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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Ainda sei como foste campeão em 2010

28
Nov12

«O (...)ica bateu no domingo um recorde, porventura mundial, de tempo de jogo em superioridade numérica ao longo de uma temporada, chegando a 342 minutos (cinco horas e 42 minutos de jogo) com mais um (por vezes, dois) jogador em campo. O que corresponde a 13 por cento do tempo total da competição. E Fucile foi o 17.º jogador adversário a ver o cartão vermelho em partidas do líder.»

 

João Querido Manha

in Record, 04/05/2010

(retirado daqui)

 

Na realidade, após a expulsão do Fucile, na 29.ª jornada, ainda haveria de ser expulso na derradeira ronda, o Wires, do Rio Ave, aos 11 minutos de jogo.

 

Portanto, foram mais 79 minutos a jogar em superioridade numérica, perfazendo em total de 421 minutos (sete horas e um minuto de jogo), o que corresponderá a 15,5 por cento do tempo total da competição.

 

Pura sorte, claro está.

 

Sorte também é que das trinta partidas da edição da Liga de 2009/2010, sete foram arbitradas por dois árbitros: Lucílio Baptista e João “pode vir o João” Ferreira.

 

Sorte que um destes árbitros, para além de ver o seu nome para sempre associado a uma Taça, da égide da Liga de Portuguesa de Futebol Profissional, por motivos bastamente consabidos, ainda teve participação meritória num jogo que nos disse respeito, autorizando um golo na mais perfeita ilegalidade.

 

Sorte ainda foi a falta inexistente que assinalou no desafio dessa mesma equipa contra a Naval 1.º de Maio, que deu origem ao único tento, o da vitória, para sua grande fortuna.

 

Sorte foi a expulsão, pelo outro daqueles árbitros, de um jogador do Marítimo – o Olberdam, no caso – por insultar um colega de equipa.

 

Estes, entre outros pormenores fortuitos, que não vale a pena agora aqui esmiuçar.

 

Muita sorte mesmo. Mas desiludam-se os que pensam que tanta sorte assim, não dá trabalho.

 

Por detrás de tamanha sorte há com certeza, muito trabalho do bom e do árduo.

 

Muito trabalhinho, sem dúvida.

 

…feito pelo outro lado!

 

 


Nota: Depois dos dois últimos textos do Jorge, no Porta 19, até parece mal vir com este tipo de discurso. Mas o que é que querem, a memória é meio caminho andado para a azia, e ainda não engoli aquele terceiro lugar, ainda que depois, tenha dado azo à conquista da Liga Europa.

 

É assim, nem todos podemos ser tão magnânimos com certas coisas, como o Jorge, ainda que reconheça que lhe assiste toda a razão deste Mundo.

c.q.d.

26
Nov12

Nos tempos do secundário, tive no meu 10.º ano uma professora de matemática – olá, Maria Raquel, onde estás tu?! – que marcou decisivamente o culminar do meu processo de desaprendizagem.

 

Tinha a mania de tornar evidentes à saciedade, os zeros protagonizados por alguns de nós na disciplina, e de assinalar as diferenças descomunais para os crâniozinhos da matéria, apondo no final das fórmulas deduzidas a preceito, tanto por si, como por esses colegas iluminados, um triunfante “c.q.d.”

 

“C.q.d.”. Como queríamos demonstrar. Um c.q.d. que se traduzia numa enorme frustração para tantos de nós, que nunca na vida passaríamos do “c.q.”, quanto mais o “d”.

 

O nosso jogo de ontem teve várias situações em que, no final, podíamos perfeitamente acrescentar um “c.q.d.”

 

 

 

 

Comecemos pelo José Peseiro. Antes de mais, um “disclaimer” prévio.

 

Considero que o José Peseiro foi o último treinador que passou por Alvalade, que conseguiu por o clube local a jogar alguma coisa.

 

É bem certo que, ao contrário, por exemplo, do Paulo Bento, que me lembre, não conseguiu ganhar rigorosamente nada. Mas pôs aquela equipa a jogar futebol, um bocadinho para além da sarrafada dos tempos bentianos, em que, a determinada altura, parecia que só sabiam jogar contra nós.

 

No entanto, um bocado como acontecia com o Fernando Mamede, há por ali no Peseiro uma qualquer disfunção no que toca a vencer, uma dificuldade de relacionamento com as vitórias, que sistematicamente o faz ficar pelo caminho.

 

Vejo o Peseiro como um bom treinador, dos melhores ao nível nacional, e ao nível do Nacional. Da Madeira, está visto.

 

É bom para uma equipa do meio da tabela, que se ganhar metade dos jogos que faz ao longo da temporada, se dá por feliz. No entanto, dificilmente conseguirá estar no seu habitat natural, num clube que joga para conquistar títulos, ainda que seja por um qualquer bambúrrio.

 

Foi o que se viu ontem. A jogar em casa, no seu ambiente, e detendo o controlo da partida, praticamente desde o primeiro quarto de hora, foi o primeiro a mexer na equipa. Para quê?

