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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Acarditámos, e prontes!

21
Abr11

Na passada terça-feira encontrei casualmente um ex-colega de escola, benfiquista até ao tutano, e, dada a confiança que emanava para o jogo de anteontem, não resisti em lançar-lhe um: "Vejam lá se perdem por 3-0!".

 

Ao que ele retorquiu: "Estás assim com tanta confiança?". "É pá, perder, de certeza que não perdemos. Agora, se passamos à final...isso é muito complicado", respodi eu.

 

Em jeito de consolação, replicou: "Pois é. Importante, importante, vai ser o próximo jogo!".

 

É claro que se estava a referir à Liga Europa, e por isso, tratei de acalmá-lo: "Estás muito confiante de que vais passar o Braga!". E ele, despediu-se: "Vê lá mas é se passas o Villarreal!".

 

É assim. O que é certo é que eu estou mesmo confiante de que vamos passar o Villarreal, e que, contra o SC Braga, ou contra quem quer que seja, vamos conquistar a Liga dos pobrezinhos.

 

Da mesma maneira que o comedimento da minha resposta inicial não coincidia exactamente com as minhas expectativas para o jogo de quarta-feira. Depois de perder em casa por um 0-2 de bambúrrio, e de vencer este mesmo adversário na sua Cesta do Pão, por 2-1, parecia-me a mim que, derrotá-los por 2-0, e levar a eliminatória para prolongamento ou penáltis, era perfeitamente fazível.

 

Mais, o resultado que me martelava na cabeça era o 1-3. Porém, depois de ver uns breves momentos da primeira parte: o cartão amarelo ao Palito, por uma simulação de falta do Maxi Pereira, o cartão amarelo a este, por mais uma falta "à la mode", o Luisão a enganar-se e a pontapear acidentalmente a cabeça do Otamendi, o remate de cabeça ao lado da baliza do Caceteiro Garcia, e o falhanço do Falcao, fiquei com a impressão de que o FC Porto estava a jogar com uma intensidade demasiado baixa, para a tarefa que tinha entre mãos.

 

 

Quando me apercebi que o resultado já estava em 3-1, quase no final do jogo, tive uma estranha sensação de dejá vu. E o que é mais engraçado, é que desde a derrota da primeira mão que tinha ficado com a sensação de que a senhora gorda ainda não tinha cantado a nota final.

 

Este FC Porto faz a malta acarditar até ao fim, e quando tudo se preparava para uma Taça da Amizade, à séria, pimba, fomos emocionalmente agressivos, como diz o André Villas Boas,  transcendemos os factores de transcedência do outro lado, e estragámos a festa da dupla de queixinhas.

 

Falando de queixinhas, não queria deixar de aproveitar também este fugaz momentito, para desejar ao nosso rival derrotado e futuro tri-vencedor da Taça da Liga Bwin, uma rápida recuperação para o próximo Sábado, no jogo contra o seu ex-treinador campeão das camadas jovens.

 

 

 

FC Porto à parte, foi o clube que mais alegrias me deu esta época. É quase sempre um prazer defrontá-los, e adoro a classe de anfitriões que demonstram quando nos recebem em casa. Além disso, propiciam sempre momentos de são convívio, e grandes gargalhadas. Apagões, molhas, Ruis Gomes da Silva, Antónios-Pedros de Vasconcelos, Domingos Amarais, e quejandos, é uma risota pegada. Bem hajam...

 

Contudo, fica aqui um alerta. Apesar de estarmos na quadra pascal, Jesus ressuscitou ao Domingo, e não ao Sábado...

 

  

    

 

Votos de uma Excelente Páscoa para todos os que por aqui passarem, e, o mais tardar, até dia 28.

 

Diz que disse

19
Abr11

É compreensível que esta notícia não tenha tido a ampla divulgação pública que outras merecem. Mas, para que conste, pode ser encontrada aqui e aqui, e já agora, transcrevo-a:

 

"O último Sp. Braga-Benfica ainda dá que falar a propósito do caso do jogo: a expulsão de Javi García, após um lance com Alan. O árbitro Carlos Xistra foi penalizado pela decisão de mostrar o cartão vermelho ao jogador benfiquista e teve uma nota negativa: 2,7. O observador do árbitro, Joaquim Dantas, considerou que não houve razão para expulsão do trinco do Benfica e este erro pesou na nota final. Porém, o árbitro recorreu para a Comissão de Análise e a Comissão de Arbitragem e viu estas darem-lhe razão. Depois de visionadas de novo as imagens, o grupo liderado por Vítor Pereira entendeu que Carlos Xistra decidiu bem e fez a revisão da nota, avaliando-o de forma positiva. Com tudo isto quem ficou a perder, e bastante, foi o observador do árbitro nesse polémico jogo, que viu a sua nota descambar para níveis que até podem pôr em causa a sua permanência no quadro principal de observadores. "A expulsão injustificada do n.º 6 da equipa B, aos 40 minutos do primeiro tempo, acabaria por marcar negativamente a sua atuação e o próprio desenrolar do jogo", escreveu Dantas no seu relatório, cuja versão foi agora contrariada pelos altos comandos da arbitragem portuguesa dos campeonatos profissionais. Recorde-se que a nomeação de Carlos Xistra para este jogo, que praticamente ditou o fim da esperança benfiquista pela revalidação do título, foi também ela controversa. A Comissão de Arbitragem, embora por canais oficiosos, fez saber que Carlos Xistra era o único árbitro internacional disponível para esta partida. Mas pelo menos Olegário Benquerença e Bruno Paixão estavam em condições de ser nomeados, situação que nunca foi clarificada. "Esse jogo mereceu-nos o mesmo rigor e detalhe de análise de sempre", limitou-se a afirmar Vítor Pereira sobre esta questão, há poucas semanas, durante a última ação de aperfeiçoamento dos árbitros e árbitros assistentes de 1.ª categoria, que decorreu no Luso. O próprio Carlos Xistra vinha de um jogo no qual teve nota negativa, fator que em condições normais o faria descansar na jornada do tal Sp. Braga-Benfica... A correção à nota de Xistra cria agora outra expectativa, a de saber se a atuação de Duarte Gomes no clássico da Luz entre Benfica e FC Porto será ou não, também ela, sujeita a uma avaliação diferente da Comissão de Arbitragem em relação àquela que teve o observador que classificou de muito boa a performance do juiz lisboeta. "

