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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

E a rainha, caramba? Então, e a rainha?

26
Dez12

 

 

Bem sei que a altura é pouco propícia para aprofundar o que quer que seja para além do recheio do perú, a confecção do bacalhau, as filhós ou as empanadilhas, mas que diabo, há coisas que não se deixam passar em branco.

 

Que aquele fulano associe o frango do Helton às bolas-na-mão-mãos-na-bola do Alex Sandro, até não deixa de ter a sua piada. Teve o seu quê de bem lembrado, e até espantou por vir de onde veio.

 

Agora, aquela história da rainha de Isabel…Que raio foi aquilo?!

 

Logo quando ouvi, não atingi o alcance da coisa, e muito sinceramente, até agora tenho bastas e fundadas dúvidas quanto ao seu sentido.

 

Os jornalistas da nossa praça, como de costume, ficaram-se pelo soundbyte, e limitaram-se a passar o dichote, sem minimamente o explicar ou comentar. E a turba deliciou-se, como de costume.

 

Ainda tive a esperança de ver esta questão, dada a sua inquestionável importância, tratada e esclarecida em algum dos blogues de referência, mas, qual quê. Népia.

 

Entretanto, para alguns, a comparação com a rainha Isabel, pretenderia sugerir tratar-se o presidente do FC Porto, "de uma mera figura de corpo presente".

 

Será isso? Uma reedição da versão de 2007, do "estrebuchar do morto"?

 

Nem vale a pena lembrar o que o dito “morto” venceu desde então, e muito menos compará-lo com as vitórias do suposto “vivo”.

 

É verdade que também foi isso pensei inicialmente. Lembrei-me de um recente Procurador-Geral da República que, reflectindo sobre os seus poderes, disse um dia que mandava tanto no Ministério Público, como a Rainha de Inglaterra, no seu país.

 

Mas fará isto sentido? Como é que uma “rainha Isabel” ou um “morto” conseguem deter nas suas mãos o controle sobre tanto ou tão pouco, que o último título conquistado é apelidado de “um tributo aos árbitros”?

 

Quererá isto dizer que acabou o “sistema”? Que vamos deixar de ter no final de cada temporada encerrada com a conquista singela da Taça Lucílio Baptista, as desculpas esfarrapadas do costume?

 

Querem ver que, apesar das trapalhadas do Paulo Pereira Cristóvão, o eixo em torno do qual gira o controlo do nosso futebol se desviou mesmo para outras bandas?  

 

Hmm! Custa-me a crer que assim seja, e ainda mais que aquele fulano o proclame assim, de forma tão desabrida.

 

No entanto, que outras alternativas poderemos aventar para explicar aquela comparação?

 

Ainda me lembrei da viragem do FC Porto para o mercado argentino (e mexicano, mais recentemente!), onde resgataram alguns jogadores das garras de um outro clube, e da questão das Falkland.

 

Mas isso, para além de excessivamente rebuscado, teve mais que ver com a Dama de Ferro, do que com a Rainha.

 

Estaria a comparar a longevidade de ambos? Não há dúvida que o reinado da rainha Isabel II, é um dos mais longos de sempre, mas, ainda assim…

 

Seria uma crítica implícita à sucessão de mandatos do presidente do FC Porto? Assentaria mal a alguém reeleito em sucessivas eleições “enver hoxhianas”, ir por esse caminho. Porém, não seria nada estranho. Mas também não me parece.

 

Que mais poderá ser? Quereria referir-se ao desespero que os putativos sucessores, tais como os da rainha Isabel, deverão sentir por não verem o nosso presidente arredar-se do seu lugar?

 

Bem, no caso inglês, o sucessor é apenas um, e está dinasticamente seleccionado. No nosso, que se saiba, ainda não há quem, até à data, se tenha chegado à frente. Logo, também não deverá ser por aí.

 

Estará apenas, tal como aconteceu em 2009/2010, a tentar passar a imagem de que está na crista da onda, para que esta, submissiva, arraste o seu clube até à babugem da vitória? É possível.

 

Mas é arriscado. O contexto de 2009/2010, não é o de hoje. Diria mesmo que a conjugação das condições de então, se não é irrepetível, muito dificilmente se repetirá.

