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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

O tempo resolve tudo

08
Mar13

“Dizem que o tempo resolve tudo. A questão é: Quanto tempo?”

(Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll)

 

 (imagem tirada daqui)

 

 

O "Sou portista com orgulho" fez um trabalho de análise do nosso calendário até ao final do campeonato, cuja leitura francamente recomendo.

 

As conclusões fundamentais do que é escrito, poderão condensar-se da seguinte forma:

 

“vamos disputar jogos onde o [primeiro classificado] perdeu pontos neste campeonato…Já o [primeiro classificado] vai disputar jogos em que o FC Porto venceu-os todos”

 

“o [clube que vai à frente] ganhou todos os jogos onde o FC Porto perdeu pontos…Falta saber o que vai fazer o FC Porto nos jogos onde o [outro] perdeu pontos, pois curiosamente ainda não disputou nenhum…”

 

Se somarmos a isto o facto de que vamos ter mais jogos fora de casa (cinco jogos), do que em casa (quatro jogos), exactamente ao contrário do que sucede com o nosso rival, a coisa, estatisticamente e em termos de calendário, estará longe de famosa.

 

Como as estatísticas e o calendário valem o que valem, acrescento duas variáveis a esta equação: a Champions League e claro, a Taça Lucílio Baptista. Lembram-se dela?

 

E a minha preocupação neste particular prende-se mais com esta última, e com as datas para a disputar. Se fôr caso disso...

 

Hoje, defrontamos no Dragão o Estoril-Praia. Dia 13 de Março, quarta-feira, vamos a Málaga, carimbar a passagem aos quartos-de-final da Champions.

 

No domingo seguinte, dia 17, vamos à ilha dos buracos, defrontar o clube do guardanapo.

 

Em seguida, o campeonato interrompe-se para compromissos da selecção nacional. Em princípio, entre os dias 19, em inicia o estágio em Óbidos – ainda haverá por lá chocolate? – e 26 deste mês, que é a data do jogo com o Azerbaijão.

 

Dia 30 de Março, sábado, vamos a Coimbra, e dia 2 ou 3 de Abril (terça ou quarta-feira), disputam-se as primeiras mãos dos quartos-de-final da Champions.

 

A 7 de Abril, que é um domingo, recebemos no Dragão o SC Braga, e a 9 e 10 disputar-se-ão as segundas mãos da eliminatória da Liga dos Campeões.

 

A final da Lucílio Baptista está marcada para 14 de Abril, e a 21 vamos a Moreira de Cónegos.

 

Portanto, até 14 de Abril terá que estar resolvido pelo Conselho de Justiça da Federação, o recurso interposto pelo Vitória de Setúbal, e disputada contra o Rio Ave, a subsequente meia-final da prova, por nós ou pelos sadinos.

 

Não havendo ainda sombra de decisão, esta meia-final vai jogar-se quando?

 

Partindo-se do princípio de será disputada durante a semana, só vejo duas hipóteses:

 

A)   não nos qualificamos para os quartos-de-final da Champions;

 

B)   o Conselho de Justiça dá deferimento ao recurso do Vitória;

 

Ou será que nos querem fazer jogar a Taça Lucílio Baptista sem o Moutinho e o Varela?

 

Só espero é que cheguemos ao fim e não façamos o papel do coelho na Alice no País das Maravilhas: “Estou atrasado, estou atrasado!”

 

 

A minha pequena lista das bestas negras do FC Porto

07
Mar13

Ao contrário do que o título possa sugerir, o tema daquilo que vou escrever não tem rigorosamente nada que ver com árbitros. Nada de Lucílios, Elmanos, Joões “pode vir o João” Ferreiras, e afins.

 

Nem sequer vou debruçar-me, ao de leve que seja, sobre a nomeação do Nuno Almeida, para o nosso próximo jogo contra o Estoril-Praia.

 

Foi precisamente por irmos defrontar os “canarinhos”, e virmos de levar com um golo do Rio Ave, marcado pelo Braga, que me surgiu a ideia: puxar pela memória, e tentar recordar alguns jogadores adversários, que se constituíram para nós, umas autênticas bestas negras, ou em francês, “bêtes noires”, que sempre fica mais bonito.

