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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Os homens também choram

31
Mar13

Quem me conhece minimamente sabe que, pese embora me esforce por não demonstrá-lo, sou por natureza, um gajo emotivo.

 

Do género que tanto expludo quando um palerma qualquer escreve uma baboseira num comentário a um post, como sou de lágrima fácil noutras situações.

 

Há muito tempo que não me acontecia virem-me lágrimas aos olhos por um golo marcado. Nada de choros compulsivos, mas um acesso emotivo para lá de qualquer dúvida.

 

Assim de repente, recordo-me do golo do Vermelhinho, em Aberdeen, do golo do Juary, contra o Bayern de Munique, e o do Madjer, em Tóquio. Mas neste último, com desconto pela hora do jogo.

 

Ontem emocionei-me, não com o golo, propriamente dito, mas com a alegria que se viu na cara do Castro quando o apontou.

 

Há muito tempo que não via um jogador do FC Porto, e à FC Porto, tão genuinamente feliz pela marcação de um golo.

 

 

 
 

Manuel Queiroz, na Antena 1, a dada altura dizia que o Fernando, o João Moutinho e o Lucho, formavam o trio de meio-campo que melhor punha em prática as ideias do treinador, e que por isso, lhe dava mais garantias.

 

É pena, porque alguém como este Castro faz falta na equipa, com o que de bom e de mau que isso possa acarretar, e no mau estou a pensar na expulsão contra o Braga.

 

Há quanto tempo não temos alguém assim na nossa equipa?

 

O teu dia há-de chegar miúdo. Tem que chegar. Se não for assim, é um desperdício sem perdão.  

 

Quem também me trouxe memórias foi o Danilo, com o golo que marcou.

 

Fez-me lembrar o golo do Carlos Alberto contra a Itália, no Mundial de 70. Não o vi ao vivo - tinha meses de vida -, mas já tive oportunidade de ver várias vezes a gravação.

 

E agora fui revê-la. Dirão, em relação às duas jogadas, que a cara de uma é o cú da outra.

 

A posição e a força com que é feito o remate, numa o passe é de um tal de Pelé, noutra é do Lucho. O brasileiro estava praticamente sozinho quando passa a bola, e o Carlos Alberto tem um adversário à ilharga quando remata. No caso do Danilo, é o inverso.  

 

Ainda assim, lembrou-me. Foi um bom ensaio do Danilo. Oxalá continue a tentar, e talvez chegue ao Carlos Alberto.   

 

 

 

Às vezes, não vale a pena...

30
Mar13

Se há coisas que me tiram do sério, generalizações destas são das piores:

 

"Quanto aos algarvios (se encontrares um algarvio e uma cobra venenosa, mata primeiro o algarvio)... de Olhão, basta lembrar que são comandados por dois salsichas Isidoro e Que Ajuda que estão a preparar uma caldeirada para irem jogar ao Estadio do ALLL Grave a troco de uns trocos... e basta lembrar que esses de Olhão, quando vieram ao Porto já tinham os salários em atraso e nem tugiram nem mugiram.."

 

Por isso mesmo, não a pude deixar passar em claro:

 

 

"Caro M P Pinto,

Pela minha parte, enquanto algarvio e portista agradeço-lhe a deferência.

Espero que continue a pensar assim, porque é isso certamente que engrandecerá o, se me permite, nosso clube.

Espero também que nunca se cruze comigo e simultaneamente com uma cobra.

E para terminar, que vá à merda!

Ah, e já agora uma Santa Páscoa!

P.S.: As minhas desculpas por este comentário, Caro Vila Pouca, se não o quiser publicar, não publique, mas estou farto de burrices como aquela que o senhor em causa escreveu."

 

Acrescento mais um post scriptum, o FC Porto também não jogou em Olhão. Jogou no tal Estádio do ALL Grave, porque na altura a relva do José Arcanjo estava em tão mau estado, que o jogo foi transferido para lá.

 

Curiosamente, apareceram muitos idiotas de outros clubes a argumentar quase o mesmo que um portista, que é o que ainda me deixa mais triste.

 

Desculpem o desabafo, e uma Excente Páscoa para todos.

2 + 2, igual a … uma puta duma dor de cabeça!

27
Mar13

Pinto da Costa falou. O seleccionador respondeu com postas de pescada, e a turba vermelha e branca exultou. Até por aqui, onde poucos comentários aparecem, apareceu um anónimo a comentar em verso, o que ainda se torna mais original.

