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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

P'ra começo de conversa, em tons de castanho

19
Jul15

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Uma concentração de 15.000 motards, mais outros tantos curiosos, uma tarde ventosa e a gravação do "Toy Story 2", deram-me as escapatórias necessárias para ver o nosso segundo jogo da pré-época, contra o Duisburgo.

 

Do ponto de vista defensivo, as coisas parecem estar quase estabilizadas. A defesa, certamente não andará muito longe de: Casillas; Maxi Pereira, Maicon, Marcano e Alex Sandro, embora de início tenha alinhado o José Angel.

 

Este e o Martins Indi, serão as primeiras opções, no caso de lesão de algum titular, e o Ricardo Pereira não terá outro remédio senão meter na cabeça que é lateral, ou sopas.

 

A única dúvida será apenas se o Alex Sandro fica ou não, mas de resto, tudo parece a caminho da consolidação, a que se somam as presenças do Danilo e do Imbula, a meio-campo, que são meninos que, quando toca a defender, não se fazem rogados.

 

No entanto, se defensivamente não serão muitas as incertezas, já para diante não é tanto assim. Fundamentalmente por dois motivos: a necessidade de encontrar um, ou dois, sistemas tácticos que compatibilizem as respostas a dar nos jogos a nível interno e nos das competições europeias, e a presença do Bueno.

 

A solução proposta para o onze inicial deste jogo, uma espécie de 2 x 1 assimétrico, em que o Danilo assume claramente a posição 6, o Imbula faz a 8, e é um box-to-box, essencialmente de transporte, e o 10, o Bueno, é muito mais um segundo avançado, a surgir nos espaços deixados pelo ponta-de-lança, do que um médio, gera pouco futebol no centro do terreno.

 

Poderá funcionar a nível interno, contra equipas mais pequenas, mas contra maiores ou a nível internacional, em que se revele necessária alguma contenção, parece curto.

 

Seja qual for o esquema escolhido, a presença de Danilo, à primeira vista, parece incontornável. É o único 6 de origem, e é onde rende melhor. Foram ainda experimentados nessa posição o André André e o Rúben Neves.

 

O André André só o vejo a jogar ali, a nível interno, contra equipas que pouco atacam, assim como um trinco à Pirlo. O Rúben aproxima-se mais, mas o Danilo será, quase de certeza a primeira opção.

 

Para os outros dois lugares, entraram na segunda parte Sérgio Oliveira e André André. Foi notório que com estes dois há futebol, outro futebol! Só que será de crer que algum destes dois vai sentar um Imbula, que custou 20 milhões? Ou mesmo um Herrera, caso fique por cá? Duvido.

 

E ainda falta o Bueno nesta equação. Se a predilecção do treinador por disposições assimétricas, fizer dele um titular da equipa, a solução do meio-campo estará encontrada, e será a deste jogo, com o Varela como um extremo, que baixa mais que o colega do lado contrário, metendo-se para dentro, para cobrir as entradas do Bueno.

 

Os senãos desta opção, parecem-me ser, já o disse, o pouco futebol produzido pelos centro- campistas, que tem sido, quanto a mim, a nossa maior pecha desde os tempos de Vítor Pereira, e que poderá revelar-se particularmente problemático em jogos de maior grau de complexidade.

 

E, além disso, o próprio Bueno, deu nas vistas ao serviço do Rayo Vallecano pelos golos que marcou, por ser um finalizador, e não propriamente por ser um número 10. Sérgio Oliveira, André André ou mesmo o Brahimi, parecem muito mais talhados para essa função.

 

Ou seja, teríamos então, para consumo interno básico, o meio-campo de hoje, e para jogos a doer, qualquer coisa como: Danilo, Imbula e um terceiro elemento, dos três atrás mencionados.

 

Isso significaria sentar homens como Herrera, Rúben Neves, André André ou Sérgio Oliveira, e Evandro.

 

Para o Brahimi de hoje, haverá sempre lugar na equipa, portanto, se não alinhar como médio, fá-lo-á de certeza como extremo.

 

E assim passamos para o ataque, também ele assimétrico, como convém, mas onde, para além do internacional argelino, Tello deverá ter a presença garantida.

 

Quanto a pontas-de-lança, ainda é cedo para tirar conclusões. No entanto, para já, se ficarmos como estamos, com Aboubakar, Gonçalo Paciência e André Silva, não ficaremos mal. Como se viu, há mais quem marque golos, e isso é o mais importante.

 

Tudo somado, temos um meio-campo para resolver.

O que é que poderá correr mal?

08
Jul15

Passámos nas duas últimas temporadas por momentos desportivamente angustiantes, a que não estamos habituados, e que desafiaram assustadoramente a nossa estabilidade emocional.

 

"Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão", reza, com a propósito, o dito popular.