 

O único critério que utilizei foi apenas o da minha memória. Há aqui jogadores que sempre que nos defrontavam, brilhavam, e outros que, uma vez na vida, as coisas lhes correram bem. E logo haveria de ser contra nós.

 

Há os que nos marcaram golos, e os que nem isso fizeram. Mas já chega, vamos lá começar:

 

 

Manuel Abrantes (Estoril-Praia).

 

Só me recordo dele como guarda-redes, precisamente do Estoril-Praia, onde jogou entre 1978/1979 e 1984/1985.

 

Fazia tais exibições sempre que nos defrontava, que nunca mais me esqueci dele. O expoente máximo terá sido na temporada de 1982/1983, em que defendeu um penálti do Fernando Gomes, que ao nosso presidente também não esquece.

 

Figueiredo (Rio Ave)

 

Jogou apenas uma temporada no Rio Ave, a de 1981/1982, pois e logo nessa malfadada época os vilacondenses derrotaram-nos em plenas Antas, e o Figueiredo, que até nem era defesa que marcasse muitos golos, apontou o golo da vitória.

 

Ainda recentemente no Porto Canal, o Carlos Brito recordou esse episódio. Diria que foi o ponto alto da carreira do Figueiredo, de quem nem sequer consegui encontrar uma fotografia.

 

 

Artur (Boavista)

 

O sacana do brasileiro dos axadrezados que fazia questão de nos infernizar a vida de cada vez que nos defrontava. Por acaso, até nem nos marcou muitos golos. Para o campeonato, foram apenas dois em oito jogos.

 

Mas jogava e chateava que se fartava. A solução foi contratá-lo, no entanto, o golo em Milão não apagou as más memórias. É caso para dizer, perdoado, mas não esquecido.

 

 

 

Lima (Belenenses)

 

A este rapaz fizeram-lhe bem as mudanças de ares. Deu-nos mais trabalho na época em que jogou pelo Belenenses, nomeadamente na Taça de Portugal, do que em Braga, ou até agora, na Cesta do Pão.

 

Oxalá continue o bom trabalho.

 

 

Fábio Coentrão (Nacional da Madeira). Neste vê-se um brilhozinho nos olhos sempre que nos defronta, e pressente-se uma elevada estima, de cada vez que fala de nós.

 

Nunca percebi porquê. Terá sido recusado nos treinos de captação quando era pequenino? É que nem sequer esteve nos cincazero. Não percebo.

 

No entanto, o jogo que retenho na memória em que mais nos fez a vida negra, foi ainda com a camisola do Nacional da Madeira.

 

Na última partida de 2007/2008, quando com o título conquistado, perdemos 0-3 em pleno Dragão, com dois golos deste fulano. Aaargh!

 

 

 

Pizzi (Paços de Ferreira)

 

Não me recordo de muitos jogadores que tenham conseguido facturar um “hat-trick” contra nós. Muito menos no Dragão.

 

O imberbe Pizzi, conseguiu-o. Raios o partam!

 

 

 

Hugo Vieira (Gil Vicente).

 

Um benfiquista ferrenho, como se nota perfeitamente sempre que nos defronta, pela forma como corre e se entrega ao jogo.

 

Por enquanto, não nos causou grande mossa, apesar de ter estado na nossa derrota por 1-3, na temporada passada. Mas aí, muito mais mossa causou o Bruno Paixão, do que qualquer jogador gilista.

 

Ainda que sem grandes efeitos práticos, para já, parece dar-se melhor com o Sporting, a quem recentemente marcou dois golos.

 

 

Braga (Rio Ave)

 

Em 2008/2009, com a camisola do Leixões, deu uma amostrazinha da sua graça, e marcou-nos dois golos.

 

Há duas semanas voltou a molhar a sopa.

 

Estes são apenas alguns exemplos. Certamente muitos mais poderemos acrescentar, mas como mencionei no título, esta é apenas a “minha pequena lista".