 

Ou seja, por mais voltas que dê, não consigo chegar a uma resposta satisfatória sobre o significado daquela enigmática comparação.

 

Se não estivéssemos a viver estes tempos conturbados de crise, era capaz de dar uma recompensa a quem me ajudasse nesta demanda. Assim, dada a quadra natalícia que ainda atravessamos, limito-me a apelar ao Vosso melhor espírito de partilha, para dilucidar esta questão.

 

É que, de outra forma, receio que o homem dos apêndices auditivos protuberantes se fique a rir sozinho, e a minha professora da primária ensinou-me, e nunca mais me esqueci, que quem ri sozinho é palerma.

 

Feliz Natal!

22
Dez12
Por certo recordar-se-ão do Peter Crouch, que se notabilizou, como quem diz, com as cores do Liverpool, e que actualmente alinha pelo Stoke City.

 

Se tivesse que o comparar com alguém, diria que ficaria bem entre o nosso Vinha e o checo Köller. Pois bem, trago este rapaz aqui, em vésperas de Natal, porque ele dá sentido àquele dito: "o Natal é quando o homem quer"!

 

A senhora do vídeo abaixo, é esposa do Peter Crouch, e tem uma maneira muito sui generis de expressar as suas saudações natalícias, que partilho convosco.

 

  

 

Dito isto, aqui ficam os meus humildes, mas sinceros votos de um Feliz Natal, a todos quantos possam por aqui passar nos próximos dias.

 

Abstenho-me, por motivos óbvios, de desejar um próspero ano novo, apesar de acreditar que, para alguns, ele o possa efectivamente vir a ser. Limito-me a desejar-vos o mesmo que quero para mim, ou seja, que nos desenrasquemos como pudermos, o melhor possível.

Nostalgia natalícia

21
Dez12

Apesar da quadra a isso convidar, por norma, não sou muito dado a acessos nostálgicos. No entanto, e por enquanto, tenho memória quanto baste, o que é substancialmente diferente.

 

E curiosidade. Por exemplo, andava curioso por saber o que era feito daqueles rapazes que, com excepção do Janko, estavam entre nós no Natal passado, uns de corpo e alma, outros nem por isso.

 

Como é que eles se estariam a dar, lá pelas paragens onde demandaram novos desafios, que nós não lhe colocávamos. Ou, pura e simplesmente, para onde foram recambiados.

 

Apenas por mera curiosidade, e sem ser animado por qualquer sentimento de ressabiamento, ou numa de “ó tempo, volta p’ra trás”.

 

Meia horita de trabalho intensivo no Zerozero.pt, e eis os resultados que obtive:

 

 
Bracalli (Olhanense)

 

7 jogos na Liga Zon Sagres, 12 golos sofridos, 630 minutos jogados.

1 jogo na Taça de Portugal, 2 golos sofridos, 90 minutos jogados.

 

 

 

 

Beto (SC Braga)

 

11 jogos na Liga Zon Sagres, 14 golos sofridos, 990 minutos jogados.

5 jogos na Champions, 11 golos sofridos, 450 minutos jogados.

2 jogos na qualificação para a Champions, 2 golos sofridos, 180 minutos jogados.

 

 

 

 

 

Sapunaru (Saragoça)

 

12 jogos na Liga BBVA, um golo marcado, oito cartões amarelos (o segundo na Liga com mais amarelos!), e 1.080 minutos de jogo.

3 jogos na Taça do Rei, 2 amarelos e 270 minutos jogados.

 

 

 

   

Fucile (Santos FC)

 

Lesionado desde Abril, as últimas notícias dão-no como encontrando-se de saída do clube, onde alinhou apenas em 14 jogos, e marcou um golo.

 

 

 

 

Álvaro Pereira (Inter de Milão)

 

11 jogos na Série A italiana (8 a titular e suplente utilizado em 3), 1 golo, 1 amarelo, 720 minutos em campo.

6 jogos na Liga Europa (5 vezes titular, 1 suplente utilizado), 1 amarelo, 473 minutos jogados.

1 jogo como suplente utilizado na Copa de Itália, 15 minutos de jogo.

