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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

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Messi e Quaresma

08
Jan15

Afinal, como cantavam os "Resistência", parece que o Quaresma não é o único criançola mal comportado na face da Terra.

 

Ao Grande Lionel Messi, pelos vistos, também lhe caiu mal entrar em campo para fazer uma perninha, jogando uns minutinhos vindo do banco. Que conclusão daqui poderemos tirar?

 

Parece-me evidente que, tanto um, quanto outro, verão nesta situação um castigo, uma reprimenda ou um puxão de orelhas.

 

Também aqueles que, no caso que nos é mais próximo, concluíram que o treinador pôs o Quaresma no seu lugar, e geriu convenientemente o problema do dito, certamente concordarão com esta conclusão. Caso contrário, não fará sentido o seu regozijo.

 

Não é preciso ser um Dostoievski para constatar que não faz sentido castigo, sem crime. Quais foram os crimes de Messi e de Quaresma? Alguém sabe ou soube, antes de os julgar? Se sim, gostava de o saber, pois confesso o meu total desconhecimento.

 

Foi algo recente, ou do género do la fontaineano “O Lobo e o Cordeiro”?

 

Limito-me, por isso, a concordar com o que o Miguel Sousa Tavares disse na sua crónica de final de ano, sobre líderes:

 

"(…) os líderes não se fabricam, nem se afirmam por auto-nomeação. Não basta querer ser, é preciso ser; não basta declarar-se como tal, é preciso ser reconhecido como tal pelos outros; não basta querer aparentar, é preciso parecê-lo naturalmente; não basta falar grosso ou com um tom de voz grosso, é preciso ser escutado no que se diz; não basta arrotar postas autoridade, é necessário que os destinatários a reconheçam sem ser por intimidação”

 

Menos do que isto, em matéria de liderança, e temos um Scolari.

Quem quer ser Brahimi, no lugar do Brahimi?

06
Jan15

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Tive ontem à tarde/noite, um diálogo interessante, como não poderia deixar de ser, via Twitter, com o Jorge, do Porta 19.

 

A coisa começou a propósito de quem seria o substituto do Brahimi nos tempos mais próximos, mas acabou por se estender a quase toda a linha ofensiva, pois só ficou de fora o inquestionável Jackson Martinez.

 

O Jorge começou por alvitrar o Ricardo Pereira como uma possibilidade para testar, em substituição do Brahimi. Perfeitamente plausível no papel, e desejável no íntimo de muitos de nós.

 

No entanto, comentei que achava que não, pois o Ricardo joga pela direita, ao passo que o argelino tem aparecido mais a jogar pela esquerda, o que implicaria uma reformulação da frente de ataque. E assim por diante.

 

Como o Twitter não é elástico, e a minha capacidade de síntese é reduzida, vou tentar completar o meu pensamento, preenchendo as lacunas que ficaram.

 

O Lopetegui, tal como o Jesualdo o era, parece ser fã de uma linha atacante assimétrica. De um lado, um extremo mais rectilíneo, e do outro, um com tendência para internar-se entrar mais para o centro do terreno.

 

No primeiro caso temos o Tello, o Quaresma e o Ricardo Pereira. Para o segundo, o Brahimi, o Adrián e, aquela que é a minha hipótese favorita, ainda que não sendo um extremo puro…o Quintero, sendo que este, futebolisticamente falando, é para mim o que mais se aproxima do argelino.

 

Não me recordo, mas penso que em raras, senão nenhumas ocasiões, terão jogado em simultâneo como extremos, elementos de algum daqueles dois grupos. E não me parece que seja agora que isso irá acontecer.

 

Lançar o Tello e o Adrián parece-me fora de questão. É demasiado arriscado, tendo em conta as últimas exibições do Tello, e expõe em demasia um Adrián, a necessitar prementemente de algum resguardo.

 

Com o Quintero, a situação já está para além do ponto de respaldo. E acho que ele próprio está perfeitamente consciente disso. Ou funciona ali, ou dificilmente terá oportunidade de provar noutro sítio.

 

Resolvida a esquerda, na direita as opções são mais numerosas. Contudo, o Tello e o Ricardo favorecem um outro tipo de movimentações do Danilo, que o Quaresma não proporcionará tão facilmente.

 

Jogando à linha permitem com naturalidade que o lateral flita para dentro, como gosta de fazer, e tente o remate. Com o Quaresma, a convivência tem sempre de ser gerida de uma forma menos espontânea.

 

Do ponto de vista defensivo, o Ricardo situa-se num patamar de excelência superior aos outros dois.

 

Dito isto, o ataque ideal para o onze inicial seria: Tello, Jackson e Quintero.

 

Se a coisa corre bem, aí sim, o Ricardo para o lugar o Tello, para ir ganhando rodagem, e eventualmente, o Adrián para o do Quintero, para ganhar confiança. Então e o Quintero? – perguntarão - não precisa de confiança?

 

Pois é. É uma questão de dividir o mal pelas aldeias…

 

Correndo mal, a alternativa para a direita será o Quaresma. Já para a esquerda, ainda por cima sem o Alex Sandro, não me parece que a solução passe pelo Adrián a extremo.

 

Será sempre um falso extremo, pois tem demasiada tendência para ir para dentro, e o José Angel não dá tanta profundidade ao flanco.

 

Mal por mal, preferiria uma solução tipo subir o Óliver para falso extremo, e o Adrián no apoio ao ponta-de-lança, com um meio-campo sustentado num duplo pivot Casemiro – Herrera/Evandro.

 

Tudo isto, é claro, sem olhar para o Belenenses, que, confesso, ainda não vi jogar, e o Lito Vidigal não é parvo nenhum…