 

Basicamente para retirar de campo dois dos seus médios mais ofensivos e capazes de produzir jogo, e lançar dois trincos (saíram o Hugo Viana e o Rúben Micael, para as entradas do Rúben Amorim e do Djamal), adiantando e libertando o Mossoró da lateral, onda andara a maior parte do tempo até aí.

 

É verdade que o Éder até teve duas oportunidades de golo depois disso. Mas, por esses idos, o Alain, depois de distribuir tanta castanha, e o próprio Mossoró, já quase que não podiam com uma gata p’lo rabo. O Éderzito não fez mais do que aproveitar o nosso adiantamento à procura da vitória. E podia ter resultado.

 

No banco estavam o Hélder Barbosa, o Paulo César e o Carlão. Somente este último haveria de entrar, apenas por descargo de consciência.

 

Ou seja, José Peseiro no seu melhor. C.q.d..

 

Por esta altura, estarão alguns com vontade de me jogar à cara que, com o penálti que ficou por marcar a meio da primeira, a história poderia ter sido outra.

 

Têm razão. Ou não. Nunca saberemos. Na minha opinião - minha, vale o que vale - tendo em conta a distância a que o Alex Sandro se encontrava do Alain, quando a bola foi pontapeada, era-lhe impossível evitar o contacto da bola com a mão.

 

Não havendo intenção, não seria grande penalidade. Contudo, tendo em conta a interpretação correntemente em voga, do que é um castigo máximo, é evidente que o braço do nosso jogador, prolongando a área de contacto da bola com o corpo, impediu que esta, impulsionada pelo bracarense, se direcionasse para a baliza.

 

Logo, penálti claro, que ficou por marcar, e o segundo c.q.d..

 

Neste caso, o que ficou demonstrado foi que, ao contrário do acontecido noutras ocasiões e com outros adversários, em sentido inverso, o FC Porto teve efectivamente, sorte na Pedreira, por o Carlos Xistra não apontar para a marca de penálti naquela jogada.

 

Como estaria certamente ansioso por demonstrar, aquele ex-treinador bracarense, que na véspera deste jogo, disse que normalmente éramos bafejados pela sorte por aquelas bandas. Deve ter ficado radiante. Um c.q.d., também para ele.

 

E com mais propriedade ainda porque, tendo em conta o cômputo global da arbitragem, aquela omissão, mais da esfera do árbitro auxiliar, que do principal, terá sido mesmo sorte. A arbitragem do Xistra fez-me lembrar uma outra recente, que, segundo os entendidos na matéria, onde se inclui o presidente do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, nos terá valido o último campeonato.

 

Sim, estou a falar da arbitragem do Pedro Proença na Cesta do Pão, na temporada passada. Uma arbitragem em que o árbitro levou toda a partida a tomar decisões em nosso desfavor, para depois, o árbitro auxiliar errar para o nosso lado, e decidir o jogo.

 

O Xistra foi apenas igual a ele próprio, e por uma vez na vida, muito parecido com o Pedro Proença. Esta, não queríamos demonstrar, mas ficou demonstrada.

 

 

 

 

E nós? Não me esqueci. O FC Porto também lá esteve, e quanto a mim, não estivemos mal.

 

Tinha algumas dúvidas quanto a utilização do Alex Sandro e do Fernando nos lugares do Mangala e do Defour.

 

Digamos que, no que toca ao Alex Sandro, nada a dizer. Dada a presença do Alain, das duas, uma, ou o Mangala lhe aviava uma valente marretada logo a abrir, ou corria o risco de ter sérias chatices no resto do jogo. Assim, com o brasileiro a coisa foi mais equilibrada, e se alguém levou de recordação umas quantas nódoas negras, terá sido o nosso.

 

Foi pena para o Abdoulaye, que esteve bem nas vezes que alinhou, mas a opção foi a mais correcta, e o Mangala também merecia fazer uma perninha, perdão, uma pernona de todo o tamanho, e que parece chegar omnipresente a todo o lado, no seu lugar.

 

Quanto ao Fernando, a coisa fia mais fino. O Polvo, já se viu, sempre que é forçado a parar, demora algum tempo para atingir o ritmo de jogo que o caracteriza.

 

Lançá-lo contra o SC Braga, que tem um meio-campo composto por rodas baixas, que sabem jogar à bola, foi um risco. Era previsível vê-lo metido num meinho, a cheirar a bola até ao desespero, e bem se viram umas quantas entradas a destempo do nosso jogador, que enfim, enfim... 

 

O Defour parecia mais em consonância com o contexto. Por sorte, o Peseiro resolveu, relativamente cedo, prescindir de jogar à bola, e apostar no empate.

 

De resto, nada de especial. A unidade que mais buliu no jogo de quarta-feira, foi a primeira a ser substituída - o João Moutinho. Quando saiu o Varela, para entrar o Atsu, estava eu já a pedir a saída do Lucho, por troca com o Kléber, como viria a suceder mais tarde. Tudo normal, portanto.

