por volta de finais de 2009, travei conhecimento com o "Reflexão Portista", e, quando o António-Pedro Vasconcelos, no “Trio d’Ataque”, ensaiou aquela tentativa ingénua de demonstrar que o clube do regime, afinal não era tanto do regime como tudo isso, fui um dos que para lá enviaram a fotografia, posteriormente exibida naquele programa pelo Rui Moreira, e que mostrava que, no fim de contas, no clube do regime também se praticava a saudação, então usual.

 

 

 

No Dia das Mentiras, 1 de Abril de 2010, o “Azul ao Sul” recebeu o seu primeiro destaque nos blogs do SAPO, na sequência do texto "Olhó cretino!" .

 

Foi uma enorme surpresa, de tal maneira que só uns dias depois é que me apercebi da façanha. Não estava à espera que dessem pela minha insignificante existência, e se algum dia contasse vir a ter algo destacado, seria no outro blog, e nunca neste.

 

 

 

Dei nota deste destaque ao “Reflexão Portista”, que teve a amabilidade de incluir o “Azul ao Sul”, na sua blogosfera portista.

 

Num belo dia de Verão, recebo um comentário de um tal de Jorge. Pouco tempo depois, apercebo-me que o “Azul ao Sul” também constava na lista de portas azuis, seguidas no "Porta 19". Escusado será dizer que, a partir desse momento, o número de visitantes deste humilde espaço, cresceu exponencialmente.

 

Pouco depois, apercebi-me que também aparecia no "As Opiniões Desportivas de Miguel Sousa Tavares" (actualmente suspenso), e, umas semanas mais tarde, surge um comentário de um tal Penta1975 (a.k.a. Miguel Lima), surpreendido por o seu blog, o "Tomo I", constar entre os favoritos do “Azul ao Sul”.

 

O Miguel Lima (a.k.a. Penta1975), sempre simpático, tornou-se entretanto, o mais fiel dos comentadores deste espaço.

 

No Dia de São Martinho, 11 de Novembro de 2010, novo destaque nos blogs do SAPO, desta vez a seguir ao texto "RAP - O Gato que engoliu um sapo".

 

 

 

A equipa dos blogs do SAPO, para além de um claro e inequívoco bom gosto, não deve primar pelo benfiquismo. Ou então, tendo em conta as ocasiões com que coincidiram estes destaques (Dia das Mentiras e Dia de São Martinho), são danados(as) para a brincadeira!

 

Recentemente, fui brindado com a visita do Dragão Vila Pouca, e, quando dei por mim, lá estava na lista de blogs da coluna da esquerda do "Dragão até à morte".

 

Ou seja, o “Azul ao Sul” marca hoje presença em quatro dos meus blogs portistas favoritos, o que é um enorme motivo de orgulho.

 

Claro está que este acréscimo de visibilidade traduziu-se num aumento do número de visitantes a este espaço, de tal forma que, por alturas do segundo destaque no SAPO, vi-me na contingência de ter de mudar de contador de visitas, antes que me passasse dos carretos.

 

É que o contador anterior contava tudo e mais alguma coisa, desde espirros, até travagens bruscas na rua aqui defronte, e desvirtuava quase por completo o número de visitantes.

 

O actual é bem melhor, mas ainda assim tem falhas, e continua a contar-me, cada vez que pré-visualizo um artigo, o que também não me agrada muito, mas, é a vida.

 

Até 15 de Novembro passado, foram 4.328 visitas (incluindo visitas propriamente ditas e páginas vistas). Actualmente, são 6.754 visitantes (11.45, de hoje). Como estimo que, por cada item publicado devo ser contabilizado aí umas cinco vezes, sendo 227 os artigos colocados, prevejo que, cerca de 1.135 dessas visitas serão minhas, pelo que ficam 5.619 masoquistas, que já leram alguma coisa que escrevinhei.

 

Apesar de esse nunca ter sido, e continua a não ser, um objectivo programado, não deixa de ter o seu quê de gratificante.

