Quinta-feira, 1 de Julho de 2010

Os insondáveis desígnios do Professor Queirós (ou Queiroz)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pois é. Como bons navegadores, fomos de barco.

 

Agora já nos podemos sentar descansadinhos, a ver os outros jogarem. E como o Di Maria vai fazer companhia ao Mourinho, até dá para torcer sem complexos pela Argentina. Ou pelo Brasil (desde que não joguem o Ramires e o Luisão!), ou pela Holanda, ainda não sei.

 

Na véspera do jogo o Expresso online dizia que a Cidade do Cabo, onde se enfrentariam Portugal e a Espanha, iria experimentar no dia da contenda, um novo dia de temporal, meteorológico, e não futebolístico, claro está.

 

Durante o jogo não me apercebi de que as condições atmosféricas estivessem assim tão más como se pintava. De facto, a única real e grande ventania que houve parece ter sido na cabeça do professor Queirós, e isto se, ao contrário daquilo que dizem, afinal de contas, o ar sempre se propagar no vácuo.

 

O Miguel Sousa Tavares dizia aqui há tempos que "o futebol não é assim tão complicado". Concordo com ele.

 

Ao contrário do que alguns xamãs, pelos vistos, nos querem fazer crer, o futebol não é nenhuma ciência oculta, nem é preciso ser um génio para percebê-lo. Ainda que lhes possa dar jeito que assim pareça.

 

É o tal instinto de sobrevivência, que, curiosamente faltou ao professor Queiroz quando substituiu o Hugo Almeida.

 

O “plano de jogo” sobrepôs-se ao “gut feeling” (foi isso que o professor andou a aprender com o “Sir” Alex? Não acredito), e ao “hara-kiri” português sobreveio o “tiqui-taca” espanhol.

 

As escolhas feitas pelo professor? As opções tácticas? O sistema de jogo? Pormenores. Concorde-se ou não com elas, até àquela malfadada rajada de vento, que lhe passou pela cabeça, da substituição do Bombardeiro, as coisas estavam razoavelmente compostas.  

 

Uma palavrinha para o nosso mais que tudo.

 

Os ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio, e agora, pode vir com as justificações que quiser, que aquela do “falem com o Carlos Queiroz”, não tem ponta por onde se pegue.

 

Quando o amigo Cristiano Ronaldo se deu ao luxo de nem sequer tentar recandidatar-se à conquista da “Bola de Ouro”, abstendo-se de conquistar a Champions, só para irritar de tal maneira o mister Ferguson, que este lhe abrisse as portas a caminho de Madrid, pensei “oxalá não seja como a história da Lebre e da Tartaruga”: “Corre que eu já te apanho”!

 

“Não ganho esta, ganho a próxima…, ou a outra a seguir…, ou outra qualquer, mais tarde”

 

Agora, começo a questionar se não terá antes aplicação ao nosso ratão, o Princípio de Peter, da Sociologia: a sua competência promoveu-o até melhor do Mundo, patamar a partir do qual se revela(ou) incompetente. E por aí fica ou ficou…Ficará?

 

 

 

Ficam na memória os 7-0 à Coreia do Norte:

 

 

 

sinto-me:
música: Vento, ventania - Biquini Cavadão
publicado por Alex F às 13:30
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