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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

O kama sutra táctico de Paulo Fonseca

12
Nov13

 

  

Duas descidas à capital do império, e quatro pontos às malvas. Com o apuramento para a fase seguinte da Champions francamente comprometido, há que convir que as coisas não nos correm propriamente sobre rodas.

 

Uma estratégia de duplo pivot demasiado defensiva, para aquilo a que estamos habituados. Panes cerebrais recorrentes, a afectarem à vez a dupla de centrais, quase na proporção inversa ao interesse propalado de alguns tubarões. Um Varela distante. Um Jackson ausente. Um Josué, que não é exactamente um extremo, e um Licá, que não enche as medidas da generalidade dos adeptos. A equipa impulsionada para a frente quase que apenas e só, pela acção dos laterais, e ainda assim com intermitências. Uma aparente ausência de plano de jogo, que faz adiar as substituições possíveis para a vizinhança do irremediável.

 

Há uma série de factores, facilmente identificáveis, em torno dos quais, racionalmente, se reune o consenso dos adeptos.

 

Porém, parece-me a mim que o problema da nossa equipa é mais profundo, e vai para além do racional. Entronca mesmo no emocional, e daí a sua ultrapassagem colocar uma dificuldade acrescida.  

 

Falo do papel do Lucho Gonzalez na equipa e da sua posição em campo.

 

 

 

Não se me oferecem grandes dúvidas que o regresso do Lucho, bem como a integração do Paulinho Santos na equipa técnica, estiveram intimamente ligados à inépcia de Vitor Pereira na gestão do grupo e dos recursos humanos de que dispunha.

 

Faltava uma voz de comando, um líder no balneário e no campo, e ei-lo de regresso.

 

Lucho regressou, mas para uma posição diferente daquela de lançador de jogo, a que nos habituara. Vitor Pereira admitiu que não era ele que lhe dizia para jogar entre linhas, mais adiantado.

 

Com Paulo Fonseca, tendo este confessado a sua admiração por Wenger e pelo pateta platinado, fica-me a dúvida se o posicionamento do Lucho em campo será "fortuito", ou verdadeiramente uma opção táctica.

 

Sendo certo que o duplo pivot pode resultar interessante em jogos como o de Guimarães, como forma de assegurar alguma compacidade defensiva, em momentos que a equipa se vê acossada e forçada a baixar linhas, não deixamos de estar perante a velha história da manta curta.

 

Só com duas unidades, fica a faltar-nos futebol a meio-campo. Nota-se a ausência de um João Moutinho, capaz de guardar a bola, de jogar e de fazer jogar. O futebol de toque, que estava no ADN do FC Porto de Vítor Pereira, e que no exagero, se esgotava em si próprio.

 

Continuo a dizê-lo, das vezes, poucas, que vi o FC Porto jogar, a equipa pareceu-me muito mais próxima de um 4 x 2 x 4, que dum 4 x 2 x 1 x 3, com o Lucho lá para diante, a fazer mais as vezes de um segundo avançado, que de um terceiro médio.

 

Esta posição, uma vez que dos restantes médios poucas bolas lhe chegam em condições, e apenas os laterais parecem talhados para transportar jogo, faz com que o homem tenha de recuar, e corra quilómetros a tentar recuperar bolas na primeira fase de construção de jogo adversária, um pouco à imagem do que fazia o Aimar, com muita, demasiada traulitada à mistura, e por sancionar a maior parte das vezes.

 

Dado o seu actual estado de capacidade física, não me parece um papel muito recomendável. Aliás, a posição que ocupa no terreno faz-me lembrar aquela máxima estratégica futebolística de que, quando alguém se aleija e estão esgotadas as substituições, vai jogar lá para a frente. Faz figura de corpo presente, e pode não surtir em nada, mas ao menos não atrapalha cá atrás.

 

Além disso, as tentativas sucessivas entrar em tabelas no último terço do terreno, onde a aglomeração de jogadores é natural, tem-se revelado pouco mais que infrutífera.

 

Qual seria então a posição ideal do Lucho Gonzalez, partindo do princípio que, do ponto de vista emocional, retirá-lo de campo teria um impacto negativo, quiçá irreparável entre os adeptos?

 

Dadas as suas presentes condições físicas, a sua inegável inteligência, que se traduz numa capacidade de passe de excelência, e a sua menor propensão para o transporte da bola, a escolha óbvia é a de "médio esquecido".

 

Perguntarão: "Que raio?!"

 

Pois bem, o "médio esquecido" é o gajo que antigamente, nos tempos em que eu ainda ia ver treinos, vestia nos treinos de conjunto o colete amarelo.

 

O artista, o cérebro, Il regista à italiana. Os outros, todos atacam e defendem. Ele, limita-se a atacar. Joga pelas duas equipas, e quando algum elemento de uma delas conquista a posse de bola, entrega-lha prontamente e redondinha, para que construa o ataque. Actua num espaço de terreno limitado, mais ou menos confinado entre os meios de ambos os meios-campos. Uma espécie de, bleergh!, Michel Platini dos tempos modernos.

 

É nesta posição que vejo o Lucho Gonzalez. Com o Fernando na cobertura defensiva, e dois médios no apoio, a fazerem os movimentos de compensação acima e abaixo. Um losango, com dois avançados lá à frente.

 

De que sabe lançar os avançados, já deu bastas provas nos tempos do Jesualdo Ferreira. É um facto que os nossos actuais avançados não se chamam Lisandro, nem Quaresma. Nem sequer Tarik, caramba!

 

Daí a opção, um pouco na lógica do Mourinho, por um avançado fixo - o Jackson, e alguém a fazer de Derlei. E aí, tanto pode ser um Varela, cada vez menos extremo, e volta e meia, a revelar-se um finalizador, como um Licá buliçoso, ou mesmo um Quintero. E porque não um Ghilas?

 

Ou seja, o kama sutra táctico do Paulo Fonseca resume-se, no fundo, a uma única posição: a do Lucho Gonzalez. É probrezinho? Pois é. Mas quando resulta... 

Rápidas (que o tempo é escasso!), e de ontem

12
Nov13

 

 

"Pintor crava os testículos ao chão em Moscovo"

 

Bruno Carvalho, pá, põe-me os olhos neste tipo.

 

É assim que um gajo que os tem no sítio protesta!

 

Depois, bem, depois talvez já não os tenha tão no sítio. Mas isso, os de cada um, são com cada um…

 

 

Caros senhores do Conselho de Disciplina, não quererão aproveitar a deixa para decidir o castigo do pas-de-deux, que um certo indivíduo dançou com um polícia?

 

Aproveitem agora que o gajo tá carregado de carcanhol! Senão…sabe-se lá!


 

Nota: Psst! Então!? Qué isso? Toca a desolhar da Irina, ok!? Senão o Crisnaldo passa-se, e lá vai o Brasil!