 

Concluindo, demonstrámos que estamos bem, como se queria, e que sorte e mérito, em futebol, não têm que ser mutuamente exclusivos, como algumas bestas quadradas querem fazer parecer.

 

Falo em mérito porque fomos a única equipa que quis efectivamente vencer, e acreditou que o podia fazer, até ao derradeiro apito do Xistra.

 

"Audaces fortuna juvat". A sorte protege os audazes.

 

C.q.d.. 

 

Às vezes...

24
Nov12

Às vezes fico com a sensação que o Vítor Pereira - o dos árbitros, não o nosso treinador - é um dos visitantes cá do estaminé.

 

Ainda há não muito tempo, a propósito da lista de árbitros a erradicar dos jogos do actual primeiro classificado provisório, ou se calhar, com mais propriedade, cujas nomeações deveriam ser evitadas para o nosso lado, fornecida pelo incomparável Rui Gomes da Silva, comentei que desde a divulgação daquela lista, "nenhum dos árbitros ostracizados por Rui Gomes da Silva foi nomeado", para partidas do nosso principal rival.

 

Sobre o árbitro Rui Silva, não entendendo o porquê da sua inclusão naquele rol, disse o seguinte:

 

"Interessante também é o caso do Rui Silva, que aparece metido nestes assados quando apenas anda nestas andanças, nada mais, nada menos, que desde a época transacta, e só leva no curriculum dois singelos desafios apitados entre os clubes maiores, mais grandes e afins, cá da terra.

 

Pronto, ambos tiveram o nosso clube como interveniente, e ambos foram no Dragão (Gil Vicente e União de Leiria), mas daí até à inclusão naquele rol… Coitado, deve estar mais pequeno que o bago de milho!"

 

E eis que, quem é que é nomeado para a recepção ao Olhanense na Cesta do Pão? Nem mais, nem menos, que o Rui Silva. Que pontaria!

 

 

 

Pior ainda, para o nosso desafio na Pedreira, dada a sua importância e quiçá, inspirado no que aconteceu na época transacta, aventei naquela altura, os nomes do Pedro Proença e do Olegário Benquerença.

 

Porém, tendo notado que ainda não nos tinha calhado o Xistra, no que ia decorrido de temporada, acrescentei: "Ou o Xistra. Ainda não nos tocou o Xistra esta época. Era mesmo ao queres…"

 

E quem é que lá vai estar?

 

 

Nem mais, o Xistra!

 

Como diria um realizador de cinema que, aqui há tempos, armado em comentador desportivo, distorcia com toda a objectividade, a interpretação de qualquer jogada a favor do seu clube, não que nesta altura tenha algum partis pris contra o Carlos Xistra.

 

Os tempos da dupla expulsão ao Hulk, em Paços de Ferreira, na jornada inaugural da liga de 2009/2010, já lá vão, nesse campeonato, que baptizei de Liga Pescada, porque o campeão antes de o ser, já o era.

 

Mais recentemente, o preocupante é que o SC Braga, ao que consta, até terá sido favorecido por este árbitro.

 

   

Será este o tipo de sorte a que se refere um treinador que, quando estava do outro lado, e um dia a sua actual equipa jogou em Braga, disse que ganhar-lhe, só na Playstation?

 

Hoje, por exemplo, também teve sorte. Teve a sorte de a sua equipa ter marcado o primeiro golo ao Olhanense de grande penalidade. Existente, é certo. Só que do nosso lado, nem isso temos por garantido.

 

Uma coisa é certa, este SC Braga é muito parecido com a essa outra equipa, que tal como os do Minho, também veste de vermelho. Vê-se isso quando defronta equipas que lhe são superiores. Viu-se isso mesmo nos jogos com o Manchester United.

 

Entra a todo o vapor, e as coisas até lhe podem estar a correr bem. Mas depois, bem depois falta-lhe estaleca para aguentar. Ou isso, ou é por terem lá o Peseiro, o homem que em oito dias perdeu um campeonato, uma Taça UEFA e o apuramento directo para a Champions.

 

Seja como for, li algures num dos jornais desportivos, que o Martinez não marca à três jogos. Pode ser que seja desta.

 

Estamos num bom momento, como diz o nosso treinador. Com sorte, com o Martinez e com o Peseiro, pode ser que o Xistra nem atrapalhe.  

Eu vi no SAPO

23
Nov12

 

Ói p’ra mim ali em destaque no SAPO.

 

Já lá iam uns tempos desde a última vez, e não estava nada à espera.

 

Gostaria de aproveitar este momento de spotlight para agradecer a todos os envolvidos neste gigantesco e laborioso projecto. Mulher, filhos, pais, irmã, sogros, cunhados, sobrinhos.

 

Muito em especial à minha avó, que está quase a fazer 100 anos, e não faz a mais pálida ideia das parvoíces que o neto anda a escrever.

