Quantos tipos vêem a posar na foto? Dou uma ajudinha... não são três!
É verdade. No post anterior deixei-me levar pela magnificência da retórica contorcionista de que a comunicação benfiquista e pró-benfiquista tem feito apanágio esta época, e manifestei a minha estranheza pela prioridade dada ao FC Porto, após o jogo com o Vitória de Guimarães, nos noticiários matinais, pelo menos.
Afinal de contas, no pasa nada. Num inverosímil acontecimento da genética “a “montanha pariu um rato”, e não aconteceu nada de mais no Académica x Benfica. Ainda que haja quem diga o contrário, o Xistra está-me a falhar!
De jogadas polémicas, quanto a mim, ficam duas para cada lado. Do lado dos estudantes um penálti por assinalar, por falta do Sidnei sobre o Éder, e uma expulsão (mais uma!) do Máxi, que ficou no tinteiro, por pontapear o João Ribeiro.
Os benfiquistas reclamam de uma mão a ajeitar a bola, antecedendo o primeiro golo dos de Coimbra, obtido pelo Diogo, e também um cartão vermelho por mostrar ao Luiz Nunes, por uma entrada mais ríspida sobre um benfiquista na cabeça da área estudantil.
Digamos que aquela rábula, protagonizada já depois da partida terminada, pelo treinador e o Director de Comunicação do Benfica, e o Presidente da Académica, sobre o preço dos bilhetes para o jogo, teve mais sumo que o encontro propriamente dito.
Acho que não há muito a dizer. Quanto às reclamações benfiquistas, houve mão no golo academista? De certeza?
No jogo da primeira volta entre FC Porto e Académica, os dois golos dos estudantes também pareceram ser antecedidos de mão na bola. No entanto, isso não impediu que o golo do Miguel Pedro até fosse considerado o melhor da jornada, e que o “trabalhinho” do árbitro, merecesse reparo de alguns benfiquistas por deixar passar um golo do Farías, em jogada iniciada em fora-de-jogo.
(Na altura, fiquei quase com a certeza de o lance teria sido irregular. Pareceu-me ver alguém a por em jogo o Farías. Agora, depois de ver algumas repetições do lance, não me resta a menor dúvida de que estava mesmo off-side.
Quanto às mãos na bola, fiquei e continuo na dúvida. Tal como, se quiserem ser sérios, terão ficado os benfiquistas… e hão de continuar!)
Sobre o cartão vermelho por mostrar ao Luiz Nunes, acho que a dúvida também não é fácil de esclarecer. Mas chegamos lá por comparação. Querem ver?
A jogada do Luisão sobre o Liedson era para cartão vermelho?
Se sim, então ainda vale a pena discutir esta. Se não, vou ali e já venho…
Do lado dos estudantes, o lance da pretensa falta sobre o Éder é bem menos espaventoso do que o “chega p’ra lá” do David Luiz com o João Moutinho, no jogo com o Sporting ou do que a falta do Daniel Carriço sobre o Rui Fonte, no último jogo do Sporting contra o Setúbal. Logo, não admira que não tenha sido assinalada falta. Se naqueles dois lances não foi…
O pontapé do Máxi (o homem das faltas cirúrgicas ou siderúrgicas, ainda não percebi bem!) no João Ribeiro, fez lembrar, com as devidas distâncias, o pontapé do Raúl Meireles no Kardec, na final da Taça Carlsberg.
Registo um pormenor interessante. Um mês após o primeiro lance, os comentadores desportivos e os benfiquistas, em geral (peço desculpa pelo pleonasmo!), aprenderam que prender a bola corresponde a fazer jogo perigoso passivo.
É de louvar. E só demoraram um mês!
Agora as diferenças. No caso do portista, em que o Kardec, de caras, prende propositadamente a bola, o Raúl Meireles, de frente para o benfiquista, pontapeia-o, na tentativa de jogar a bola (espero eu!).
O Máxi pontapeia o João Ribeiro, que está deitado no chão, de barriga para baixo, com a bola presa entre as pernas (até parece que a redonda vai lá parar por acaso, e ele, sentindo-a, prende-a), e pontapeia-o na barriga da perna, no lado que lhe está mais ao alcance, mas que, por acaso, até não está assim tão próximo da bola. Será uma questão de perspectiva…
Conclusão: o Raúl Meireles é um energúmeno, perpetrador de uma agressão infame, e o Máxi… foi falta do jogador da Briosa!
Já agora, para acabar, a questão dos preços dos bilhetes. Grande resposta do Presidente da Académica. Em Coimbra, mandam os que lá estão, e não o Glorioso Benfica.
Relembrei, a propósito das queixas benfiquistas sobre o preço dos bilhetes, de uma peça que saiu em tempos (14.01.2010) na revista Notícias Sábado do DN, intitulada “As vitórias é que alimentam a mística”, onde o Director de Marketing encarnado dizia qualquer coisa como isto:
“Quando o Benfica começa a ganhar, os clubes pequenos com os quais joga realizam cinquenta por cento das sua receitas de bilheteira do ano todo nos jogos com o Benfica. (…) é o Benfica que está sempre em primeiro lugar quando toca a levar pessoas aos estádios, próprios ou alheios”
Então se já sabiam que era assim, de que é que se queixam? Os adeptos do Benfica não podiam pagar os 60 € do bilhete? E podem bancar empréstimos obrigacionistas de 40 milhões de euros?
Que tal porem em acção a veia filantrópica benfiquista, e financiar a aquisição dos bilhetes através da Fundação Benfica?
Ah, é verdade. Já me esquecia: o Benfica não apoia claques organizadas.
…a não ser que o Tribunal, no final próximo mês decida o contrário!
Nota: Obrigado S. por me teres enviado a imagem. Aposto que nunca imaginas-te que aqui viria parar... e não foi por estar a falar da Académica!
Nota2: "Trompe-l'oeil" na Wikipedia.
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