 

 

 

Entretanto, diz hoje "O Jogo", que a instrutora do processo disciplinar aplicado ao Prof. Doutor Rei da Chuinga, terá proposto um castigo de dois meses, em vez dos onze dias, cirurgicamente aplicados pelo Conselho de Disciplina da Liga.

 

Com certeza foi uma antecipação da vinda do FMI. É assim como as reduções de vencimento que vão ser impostas aos funcionários públicos: por cada dois meses de trabalho, recebem meio mês de salário.

 

 

No “Jornal de Notícias”, podemos ler na capa: “Árbitro do Dragão na mira do [coisa e tal].

 

Como não se consegue ler a notícia na versão on-line, presumo que seja por causa de uma revelação arcangelical do director de comunicação do mesmo coisa e tal.

 

“O director de comunicação do Benfica revelou que o clube da Luz está «ansiosamente à espera da conferência de imprensa que o FC Porto vai fazer sobre o jogo com o Sporting», disputado no Domingo, no Dragão, para a Liga. Em causa a actuação de Artur Soares Dias. «Estamos ansiosamente à espera da conferência de imprensa que o FC Porto vai fazer sobre o jogo com o Sporting e a arbitragem de Artur Soares Dias», disse João Gabriel à agência Lusa. O responsável encarnado aludia assim ao facto de o FC Porto ter promovido uma conferência de imprensa em que acusava o árbitro Duarte Gomes de ter cometido 15 erros contra os benfiquistas no jogo que garantiu aos portistas o 25º título nacional, com uma vitória por 2-1 sobre o Benfica, em Lisboa. «Seguramente que o vídeo vai ter mais de sete minutos. Já agora, ficamos à espera que alguém explique o motivo e o teor da conversa entre o árbitro e Nélson Puga [médico portista]», referiu Gabriel. Segundo a imprensa desta segunda-feira, Nélson Puga e Artur Soares Dias terão mantido uma conversa ao intervalo do jogo no Estádio do Dragão, que o FC Porto ganhou por 3-2, a qual terá deixado incomodado o treinador do Sporting, José Couceiro”.

 

Fez-me lembrar o Raul Solnado. Nos meus tempos de miúdo, as estórias do Raul Solnado estavam disponíveis em singles de 33 rotações (onde é que isso já vai?!), e os meus pais tinham uns quantos destes discos.

 

Um deles era “A minha ida à Guerra”. Nesta rábula o Solnado dizia que tinha uma Prima Georgina, que “gostava muito de dizer coisas”, nem que fosse tão simplesmente “pois”, como era o caso na situação.

 

Assim está o indivíduo acima. Com uma pequena diferença. Depois dos comunicados emitidos pelo FC Porto na semana que passou, a propósito das cretinices patrocinadas pelo clube que lhe paga o ordenado, ficar em silêncio até parecia mal. Havia que meter um “pois” em qualquer lado.

 

A propósito da recente arbitragem de Artur Soares Dias, curiosamente, ouvi ontem o Presidente da Assembleia Geral de um dos clubes em causa, o Sporting (porque será que o último e o actual Presidente da Assembleia Geral deste clube, foram e são, respectivamente, comentadores em programas desportivos? Não há mais lá na casa?), insurgir-se, não com a jogada do penálti, pretensamente  cometido pelo Rolando, ou com o posicionamento do banco do FC Porto, mas com a falta apontada aos leões, no lance da lesão do Helton.

 

Dizia ele que era a prova do "condicionamento psicológico" dos árbitros no ajuizar de lances envolvendo jogadores portistas. Como eu o compreendo. Depois de ter visto o Jorge Sousa expulsar o Maicon em Alvalade, certamente por "condicionamento psicológico", se há coisa de que compreendo a potes, é disso mesmo.

 

Ó Caro Dr. Eduardo Barroso, o árbitro marca falta, e mal, porque, ao contrário do que se diz, de que não haveria nenhum jogador do Sporting na jogada,  o Guarín e o Polga estão por perto, e, como o Vítor Pereira muito bem há-de explicar um dia destes, ter-lhe-á parecido que o sportiguista empurrou o colombiano. É assim tão díficil de perceber, que se tem de recorrer a teses tão elaboradas de "condicionamento psicológico"?

 

 

 

 

Para o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, vamos ter “Uma Taça cheia de paixão”.

 

Não é nada subliminar a mensagem, graças a uma qualquer entidade divina. “Paixão”, em letras daquele tamanho e vermelhas, é de certeza absoluta, mera coincidência.