 

 

 

Souza (Grémio)

 

6 jogos na Copa Sudamericana (5 vezes titular, 1 suplente utilizado), 1 amarelo e 470 minutos de jogo.

23 jogos no Brasileirão, sempre titular, 3 amarelos, 1 golo e 1.795 minutos em jogo.

 

 

 

 

 

Guarín (Inter de Milão)

 

15 jogos na Série A italiana (10 a titular e 5 como suplente utilizado), 3 amarelos, 3 golos marcados, 973 minutos em campo.

8 jogos na Liga Europa (6 de início e 2 como suplente utilizado), 2 golos, 620 minutos em jogo.

 

1 jogo como suplente utilizado na Copa de Itália, 1 amarelo e 1 golo, 45 minutos em jogo.

 

 

 

 

Belluschi (Bursaspor)

 

 14 jogos na SuperLiga turca (12 como titular e 2 como suplente utilizado) 2 amarelos, 3 golos, 1.100 minutos em campo.

 

 

 

 

 

Hulk (Zenit Sampetesburgo)

 

9 jogos na Liga russa (8 a titular e 1 como suplente utilizado), 5 cartões amarelos, 2 golos, e 625 minutos de jogo.

 

5 jogos a titular na Champions, 2 amarelos, 1 golo e 440 minutos.

 

 

 

 

Walter (Goiás)

 

23 jogos na Série B brasileira (19 a titular e 4 como suplente utilizado), 2 amarelos, 16 golos marcados e 1.670 minutos jogados.

 

 

 

Djalma (Kasimpasa)

 

15 jogos na SuperLiga da Turquia, todos a titular, 1 amarelo, 1 golo, 1.282 minutos de jogo.

 

  

 

  

Janko (Trabzonspor)

 

12 jogos na SuperLiga turca (6 a titular e outros tantos como suplente utilizado), 3 amarelos, 1 golo e 542 minutos.

 

 

Para dar uma ajuda nas eventuais conclusões que possam/queiram tirar, acrescento que, na nossa Liga, vão disputadas, nesta data, doze jornadas.

 

Na Liga BBVA espanhola são dezasseis. Na Série A italiana, dezassete. No Brasileirão (desde Agosto), são vinte e três. O mesmo na Série B brasileira, também desde Agosto. Na Liga russa, são dezanove as rondas jogadas, e na SuperLiga turca são quinze as jornadas disputadas.

 

O Olhanense fez dois jogos na Taça de Portugal e o SC Braga oito na Champions League (incluindo a qualificação).

 

O Saragoça fez três jogos na Taça do Rei e o Inter de Milão, um na Copa de Itália, e mais dez na Liga Europa (incluindo paly-offs).

 

O Grémio de Porto Alegre jogou seis vezes para a Copa Sudamericana, e o Zenit de Sampestesburgo, seis jogos na Champions.

 

Portanto, tudo somado, estamos em presença de apenas dois totalistas: O Souza, com 23 presenças, noutros tantos desafios, e o Djalma, com 15 em 15.

 

Do Souza, já ouvi por aí que, caso o Fernando não renove o contrato que o vincula a nós, e por isso, seja vendido agora em Janeiro, poderia vir a substitui-lo.

 

Bem vistas as coisas, neste momento, rodagem não lhe faltará, ainda que o ritmo brasileiro seja diferente, e sem a sombra eucalíptica do Fernando, talvez a coisa corra melhor, ainda que não seja aquele o seu lugar de eleição.

 

Quem parece ter encontrado o seu lugar na Série B brasileira é o Walter. Dezasseis golos marcados em vinte e três jogos, é obra. Por cá, talvez não se desse mal, agora que até temos equipa B…

 

Quanto aos outros, destaque para o Sapunaru, com muitos jogos feitos em Saragoça, mas com muitos amarelos à mistura. Andará a ver a dobrar?

 

Nos resto, nada mal os dois guarda redes. Por cá, com o Helton em boa forma, estavam os dois encostados. Pouco conveniente para dois trintões. O Belluschi não está mal. No entanto, convirá ter em conta que estamos a falar do Bursaspor!