 

E a exagerar naquilo que escreveu, o que me levou a cometer também a originalidade de remover o dito comentário.

 

Pinto da Costa replicou, e o seleccionador vem de lá, aproveitando a boa onda de uma vitória por 2-0, contra dez azeris, ufanar-se de que o "João Moutinho reaprendeu a jogar em três dias".

 

Mais um tsunami de exultação. “Sim senhor, assim é que é. O Paulo Bento têm-nos no sítio, e põe na ordem o Pinto da Costa”.

 

“O Pinto da Costa tem a mania de que manda em tudo e todos. Assim é que se mostra quem manda, como antes tinha feito o Scolari”.

 

Este tipo de comentários, são apenas uma amostra daquilo que li um bocadinho por tudo o que é caixa de comentário, inclusivamente de blogues portistas que não passam em testes de higiene.

 

É precisamente isto que eu não atinjo. Talvez seja necessária uma qualquer predisposição genética para emburrecer quando em presença da cor vermelha.

 

Se tiverem alguma memória para factos irrelevantes, hão de recordar-se que Scolari comunicou a sua saída dos comandos da selecção portuguesa, mal alcançou um lugar nos quartos-de-final do Euro 2008.

 

Que se saiba, ninguém o empurrou borda fora ou o obrigou a ir para o Chelsea. A asneira foi apenas responsabilidade do Abramovich!

 

Já Carlos Queiroz, a quem Pinto da Costa defendeu em tribunal, foi corrido da forma exemplar como foi.

 

Agora com Paulo Bento, é o que se vê.

 

E ainda há gajos que conseguem ficar felizes, porque um pobre de espírito faz frente ao presidente do FC Porto?

 

Como se o Pinto da Costa fosse o maioral pelas bandas da selecção. Não é por nada, e é para o lado que durmo melhor, mas, para burros só lhes faltam as penas.

 

Outra coisa a que acho piada, e em que estas alminhas talvez ainda não tenham parado para pensar, enquanto se preocupam com miudezas destas, é a estupefação de alguns pelo discurso motivacional que antecedeu o jogo com Israel.

 

"O segundo lugar é um objectivo ao alcance, mas o jogo não é decisivo".

 

 

Qual é o espanto? O treinador da selecção portuguesa é ou não é o gajo cuja maior proeza desportiva até à data, foi um tetra de segundos lugares?

 

Diziam (dizem?)muitos daqueles que agora o aplaudem, que à pala do acordo entre o José Roquette e o Pinto da Costa, desvendado pelo falecido João Rocha, em pleno conselho de viscondes.

 

Sabem quem é que nesses anos ficou de terceiro classificado para baixo, e fora da Champions?

Coxos e rotos, mas glamorosos

25
Mar13

Como alguém que parcos conhecimentos detém sobre essa máquina maravilhosa que é o corpo humano, até do meu próprio, ou não me fosse impossível distinguir à primeira entre um ataque de sinusite ou de rinite, e uma reles constipação, só conseguindo fazê-lo após uma aplicação fracassada de um anti-histamínico qualquer, faz-me espécie esta cena do João Moutinho.

 

Ora, tanto quanto se sabe, porque é do domínio público, o nosso jogador ter-se-á apresentado lesionado em Óbidos, na concentração da selecção nacional.

 

É da praxe que a quem se apresenta em tais condições, é normalmente passada guia de marcha de regresso a casa.

 

Desta vez, com o João Moutinho isso não aconteceu. Estando lesionado, deverá, em princípio, ter apresentado à chegada um qualquer documento médico a atestar esse facto.

 

Presumivelmente, sendo o responsável pelo corpo clínico do clube o Dr. Nelson Puga, terá sido da sua lavra o dito documento. Ou de outro médico qualquer, é irrelevante para a questão.

 

 

Esse documento, certamente terá sido apreciado por um colega ou colegas de profissão, concluindo este(s) que existiriam hipóteses válidas de recuperação do jogador, a tempo do desafio em Israel.

 

Sendo assim, não tenho a menor dúvida de que o lógico, o ético, o aceitável, seria o corpo médico da selecção, o presidente, o contínuo, quem quer que fosse, entrasse em contacto com o clube do jogador, e explicasse a situação, e o motivo porque permanecia aquele em estágio.