 

Curiosamente, ou talvez não, sei lá, no “Bola na Área”, o Eugénio Queirós, coloca como hipóteses o Olegário Benquerença ou o acima mencionado Carlos Xistra, e aposta mesmo neste último.

 

Diz ele, bem informado, ou pelo menos, melhor do que o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, que o Bruno Paixão terá pedido dispensa deste jogo.

 

Cá por mim, tanto me faz. Agora, uma coisa é certa, a minha professora da primeira classe, a mesma que me ensinou o que era uma “chuinga”, também me ensinou que a caneta vermelha era para uso exclusivo dela própria.

 

Só a professora escrevia a vermelho, e para corrigir, para o bem ou para o mal, aquilo que nós fazíamos. Para nós era a caneta azul ou o lápis, pois escrever a vermelho era como mandar alguém a “uma parte muito feia”.

 

O que, no fundo, no fundo, é o que o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos faz diariamente aos seus obstinados leitores.

 

Na volta, com esta professoral dicotomia cromática, a senhora acabou por ajudar a ditar a minha escolha de cor clubística…


 

Nota: Venho manifestar a minha solidariedade para o o director de comunicação mencionado no texto, uma vez que, tal como ele, também tenho alguma curiosidade relativamente a algumas conversas mantidas por Artur Soares Dias, com personagens menos gratas do que o Dr. Nélson Puga.

 

Assim sendo, gostaria de saber, por obséquio, o que é que se discutia alegremente neste momento registado para a posterioridade?

 

Cuidado com o pica-miolos

13
Abr11

Com certeza que existirão estudos científicos sobre o assunto, e longas dissertações cheias de conclusões brilhantes. Quanto a mim, limito-me a registar que deve haver um muito bom motivo para que, quando nos dizem para não fazermos algo, isso constitua o maior incentivo para que façamos precisamente o contrário.

 

Talvez seja por masoquismo. Ou audácia. Uma irresistível vontade de experimentar a vertigem do desconhecido. Será por mera irreverência, misturada com uma boa dose de inconsciência?

 

É como acontece com os miúdos, por exemplo. Podemos dizer-lhes mil vezes para não mexerem no aquecedor, quando está ligado. Assim que acabamos de o fazer, é certo e sabido que lá vão pôr o dedo. E depois queixam-se.

 

Mas, crianças são crianças. Eu, que até estou plenamente consciente de que devo evitar dar uma vista de olhos ao “Record”, e em particular à coluna do Domingos Amaral, antes de cada almoço familiar domingueiro, não consigo resistir a fazê-lo.

 

É mais forte do que eu. Perder uns minutos de vida a ler o que tal indivíduo escreve é assim como que um “rush” de adrenalina. É a minha versão actual de um desporto radical.

 

Aliás, acredito piamente que, para o próprio Domingos Amaral, passar para o papel aquilo que lhe sai da cabeça, é também uma espécie de “bungee jumping”. Um salto no vazio do abismo do ridículo, só que, por vezes, como na última crónica, sem “bungee”.

 

Sob o título de "O apagão" escreveu então o que se segue:

 

 

 

“From: Domingos Amaral

 

To: Pinto da Costa

 

Caro Pinto da Costa

 

Ainda bem que o senhor se divertiu com o “apagão” na Luz. Eu também. Ao contrário dos indignadinhos, benfiquistas ou não, considero o “apagão” a melhor ideia de que o Benfica se podia ter lembrado. E explico porquê:

 

1 – No bélico presente, a postura de superioridade moral pacifista é tonta. O Benfica não é o Ghandi. Tão-pouco deve defender um apaziguamento “à la Chamberlain”. Prefiro a fibra de Churchill e sofisticados contra-ataques de “marketing de guerrilha”. Quando o “speaker” do seu estádio no Freixo grita aos microfones “SLB, filhos da p..., SLB”; quando o nosso autocarro é fustigado à pedrada; e quando o senhor chama “palhaço” ao nosso vice-presidente; a melhor resposta é um inovador “apagão”. Sem violência ou insultos, limitámo-nos a surripiar a luz à sua festarola, um ato perversamente pacífico. Palhaços e filhos da p...? Sim, mas geniais.

 

2 – Desligando a luz na Luz, entrámos para a história. Tal como para si o último dos campeonatos é o “dos túneis”, este será o do “apagão”. Daqui a 30 anos, ninguém se vai lembrar dos “mind games” do Villas-Boas ou dos golitos do Hulk. Mas todos, até os portistas, recordarão o nosso “apagão”! Será o que, à lareira, os avós contarão aos netos. “Naquele ano, o Benfica apagou a luz à festa do Porto...” Parabéns, pois, ao autor da ideia.

 

3 – Por fim, o “apagão” é a suprema metáfora desta época. O senhor é campeão pois, coisa rara, Benfica, Sporting e Braga sofreram um “apagão” simultâneo no início do campeonato e nunca recuperaram.

 

PS: Para a Taça, proponho que os benfiquistas mostrem 60 mil rabos ao léu ao FC Porto. Contra o dragão, depois do “apagão”, o “rabão”! Diga lá se não era uma galhofa?”

 

Depois de ler isto, dei por mim a pensar: “mas, este tipo tem estado no planeta Terra, nos últimos tempos?”

 

Surripiaram luz à festarola do FC Porto, na Cesta do Pão? “Naquele ano, o [sei lá quantos] apagou a luz à festa do Porto…”?