 

Portanto, não admira que os episódios vividos tenham trazido à tona ressentimentos e azedumes, e desenterrado debaixo das pedras, onde repousavam adormecidos, odiozinhos de estimação que, de certeza, para lá não tardarão a voltar, fazendo companhia ao Bruno de Carvalho, quando deixar a presidência do Sporting.

 

Estou com uma boa sensação em relação à época que se avizinha. Querem saber porquê? Aí vai:

 

Não temos um treinador novo, sem experiência significativa no futebol de clubes, e desconhecedor dos meandros da Liga NOS.

 

Não temos um número desproporcionado de jogadores novos, carentes de um período de adaptação ao clube, ao futebol, à cidade, ao Pais, ao treinador, a eles próprios. São poucos os novos (até agora!) que vão chegar "no escuro".

 

Não estamos no ano 0 do projecto. O ano 0 é, por definição, o momento do investimento inicial, o de maior volume, e aquele em que se encaixam as peças e se monta a máquina. Isso já passou. Estamos prontos para começar a laborar em direcção ao pleno.

 

Temia-se, após o investimento inicial, uma quebra na temporada seguinte, com o fechar da torneira a ter como alternativa a prata da casa. Os 20 milhões investidos no Imbula, os nomes sonantes de jogadores de quem se fala, e os dos patrocinadores, vindos hoje a lume, desmentem veementemente essa hipótese.

 

É cada vez mais provável a saída de Quaresma, acabando-se assim com um factor de divisão entre portistas. Acaba-se a patetice do FC Quaresma, e fica apenas o FC Porto. Bem, talvez o FC Festas, o FC Assobios e a massa assobiativa façam as suas inevitáveis aparições, mas quanto a isso, está nas mãos de quem treina e de quem joga.

 

Vítor Pereira vai deixar as nomeações. O sorteio, em princípio, se não se entrar pela discussão da temperatura das bolas, coloca todos em pé de igualdade nesta matéria.

 

Com as contratações, a confirmarem-se, de homens como Maxi Pereira, Casillas ou Drogba, somados a outros como Helton, Maicon ou Varela, a média de idades do plantel vai subir, e consequentemente o nível de experiência competitiva dos jogadores.

 

O treinador do bicampeão nacional, resolveu finalmente, abandonar aquela que, segundo ele e vá-se lá saber porquê, seria a sua zona de conforto, e atravessou a circular para provar que do lado de lá, também consegue ser o melhor do Mundo.

 

Ou seja, perante isto, o que é que poderá correr mal?

 

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Porquê Casillas?

07
Jul15

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Golpe publicitário para atrair público, patrocinadores, investidores. Manobra para pôr a concorrência em sentido ou para servir de chamariz a outros craques de nomeada, eventualmente renitentes em vestir de azul e branco.

 

Qualquer uma das hipóteses poderá ser verdadeira. Mas, a hipótese, e estamos ainda a discorrer sobre algo hipotético, do campeão do Mundo, bicampeão europeu, campeão espanhol, vencedor da Champions, marido da Sara Carbonero, etc, etc, etc, Iker Casillas vir a representar o FC Porto, não se esgota naquelas.

 

Jackson Martínez e Danilo saíram. De Alex Sandro e Quaresma não há certezas. A única é que, caso fique, o extremo nunca será capitão de equipa.

 

O mesmo vale para Maicon e para Hélton, com a agravante, no caso deste último, de ocupar a mesma posição de Casillas.

 

Quem envergará a braçadeira de capitão do FC Porto na próxima época?

 

O Herrera? O Rúben Neves? André André ou Gonçalo Paciência, fazendo jus às tradições familiares? Sérgio Oliveira, aproveitando o balanço do Europeu de Sub 20?

 

Pois é, adivinha-se um vazio.

 

Segundo consta, terá sido Lopetegui quem convenceu Casillas a optar pelo FC Porto.

 

Pudera, a equipa, neste momento, não só perdeu as referências portistas, como não dispõe de um jogador com arcaboiço e digno de ostentar a braçadeira.

 

Os que poderiam fazê-lo, Quaresma ou Hélton, por exemplo, não estão nas boas graças do treinador, e por conseguinte, de uma larga porção de adeptos.

 

Casillas e Lopetegui, um é e o outro foi guarda-redes, presumo que daí resultará alguma afinidade entre ambos. São os dois madridistas, um presente outro passado.

 

Casillas tem a fama de ser bufo, o que num balneário pacificado, poderá ser desnecessário, mas Lopetegui necessita de um capitão de equipa, que seja uma extensão de si no terreno de jogo.

 

Casillas, a vir, poderá vir por muitos motivos, mas essencialmente, virá para ser o homem de confiança do treinador. E a confiança paga-se cara...