 

O lógico, o ético, e o aceitável.

 

Pois bem, qual não é o espanto quando, na véspera daquele jogo o seleccionador vem dizer que o jogador só alinharia naquela partida se estivesse a 100%, e que a decisão seria do atleta.

 

Após o jogo, é o próprio quem afirma que, "Se joguei é porque estava a cem por cento".

 

Desconheço quais serão os tempos de recuperação para o tipo de lesão de que padecia o João Moutinho, mas recordo-me que, pelo clube, desde 2 de Março, quando defrontámos o Sporting, falhou esse jogo e mais aquele em que derrotámos o Estoril-Praia.

 

Regressou frente ao Málaga, mas apenas por 46 minutos, e tornou a falhar a partida contra o Marítimo.

 

Agora, em três dias, recuperou a lesão e jogou 90 minutos, de fio, a pavio, e aposto que no Azerbaijão vai suceder o mesmo.

 

A hipótese lógica, ética e aceitável de ter havido contactos entre a selecção e o clube, cai por terra quando o presidente do FC Porto, constata no pós-jogo que “Moutinho não está bem” e que, "[o] Moutinho de Israel não foi o Moutinho a 100 por cento que temos visto no FC Porto".

 

Vejo várias hipóteses para matar esta charada.

 

A que mais me agrada é a de que o homem, efectivamente chegou lesionado, mas recuperou, com ou sem milagre, o que constitui uma óptima notícia para nós, pois tanta falta nos tem feito.

 

Outra hipótese é a de que o João Moutinho não estava lesionado com a gravidade anunciada, e o FC Porto, numa altura morta das competições, em que poderia aproveitar esta semana e meia para recuperar sem pressas da lesão, tentou fazer com que o seu jogador não fosse à selecção.

 

Terá mentido Nelson Puga ou, pelo menos, exagerado ligeiramente a gravidade da lesão do jogador? Ou será hipocondríaco?

 

A derradeira hipótese, e a que, ainda assim, menos me agrada. Os senhores doutores da selecção nacional, deliberadamente ignoraram e desautorizaram completamente a opinião de um colega, e mantiveram o jogador em estágio.

 

A não ser assim, porquê a preocupação do treinador nacional de fazer recair sobre o jogador a responsabilidade da decisão de jogar ou não?

 

Pensaria estar perante uma lesão psicossomática, ao estilo do Izmaylov?

 

A reacção do clube, na pessoa do seu presidente, foi tão ténue, tão “low profile”, que quase deita por terra esta possibilidade.

 

Porém, tendo em atenção aquele que é o histórico mais recente de reacções, aos mais variados níveis, não deixa de se enquadrar no padrão.

 

Será que para o corpo clínico da selecção, hipócrita é um derivativo de Hipócrates?

 

Numa selecção onde é titular um jogador como o Varela, protagonista de uma época magnífica e que na última partida do seu clube entra aos dez minutos, para tornar a sair, e chateado, aos 73 minutos, que mais se poderá esperar?

 

E pronto, assim empatámos com Israel, e agora a seguir, contra o Azerbaijão, não vamos ter o craque n.º1, eterno putativo candidato mal sucedido a superar a pulga.

 

Mas não faz mal, afinal somos ricos, lindos e todos têm inveja de nós por isso. Ou por outro motivo qualquer...

 

 

 

Vezes cinco

24
Mar13

Isto está de tal maneira, que ontem nem me consegui chegar ao pé do computador. E como tal, nem sequer me lembrei do aniversário do "Azul ao Sul". O quinto aniversário.

 

Desde 23 de Março de 2008, foram mais de trinta mil visitas, o que dá 6.000 visitas por ano, 500 por mês e 16,6667, por dia. Se descontarmos os tempos em que isto esteve em animação suspensa, não está mal.

 

São quase 500 textos, e outras parvoíces (488, na realidade), e comentários então, ui, ui, nem se fala... Ou então falemos, foram 460. Não me admiro. Eu próprio visito blogues de outros colegas, e muito raramente comento.

 

Mas é pena, porque fico sem saber se o que escrevo é tão estúpido, que nem merece a pena comentar ou, se concordam comigo, e...nem merece a pena comentar.

 

Como o número de reacções neste último sentido é superior ao outro, vamos por aí. E também para não desanimar.