 

O presente mês de Março tem sido completamente de loucos, e até à data, tanto o número máximo de visitas (799), como de páginas vistas (1.075), superaram largamente os meses anteriores. Mais de 1.000 páginas vistas num mês, é qualquer coisa de inacreditável para uma baiuca artesanal como esta.

 

 

Este inesperado afluxo e a lista de portas portistas, do “Porta19”, têm inevitavelmente consequências. É que, à medida que o “Azul ao Sul” vai descendo na dita lista, aumenta a pressão para escrever qualquer coisa, e a qualidade, apesar da simpatia de alguns, raramente atinge o patamar por mim desejado, acaba por sofrer os efeitos perniciosos da pressa.

 

Por isso, e por flagrante falta de tempo, a orientação actual, mais do que para a qualidade, é no sentido de dar resposta àquilo que o Dragão Vila Pouca, tão bem explicita no seu blog: “Todos juntos, somos poucos para dar luta a quem se nos opõe”.

 

Para terminar, resta-me agradecer a todos os que, mesmo tendo outras simpatias clubísticas, têm a paciência de visitar este humilde estaminé. Ninguém vem cá obrigado, e quem volta uma segunda, ou mais vezes, sabe de certeza ao que vem.

 

 

Um agradecimento muito particular e especial aos Colegas da bluegosfera acima mencionados, pela oportunidade de crescimento que deram ao “Azul ao Sul”.

 

Coisas que fascinam: O rebanho dos caprinos machos respiratórios (actualizado em 2011.03.24)

22
Mar11

 

 

O FC Porto soma e segue o seu caminho, quase imperturbável. Em termos estatísticos, este jogo não andou muito longe daquilo que havia acontecido nos anteriores, ainda que mais na linha dos jogos disputados fora de casa, que daqueles realizados no Dragão.

 

 

 

 

Por outras palavras, posse de bola acima dos 60%, muito poucos remates, e consequentemente, poucos remates a acertarem na baliza – apenas dois.

 

A diferença para os jogos anteriores centrou-se no facto de que, esses apenas dois remates se saldaram em outras tantas oportunidades de golo, e numa destas a Académica de Coimbra, ao contrário dos demais opositores, logrou mesmo concretizar, e o FC Porto viu-se assim na contingência de ter de dar a volta ao resultado.

 

Para grande azar do Rui Gomes da Silva, e outros iluminados do género, logo havia de ser o Addy a marcar. Logo ele, que até tem contrato com o FC Porto! Não só não se aleijou na véspera, ficando impedido de alinhar, como ainda por cima marcou.

 

Como, de resto, acontecera com o Ventura, o Soares e o André Pinto (o Pedro Moreira esteve no banco, e não estou a contar com o Ivanildo, nem com o Candeias), também alinharam quando defrontámos o Portimonense, ou com o David Simão e o Nélson Oliveira, no jogo da primeira volta, em que o Paços de Ferreira visitou a Cesta do Pão. A malapata foi o Ukra, que logo se havia de lesionar antes do jogo com o FC Porto. Helás!

 

Pronto, pronto, para aqueles que já estão a dizer que houve (mais) um penálti perdoado ao FC Porto, com o resultado em 0-0, tenho a dizer que ainda não vi o lance. Contudo, tendo em conta os comentários de “O Tribunal” de “O Jogo”, fico com a ideia que deve ter sido qualquer coisa entre a grande-penalidade perdoada, já não me lembro em que jogo, por mão do Javi Garcia e a que ficou por apontar, no jogo dos cincazero, e que podia ter dado o seizazero:

 

“ Tribunal de O JOGO

 Não foi Gralha, foram erros

 

Não foi positiva a estreia do árbitro de Santarém em jogos no Estádio do Dragão. Na análise dos nossos especialistas, André Gralha errou ao não assinalar uma grande penalidade favorável à Académica, logo a abrir o jogo, por mão na bola de Rolando na área portista. Entre os 11 erros em 15 análises, Jorge Coroado e Pedro Henriques defendem, por exemplo, que Luiz Nunes deveria ter sido expulso por uma carga sobre Belluschi.

Momento mais complicado

 

2' Grande penalidade por assinalar mão na bola ou bola na mão de Rolando, na área do FC Porto?