 

Nomes como o Erwin Sanchez, o João Vieira Pinto ou o Beto Acosta, que partiu a cara ao Paulinho Santos, podiam perfeitamente ser incluídos.

 

No entanto, aqueles que indiquei são os que mais me marcaram, e ainda marcam.

 

Se porventura se lembrarem de outros, estejam à vontade para acrescentar.

Revisitando os direitos às avessas

06
Mar13

Há coisa de quase um ano, em 12 de Abril de 2012, escrevi o texto "Direitos às avessas", onde abordei a questão dos direitos televisivos.

 

Era então minha convicção de que, a transição de um certo canal televisivo, especializado em transmissões radiofónicas, “para transmissões televisivas à séria, com alguma viabilidade económica teria sempre de ser suportada num canal codificado”.

 

 

Mais, achava eu que, [e]sta opção colocaria necessariamente a (icaTv em concorrência directa com a SportTv”, o que, a meu ver, em nada prejudicaria os pequenos clubes, o FC Porto, ou o Sporting.

 

“Pelo contrário, até os beneficiaria. Se do bolo a repartir por todos, 111 milhões que eram para atribuir a quem levava a maior fatia, não são gastos, mais sobraria para os restantes que ficam”.

 

Os mais recentes acontecimentos, até certo ponto, vieram a dar-me razão. A (...) icaTv vai passar a ser codificada e paga, a partir de Julho.

 

No entanto, esta situação, antecedida pela aquisição por aquele canal dos direitos televisivos para a transmissão de jogos da liga inglesa, somados aos dos campeonatos grego, americano e brasileiro, de que era já detentor, foi vista por muitos como um rude golpe aplicado a Joaquim Oliveira e à sua SportTV.

 

Não tenho grande prazer em ir contra a corrente, apenas por ir, mas continuo a achar que não é assim.

 

Desconhecendo os ratios de audiências das ligas estrangeiras, a nível nacional sendo aquela televisão, apenas detentora dos direitos televisivos relativos às partidas que o clube a que pertence realizará em casa, o restante, está ainda sob controlo da SportTv.

 

Ora, os jogos em casa serão precisamente aqueles que mais público afecto ao clube levarão ao estádio, logo menor audiência televisiva terão. Ou audiência de sofá, ou público no estádio. Ambas serão neste caso, alternativas mutuamente exclusivas

 

Já os jogos fora, ainda que levem gente ao estádio, com certeza levarão menos que os anteriores. E quem é que detém os direitos sobre a transmissão destes? Precisamente a SportTv.

 

Ou seja, ainda que a estratégia de passar o canal a codificado possa ser um passo essencial na estratégia de confronto com a empresa de Joaquim Oliveira, colocando os adeptos entre a espada e a parede, entre a opção pela sua televisão e a SportTv, dará resultado?

 

Haverá adeptos que, para terem acesso a todas as partidas disputadas, subscrevam ambos os canais? Nos tempos que correm, quase de certeza que serão muito poucos.

 

A ser assim, recaindo a escolha apenas num dos canais, parece-me mais lógico e racional a opção por aquele que transmite as partidas fora de casa.

 

Além disso, os demais direitos de transmissão televisiva, estão ainda na mão do Joaquim Oliveira. Para o espectador nacional adepto do clube dono do tal canal, que não sendo residente na capital, é por norma também apoiante do clube da terra, o que terá mais interesse: os campeonatos grego, brasileiro e inglês, ou a nossa liga?

 

Se me disserem, que futuramente a (…)icaTv, com a ajuda da Portugal Telecom, do Rui Pedro Soares, ou de um banco qualquer, tenciona adquirir os direitos de transmissão da nossa liga, tudo bem, acredito que isso seja um duro golpe na SportTv. Caso contrário, não.

 

Mas para isso, teria de ser afastada a hipótese de os direitos televisivos virem a ser negociados clube-a-clube. Não estão a ver o FC Porto, que por sinal, também é proprietário de um canal televisivo, a negociar com o rival, ou estão?