 

Diria que esta coisa assumiu, ainda que modesta, uma proporção tal, que nunca me passou pela cabeça pudesse atingir.

 

Por outro lado, foi coisa que nunca me preocupou muito.

 

Na universidade tive um professor, que posteriormente veio a ser meu superior hierárquico, ainda que não directo, que confessava não ter o mais pequeno jeito para dar aulas - e tinha razão! -, mas que era a forma que tinha para desopilar do dia-a-dia.

 

Quando o tive como chefe - em que também não era nada de especial -, percebi perfeitamente o que queria dizer.

 

Este blogue foi no fundo, a minha forma de fazer o mesmo.

 

Ainda assim, deu até agora direito a tudo o que disse acima, e mais, muito mais, como sejam três destaques nos blogues do Sapo e o convite para marcar presença no I Encontro da Bluegosfera, no Verão passado.

 

 

 

Como nunca tive a decência e a paciência para fazer uma página de apresentação e/ou um manifesto bonito, como se vê noutros sítios, deixo-vos aqui a apresentação que fiz para o Encontro e o texto de abertura deste espaço.

 

Cinco anos! Porra!

 

"(...). Algarvio, nascido e criado. Portista, por escolha própria, de resto, nunca contrariada. Formação em gestão de empresas, mas a única coisa que gere, e nem sempre bem, é o blog Azul ao Sul, onde assina Alex F..

Um dia, na escola primária, a professora e os estagiários decidiram organizar uma partida de futebol. Naturalmente, as fitas eram vermelhas ou verdes. "Benfica ou Sporting?" Jogou pelo Benfica, mas mandaram-no para a baliza.

Influenciado por um primo, também algarvio, e também portista, embora com menor gravidade, no jogo seguinte, quando repetida a pergunta sacramental: "Benfica ou Sporting?", respondeu: "Sou do Porto!". Acabou novamente na baliza.

Foi a primeira decisão com impacto na sua vida, que se recorda de ter tomado deliberadamente por si próprio, e que, com o passar do tempo, se foi tornando cada vez mais consciente e irreversível"

 

 

"Quando comecei a escrever umas balelas no blog "Fresquinho, q.b.", cheguei à conclusão que o futebol não é claramente, um dos temas com maior aceitação entre o pessoal frequentador do mesmo. Na realidade, a maior parte está-se perfeitamente borrifando para o que se passa no "mundo da bola".

 

E, se calhar com toda a razão! Mas o que é que querem, como alguém já disse, "o Mundo é redondo", e acrescento eu, "e azul"!

 

O futebol, quer se queira, quer não, está presente em todos os noticiários e jornais, e oferece inúmeras oportunidades de debate e discussão, tal a quantidade de interpretações que, consoante a cor clubística, se podem fazer de um único lance ou situação de jogo.

 

A Terra pode ser o "Planeta Azul", mas cá por estas bandas, há uma flagrante falta de "azul"!

 

A realidade é iluminada por raios ultra-encarnados, que geram quase sempre uma perspectiva desfocada. É uma "vermelhidão" que me provoca urticária!

 

Não tenho a menor pretensão de equilibrar a balança, mas espero  deixar aqui, na medida do possível, um singelo contributo, e a expressão de uma visão alternativa.

 

Se esperam isenção, desenganem-se! À partida, sei que não é possível ser isento quando se vê ou comenta futebol, por isso percam as esperanças!

 

Aproveitem, se conseguirem, para ver a realidade por outros olhos. E se não gostarem, reclamem!"

A beleza dos critérios editoriais televisivos

22
Mar13

Das três “notícias” que se seguem, duas são verdadeiras. Consegues identificar a falsa? É difícil, mas com algum esforço, com certeza que chegas lá…

 

“45 Minutos à Porto, com Fernando Rocha”

 

 

"Sócrates vai comentar na RTP já a partir de Abril"

 

 

“A emissão do comentário ainda não tem dia escolhido, mas acontecerá logo a seguir ao noticiário das 20.00. As negociações decorrem desde o início de janeiro”

 

“O ex-primeiro-ministro José Sócrates vai regressar já em abril como comentador aos ecrãs da televisão pública, uma situação confirmada pelo DN a 48 horas de se cumprirem exatamente dois anos de afastamento total da vida política portuguesa, após o chumbo do PEC IV na Assembleia da República. O DN confirmou que a RTP convidou José Sócrates para ter um programa semanal de cerca de 25 minutos e que o ex-governante aceitou o desafio. O painel de novos comentadores da televisão do Estado contará também com o social-democrata Nuno Morais Sarmento, em formato semelhante mas não no mesmo dia em que o ex-líder do PS falará aos espetadores”.