 

O Janko está, mais coisa, menos coisa, igual a si próprio, e a grande desilusão é sem dúvida o Hulk.

 

E pronto.

 

Agora resta-nos entrar de novo na dança das entradas e saídas que se avizinham, com pensamento positivo…

E, no entanto, ela não se move, (es)vai-se

14
Dez12

 

No início do mês passado, Arons de Carvalho, antigo responsável socialista pela televisão pública, escreveu no “Público", num artigo de opinião, que o actual governo, ao retirar da “lista de acontecimentos de interesse generalizado público”, os jogos da Liga de futebol e das competições europeias, oferecera um Euromilhões à Olivedesportos.

 

Se foi efectivamente um Euromilhões, e o objectivo pelo qual o mesmo terá sido oferecido, não faço ideia. O certo é que, ainda recentemente ficámos a saber que a empresa em causa rescindiu o contrato que tinha com a Liga de clubes, para a transmissão dos jogos da Taça da dita cuja.

 

 

De entre os motivos apontados para essa tomada drástica de posição, conta-se o facto de, cabendo à Olivedesportos desencantar um patrocinador para a competição e à Liga, encontrar um canal aberto disposto a transmitir os jogos, esta só o terá conseguido fazer em Novembro, quando se encontrava já em curso a terceira fase da prova, e ainda assim, por um valor bastante abaixo ao praticado no mercado – 50 mil euros /jogo, ao passo que a SIC, na época transacta, pagava à volta de 200 mil.

 

É esta a Liga de clubes cujo presidente quer rescindir contratos com a Olivedesportos? E vai negociá-los com quem? Será que os vai negociar da mesma forma como fez com os jogos da Taça Lucílio Baptista?

 

Sem patrocinador e com os direitos televisivos negociados ao preço da uva mijona, como é que vai sobreviver a Taça que assegurava um título por época a uma certa equipa, e uma receita, que se queria razoável, aos clubes pequenos?

 

E a própria Liga, como é que fica?

 

Com a arbitragem e a disciplina saídas para a Federação, e sem a sua Tacinha, qual o seu destino?

 

Um conhecido benfiquista, uma vez, a propósito não se sabe muito bem de quê, porque o fez num post sriptum a um texto que nada tinha que ver com a matéria, questionava inocentemente: "Porque será que a sede da Liga é no Porto?"

 

Neste caso, dadas as últimas evoluções, parece que não a conseguindo mudar de sítio, a alternativa será esvaziá-la de conteúdo. Será isso?

Il y a quelque chose qui cloche (em azul e branco)

13
Dez12

Para que não fiquem a pensar, e que alguns venham reclamar, que só tenho olhos para outro(s) lado(s), aqui ficam, também do nosso lado, uns quantos apontamentos também eles dissonantes entre si. Na minha modesta opinião, é claro…

 

 

Do volume e da intencionalidade

 

Nos últimos três encontros disputados cá na lusitânia, fomos bafejados em lances duvidosos, por decisões arbitrais que, não tenho rebuço em admiti-lo, nos foram favoráveis.

 

Do mesmo modo que também ocorrera com o segundo penálti, na vitória sobre o Sporting.

 

É algo a que, vidé as primeiras jornadas desta edição da Liga, e mesmo no próprio jogo contra Moreirense, o último disputado, em que nos foi sonegada mais uma grande penalidade, não estamos habituados.

 

Nem nós, nem os nossos concorrentes, como se viu pelas reacções de várias figuras de um certo presépio, de onde ainda não expulsaram o burro.

 

Sobre o lance da Pedreira para o campeonato, disse-o na altura que, tendo em conta o entendimento vigente nesta matéria da inteligentzia futebolística, não me surpreenderia se tivesse sido apontado castigo máximo.

 

Apesar da curta distância a que é desferido o remate pelo Alain, e da, quanto a mim, mais que evidente, ausência de intencionalidade da parte do Alex Sandro, o facto de o membro com que o esférico impacta não se encontrar junto ao corpo, permite-lhe ganhar um acréscimo de volumetria, logo, penálti.

 

No regresso à Pedreira, para a Taça de Portugal, o lance com o Fernando e o Hugo Viana, não dá azo a grandes dúvidas.