 

Vi e revi dúzias de imagens da festa que os jogadores do FC Porto fizeram em pleno relvado, sem luz e apesar de os aspersores estarem a funcionar. Até ajudaram aos festejos!

 

 

 

Meu caro Domingos Amaral, se tiver dúvidas, é só ir ao “Google”, escrever “apagão «espaço» luz”, e seleccionar imagens ou vídeos. Não é preciso mais. É bem capaz é de não gostar do que por lá vai encontrar.

 

Surripiaram luz à festa? Queriam vocês…

 

As únicas coisas em que acertou é que o campeonato anterior foi, efectivamente, o dos túneis, assim como este, será recordado como o do “apagão”.

 

E não só. Vai ser também recordado como o campeonato do bom comportamento de um certo treinador, das pedradas, das bolas de golfe, dos frangos do Roberto. Enfim, um sem número de ocorrências que, obviamente, não vão superar o “apagão”, mas que conjuntamente com ele vão deixar a sua marca perene nesta Liga Zon Sagres.

 

Pela minha parte, espero que este campeonato venha a ser recordado por ter sido conquistado sem conhecer o travo da derrota, igualando mais um recorde da concorrência.

 

Outra coisa que, quanto a mim, também é um dado adquirido, é que o que este tipo diz, será de certeza absoluta, convergente com a opinião de muitos outros companheiros de frustração.

 

É natural que se dêem os parabéns ao autor de tal façanha, e que se o considere ” a melhor ideia de que (…) se podia ter lembrado”, elevando-a ao patamar da “genialidade”.

 

É normal, quando se goza de uma tal impunidade, que faz com que os actos mais tresloucados se assemelhem a brincadeiras de crianças. Quando se incita à violência em directo ou se deseja, sem grandes pruridos, ou se deseja, sem grandes pruridos, a morte de um presidente de outro clube.

 

É perfeitamente natural que se o faça, revelando uma inconsciência que atinge as baias do impensável, quando é a própria polícia que traz à colação as questões de segurança, que a “ideia genial” poderia ter posto em causa.

 

Diz a sabedoria popular que “ao menino e ao borracho, põe Deus a mão por baixo”, por isso, nada disto é susceptível de causar estranheza.

Basta ver o manso castigo que mereceu o desportivismo do seu treinador, e que, ainda assim, e apesar do que todos viram, Conselho de Disciplina da Liga Portuguesas de Futebol incluído, teve direito a críticas por exagerado.

 

O texto é bem ilustrativo de um outro traço de carácter dos adeptos de um tal clube.

 

Aqui há coisa de um ano e picos, o mesmo autor, no mesmo sítio, escrevia isto:

 

“Apito Encarnado

 

From: Domingos Amaral

 

To: Luís Filipe Vieira

 

Caro presidente,

 

Uma das coisas que não lhe saiu bem no passado foi ter-se colado demasiado à investigação do famoso mas quase estéril "Apito Dourado". Deu a ideia, demasiado óbvia, de que o Benfica era parte extremamente interessada, em especial no que toca a Pinto da Costa. Parecia que queríamos, à força, pressionar o Ministério Público e os tribunais para conseguir condenações, de forma a limitar a ação do presidente do FC Porto e o prejudicar na gestão do seu clube. Ora, é preciso ser mais manhoso do que isso, pois essa colagem soa sempre a fraqueza e frustração. Aquela coisa do querer ganhar na secretaria porque não se consegue ganhar no campo é acusação sempre chata de ouvir, e além disso parece passatempo de fracos e derrotados.

 

Foi, aliás, a isso que me soaram as queixinhas de Pinto da Costa esta semana, quando ele pediu ao poder político que "intervenha" e que realize um "apito encarnado". Soou a fraqueza, a pressão, a frustração, e nem mesmo a conhecida ironia do senhor aliviou essa sensação.

 

Porém, não deixa de me dar uma alegria ver o presidente de um clube rival a resmungar, carpindo mágoas no seu muro das lamentações. É sempre assim em futebol: quem está por baixo berra, quem está por cima ganha e passa à frente. E, é isso o fundamental, este ano o Benfica está por cima, derrotou o FC Porto e vai muito bem. Não vale a pena, pois, o senhor responder-lhe, nem indignar-se com as suas "pressões". Há que continuar a trabalhar bem, a ganhar jogos, e deixá-lo a berrar sozinho. Essa foi a nossa sina durante anos, mas agora os tempos mudaram. Ele que proteste e que tente ganhar na secretaria o que não conseguiu ganhar no campo”.

 

Como se vê, quando estão por cima é ganhar e passar à frente. Quem está por baixo que berre.

 

Quando as coisas não correm pelo melhor, que se lixe a superioridade moral, é aproveitar todos e quaisquer argumentos para justificar os “sofisticados contra-ataques de marketing de guerrilha”. Serve de tudo: o speaker que insulta, o vice-presidente que é chamado de palhaço, como se isso não fosse antes um insulto aos próprios palhaços. Tudo é justificação para mais uma dose bem servida de vitimização.

 

Quase que faz lembrar um certo Primeiro-Ministro de um País cheio de cor, à beira do ir ao fundo, que, por mero acaso, certamente, até é, por sinal, adepto desse mesmo clube.