 

 

 

  

 ”Vale e Azevedo vai ter programa de comentário televisivo na (...)icaTv”

 

 

«É a grande noticia do dia e já está a ter efeitos secundários: o retorno do primeiro-ministro que mandou o país à bancarrota para ter um programa de comentário político na RTP fez com que a Benfica TV decidisse convidar Vale e Azevedo, que quase transformou o Benfica numa espécie de Chipre sem o apoio dos russos, para um programa de comentário desportivo.

 

Vale e Azevedo perorará sobre a realidade encarnada, nomeadamente sobre a situação financeira do clube, num programa semanal de 25 minutos de duração que se chamará "Cara de Pau"».

 

As primeiras catorze respostas correctas verão garantida a obtenção, por via da equivalência, de 50 créditos dos 30 necessários para a conclusão da licenciatura, em “Arrelvamento de currículos”, conferido o título de Mestre em “Bailaricos das Ciências Comunicativas”.

Mas que raio de merdas são estas?

20
Mar13

Sete dias, com uma breve reincidência pelo meio, e onze páginas de paleio depois, que espero, me rendam no mínimo, uma medalha de mérito, eis que espero interromper aqui a minha sabática semi-voluntária.

 

Devagarinho, e sem muita paciência para grandes devaneios, como é sintomático após uma paragem. Ou deveria sê-lo.

 

Depois de ler o que segue, já nem sei…

 

"João Moutinho já corre no relvado para recuperação da lesão muscular"

 

 

Ainda que pressurosamente, alguns tenham acorrido a esclarecer que "treinou, mas contínua em dúvida".

 

Este, para que não haja confusões, é o mesmo João Moutinho que saiu ao intervalo no La Rosaleda, e que nem se equipou no Funchal. Porquê?

 

Porque teve, ao que consta, uma recidiva da lesão que o apoquentara e privara de alinhar, aquando das partidas frente ao Sporting e ao Estoril-Praia.

 

O mesmo João Moutinho que se apresentou em Óbidos lesionado, e que, ao contrário de outros, como, com muita propriedade, frisou o Caríssimo Kosta, do Kosta de Alhabaite, em vez de receber guia de marcha para casa, permaneceu no estágio. E agora? É tipo “up and at’em”? É isso?

 

Terá sido a pensar no segundo jogo do duplo confronto com Israel e o Azerbaijão?

 

Não me acredito que o Paulo Bento esteja a contar com ele para, depois da lesão mal recuperada, e da subsequente recaída, fazer dois jogos em cinco dias. Nem que seja aos bochechos ou a lateral-direito.

 

No meio disto tudo, ocorre-me perguntar: então e o João Moutinho, ele próprio, o que é que terá a dizer sobre esta matéria?

 

Antes disto, havia sido a reintegração de Fucile no plantel principal.

 

 

 

Enquanto me perguntava a mim mesmo, se o desespero teria chegado a este nível ou se, mediante a fucilização de tanto gajo, teriam optado pela “real thing”, ou seja, o original.

 

Quando me alegrava por um dos principais erros de planeamento da temporada, agravado em Janeiro, pela saída do Miguel Lopes, ir finalmente ser corrigido, ainda que muito provavelmente, a destempo.

 

Quando me fiava na mais-valia que seria a possibilidade do uruguaio jogar tanto à direita, como à esquerda.

 

Quando apesar do que disse atrás, me irritava, por esta reintegração me soar a déjà vu, e trazer à memória o processo do Sapunaru, que quando fez falta, foi chamado de volta ao grupo, mas que, a seguir, foi dos primeiros a fazer da porta de saída serventia da casa.

 

Eis quando senão, vem de lá o Correio da Manhã e, não me deita água na fervura, dá-me é uma banhada, da cabeça aos pés.

 

Não é a sério. Afinal, não houve nada uma reintegração, "este regresso do Fucile não representa uma reintegração no plantel, uma vez que o atleta não está inscrito na liga portuguesa". Et por cause, não poderá jogar no que resta da temporada.