 

Teriam de ser negociados em bloco, e aqui poderá entrar a Liga de clubes, e o papel a que o seu presidente se tem prestado.

 

Há ainda outro pormenor, que não passa de uma convicção minha, e por isso, vale o que vale.

 

Para Arons de Carvalho, o actual governo oferecera um Euromilhões à Olivedesportos, ao retirar da “lista de acontecimentos de interesse generalizado público”, os jogos da Liga de futebol e das competições europeias.

 

Talvez dê a impressão de que hoje, estou particularmente do contra, mas acho que é precisamente todo o contrário.

 

Esta exclusão daquela lista, se favoreceu alguém, terá sido precisamente a (…)icaTv, que assim, ficou sem um sério concorrente à transmissão dos jogos na Cesta do Pão.

 

Que vantagem retirará a Olivedesportos do facto de ser titular de uma série de direitos de transmissão em que, como se viu esta época, ninguém quer pegar?

 

A permanência naquela lista assegurava a existência de um comprador garantido: em nome do interesse público, a televisão estatal.

 

Contudo, da mesma maneira que aquelas transmissões foram retiradas da dita lista, podem vir a ser novamente incluídas. Haja para isso, dinheiro público suficiente para pagar ao seu detentor. E o dinheiro público é coisa que sempre aparece, quando estão em causa os amigos.

 

A "Operação triângulo", que se traduziu na aquisição pela Portugal Telecom à Zon de 25% do capital da SportTv, e a passagem dos direitos de transmissão televisiva da Controlinveste para esta última, foram vistos por muitos como um sinal do estrangulamento de Joaquim Oliveira, que ainda assim, continuou a deter uma participação maioritária de 50% naquela empresa.

 

 

 

Em Outubro do ano passado, Joaquim Oliveira alienara a Controlinveste, detentora dos títulos “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias” e ”O Jogo”, a capitais angolanos, em princípio à Newshold, dona de participações na Cofina (“Correio da Manhã” e “Jornal de Negócios”) e na Impresa (SIC), deixando porém de fora, a referida participação.

 

A Newshold, por sua vez, apareceu como a única potencial interessada na privatização ou concessão do serviço público da RTP.

 

A Zon, cada vez mais está nas mãos de Isabel dos Santos, e Newshold, através de Álvaro Sobrinho e da Akoya Asset Management, a empresa da famosa “Operação Monte Branco”, está intimamente ligada ao grupo Espírito Santo.

 

Por uma via, ou por outra, porque isto quando se tratam de capitais angolanos, todos os caminhos vão dar ao estado, daí até ao ministro Relvas e à reposição do futebol na “lista de acontecimentos de interesse generalizado público”, é um saltinho.

 

É minha convicção que a recente associação de Joaquim Oliveira à Newshold, teve por objectivo a entrada em parceria na RTP, e as alienações entretanto operadas, não foram um sinal de fraqueza, mas um meio de obtenção da liquidez necessária à operação.

 

Uma vez na RTP, e sendo a liga nacional e eventualmente, as competições europeias, “acontecimentos de interesse generalizado público”, o estado ver-se-ia na contingência de, por desígnio nacional, ter de adquirir os respectivos direitos de transmissão.

 

A quem? Pois claro. À SportTv. Logo, uma fonte de receita garantida para o amigo Oliveira, e paga por todos nós através, designadamente, da “taxa de audiovisual”, que mesmo com a televisão pública privatizada ou concessionada, não deixaria de constituir receita do privado que a assumisse.

 

Assim sendo, causarão mossa significativa ao Joaquim Oliveira as movimentações da (…)icaTv? Tenho dúvidas.

 

Da mesma forma que tenho dúvidas quanto ao sucesso desta aposta, uma vez que tudo dependerá do comportamento dos adeptos.

 

Se se comportarem como consumidores racionais, afectados por esta austeridade que nos assola a todos, optarão apenas por um dos canais codificados: SportTv ou (…)icaTv.

 

Estendendo a irracionalidade, sempre tão presente em todos os momentos, a esta escolha, é bastante provável que subscrevam ambos os canais.