Jorge Coroado

- Rolando foi pouco ortodoxo na abordagem ao lance, ocupando espaço indevido com o braço. Desta forma, travou a trajectória da bola, fazendo grande penalidade. Árbitro e assistente assim não o entenderam.

Pedro Henriques

- Rolando tem a mão e o braço completamente fora do plano do corpo, ganhando volumetria e com intenção de ter o braço nessa posição para cortar e tocar deliberadamente na bola. Ficou por assinalar uma grande penalidade.

Paulo Paraty

- É o tipo de lance que nenhum árbitro deseja. Muito difícil decisão. Até compreendo o julgamento do árbitro de Santarém, mas entendo que o braço de Rolando faz volumetria. A grande penalidade justificava-se.”

 

[Finalmente, tive oportunidade de ver a jogada do pretenso penálti cometido pelo Rolando na partida contra a Académica de Coimbra.

 

Sobre esta matéria, recomendo vivamente a leitura do excelente trabalho exibido no "O Porto é o maior, carago!".

 

Parece-me a mim, que não percebo nada disto, que o que se pretendeu a dada altura fazer, foi engendrar um critério que permitisse “objectivar”, o conceito subjectivo de “intencionalidade”.

 

E, de facto, esse critério tem vindo a ser seguido, e bastantes chatices deu, por exemplo, a um dos árbitros do “Tribunal”, Pedro Henriques, por ter assinalado mão do Miguel Vítor, num jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide , contra o Nacional da Madeira, e anulado um golo.

 

No entanto, não deixa de ser uma tentativa de desresponsabilizar os árbitros pela(s) decisão(ões), que, racionalmente, nos casos em que tal é possível, deviam tomar.

 

Além disso, é uma interpretação ou um critério de aplicação da lei do jogo, que viola a própria lei, que não o prevê em lado nenhum.

 

Dito isto, à luz desta aberração, seria, de facto, penálti do Rolando. Em face da lei e para os que gostam de futebol, nunca na vida seria grande-penalidade.

 

(actualizado em 2011.03.24)] 

 

Aproveitando que mencionei atrás o Paços de Ferreira, confesso que estava muito curioso para ver qual seria a “gestão do plantel” que o nosso próximo adversário iria fazer. Será que iria lançar a equipa B, como contra o Portimonense, ou a equipa A?

 

Pois bem, continuando a sua coerentemente incoerente gestão de efectivos, o treinador do segundo classificado acabou por lançar em liça a equipa principal, deduzida de dois dos principais jogadores dos últimos tempos: Coentrão e Sálvio.

 

É a tal história da toalha, que umas vezes vai ao chão, e não há nada a fazer, e outras, parece que retoma o seu lugar no toalheiro, que sempre é aquecido.

 

Ora bem, quanto a mim, neste momento o campeonato que o segundo classificado joga é, pura e simplesmente, a Liga do “Vamos ganhar ao FC Porto no próximo desafio”.

 

O nosso ex-principal concorrente ao título, e isto sem ler as estrelas, hipotecou no jogo em casa contra o Portimonense, toda e qualquer ínfima possibilidade que ainda lhe assistisse de revalidar a conquista da Liga alcançada na temporada passada.

 

Na realidade, acredito que a capitulação havia sido assinada há que tempos, aquando da vitória do FC Porto,em Braga. Doutraforma, como entender que há onze dias antes dessa partida, e quatro antes de ir jogar a precisamente a Braga, receba o Sporting, para disputar a meia-final da Bwin Cup, com honras de equipa principal?

 

Aquele discurso de cinco (ou mais) estrelas que se lhe seguiu cheira e não é pouco, a algo cuidadosamente ensaiado, para quando as coisas dessem para o torto. Não foi contra os de Alvalade, saiu após a derrotaem Braga. Oempate a seguir foi apenas a formalização do acto.

 

É claro que, a arbitragem do Carlos Xistra, contra os bracarenses, e o empate contra o Portimonense, adicionaram algum dramatismo à coisa.

 

O que se vai agora assistindo é a mais do mesmo, que se vai vendo desde o início desta Liga Zon Sagres 2010-2011.