 

Ou seja, se não foi inscrito, terá sido por nunca ter sido cogitada a hipótese da sua reintegração.

 

Se assim foi, o que é que se alterou? Se foram chamados ao treino 13 jogadores da equipa B, não haveria por lá mais um para fazer de meco, como defesa-direito ou esquerdo?

 

Será que, para além das hipóteses anteriores, dado o ambiente que se vive, deveremos, à cautela, é claro, adicionar um populismozinho, tão usual por outras bandas, mas a que não estamos muito habituados e, pela minha parte, espero nunca vir a estar?

 

Ou terá sido apenas e só, um mero acto de pura compaixão pascal?

Uma ameaça para levar a sério

15
Mar13

Interrompo a minha pausa dedicada a actividades do foro reclamativo, para fazer uma ameaça, que peço por todos os santinhos que levem a sério.

 

Eu avisei que isto iria acontecer:

 

  

"Pinto da Costa atento a Jesus"

 

A estratégia é sempre a mesma. Primeiro, foi no fim-de-semana, o Manuel Sérgio no "Zona Mista". E agora isto.

 

É mentira. É claro que é mentira. É mais que óbvio que é mentira. Só pode ser mentira.

 

Mas, se por hipótese não fôr...

 

Garanto que fecho o tasco. Não quero chatices com a ASAE...

 

...e volto para a minha pausa!

A Primavera, as florinhas, os passarinhos e as avaliações de desempenho

13
Mar13

 

Minhas Caras, Meus Caros,

 

Infelizmente há coisas nesta altura do ano, que nem com anti-histamínicos se combatem.

 

A avaliação do desempenho do ano anterior é uma delas. Pois bem, alguém, que fortuitamente, mas mesmo muito fortuitamente (ou antes pelo contrário. Talvez seja uma perspectiva mais realista…) é meu superior hierárquico, resolveu pespegar uma classificação num papel qualquer, onde por mero acaso, constava o meu nome.

 

Pronto. Caldo entornado, e agora tenho dez dias úteis para redigir uma reclamação à maneira.

 

Por isso, vou ter nos tempos mais próximos de dedicar os meus tempos livres a essa divertida tarefa, com a óbvia excepção de hoje, no período que medeia entre as 19h45 e, até mais coisa, menos coisa, as 21h40. Nem imaginam o quanto me deleito com esse tipo de coisas…

 

Dito isto, vem aí mais uma interrupção na actividade do “Azul ao Sul”. Como só disponho dos tais dez dias, espero que não vá muito além disso.

 

Bem sei que o momento não é o mais oportuno. Hoje jogamos em Málaga, e no fim de semana vamos à ilha dos buracos. Muito daquilo que poderá ser o nosso sucesso nesta temporada se vai jogar neste interregno.

 

Mas a vida é mesmo assim, e não há grande volta a dar-lhe.

 

Até breve, e obrigado pela Vossa compreensão.

 

 

O apelo irreprimível da idiotice

10
Mar13

"Na minha óptica, os árbitros não devem apitar jogos com clubes da sua preferência e de que são adeptos, nem devem apitar jogos com clubes que são adversários directos"

 

Esta frase terá sido proferida pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

 

Pergunto:

 

Qual o clube da preferência de grande parte dos árbitros do quadro principal? Pois é, esse mesmo.

 

Assim de repente, vêm-me aleatoriamente à mente os nomes de Olegário Benquerença, Pedro Proença e Duarte Gomes.

 

E estes foram apenas aqueles que já sairam do armário. Outros, e ocorrem-me, por exemplo os nomes do João "pode vir o João" Ferreira ou Bruno Esteves, são como aqueles pederastas que não se assumem como tal, mas cujas posturas e maneirismos os denunciam à légua.

 

Qual é o clube que faz listas a banir árbitros, e vai ao ponto de pedir encarecidamente a árbitros seus apaniguados, para fazerem um favor ao clube do seu coração, e não o apitarem? Exacto, ver acima.

 

Qual é o objectivo do presidente da Liga? Que apenas árbitros de Setúbal dirijam encontros onde particpa o tal clube? (e talvez o Nuno Almeida...)

 

Mário Figueiredo, ou é um visionário, ou terá de passar a ter cuidado com os lugares que frequenta e com as pessoas a quem acompanha, porque há coisas que se apanham, e dá a impressão de que já anda a chocar algo.

 

 

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