 

A propósito de naufrágios, passemos à parte do pica-miolos. Após um desastre marítimo, um sobrevivente vai ter a uma ilha, quase deserta. Quando lá chega, vem ter consigo um outro náufrago solitário e carente, que já lá residia, e dá-lhe as boas vindas, fazendo as honras da casa:

 

 “É pá, aqui tá-se bem! Há peixe no mar, há frutas tropicais na floresta, há água no ribeiro, não faz frio, nem de dia nem de noite. Se não fosse o pica-miolos, era um autêntico Paraíso!”

 

“Pica-miolos!?”

 

“Sim. É um pássaro, de uma espécie rara, que se alimenta de miolos. Quando ele vem, o melhor que fazes é esconder imediatamente a cabeça!”

 

“Ok.”

 

Um belo dia, estavam ambos nus deitados na praia, após uma bela banhoca no oceano, quando o náufrago mais antigo desata a gritar: “Pica-miolos, pica-miolos, vem aí o pica-miolos!”

 

O outro não faz mais nada, enfia a cabeça na areia. Quando começa a sentir qualquer coisa a “picá-lo”, noutro sítio, que não nos miolos, exclama:

 

“Aí, pica à vontade, que até chegares aos miolos, ainda tens muito que picar!”

 

Por isso, meu digníssimo Domingos Amaral, não sei se a ideia da “rabão” será assim tão genial. Cuidado não apareça por lá o “pica-miolos” para estragar a festa.




Nota1: Depois de tantos anos a ouvir cantar: “Pinto da Costa, Pinto da Costa, vira o cú p’rá gente…”, quem me haveria de dizer que ainda iria ver um benfiquista sugerir que fossem os seus confrades a virar o cú para o Pinto da Costa? Irónico!

 

Nota2: Um aviso aos jogadores do FC Porto para o próximo dia 20. Se esta ideia do “rabão” for para a frente, e apesar de o jogo se disputar às 20.30h, o melhor é levarem óculos de sol. Por muito pouca luz que os dirigentes do clube da casa acendam, o brilho que ela fará ao incidir em 60.000 rabos ao léu, deve encadear qualquer um…

 

Nota3: É claro que, se o árbitro for, como se espera, o João, “pode ser o” João [Ferreira], não será o brilho de 60.000 rabos que o irá ofuscar.

 

Nota4: Aqui d’El Rei, aqui d’El Rei! De acordo com o comunicado da Liga de Clubes, o João, “pode ser o” João [Ferreira], vai estar “indisponível” entre 18 e 22 de Abril.

E agora? Será que a “indisponibilidade” só vale para a Liga, ou também conta para a Federação?

 

Sem o João, “pode ser o” João, quem é que poderá ser para a meia-final da Taça de Portugal, no dia 20? O Olegário? O Proença? Aqui d’El Rei!

 

Nota5: Entretanto, segundo fonte hiper-credível, o “Correio da Manhã”, não se querem dragões nas bancadas no dia 20. Será por timidez? Ou medo que os dragões também se dediquem a picar miolos?

 

 

Boring

09
Abr11

 

 

Com o campeão decidido isto de comentar as nomeações do Vítor Pereira deixa de ter grande interesse. Torna-se mesmo enfadonho, como deixa transparecer o título.

 

O João “pode ser o” João [Ferreira] no SC Braga x Vitória de Guimarães? Sim, e depois?

 

É o quarto jogo dos bracarenses em que “pode ser o” João? Pois é. Esteve também em Guimarães no jogo da primeira volta? Pois esteve.

 

Vão estar em confronto o terceiro e o quinto classificados, com seis pontos a separá-los, e o árbitro nomeado é um internacional. Normal.

 

Em Alvalade, para a partida contra a Académica vai estar o Hugo Miguel. Marca a quinta presença em jogos dos primeiros classificados. Primeiro, dois jogos do actual segundo colocado, depois dois do SC Braga, sempre primeiro fora e a seguir em casa, e agora um do Sporting. Um jogo morno, e um árbitro na mesma linha.

 

O madeirense Marco Ferreira, vai estar em Portimão, na recepção dos algarvios ao campeão. Será o seu quarto jogo envolvendo os melhores classificados, e o terceiro em que intervêm equipas algarvias, uma vez que esteve na Cesta do Pão e no Dragão, com o Olhanense. Mais do mesmo, quando comparado com o anterior.

 

Já um árbitro internacional, ainda que seja o Bruno Paixão, para a disputa entre segundo e o último classificados, merece um sonoro: “Ahhh!”. É um momento raro. Será “damage control”, entre as duas mão da eliminatória da Liga Europa?

 

Como é que vai ser, de um lado a Naval 1.º de Maio, do amigo Carlos Nepomuceno Mozer e do parceiro de negociatas Aprígio, do outro o Bruno Paixão? Empate à vista?

 

Quis custodiet ipsos custodes?*

08
Abr11

 

Portanto, fazendo as contas:

 

Jorge Sousa, Sporting x FC Porto, prejudica o FC Porto. Bom.

 

Carlos Xistra, SC Braga x outra equipa qualquer, na hipótese remota de, eventualmente, quiçá, não ter beneficiado suficientemente a outra equipa qualquer, e, por azar, até, talvez hipoteticamente, a ter prejudicado. Mau.

 

Duarte Gomes, outra equipa qualquer x FC Porto, beneficia a outra equipa qualquer e, simultaneamente, prejudica o FC Porto. Bom.

 

É mais ou menos esta a lógica, não é?