 

Aos colegas bloggers que fazem da bluegosfera um local tão aprazível para se viver.

 

É claro, à equipa dos blogs do SAPO, que volta e meia, vai, não vai, se lembra de mim.

 

E a tantos outros, que vocês sabem quem são. Ou talvez não. Não interessa.

Os meus agradecimentos a todos de qualquer forma. 

 

Se tenho algum sonho? Sim tenho. Fazer deste mundo um mundo diferente. Mais azul e branco, essencialmente!

 

E agora, desculpem lá, mas vou comemorar. Não sei se voltarei a horas de escrever mais alguma coisa.

 

O último a sair, por obséquio, queira fechar a porta e apagar a luz.

 

Muito agradecido.

Passou-se

22
Nov12

 

Bem, as coisas não correram como se esperava, mas é como encontrar alguém na rua, após uma daquelas passagens de anos em que nada de especial acontece:

 

“Então como é que correu?”

 

“Passou-se…”

 

(este “passou-se” pode ser interpretado num outro sentido, mas não é a esse a que me refiro)

 

Assim foi mais este adversário: “passou-se”. Para quem, como eu, esperava uma entrada triunfal, marcar o primeiro, marcar o segundo, e depois sim, entrar na gestão do plantel, tendo em conta o compromisso do próximo fim-de-semana contra o SC Braga, nada disso aconteceu.

 

Digamos que o opositor era daqueles tão enfezadinhos que as meias-tintas chegaram e sobraram. O ritmo foi aquele que foi, e chegou quanto baste para atingir o resultado que antecipara, apenas com uma única unidade em alta rotação, o João Moutinho.

 

No mais, “passou-se”.

 

Mas atenção, não queiram ler aqui uma crítica veemente à nossa exibição. Nada disso, estivemos focados, e fizemos o suficiente para, ainda que com pouco brilhantismo à mistura, superar mais um passo em direcção ao primeiro lugar do grupo e meter ao bolso mais um milhão de euros.

 

Achei interessante um comentário do nosso treinador, quando confrontado com a situação que vivia há um ano atrás, e com aquela que experimenta hoje, e que ajuda grandemente a explicar as diferenças:

 

«Faz parte da vida, é preciso crescer e isso acontece fundamentalmente nas dificuldades. O contexto é diferente este ano, o trabalho é o mesmo, as cabeças estão limpas, focadas e quando assim é...»

 

Quanto a mim, os motivos de interesse não param por aqui. A tal gestão do plantel, apesar de tudo, foi feita. O Fernando e o Alex Sandro sempre jogaram uns minutitos, para aquecerem para Braga, e o Atsu também.

 

Convenhamos que seria injusto para este último, depois da exibição contra o Nacional da Madeira.   

 

Mas há mais. Gosto muito da nossa defesa. Estou a gostar muito de ver o Abdoulaye. Pronto, tem daquelas coisas que o rapaz não consegue evitar, e que lhe fazem sair na rifa cartões amarelos, quiçá desnecessários.

Se pensarmos num Fernando Couto, num Jorge Costa ou num Bruno Alves, por acaso eram meninos de coro?

 

E também não desgosto do Mangala. Está à esquerda por necessidade, mas não compromete por aí, além. É um pouco como o colega anterior, às vezes, exagera um bocadinho. No cômputo geral, o que é isso?

 

Há ainda outro aspecto que me agradou de sobremaneira, e que também tem que ver em parte com o Mangala.

 

Sai o Abdoulaye por, lá está, um daqueles amarelos, e entra o Alex Sandro. O francês vai da esquerda para o meio, e siga a marinha.

 

Sai o Lucho Gonzalez, entra o Christian Atsu. Este vai jogar junto à linha, e o James interna-se para assumir o papel do Lucho.

 

Ou seja, temos polivalência. Temos alternativas na equipa para várias posições, e até dentro do onze inicial, os que iniciam o jogo podem mudar de posição durante a partida, não estamos na dependência de trocas directas, muito mais previsíveis para os adversários.

 

É bom sinal. Quanto a mim, pelo menos.

 

…e venha de lá o SC Braga.

Ganhar, ganhar, ganhar

21
Nov12

 

Esqueçam por momentos as parvoíces que aparecem nesta primeira página, como a Cesta do Pão ameaçada pela UEFA ou o Jelle (quem?!), que roubámos aos leões.

 

Foquem-se naquilo que é o essencial, e que é o que surge rodeado a azul.

 

“Até na piscina ganho à Irina” – diz o nosso triste Cristiano Ronaldo.

Primeiro comentário:

 

Isso julgas tu, ó tótózão!

 

Agora mais a sério:

 

Diz o Ronaldo que é "demasiado sério em campo". É assim, sempre competitivo. Até na piscina. Às vezes, lá deixa a Irina ganhar, “para deixá-la contente”.