 

Ou seja, apenas se se deixarem levar pelo apelo e pelo fervor clubísticos, será expectável que Joaquim Oliveira venha a passar por algum sofrimento.

 

Para terminar, a título de curiosidade, registo apenas que os principais opositores à privatização da RTP, contra os desejos de Miguel Relvas, foram Paulo Portas e o CDS-PP.

 

O facto de nomes como Sílvio Cervan, Telmo Correia, Ribeiro de Castro e Bagão Félix, serem membros deste partido, é com certeza uma mera coincidência. Espero eu.

 

É que é cá duma puta duma desfaçatez

05
Mar13

O Anti-Lampião deu o pontapé de saída ao recordar alguns episódios interessantes, como um certo perdão fiscal, a comissão de fiscalização que afinal, não fiscalizava nada, ou os financiamentos da EPUL.

 

 

Até um dos patrocinadores da principal prova nacional, a Sagres, resolveu dar uma ajudinha, curiosamente, em detrimento do Sporting.

 

Algo que não é nada estranho, nem fora do comum. Também o Banco Espírito Santo (BES), através da ESAF, entrou nos fundos de ambos os clubes.

 

Porém, verificaram-se algumas discrepanciazinhas nos valores atribuídos a alguns jogadores. Ou então, confundiram o Daniel Carriço com o Roderick Miranda.

 

Isto apesar do indefectível sportinguismo de homens como Galvão Telles ou José Maria Ricciardi. Contudo, nada que inquiete as mentes de sportinguistas, que ainda não alcançaram, de uma vez por todas que, para o BES, enquanto o seu rival da segunda circular representa um negócio, um investimento (ou vários), o seu clube, mesmo que sendo o do coração, não passa de um hobby, um capricho.

 

Bem se viu ainda recentemente com Paulo Abreu.

 

Voltando à vaca fria, nem vou recuar mais atrás aos casos das alterações à medida de Planos Directores Municipais ou do tráfico de influências no da Euroárea, até por que esses serão mais da esfera profissional do seu presidente, do que do clube.

 

Assim como o financiamento de 250 milhões de euros, em tempos que se adivinhavam de crise através de um sindicato bancário constituído pelo sempre presente BES, pela Caixa Geral de Depósitos e pelo BCP Millenium.

 

 

É este presidente, este clube, esta SAD, neste último caso através de um administrador, por sinal também ele sportinguista, que vêm questionar um eventual perdão de dívida bancária ao Sporting, com o argumento de que [é] difícil entender que bancos intervencionados com os nossos impostos possam utilizar dinheiro dos contribuintes para perdoar dívida, seja a quem for.”

 

O banco intervencionado pelos nossos impostos é o BCP Millenium, por mero acaso um dos que entraram com os 250 milhões de euros, do empréstimo ao presidente.

 

É duma puta duma desfaçatez a toda a prova. Mas que tipo de moral é um sabujo destes tem para vir arrotar postas de pescadas nesta matéria?

 

Certamente já ouviram falar do Banco Internacional do Funchal, vulgo Banif?

 

Pois bem, o Banif também foi intervencionado pelo Estado. O que é isso significa?

 

Apenas isto:

 

“O Estado irá entregar 700 milhões em capital – acções com direitos especiais – e os restantes 400 milhões em dívida, através de instrumentos de capital contingente (dívida que se transforma em acções se não fôr paga). Vai ficar com o controlo e 99% do capital do banco até Junho. Nesse mês, o Banif irá fazer um aumento de capital de 450 milhões de euros para os seus accionistas. Se for bem sucedido, o Estado reduz a sua participação para 60% do capital e os direitos de voto para 49%, perdendo assim o controlo total da instituição”.

 

Agora, reparem se faz favor, naqueles que são os patrocinadores oficiais da Liga Portuguesa de Futebol Profissional:

 

 

 

 

Notam alguém conhecido?

 

É verdade. Todos nós, através dos nossos impostos, os que pagamos impostos, vamos ser, pelo menos até Junho, donos de 99% do Banif, e como tal, patrocinadores da Liga.