 

Contra o Moreirense, aí sim, parece haver intenção do Alex Sandro, não de jogar a bola com a mão, mas de proteger-se. Ainda assim, há uma qualquer intencionalidade, uma (ou duas) mão(s) e uma bola, ou seja, os ingredientes necessários para a polemizar em torno do acontecimento.

 

Contudo, neste caso, não há qualquer ganho visível de volumetria: as mãos estão em frente ao corpo. Se a bola não lhes embatesse, de certo bateria noutra qualquer parte do dito.

 

E assim sendo, em que ficamos?

 

No primeiro caso, há ganho de volume, e não há intenção, no segundo, há intenção, mas não há volume ganho. E são os dois penálti? Porquê? A regra é disjuntiva? Em certos casos aplica-se um “ou”, e noutros…outra coisa qualquer?!

 

Ou, só será mão quando se aplicam ambos, ligando-os através de um “e”? Não seria mais razoável, e até talvez, quem sabe, mais dentro do espírito da lei?

 

 

…e não tivemos Paris

 

 

Não se deixem iludir pela imagem que encima o texto. Se esperam um desfiar de um rol de críticas ao nosso treinador, não continuem, porque estava e estou inteiramente de acordo com a afirmação destacada.

 

Tínhamos, e temos, plantel para ganhar em Braga, duas vezes seguidas, se for preciso, e em Paris. Mas não ganhámos. De facto, perdemos tanto em Braga, ao segundo ensaio, como em Paris. As duas primeiras derrotas da única equipa que até aí, ostentava a aura de imbatível em partidas oficiais.

 

Vi os dois jogos, quase todinhos. Ando a ver muito futebol ultimamente. E logo havíamos de perder os dois…

 

Sim, é verdade que estranhei a gestão do plantel feita em Braga. Compreendo perfeitamente que é imperioso ir dando, na medida do possível, minutos aos que menos frequentemente alinham, e gerir o esforço dos que são mais assíduos no onze, assim como a motivação de uns e outros.

 

Mas, logo em Braga?! Onde, ainda há uma semana triunfáramos, e os artistas locais não ficaram propriamente convencidos. E com o Olegário Benquerença no apito. Tantas modificações, quando o que estava em causa na Champions, nem por sombras se afigurava uma questão de vida ou morte, porquê?

 

Pronto, foram quatro jogos em treze dias (do SC Braga, para a Liga, em 25 de Novembro ao Moreirense, em 8 de Dezembro), é verdade.

 

No entanto, terá sido um ciclo assim tão infernal, que cheguemos à partida contra os homens de Moreira de Cónegos, num tal estado que o nosso treinador, perante um jogo menos conseguido, se dê por feliz por vencer, desse lá por onde desse?

 

Vejamos. Dos jogadores intervenientes nestes desafios, apenas o Mangala e o Otamendi, estiveram em campo os, pelo menos, 360 minutos jogados.

 

O James Rodriguez também alinhou inicialmente nos quatro encontros, mas foi substituído no último, aos 90 minutos.

 

O Danilo (301’) alinhou de início em três desses jogos, e foi suplente utilizado num deles, e o Lucho Gonzalez (253’) e o João Moutinho (269’) alinharam de início em três, sendo substituídos uma vez, e entraram em substituição de um colega no restante.

 

O Defour (209’) entrou de início duas vezes, e foi suplente utilizado, outras duas, e o Atsu, substituiu colegas por três vezes, e alinhou de início apenas uma, totalizando pouco mais de 110 minutos em campo.

 

Helton, Alex Sandro, Fernando, Varela e Jackson Martinez contam três presenças cada um (270’, 266’, 219’ 233’ e 270’, respectivamente).

 

Portanto, apenas quatro homens fizeram mais de três jogos completos: Mangala, Otamendi, James e Danilo.

 

Como seria expectável, na equipa titular que alinhou contra o Moreirense, todos os elementos faziam, no mínimo, a sua terceira partida.

 

Assim sendo, e como disse, compreendendo a necessidade imperiosa de dar alguma rotação ao plantel, e que azares, como os que aconteceram ao Danilo, ao Helton, e porque não, ao Castro, por vezes acontecem.