 

Rapazes, é este tipo de motivação que gostava de presenciar hoje à noite. Sem entrar no domínio da mais pura fuçanguice, que é feia e faz perder o tino.

 

Bem sei que estamos apurados, mas caramba, uma vitória hoje deixa-nos a um empate no Campo dos Príncipes do primeiro lugar do grupo.

 

Não que no estado actual da coisa, o primeiro ou o segundo lugar façam uma diferença significativa. Em primeiros talvez nos pudesse calhar em sorte, por exemplo, um Celtic…

 

Independentemente de quem subir ao relvado (que se espera isso mesmo, “relvado”), vamos entrar em força. Não se perdoa nada, nem à cara metade. Nem que seja uma Irina!

 

Marcar um golo, e depois outro. Garantir a vitória, e só depois entrar em registo de gestão para a Pedreira, sem esquecer de ir tentando, dentro do esquema das transições rápidas, enfiar-lhes o terceiro.

 

Ok?

O muso inspirador

20
Nov12

 

 

“Todavia, eu devo ter visto um jogo diferente de, por exemplo, os enviados deste jornal. Vi, uma vez mais, um Lucho completamente fora do jogo, incapaz de fazer um passe certo, comprido ou curto, desastrado a rematar, lento a atacar: mas depois li que tinha sido o melhor em campo.

 

(…) o ataque do FC Porto vive da dinâmica criada por três jogadores determinantes Moutinho, James e Jackson Martinez – à volta dos quais vagueiam, sem sentido, dois outros – Lucho e Varela que apenas esperam uma oportunidade caída do céu para marcar um golo, que consiga esconder o pouco ou anda que actualmente acrescentam à equipa”.

 

“É uma diferença ver uma equipa de gente pouco experiente a jogar sem bússola que os oriente enquanto navegam por mares acidentados (ma non troppo, porque o Nacional é fraquinho), mas quando o comandante é…El Comandante, as coisas piam mais fininho que um castrati depois de levar um pontapé nos tomates metafóricos. Paradoxal, eu sei, just go with it. Lucho tem nível, classe, elegância. Mas tem, acima de tudo, a experiência e a inteligência competitiva que lhe permite estar em campo e fazer com que todos olhem para ele e tentem perceber o que é que o líder pretende e o que é que terão de fazer para receber a sua aprovação. Lucho é tão importante para o FC Porto 2012/13 como Deco era em 2003/04. Não preciso de dizer mais nada, pois não? Ah, esperem. GOLAZO!”

 

Dois jogos. Duas análises. Um jogador – Lucho Gonzalez. Até aqui nada de mais. Os desempenhos dos atletas variam de partida para partida, sem que seja preciso ver reencarnar neles um qualquer Dr. Jekill e Mr. Hyde.

 

Duas observações produzidas após duas partidas diferentes, mas que não se circunscrevem a esse dois momentos.

 

E, estranhamente, ou talvez não, duas apreciações que não tenho qualquer pejo em subscrever, para mais ainda, tendo em conta quem são os seus autores, gente reputadíssima, da mais alta estirpe.

 

Os dois primeiros parágrafos são provenientes da crónica do Miguel Sousa Tavares, “Um lugar na Europa”, escrita após a nossa partida em Kiev, onde conquistámos o direito a aceder aos oitavos de final da Champions, e fui buscá-los aqui.

 

O último, por sua vez, é oriundo da rúbrica “Baías e Baronis” relativa ao jogo da Taça de Portugal com o Nacional da Madeira, e fui pescá-lo a um dos locais mais credíveis da nossa bluegosfera, sendo da lavra de um dos autores em quem mais confio – o Jorge, do Porta 19.

 

Vi o encontro de Kiev, não vi o da Choupana. Na Ucrânia, não consegui ver tudo o que Sousa Tavares viu. Por outras palavras, não vi o Lucho Gonzalez “incapaz de fazer um passe certo, comprido ou curto, desastrado a rematar, lento a atacar”.

 

O que vi, efectivamente foi El Comandante “completamente fora do jogo”, de tal maneira que nem naqueles pormenores reparei.

 

Mesmo sem ter visto o jogo da Madeira, e sem me querer comprometer na comparação com o Deco, também não tenho qualquer dúvida em corroborar o restante daquilo que o Jorge escreveu.

 

Porquê? Passo a explicar. 

 

A última vez que vi ao vivo a nossa equipa, foi na Supertaça de 2008, que perdemos 0-2, com o Sporting. De quem? Nada mais, nada menos que do Paulo Bento, tão na berra ultimamente.

 

O meu sogro, sportinguista, arranjou os bilhetes – até parecia que adivinhava! – e lá seguimos para o nosso elefante branco. Por sorte, nem ficámos perto um do outro (ele tinha um lugar de honra, e eu fui para a bancada com o meu cunhado, benfiquista. Boa companhia, portanto) …

 

Nesse jogo, houve Xistra, houve um Rochemback, que devia ter sido expulso e um Yannick Djaló, que deve ter feito nessa tarde/noite o jogo da vida dele. Ainda assim perdemos, quase exclusivamente, por demérito próprio.