 

Estarão conscientes disto, os sem vergonha que agora se insurgem contra o perdão da dívida bancária de que se fala?

 


Nota: Pela minha parte, por princípio também não concordo com qualquer tipo de perdão, seja fiscal ou bancário, em que o nosso dinheiro esteja envolvido, nem que seja a título de gorjeta.

 

Porém, acho que é uma puta duma falta de vergonha vir quem veio a terreiro insurgir-se contra a situação.

E eis que a coisa se desex-aequolizou (ou “Unfuckingbelievable, outra vez”)

04
Mar13

É verdade, lá se foi o ex-aequo que eu tanto apreciava. Gosto da expressão ex-aequo. Não sei porquê, mas desde que me lembro, sempre lhe achei piada.

 

Quem pelos vistos, não lhe achava grande graça eram alguns dos nossos adversários de sábado, principalmente um tal de Wolfseiláquantos, e vai daí, lá se foi o ex-aequo.

 

É compreensível. Com os nossos colegas de poleiro a jogarem mundos e fundos, a marcarem golos a torto e a direito, às vezes, mais a torto que a direito, mas enfim, e olharem para o lado e darem de caras connosco com os mesmos pontos, e ainda por cima, ligeiramente à frente, era dose.

 

Após o nosso empate com o 11.º classificado, na Calimeroláxia, era óbvio que essa iria ser a consequência mais que lógica a retirar.

 

Não digo isto para em seguida desfiar uma qualquer teoria marada da conspiração. Digo-o apenas, porque é um facto. Quantas vezes estivemos nós na mesma situação do nosso rival, e beneficiámos da expulsão estúpida de um rival, logo nos minutos iniciais de uma partida, ou de um penálti, como o do Hugo ontem?

 

Quem se lembrar, que responda, eu não me lembro.

 

Atenção, não pretendo com isto pôr em causa a legitimidade do actual primeiro classificado, há tantos outros motivos para o fazer, que não seja por esse, ou lançar um anátema de suspeição sobre árbitros ou quem quer que seja.

 

Limito-me apenas a notar que, no nosso jogo contra os aveirenses, o Jackson para passar o Hugo, que até é um gajo experiente, teve de lhe dar um valente nó, que se não lhe partiu os rins, ao menos deixou-o em mau estado.

 

Ontem, o mesmo Hugo parecia um principiante a saltar daquela maneira à bola. Não por saltar de braços abertos, que a motricidade humana e a gravidade ainda são o que são, mas pelo deficiente posicionamento em relação ao adversário, que, se não tem tocado na bola com a mão, quase de certeza que se isolava.

 

Mas isto são tudo coisas que acontecem naturalmente, sem que encerrem em si algo de sobrenatural. Por incrível que pareça, a cor vermelha que tanto estimula a raça taurina, noutro tipo de bestas funciona mais como ansiolítico. Certamente será uma questão de metabolismo…

 

Independentemente de tudo isso, o FC Porto só se pode queixar de si mesmo. O futebol é um jogo e o resultado nunca está por isso, garantido à partida, mas seja como for, se no campo do 11.º não é para ganhar, onde é que será?

 

No final da semana e no próprio sábado, fartei-me de ler por aí que a Calimeroláxia, era o sítio onde perdíamos mais pontos, e que ali, o Sporting era assim a modos que a nossa némesis.

 

Que raio. Então levámos anos para conquistar a ponte, para agora encalharmos nesta maravilha arquitectónica?

 

 

E não quero saber se era a equipa A, a equipa B ou a equipa X. Era o 11.º classificado, e pronto.

 

Nessa história das letras das equipas, o Vítor Pereira esteve bem na resposta ao palerma platinado, não se pode deixar o palerma platinado sem resposta à altura. Mas ele sabe, todos nós sabemos, que é uma melhor aproximação à realidade, dizer que o Sporting joga com meia equipa B, do que empatar com a equipa B, do Barcelona, e fazer uma festarola, como se fosse um grande êxito.