 

Contudo, será isso motivo e justificação suficiente para sermos eliminados da Taça de Portugal?

 

Ou para a entrada titubeante no Parque dos Príncipes, para depois até equilibrarmos as coisas, e empatarmos a partida com alguma relativa facilidade?

 

Ou ainda, para entrarmos num jogo em casa, contra o Moreirense, o último classificado, em modo de “ganhar, dê lá por onde der”, e ficar satisfeitos com um 1-0?

 

Esta Liga é cada vez mais uma corrida a dois, e os golos marcados e sofridos podem fazer a diferença. Ou isso, ou resolvemos a questão em Janeiro…

 

 

O Dragaleão de Oiro

 

 

Apesar de o meu cunhado afiançar garantidamente que o homem era sportinguista, custava-me a acreditar.

 

Por curiosidade, fui confirmar, e é mesmo verdade.

 

Ainda assim, não me choca nada que lhe atribuam um Dragão de Ouro. Que mais não seja por uma questão de diplomacia. E também não me choca que o ministro Miguel Relvas tenha sido convidado para a cerimónia, pelo mesmo motivo.

 

Além do mais, sempre vai sendo a única forma de um sportinguista receber um troféu de jeito…

 

Por outro lado, não acho tanta piada ao facto de se atribuir um Dragão de Ouro a um sportinguista, de quem Manuel Vilarinho disse um dia, a seguir ao almoço: "Votem neste homem, que é este homem que vai ajudar [quem nós todos sabemos]!".

 

E de facto, ajudou. Isso é que me custa a engolir.

 

Mas pronto, também não é nada de novo. O Rui Pedro Soares também é Dragão de Ouro, e no entanto, não deixou por isso de merecer uma cartinha de recomendação vinda pelo outro lado.

 

 

E afinal, temos empréstimo

 

Estávamos a 10 de Setembro, e eu escrevia:

 

“(…) tomando como exemplo este caso concreto do Hulk, haveria mesmo a necessidade imperiosa de vender, agora e pelo preço a que se realizou a transação, seja ele qual fôr?

 

Tem-nos sido dito que sim. A maior parte dos sócios e adeptos acredita que sim. Muito sinceramente, também me parece o mesmo. Mas afinal, qual o impacto da transferência do Hulk nas contas da nossa SAD?

Desta vez, o argumento mais abundantemente empregue para justificar o estado de necessidade, foi o pagamento do empréstimo obrigacionista de 18 milhões, que vence até ao final no corrente ano.

 

Será isso? Se foi por 18 milhões, então as vendas do Álvaro Pereira, do Guarín e do Belluschi, resolviam a questão, e ainda sobravam uns trocados.

 

Indo ao Relatório de Contas Consolidado do 3.º trimestre – 2011/2012 (pág. 14), retiramos que o passivo da SAD ascendia, àquela data, a 214.171.035 euros, dos quais € 167.533.480, classificados no passivo corrente.

 

Por seu turno, o activo corrente é apenas de € 52.683.659. Portanto, sejam 40 milhões, 31 milhões, ou qualquer outro valor intermédio ou abaixo daqueles dois, o desequilíbrio era de tal sorte, que não é a venda do Hulk que vai equilibrar as contas.

 

Que ajuda, é inquestionável, mas daí até se concluir, neste momento e pelo montante que seja, pela sua imprescindibilidade, é outra história. É um daqueles casos que alivia, mas não cura”.

 

E aí está um novo empréstimo obrigacionista. Desta vez, inicialmente de 25 milhões de euros, aumentado posteriormente para 30 milhões, até 2015, à taxa de 8,25%.

 

É compreensível este esforço de consolidação e reestruturação do passivo, aliviando o curto-prazo e a tesouraria, como muito bem escreveu na altura própria o Dragão Vila Pouca.

 

A minha questão é outra. Uma operação inerente a um empréstimo deste tipo não é montada da noite para o dia.