 

Demérito porque, dentro da rigidez empedernida do 4x3x3 do Jesualdo Ferreira, fomos incapazes de responder tacticamente ao então famoso, losango do meio-campo do adversário.

 

O Moutinho, o Renhánholi e o Derlei, e por vezes, ainda o Rochemback, caiam sobre o Sapunaru, sem que se visse sombra do médio que deveria ajudar na cobertura àquele lado. Precisamente o Lucho Gonzalez.

 

No outro lado, o Izmailov, com as ajudas intermitentes do Abel e do Djaló, punham em sentido o Benitez e o Raúl Meireles.

 

Quando o losango basculava para a esquerda, o que acontecia quase por sistema, os adversários superavam em número os nossos jogadores. O Lisandro tentava fechar como podia, mas faltava sempre alguém, e o Lucho, pouco ou nada defendeu.

 

Se o fluxo do jogo virava para o outro lado, viam-se os nossos rapazes a esfalfarem-se a correr atrás da bola, e quase sempre, o Lucho Gonzalez sozinho no outro flanco. Um espectador atento, completamente fora do jogo.

 

Infelizmente, foi essa imagem da nossa equipa e do El Comandante que retive do último jogo que tive oportunidade de presenciar ao vivo e a cores.

 

Confesso que na altura, isso irritou-me solenemente, e como tal, também não fui dos que ficaram esfusiantes com o seu regresso.

 

Porém, meu caro Miguel Sousa tavares, há coisas com as quais temos de viver, e mais vale que o façamos serenamente. “Primeiro estanham-se, depois entranham-se”.

 

Do nosso capitão não se espera um elevado grau de comprometimento com os processos defensivos da equipa. Tão pouco será expectável que pegue na bola e corra com ela nos pés, até ao momento oportuno de endossá-la a um colega colocado na cara do golo. Isso era com o Deco.

 

Não, o que se espera é que faça uso da sua inteligência, e faça correr a bola e aos colegas de equipa, criando-lhes as oportunidades adequadas para que concretizem os golos que nos levem às vitórias.

 

Ou, nesta sua versão actual, em que surge mais próximo dos avançados e das zonas de concretização, que faça uso do seu remate, e marque golos, como fez para a Taça de Portugal.

 

Rasgos de clarividência e classe. Momentos superlativos que felizmente, o definem enquanto jogador.

 

Por isso, é natural que vagueie à volta dos demais avançados. Mas não é certo que o faça sem sentido. Há ali, quer se queira, quer não, muito a propósito e muita experiência.

 

É isso que aporta à equipa, como diz o Jorge. Do El Comandante espera-se que traga os toques de inteligência e de classe que nos falt(av)am para que as vitórias surjam naturalmente, e que progressivamente deixem de estar na dependência de rasgos individuais e arrancadas do Hulk, para resolver as partidas.

 

É um líder por excelência, dentro e fora do terreno de jogo, e a sua presença, a par da limpeza de balneário operada desde Janeiro passado, permitirão ao treinador gozar de uma vida mais serena do ponto de vista disciplinar.

 

Quanto ao resto, é ir vivendo com ele, na certeza porém, de que é, e vai ser cada vez maior, a importância da equipa no sentido de suprir a ausência física do Hulk e as ausências episódicas do seu líder.

Instintos básicos

18
Nov12

Após uma eliminatória da Taça de Portugal em que os únicos pontos de interesse foram os tomba gigantes Arouca e Beira-Mar, muito pouco me surpreenderia se as idas e vindas da tournée da selecção nacional ao Gabão, continuassem na ordem do dia e da noite.

 

 

O porquê ou porquês de toda esta agitação é que me entristecem.

 

Do lado de Pinto da Costa não se esperava nada de diferente. Fez aquilo que sempre fez, faz e fará: a defesa intransigente do clube, e só desiludiria se não o fizesse.

 

Exagerou? Aproveitou a onda para lançar uma farpa à Federação, e de caminho ao Fernando Gomes? Sim, sem dúvida.

 

Agora o Paulo Bento, que não era tido, nem achado na matéria, é que resolve vir a terreiro, tomando as dores do patrão. Porque é que não se reduziu à sua insignificância, em vez de, qual McNamara, aproveitar para surfar uma onda, demasiado grande para si, é que resta saber.

 

É que ainda por cima a coisa saiu-lhe completamente ao lado. Só mesmo o José Manuel Delgado é que lhe dava a primeira página no papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos.

 

Vejamos. A primeira divulgação de que tive notícia dos comentários de Pinto da Costa, foi n' "O Jogo", pelas 22:58, do dia 14 de Novembro.

 

 

 

O jogo da selecção da Colômbia contra o Brasil, que o seleccionador nacional traz à colação decorreu, na nossa hora e fazendo fé no Zerozero.pt, às 00h30, do dia...15 de Novembro. Quase duas horas depois.