 

Bem, pelo menos ficámos todos a saber que o homem que lança petições pela "verdade desportiva", afinal de contas não pesca nada de futebol.

 

Já agora, só uma ideia parva que me discorreu, como quase todas as que me assolam a mente. Como somos o País das comissões disto e daquilo, porque não criar uma comissão para avaliar o trabalho dos árbitros?

 

Após o términus da partida, e logo que se apagassem as luzes, o que varia consoante os estádios, reuniam-se os delegados ao jogo de ambas as equipas e o observador de árbitros.

 

Para além destes, a comissão poderia integrar mais um quarto elemento. Uma personalidade imparcial de renome e impoluta reputação do panorama futebolístico. Assim de repente, ao calhas, ocorrem-me três nomes para membros efectivos: António-Pedro Vasconcelos, Fernando Seara e Rui Gomes da Silva.

 

Os suplentes poderiam ser, sei lá, o Manuel dos Santos ou o Sílvio Cervan, ou mesmo o Barbas. Ou então o Cruz dos Santos, que até percebe de arbitragem, e já percebeu que o fora-de-jogo posicional não depende do facto de o jogador se encontrar de pé, sentado ou deitado.

 

Os lances a apreciar seriam os escolhidos pelo observador, e poderiam ser utilizados todos os meios de análise, tecnológicos ou não. O observador de árbitros presidiria a comissão, e como tal teria voto de qualidade, na eventualidade de ocorrerem empates, uma vez que são quatro os elementos constituintes da comissão.

 

Da reunião, que teria uma duração limitada, para aí uns quinze minutos, como acontece nos programas desportivos de segunda e terça-feira, seria lavrada uma acta, que seria publicitada e ditaria a classificação do árbitro da partida.

 

O que é que acham?

 

No entretanto, "quem guardará os guardas"?

 


 

(*) É mais conhecida a formulação inglesa desta expressão latina, que é "who guards the guards?". E de facto, só fiquei a saber que existia esta expressão em latim, a partir da leitura do livro "Fortaleza Digital", do Dan Brown.

 

Em português, significa qualquer coisa como, "quem guardará os guardas".

Golos como Matrioskas

08
Abr11

 

Decididamente, esta Liga Europa agrada-me. Não fico feliz por estarmos fora da Champions, mas, tendo em conta o desempenho na época passada dos dois clubes de Lisboa, a as fases avançadas da prova a que chegaram, sem dificuldades de maior, fiquei convencido de que, mal por mal, seria uma competição perfeitamente ao alcance de um qualquer FC Porto mediano, quanto mais deste.

 

A Liga Europa, já o disse antes, constitui, sem sombra de dúvida, um bom suplemento vitamínico no que toca à moralização dos adeptos, da equipa e de alguns jogadores que, por força das opções técnicas e tácticas, ficam de fora noutras ocasiões.

 

Aqui têm a oportunidade de somar minutos em prol da sua forma física e psíquica. Foi o que se viu na temporada passada, e nesta, nos últimos jogos do FC Porto na fase de grupos.

 

Por azar, nos jogos s eliminar só apanhámos, com excepção deste Spartak, potenciais candidatos à conquista do troféu. E, temo-los feito tombar que nem tordos.

 

Para a próxima eliminatória, pese embora o pessimismo do André Villas-Boas, vem mais um, e só espero que venha de submarino amarelo, e no final, vá de barco, que até poderá ser à vela.

 

"Nada nos garante que sofrendo um golo cedo, em Moscovo, não possamos sofrer uma data deles"

André Villas-Boas

 

 

 

Ontem, foram golos atrás de golos. Pareciam matrioskas a saltarem umas de dentro da anterior. Nem sei porque raio é que o Karpin tem o lugar em perigo. Já deviam mas era estar habituados!

 

No entanto, não fiquei inteiramente satisfeito com a noite europeia de ontem. As minhas duas equipas holandesas foram copiosamente derrotadas, e o mais provável é que fiquem por aqui.

 

É verdade, preferia disputar a meia-final com o Twente, em vez do Villareal. Os holandeses estão a disputar a liderança da Eredivisie, precisamente com o PSV Eindhoven, e por isso, passando esta eliminatória iria ter de dispersar a sua atenção entre a competição nacional e a uefeira.

 

Os espanhóis, a oito jornadas do fim da Liga, estão confortavelmente instalados no 4.º lugar, com nove pontos de vantagem sobre o 5.º, e a três do terceiro. Descansadinhos da vida, portanto.

 

Já nós, somos campeões, é verdade. Por aí estamos folgados, mas há sempre o tal “caderno de encargos” que nos impuseram, e que não renegamos: acabar sem derrotas esta Liga Zon Sagres.

 

Faltam cinco jogos, a começar por Portimão. Para além disso, temos no dia 20, o mais importante desafio interno: a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal Millenium.

 

É sempre a aviar…

 

 

 


Nota: a minha preferência pelo PSV Eindhoven tem uma explicação óbvia. Depois do “apagão” do fim-de-semana que passou, só posso torcer pela equipa da Phillips!

Os insultos “soejes”

07
Abr11

Quem não nunca recebeu na vida uma “tampa”? Uma nega de uma rapariga?

 

Poderá haver quem não o queira admitir, mas, de certo que poucos se poderão ufanar legitimamente de tal. Eu também não.

 

A mais interessante que alguma vez me deram foi qualquer coisa do género: “Ah, e tal (não foi assim, que na altura não haviam gatos malcheirosos, mas faz de conta…) o Verão está a acabar, estou-me quase a ir embora, mais vale ficarmos só amigos”.