 

 

Relembremos. Primeiro as queixas centraram-se no calendário de jogos.

 

Estava pré-definido, e era igual para todos, mas obrigou a um arrancar da temporada mais cedo que o que desejavam, tendo em conta os jogadores envolvidos no Mundial, e especialmente, os que foram transferidos inesperadamente, pelo menos para o treinador, a meia dúzia de dias do início da época. Assim à cabeça, vem-me o nome do Ramires.

 

É claro que a culpa é da Liga, do seu presidente, que é do FC Porto, mas que foi apoiado por aquele clube, contra a vontade dos sócios. Da directora-executiva, por mero acaso, reconduzida no seu cargo, depois do, certamente excelente desempenho na temporada passada. Convém não esquecer também a questão da sede da Liga se situar no Porto, como factor condicionante das boas performances desportivas da equipa.

 

A seguir foram os frangos do Roberto, coitado! …E as arbitragens! Os penáltis a favor roubados na recepção à Académica de Coimbra, que até jogou quase uma parte inteira de jogo com dez jogadores, e marcou o segundo golo, lindo, por sinal, bem mais que o do Gaitán ontem, bem perto do términus da partida, dando mostras de uma resistência notável.

 

Veio então o Olegário, que deu uma boa desculpa para o charivari que se seguiu ao encontro com o Vitória de Guimarães, e para mais queixas relativamente à arbitragem.

 

Os cincazero, que vieram depois, foram culpa de um jogador inspirado, e das bolas de golfe, em suma do ambiente intimidatório, que nem o Ministro da Administração Interna foi capaz de por cobro.

 

O Elmano Santos trouxe de volta o sistema, que aterrou no Dragão no jogo contra o Vitória de Setúbal, mas que voou para bem longe, depois do golo fora-de-jogo e com a mão, em Coimbra, da lavra da equipa do mesmíssimo árbitro madeirense.

 

Daí para diante foram só vitórias, e tudo está bem quando acaba bem. Onze vitórias consecutivas. Curiosamente, agora batidas pelas doze do FC Porto, a que foi dado o enorme destaque, que todos reconhecemos.

 

A derrota em Braga foi mais um momento alto. “Estava escrito nas estrelas”, apregoou o homem que apoiou o presidente da Liga. O Xistra, na sua quase infinita falta de classe, deu a sua ajuda, mas não merecia aquele relatório arrasador do observador, até porque conseguiu prejudicar ambos os emblemas.

 

Com Maxi Pereira, Cardozo e Luisão fora da equipa para defrontar o Portimonense, alguma coisa poderia correr mal. Entra a segunda equipa em cena, e inicia-se a “gestão do plantel”. Era um risco programado, pois a revalidação do título avistava-se por um canudo, e correu mesmo mal.

 

Portanto, como se vê, o Prof. Doutor Rei da Chuinga, assim como o seu homónimo da Nazaré (Nazaré, Palestina), tem vocação, não só para antever que as coisas podem não correr pelo melhor, como para a pastorícia.

 

O nazareno apascentava o seu rebanho de almas tresmalhadas. Este é pastor de um rebanho, que apesar de incluir unicamente caprinos machos, não pára de aumentar ao longo da sua transumância. É como dizia o Jaime Pacheco, são os tais “bodes respiratórios”.


Nota: O Rui Vitória bem pode reclamar que foi prejudicado pelo árbitro, mas aquela parvoíce do Cohéne, logo aos dois minutos não tem desculpa possível. O Artur Soares Dias ainda fez o que pode, só lhe deu o amarelo, mas aquilo era para ir para a rua, de caras.

 

Por momentos fez-me lembrar o Delson, do Olhanense, no jogo do título da época passada. Indesculpável.

 

O Rui Vitória, se se queria demarcar do seu anterior clube, escolheu uma má ocasião para o fazer.

 

Nota2: Não se preocupem pelo excerto do “Tribunal de O Jogo” e com esta história do Rui Vitória. Estou bem, e não me parece que esteja a chocar nada de grave. Deve ser só a Primavera, e o anti-histamínico a funcionar!

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