 

Será muito natural que, em Setembro, quando foi vendido o Hulk, a coisa estivesse em marcha. Assim sendo, a sua venda não terá decorrido tanto da necessidade pontual de fundos para o pagamento do anterior empréstimo, como, ao menos a mim parecia, mas antes teve o seu quê, e não será pouco, de estrutural.

 

Portanto, eis que me vejo regressado à minha dúvida de 10 de Setembro:

 

“a venda do Hulk, neste momento e por qualquer que seja o valor, era efectivamente imprescindível ou vem resolver definitivamente alguma coisa, do ponto de vista financeiro?”

Il y a quelque chose qui cloche

12
Dez12

"Fomos avisados do que podia acontecer em Coimbra"

 

 «roubo...de Vaticano»; Xistra é um dos nomes que «devem ser impedidos» de apitar jogos dos encarnados.

 

[o clube] e Vitor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, «já tinham sido avisados do que podia acontecer ontem à noite em Coimbra». Por isso, (…) que se investiguem as nomeações dos árbitros em Portugal, já que os prejuízos são «sempre para os mesmos»

.

«Quem dirige a arbitragem» deveria impedir a escolha de nomes como Pedro Proença, Olegário Benquerença, Carlos Xistra, Soares Dias, João Capela, Hugo Miguel e Rui Silva para os jogos dos encarnados. «Nos últimos 5 anos prejudicaram sempre a mesma equipa».

 

 

FPF pune Rui Gomes da Silva com suspensão de 11 meses

 

 

O Conselho de Disciplina da FPF considerou que este dirigente do Benfica atentou contra a «honra e reputação» da instituição ao questionar a arbitragem do Académica-[etc.].

 

O Conselho de Disciplina puniu Rui Gomes da Silva por 10 meses depois de este ter dito que o «[clube] foi avisado do que poderia acontecer em Coimbra», mensagem que o vice-presidente encarnado disse que chegou ao presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira.

 

O órgão da FPF decidiu ainda punir Rui Gomes da Silva, que também terá de pagar uma multa de 5253 euros, com mais um mês de pena por falta de comparência para prestar declarações no decorrer do inquérito.

 

 

Rui Gomes da Silva recorre de castigo de 11 meses

 

 

o [clube] pretende recorrer para o Conselho de Justiça do castigo aplicado a Rui Gomes da Silva, atual vice presidente do clube.

A TSF apurou ainda que existe perplexidade em relação à forma como foram tratadas as declarações de Rui Gomes da Silva à comunicação social.

O conselho de disciplina, de acordo com as fontes contatadas, não se terá detido na investigação da denúncia feita pelo vice presidente encarnado.

 

 

"Tentei, mas Vieira não quis falar comigo"

 

Godinho Lopes garante que fez tudo o que estava ao seu alcance para falar com Luís Filipe Vieira. O presidente do Sporting recusa a ideia, colocada a correr, de que os leões não tentaram o contato direto com o [outro clube].

 

(…) é portanto «mentira» que o Sporting não tenta comunicado formalmente (…) a intenção de adiar o jogo de segunda-feira.

 

«(…), desde as 11 horas de sexta-feira, que tinha conhecimento que queríamos adiar o jogo», diz Godinho Lopes, em declarações ao Record. «Não só esperei pelas 10h45 da manhã para saber se haveria jogo, em função da inspeção da UEFA, como minutos depois enviei um documento oficial para a Liga, naturalmente com cópia para o [adversário], a requerer o adiamento do derby».

 

«Não é que tenha prazer em falar com ele, mas ele é que não me atendeu e nem respondeu à minha mensagem».

 

E continua o ataque, sublinhando que o [outro clube] alegou «razões ridículas» para não adiar a partida e evitar mais conversas sobre o tema. E quais são essas razões?

«Invocaram o facto de as contas do incêndio na bancada do Estádio da Luz não estarem ainda fechadas. Admito que Luís Filipe Vieira não tivesse sido informado dos motivos que foram alegados a este nível, mas foi isto que se passou»

O dirigente insiste ter pedido a várias pessoas (…) para chegar à fala com Vieira. Sem sucesso. «Tomei a iniciativa de enviar sms (…), depois de ter tentado entrar em contacto através de telemóvel».