 

 

Ou seja, excluindo a hipótese, para muitos bastante plausível, de que Pinto da Costa recorra a alguma bola de cristal, quando fez aquelas declarações, era-lhe (quase) impossível adivinhar que o James e o Jackson Martinez iriam estar em campo o tempo que, efectivamente, estiveram.

 

Pretenderia o Paulo Bento, com o seu contra-ataque, que Pinto da Costa dissesse o mesmo que disse sobre a Federação Portuguesa e o jogo no Gabão, em relação à congénere colombiana?

 

Da maneira como falou, não parece que assim seja. Ainda que assim fosse, não seria passar um atestado de burrice ao presidente do FC Porto, pretender que metesse no mesmo barco, enquanto adversários daquelas duas selecções, o Gabão e o Brasil?

 

Até em termos de motivação dos jogadores. Ainda que tratando-se de um particular, não me custa acreditar que qualquer colombiano desejasse ficar o maior tempo possível em campo contra o campeão do Mundo. E o Pepe contra o Gabão? Será que insistiu para regressar no segundo tempo?

 

Enfim, se não fosse algo descabido associar numa mesma frase "intelectual" e "Paulo Bento", diria que a sua intervenção roça a desonestidade intelectual. Mais valia ter metido ao barulho o Defour...

 

Quanto ao José Manuel Delgado e ao papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos onde bota escrevedura, nada de novo. É-lhes instintivo dar não só guarida, como destaque a este tipo de coisas. São instintos básicos, dirigidos a básicos.

 

Ou será que, dando sequência a algumas conversas sobre a continuidade de um certo treinador, caso, mais uma vez,  não logre vencer o campeonato, havidas aquando do recente acto eleitoral para a presidência de determinado clube, surge aqui um primeiro passo na campanha do candidato a substitui-lo?

 


(actualizado em 2012.11.19)

 

Nota : Pois é, o Defour não daria muito jeito porque, ao que parece, apenas terá jogado 58 minutos, contra a Roménia, e aqui bem pertinho, em casa.

       

Quem TViu, e quem TVê

16
Nov12

Em Março, ficámos a saber que a liga de clubes pretendia interpor junto das instâncias comunitárias uma queixa contra a Olivedesportos, por violação das regras da concorrência, no tocante aos direitos de transmissão televisionada de jogos de futebol.

  

Em Maio, soubemos que Joaquim Oliveira era comparsa em jantares tendo como restantes convivas o ministro Miguel Relvas, o nosso presidente e ainda Fernando Seara e a digníssima esposa.

 

A 18 de Outubro soube-se que Joaquim Oliveira havia vendido a Controlinveste a capitais angolanos.

 

 

 

48 horas antes de ser reeleito, o presidente de um clube anunciou que esse mesmo clube não renovaria o contrato que o ligava à Olivedesportos, passando os jogos (em casa) a serem transmitidos pela televisão do próprio clube.

 

Esse presidente foi reeleito em 26 de Outubro.

 

Em 10 de Novembro, deputados do PS questionam o ministro “Miguel Relvas sobre o fim dos jogos da I Liga em canais abertos”.

 

A 13 de Novembro, "Miguel Relvas diz que Portugal não está «em tempo» de suportar transmissão de futebol em canal aberto", e que a TVI, se quiser transmitir esses jogos, pode voltar a fazê-lo, como fez na época passada.

 

 

Será genuína a preocupação dos deputados socialistas?

 

Joaquim Oliveira supostamente, seria amigo do PS. Ou sê-lo-ia apenas de Sócrates e Vara?

 

No entanto, o maior partido da oposição, ou alguns dos seus deputados, “estranha(m)” “uma decisão que parece apenas beneficiar quem tem os direitos de transmissão no cabo”.

 

Porém, uma vez declarado o interesse público das transmissões televisivas de futebol da I Liga, não havendo privados interessados, certamente a RTP (ou seja, todos nós), entraria (entraríamos) com o cantante.

 

Uma receita mais que certa para o Joaquim. Quem é amigo, quem é?

 

Aqui, as opiniões dos deputados do PS, pelo menos na aparência, do presidente da Liga, e do presidente eleito do tal clube, parecem convergir na censura ao monopólio.

 

O ministro Relvas, colega de repastos, pelo contrário, não parece para aí virado. Mantendo-se o actual status quo, como aparenta ser a sua ambição, quem se lixa é o amigo Joaquim.

 

E, não obstante, assim, mantém-se o monopólio. Mas qual monopólio? A partir de 2013 há, pelo menos um clube que fura o monopólio.

 

Porque é que o ministro Relvas havia de declarar o interesse público das transmissões quando os famosos seis milhões de público interessado deixariam de o estar, e, ao lado, o canal do clube também estaria a transmitir futebol?