 

Outro ponto que me parece evidente, é a falta que o João Moutinho faz naquela equipa, quando pura e simplesmente não está presente, ou quando não está num dia dos seus, o que é raro.

 

Na época passada tínhamos equipa, mas levámos a época quase toda a clamar por um ponta-de-lança, que desse sequência ao futebol produzido, e o materializasse em golos.

 

Agora, temos um ponta-de-lança que marca golos que se farta, e ainda falha bastantes oportunidades. Um ponta-de-lança que, mesmo quando não marca, como aconteceu no sábado, ainda assim é considerado o “Homem do jogo”, na “Zona Mista”, e o que é que se vê?

 

Um empate a zero com o 11.º classificado.

 

Este facto suscita-me duas interrogações. Partindo do princípio que era financeiramente imperioso transferir um de dois jogadores, o João Moutinho ou o Hulk, a permanência do primeiro ter-se-á ficado apenas a dever, como então se mencionou, à questão da partilha do seu passe com o tal fundo de jogadores?

 

O que se nota é que a equipa funciona sem o Hulk. Já sem o João Moutinho…

 

A outra dúvida, que decorre da primeira, tem a ver com a colocação do Hulk como avançado centro, em detrimento da aquisição atempada de um jogador com as características mais adequadas.

 

O estilo de jogo do brasileiro, feito de arranques em força, que arrastavam atrás de si a equipa, tem muito pouco a ver com o futebol mais colectivo agora praticado, tão do agrado do nosso treinador.

 

Resolvia jogos, é certo, mas não era a mesma coisa. O que me leva a pensar se a compra de um avançado a sério, não terá sido consumada por falta de verba, ou por mera opção de gestão do plantel.

 

E já agora, se a partir daí, a colocação do Hulk a avançado centro terá então sido mesmo ditada pela necessidade, ou terá sido uma mera opção táctica no sentido de “domar a fera”, ajustando-o teimosamente ao estilo de jogo pretendido.

 

O que, infelizmente e inevitavelmente me conduz a isto…

 

 

Quanto ao Sporting. O Sporting fez o que lhe competia, fez aquilo que qualquer equipa mais fraca faz perante uma que lhe é superior. É claro que tal como no nosso jogo contra o Olhanense e ao contrário do que aconteceu na visita da Académica à Cesta do Pão, tratando-se de um clube com alguns pergaminhos, não se ouvirá falar em autocarros.

 

Mas quando uma equipa alinha à partida com três trincos defensivos, é o quê? O autocarro apenas estacionou um bocadinho mais à frente, em vez de imediatamente defronte da baliza.

 

O Jesualdo bem pode dizer que nesta altura, o Dier ainda não se definiu, que não é defesa nem médio. Ou que a expulsão o impediu de lançar em campo mais jogadores que explorassem as suas famosas transições rápidas. Quais? O Gaël Etock e o Zezinho?

 

O Jesualdo também diz que foi ofendido pelo árbitro, mas foi ele que o mandou para o c…

 

Foi também o Jesualdo que disse um dia, que “os cagões é que voltam as costas”. Ele voltou as costas ao jogo. O que é que isso faz dele?

 

 

Para já, o que convém ter presente é que esta partida não era decisiva para nada. Decisivas são todas aquelas que vamos disputar de agora em diante até à 28.ª, em que não podemos perder pontos.

 

Nessa altura, o actual primeiro classificado, se quiser ser campeão, terá de passar no Dragão.          

 

Olha, sem querer, versejei. Que tal para conclusão?

Unfuckingbelievable

01
Mar13

Uma vez mais vamos jogar na capital, e uma vez mais não vai estar um árbitro internacional a dirigir o jogo.

 

Ou seja, nas duas vezes em que medimos forças com aqueles que à partida, muito à partida, tão distantemente à distância, seriam os nossos principais rivais na disputa do título, a lógica de nomear os melhores juízes para os recontros mais importantes não prevaleceu.