 

E de facto, era verdade. O Verão acabou, ela foi-se embora, e ficámos amigos. Pela minha parte, acho que até hoje, apesar de praticamente termos perdido o contacto.

 

Mas a pior, a mais bera das “tampas” que alguma vez presenciei, foi a um amigo meu (sim, garanto que foi a um amigo, e não era imaginário!). Depois de ter passado uma boa parte da noite a “perseguir” uma rapariga num bar, a certa altura aproximam-se os dois do balcão, perto do sítio aonde eu estava encostado, e ela pede uma bebida. Ele diz-lhe qualquer coisa, não me lembro o quê, e vai daí, ela já farta, sem deixar bater a bola no chão, afinfa-lhe:

 

“É pá, não sabia que empilhavam merda até tão alto!”

 

Conviria ter dito antes que este meu amigo tem para cima de um metro e noventa de altura.

 

Não faço a mínima ideia de quanto mede o Rui Gomes da Silva (não estou a falar da estatura moral, que essa é de certeza bem rasteirinha), mas quando o vejo a falar na televisão, lembro-me desse meu amigo.

 

E ainda por cima, esta tendência começa a alastrar-se a outros lídimos representantes, ou donaldes, do segundo classificado da Liga Zon Sagres. Pudera, quem os ouve, parece que está perante um daqueles filmes da Esther Williams, com aquelas lindíssimas demonstrações de natação sincronizada.

 

 

 

Quando oiço o Rui Gomes da Silva chamar-nos “virgens ofendidas”, por nos queixarmos da confusão que alguém terá feito na Cesta do Pão, entre os interruptores da luz e da rega, dá-me vontade de rir.

 

Resumir a situação ocorrida à molha e à falta de luz, quando são as próprias autoridades policiais que suscitam a questão da sua gravidade em termos de segurança, é o tipo de irresponsabilidade que se espera de alguém que teve funções ministeriais no (des)Governo da Nação e de Santana Lopes, ou vice-versa.

 

 

 

Comparar o que aconteceu, com a meia-final da Taça de Portugal Millenium, já se viu que tem tanta aderência à realidade factual das coisas, como 99,99% daquilo que Rui Gomes da Silva usualmente diz.

 

Agora, alguém fazer, em directo, a figura de donalde, que António-Pedro Vasconcelos fez na pretérita terça-feira, é por demais triste. Como é que alguém, que, quer se queira quer não, é um nome conhecido na praça pública, se presta a ir para um programa televisivo debitar algo que alguém lhe cochichou, prontificando-se, desde logo, a desmentir-se num próximo programa?

 

Vergonha na cara, é um conceito assim tão inatingível?

 

É claro que lá vai ter que vir o desmentido. O comunicado da SAD do FC Porto é bem elucidativo sobre o momento em que se desligou a iluminação no Dragão, e sobre o motivo pelo qual os jogadores portistas não saíram ao relvado, acompanhados pelas criancinhas de vermelho vestidas.

 

Depois vem acusar o FC Porto de “Falta de fairplay” e o Miguel Guedes de ter desrespeitado um compromisso assumido entre os três paineleiros? É curioso, porque os “Fundos” de um e de outro, são praticamente idênticos. Ou seja, se um não respeitou o compromisso, o que se lhe seguiu fez exactamente a mesmíssima coisa.

 

 

É “Falta de fairplay” recusar dar as mãos às criancinhas e, no calor dos festejos da vitória, os portistas, com alguns jogadores incluídos, entoarem cânticos, que poderiam, no entender do indivíduo em questão, configurar “insultos soejes”, às mães dos benfiquistas?

 

Sobre as criancinhas está tudo dito. Quanto aos insultos, o infeliz donalde, enquanto pessoa do Mundo e bem informado, deveria ter já percebido que, chamar “filho-da-puta” a alguém, há muito que deixou de ter a interpretação literal que ele quer atribuir, em prol da sua vitimização.

 

O “filho-da-puta” deixou de ser de alguma forma, exclusivo daqueles cujas mamãs exercem (ou exerceram) oficial ou oficiosamente, a “mais velha profissão do Mundo”, ainda que também por aí os haja, para estender-se àqueles que praticam actos que são autênticas “filha-de-putices”.

 

Deste ponto de vista, quando se mimoseia alguém com tal epíteto, não é a digníssima progenitora a visada, como pretende o ofendido, mas sim, o próprio. Portanto, escusa de se preocupar com a dignidade e o bom-nome de algumas, eventualmente, dignas senhoras, e será melhor começar a olhar mais para o seu umbigo, como faz em todas as outras ocasiões em que lhe dá jeito.

 

E, que moral tem o dito para criticar os portistas quando, como Miguel Guedes bem o lembrou, do seu lado, outros, como o ilustríssimo Petit, incorreram em idêntico pecadilho?

 

Por certo, nunca terá ouvido o cântico que os seus colegas apaniguados de clube costumavam dedicar ao presidente do FC Porto por esse País fora. Aquele em que modificaram a letra do “Frére Jacques”

 

Ou talvez tenha perdido aquele episódio dos seus humoristas de eleição, onde, em pleno horário nobre, teve lugar o maior assassínio de carácter alguma vez visto em canal aberto na televisão nacional.