 

O interesse público restringir-se-ia aos jogos fora de casa, ou, para contrabalançar as coisas, o interesse público seria declarado para os jogos a transmitir por ambos, a empresa detentora dos direitos e o clube em auto-transmissão?

 

Se não estamos “«em tempo» de suportar a transmissão de futebol em canal aberto” para um, estaríamos para garantir uma renda fixa a dois?     

 

Poderia o interesse público entrar em concorrência directa com a televisão particular do clube? Dá-me a ideia que, aí sim, haveria algumas regras da concorrência que seriam violadas.

 

A posição daquele clube, de certo modo, força a de Relvas, e parece colocar em maus lençóis o amigo Joaquim.

 

Será assim?

 

Quem vende parte do seu império ao dinheiro angolano, estará verdadeiramente necessitado de liquidez?

 

A quebra das negociações entre o clube e a empresa foi apenas uma manobra populista em véspera de eleições, ou o reconhecimento de que não estando a outra parte em estado de necessidade, dificilmente cederia na negociação em curso?

 

No meio disto tudo, fica ainda o reparo do José Lima, no "Mística Azul e Branca", Não se vislumbra quem possa ser o herói que pague pelo menos o dobro daquilo que a SportTv oferece, como pretende o clube da treta, e a LIGA promete”.

 

Para que é mesmo que a Liga quer centralizar em si a gestão dos direitos de transmissão televisiva? 

João Vale tudo e Azevedo

15
Nov12

Vou escrever a maior parte do que se segue de cor, porque não tenho pachorra para andar a pesquisar sobre este indivíduo.

 

Chegou a presidente a meio do nosso penta e com o Mário Jardel a dar cartas. Em 2000, na época em que saiu, foi campeão o Sporting. Donde, pela nossa parte foi um anti-sistema com o seu quê de prazenteiro.

 

Para muitos, talvez mesmo grande maioria, não passou de um vigarista trapaceiro, um aldrabão, um escroque, ou, nas palavras do recém reconduzido actual presidente do seu clube, aquando em campanha eleitoral, um benfiquista.

 

 

Sobre ele e sobre a situação em que estava o clube quando lá entrou, sei o mesmo que tantos outros. Até, pelos vistos, quase tanto como dois dos seus, outrora homens de mão, aparentemente acometidos de algo grave algures entre Alzheimer, memória selectiva ou arrependimento.

 

Com as contas bancárias do clube penhoradas, como consta que as encontrou, contratou treinadores, contatou jogadores, rasgou contratos com a Olivedesportos (onde é que eu já vi qualquer coisa parecida recentemente?!), reteve indevidamente importâncias destinadas às finanças e à segurança social, entre outros desmandos.

 

Com isto tudo, e com o dinheiro a entrar e a sair das suas próprias contas, ainda terá conseguido passar a perna a um fabulástico “conselho fiscal”, e ficar com algum para si.

 

A bem da verdade, os conselhos fiscais dos clubes têm mais o que se lhes diga. Conheço alguns membros e ex-membros do conselho fiscal de um clube que andou pela primeira divisão, e muito sinceramente, se fizesse com eles uma sociedade para jogar no Euromilhões, de certeza que não lhes confiava a verba para registar o bilhete…

 

Dito isto, custa-me a crer que efetivamente seja tudo o que dele dizem. Mas deixo a prova disso para a nossa justiça, em cuja competência confio piamente. Se for a do “Apito Dourado”, é claro.

 

E confio ainda mais na incompetência da equipa jurídica do clube em causa. Pragais Colaços, Joães (ou "ões", como queiram) Correias e quejandos deram bastas provas dela em casos como, por exemplo, os do Nuno Assis, do Mateus e da exclusão do nosso clube da Champions. A dada altura, valeu-lhes um tal Ricardo Costa, senão, nem assim…

 

Contudo, há sempre um contudo ou um mas, há coisas que me fazem espécie.

 

Vale e Azevedo está em tribunal essencialmente por crimes de natureza privada. Casos como a venda de Ovchinnikov, Euroárea ou Riba Fria, tiveram por base todos eles, situações do foro privado do sujeito.

 

Faz-me espécie que não hajam notícias de o nosso Ministério Público, as nossas Finanças, ou o Estado português em geral, terem prosseguido acusações contra o individuo, o clube, ou alguém, por abuso de confiança fiscal, uma vez que foram retidos indevidamente dinheiros, que deveriam ter sido entregues às Finanças e à Segurança Social. E quem beneficiou com isso, e com o perdão fiscal subsequente? Nem vale a pena averiguar, pois não?

 

Custa-me a entender que nunca tenha sido identificado quem emitiu declarações a atestar a inexistência de dívidas fiscais, apesar do inquérito-crime instaurado.

 

Ou ainda que o responsável pela Comissão de Acompanhamento das dívidas dos clubes não tenha sido minimamente beliscado pelo (in)sucesso flagrante da sua missão.

 

E o Farense? E o Salgueiros? Ou o Estrela da Amadora… Por onde andam eles?

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