 

A primeira vez, na Cesta do Pão, não sendo de todo expectável, o recurso ao João “pode vir o João” foi perfeitamente compreensível, ficando para registo a falta de vergonha de quem o nomeou. Agora, surge o nome de Paulo Baptista para a Calimeroláxia.

 

 

Porquê? Pergunto eu. E a pergunta não tem que ver especificamente com o Paulo Baptista. Antes ele que outra dose do amigo João, ou o Duarte Gomes, ou mesmo, uma vez que o Maicon vai, quase de certeza, jogar, o Jorge Sousa.

 

O Paulo Baptista, ainda que não sendo o decano do quadro principal, lugar ocupado pelo João “pode vir o João”, é a par deste, um dos mais experientes em actividade, mais exactamente desde 1987/1988.

 

Pelo que li há tempos num comentário, consta que é benfiquista, e que gosta de festejar as vitórias do seu clube. Mas isso, também eu. Não sou é árbitro, Deus me livre.

 

Ainda assim, não guardo dele muito más recordações. Esteve há uns anos, ainda no tempo do Jesualdo Ferreira, numa derrota nossa no Funchal, com um autogolo do Rolando, e na derrota caseira por 0-2, que sofremos numa primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, e que haveríamos de reverter com um 3-1, na segunda mão, em plena Cesta do Pão.

 

Em contrapartida, apitou na Figueira da Foz a nossa vitória inaugural da época de 2010/2011, e assinalou o tal penálti que deixou muita gente com uma prolongada sensação de ardor estomacal.

 

Nunca chegou a internacional, e julgava eu, que a final da Taça de Portugal da época passada teria sido o ponto mais alto da sua carreira. No entanto, vai-se a ver e é actualmente, em paralelo com os internacionais João Capela, Artur Soares Dias, Jorge Sousa e Carlos Xistra, e o não internacional Bruno Esteves, um dos que mais partidas em que marcaram presença algum dos clubes grandes, mais grandes, ex-grandes, e aspirantes a grandes, que leva dirigidas.

 

Porquê? Pergunto novamente. Estarão todos os internacionais indisponíveis para amanhã?

 

Embora não sendo transparente se ainda subsistem algumas normas na matéria, seguindo a regra, talvez ilusória, de que o mesmo árbitro só poderia repetir um mesmo clube a cada dois jogos, o Xistra, o Soares Dias e o Hugo Miguel, estariam assim excluídos. E os outros?

 

Proença, Benquerença, Capela, ou o recém promovido Marco Ferreira? Deixo de fora por motivos óbvios o Duarte Gomes e o Jorge Sousa, e o Vasco Santos, porque pertence à AF Porto, e não quero trilhar ninguém.

 

Fazem todos parte de alguma lista de proscritos? Se sim, de quem? Quem não gosta de árbitros internacionais? Que se saiba, da parte do FC Porto, para além do Bruno Paixão, que já nem é internacional, não consta que haja qualquer outra incompatibilização. E mesmo essa, vale o que vale…

 

Do Sporting? De terceiros, que não os querem ver nos nossos jogos?

 

Porque é que se afastam árbitros internacionais destes encontros? Memórias recalcadas do “isso é tudo para nos f…”?

 

Se o homem não tem categoria para ser internacional, e é nomeado, terão os demais categoria para serem internacionais? Esta pergunta é retórica. Prestam lá para fora, mas não servem para a Calimeroláxia?

 

Estas nomeações que continuam a ser feitas, por razões que a razão desconhece, ou não atinge, não concorrem de sobremaneira para credibilizar quem as faz.

 

Só falta no domingo, o Bruno Esteves em Aveiro…(ou o João “pode vir o João”, ou o Duarte Gomes).

 


Nota (actualizado às 15h05): Intervalo para o café. Acabei agora mesmo de ler no "Correio da Manhã", que o sportinguista Duarte Moral considera uma afronta ao seu clube a nomeação do Paulo Baptista para o clássico, porque, diz ele, foi um dos árbitros que alinhou na época passada, no boicote aos jogos do Sporting. Hmmm! Começo a gostar deste Paulo Baptista! 

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