Para não fugir à regra...o onze!
Influenciado, como em tantas outras ocasiões, pelo Jorge e o seu Porta 19, resolvi finalmente dedicar-me à escolha do meu onze de sempre do FC Porto.
Sublinho que é o meu onze. Por isso, não esperem encontrar craques de antes de 1977/78. Acredito piamente nas histórias que vou lendo e ouvindo dos mais experimentes sobre as vedetas de outrora, mas só consigo escolher aqueles que ainda vi em campo.
E assim, comassim, já é uma tarefa penosa quanto baste!
Eis o meu onze:
Quando comecei a ver futebol e o FC Porto, o meu guarda-redes era o Fonseca. Também gostava do Tibi, mas acho que era apenas por engraçar com o nome.
Assisti à subida do Zé Beto a titular, e depois surgiram o Amaral e o Mlynarczyk. O polaco será talvez o único, dos antigos e dos mais recentes, a fazer sombra ao Vítor Baía, a escolha quase óbvia.
A lateral-direito a única alternativa possível ao capitão João Pinto seria o Gabriel. No entanto, o historial do primeiro com as nossas cores é decisivo para a escolha.
Nos centrais, o Aloíso é a escolha mais evidente. O Celso é uma segunda escolha pois de entre as opções não consta o Eurico, que foi, dos centrais que vi jogar, aquele que sempre me inspirou mais confiança.
Como lateral-esquerdo o Branco, com algumas reticências. Por incrível que pareça, à parte o pontapé canhão, não guardo dele grandes memórias. A outra escolha possível seria sempre o Inácio, mas entre os dois, apesar da minha amnésia, reconheço que o brasileiro era superior.
A médios o Sousa, o Deco e o Madjer. O primeiro foi sempre dos jogadores que mais gostei de ver jogar pela classe pura com que tocava a bola. E depois tinha aquele pontapé, mortífero quando bem aplicado.
O Deco, bem, é o Mágico, e está tudo dito, não está?
Inclui aqui o Madjer, que para mim não era médio coisa nenhuma. Mais um caso de classe dos pés à cabeça. Preferia colocar nesta posição o Rui Barros, como elo de ligação com o ataque. Como me lembro bem do puto minorca que fizera miséria na Covilhã e no Varzim, e que chegou ao FC Porto e deitou por terra o Ajax.
Acho piada que quando se fala em jogadores "à Porto", se lancem nomes a torto e a direito, e o Rui fique de fora. Se ele não era, e é, no FC Porto Vintage, um jogador "à Porto", não sei quem será.
No ataque, como extremos seriam o já mencionado Madjer e o Futre. Os dois de Viena. Não consigo, de entre tantos extremos de qualidade (Drulovic, Capucho, Quaresma, etc.), escolher melhores.
A avançado-centro, com as minhas desculpas para o Fernando Gomes, o Lisandro, o Falcao e o Jackson, tem de ser o Jardel. Era um caso único, e não era por causa do guaraná.
E pronto, é este o meu onze, irrealizável cronologicamente e porventura tacticamente, mas não era isso que estava em causa.
De facto, o Eurico e o Aloísio dificilmente jogariam juntos, uma vez que possuiam características muito similares. Não eram tanto defesas de marcação, para isso andavam lá os Limas Pereiras e os Jorges Costas, mas lá que eram excelentes eram.
Para equilibrar as coisas a meio-campo, faltaria um trinco, eu sei. Para escolher um, possivelmente seria o André. O pior é que a goleada frente ao PSV e o final de carreira a arrastar-se pelo campo não me saem da cabeça. Assim sendo, olhando para trás, não vejo muitos trincos melhores que o nosso actual Fernando, que se lá estivesse, seria a minha opção para a posição.
Quanto ao resto, não mexia uma palha.