 

Refiro-me à leitura feita num programa de felinos imundos, do famoso livro escrito a quatro mãos da escritora alternativa Carolina Salgado.

 

…e nem vale a pena vir com tiradas humorísticas e alegar, por exemplo, que só se pode assassinar o carácter de quem o tem!

 

Afinal, quem são as “virgens ofendidas”?

 

E, porque carga d’água é que se sentirá insultado alguém, que semanalmente, se presta a por à prova a pouca dignidade que lhe resta, dedicando-se ao papel, e de papéis deverá ele perceber, de dar eco ao guião que outros lhe dão para recitar?

 

A realidade até pode ser “soeje”, mas não deixa de ser real, por muito que custe a alguns.

À atençãodos senhores do FMI

06
Abr11

 

 

Aqui, ainda há cacau do bom...

 

 

 

 

 

 

 

É engraçado, os mesmos senhores que precisaram de ajuda do Estado, para sobreviver à crise do "sub-prime, e que agora, não têm forma de fazer uma vaquinha, para nos ajudar a todos, no entretanto, conseguiram rapar uns trocaditos para ajudar este pobre indigente (passe o pleonasmo!).

 

E viva o estado social!

 

 

O triunfo da clarividência

05
Abr11

 

Poder até podiam…,mas não era a mesma coisa.

 

Logo o Fábio Coentrão, que até vem de uma terra de pescadores, não sabe que “pela boca morre o peixe”. Os ares de Lisboa trouxeram-lhe amnésia…

 

E nem foi por falta de ajuda. Pela voz, insuspeita da mais leve simpatia pelo FC Porto, de Rui Santos, no último "Tempo Extra" , aqui fica o resumo das incidências do nosso último jogo, do ponto de vista arbitral: 

 

“2’ Otamendi tenta cortar contra-ataque conduzido por Saviola.

 

Otamendi não toca no jogador (…).

 

Duarte Gomes pára o jogo e assinala falta do central argentino.

“Amarelo”a Aimar por protestos

 

Decisão Errada.

 

6’ Helton tenta driblar Saviola na área do FC Porto.

 

O avançado (…) toca o guarda-redes do FC Porto.

 

Árbitro assinala falta.

 

Decisão Certa.

 

7’ Aimar entra “por trás” sobre Falcao.

 

Árbitro marca falta, mas não age disciplinarmente.

 

O argentino já tinha “amarelo” e seria expulso.

 

Decisão Errada.

 

16’ Jara tenta libertar-se da marcação de Otamendi na área portista. Árbitro assinala penálti.

 

Decisão Errada.

 

21’ Fábio Coentrão entra sobre pé esquerdo de Fucile e árbitro exibe “amarelo”.

 

Decisão Certa.

 

26’ Falcao isola-se frente a Roberto e o guarda-redes do Benfica derruba o avançado do FC Porto.

 

Árbitro assinala penálti e exibe “amarelo”a Roberto.

 

Decisão Certa.

 

62’ F. Coentão faz falta sobre Moutinho (Seria o 2º “amarelo”).

 

Árbitro nada assinala.

 

 Decisão Errada.

 

69’ Otamendi faz falta sobre Cardozo.

 

Árbitro exibe segundo “amarelo” ao central argentino.

 

Decisão Errada.

 

86’ Entrada muito dura de Cardozo sobre Belluschi, que lhe valeu “vermelho” directo.

 

Decisão Certa.”

 

É curioso que todas as decisões erradas ou são directamente contra o FC Porto, ou favoreceram o adversário.

 

Comparando com a arbitragem da Supertaça, assim chega-se à conclusão que, nem faz falta o João, “pode ser o” João [Ferreira]. O Duarte Gomes sozinho dá bem conta do recado. Podem guardar o outro para dia 20.

 

O Subintendente Costa Ramos, da PSP, o tal que volta e meia, produz afirmações trágico-cómicas, a propósito da claque do norte pródiga em fazer o que as do Sul, não fazem (pouco), veio dizer que os dirigentes encarnados “Ao desligarem as luzes e ao ligarem a rega puseram em causa a segurança dos agentes de polícia em serviço no interior do estádio e isso não pode voltar a acontecer”.

 

Compreende-se a preocupação com os seus comandados, mas, com o devido respeito, não foram só eles que foram postos em risco. Foram eles, e todos aqueles que ainda se encontravam no estádio.

 

É curiosa também a justificação para a ausência de “falha de planeamento” na operação montada:

 

“(…) os incidentes foram provocados por alguns adeptos do [clube da casa] e envolveram apenas a polícia”

 

Assim como a detenção de um individuo por “atirar com berlindes” ao banco do FC Porto:

 

“atingiram um agente policial”

 

Qualquer semelhança com a arbitragem do Duarte Gomes, é a mais pura coincidência.

 

Do lado do nosso ilustre adversário, em mais uma clara demonstração da sua imensa e costumeira clarividência, está, uma vez mais encontrado o pai da derrota, como um dia Pal Csernai, chamou a alguém:

 

 

 

É claro que a forma como o melhor defesa-esquerdo do Mundo e o carniceiro Garcia perderam a bola para o Hulk, não tiveram nada que ver para o caso…

 

Estes exemplos da clarividência revelada pelo Rui Santos, pelo Subintendente e pelo nosso oponente, são bem reveladores dos efeitos positivos do triunfo do FC Porto.

 

Do melhor defesa-esquerdo do Mundo, estimam-se as melhoras, e bem longe, de preferência…

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