 

«Não me apeteceu falar com ele de manhã. Não é uma pessoa que aprecie”

 

 

João Gabriel desmente Godinho Lopes

 

O diretor de comunicação (…), João Gabriel, disse hoje que os “encarnados” apenas vão esclarecer a questão do alegado pedido de adiamento por parte do Sporting do dérbi de segunda-feira, da 11.ª jornada da I Liga de futebol, depois do jogo.

 

«Só após o jogo de segunda-feira (…) agirá em conformidade e de forma a repor a verdade dos factos, que não é aquela que é dita pelo senhor presidente do Sporting»

 

«As três equipas que vão entrar em campo merecem-nos demasiado respeito para comentar essas declarações», afirmou João Gabriel.

 

Para o responsável “encarnado”, «o jogo deve ser jogado dentro das quatro linhas».

 

 

Já pagámos uma fatura de termos tido um aldrabão

 

 

«Só dou confiança a quem eu quero e a quem merece», comentou Luis Filipe Vieira a propósito do pedido dos leões para adiar o jogo e do facto de Godinho Lopes ter dito que o presidente encarnado se recusou a atender-lhe o telefone. «Nós benfiquistas já pagámos uma fatura de termos tido um aldrabão durante três anos, por isso não tenho mais nada a dizer sobre esse aspeto», afirmou, ainda (…), numa alusão clara a Vale e Azevedo.

 

«(…) um aldrabão que deixou o clube como deixou e ainda estamos a pagar a fatura»

 

 

(...) não jogou com dois guarda-redes

 

Após a vitória (…) sobre o Sporting por 1-3, Luís Filipe Vieira falou na zona mista do Estádio de Alvalade e aproveitou para enviar um recado ao rival FC Porto.

 

«[A equipa] só jogou com um guarda-redes, ao contrário de outras equipas que jogam com dois guarda-redes», ironizou o presidente, referindo-se ao corte da bola com a mão de Alex Sandro no desafio da 11.ª jornada entre o FC Porto e o Moreirense.

 

 

 

Serei só eu, ou há aqui qualquer coisa que não joga?

 

Primeiro são avisados do que poderia acontecer em Coimbra, e até têm uma lista de nomes que não querem ver indigitados para os jogos da sua equipa.

 

Depois, faltam à audiência para prestar declarações no âmbito do inquérito que se seguiu às declarações proferidas.

 

A seguir, interpõem recurso. Porquê? Aparentemente por causa da forma como foram tratadas as declarações, e por não terem sido investigadas as denúncias.

 

Ora, se o próprio denunciante se abstém de prestar declarações no inquérito, iam investigar o quê?

 

Por sua vez, Godinho Lopes diz que tentou contactar o homólogo, mas que do outro lado, não quiseram falar com ele, nem sequer se dignaram a responder-lhe à sms.

 

Mais, que teriam sido alegadas razões para essa recusa, e que as mesmas eram ridículas.

 

Prontamente desmentido, ficou a reposição da verdade com rendez-vous agendado para depois do jogo.

 

Acaba o jogo, e o que acontece?

 

Aparece alguém a chamar-lhe por meias palavras, aldrabão, e a disparar em todas as direcções, desde Vale e Azevedo ao FC Porto.

 

E quanto ao resto? Sobre o busílis da questão? Nada a dizer? Houve ou não contactos? Houve ou não telefonemas e sms?

 

O que é que o FC Porto e o árbitro do jogo com o Moreirense, têm que ver com o caso?

 

Onde é que está “reposta a verdade dos factos”? Basta dar a entender que do outro lado está um aldrabão, e numa extraordinariamente perspicaz constatação do óbvio, argumentar que jogam só com um guarda-redes?

 

Porque será que este comportamento cobarde de acusar em falso, de lançar o odioso para cima de outros, sem nunca fundamentar as acusações, a não ser com base em vídeos do YouTube, de criar cortinas de fumaça e usar truques de prestidigitação, para desviar as atenções, é tão recorrente em certas pessoas?


 

Nota: para que conste, e para que não me acusem de pretenciosismo, o título não é originalmente meu. Numa consulta no Google, encontrei-o aqui, num contexto completamente distinto.