Hoje acordei assim, bem disposto. Nem sei bem porquê. Admito que fiquei contente com a vitória da equipa do Licha e do Cisshoko? Afinal sempre são dois ex-portistas.
O que é certo é que hoje, ao final da tarde, jogamos na Turquia contra o Besiktas. E mais certo ainda, é que este é mais um jogo para ganhar.
Dizem-me que os turcos correm que nem uns desalmados. Bem, também o etíope d’ “Os Deuses devem estar loucos” corria que se fartava, mas não consta que jogasse grande coisa à bola.
Pois que corram. Até podem correr a maratona ou as 24 horas de Le Mans. Da última vez que olhei, ainda havia no futebol uma coisa chamada “bola”, e enquanto essa estiver do nosso lado…
É para isso que lá estão o João Moutinho, o Belluschi e, ultimamente, até o Fernando. Não há cá meias tintas, com ou sem Quaresma, de preferência com, é ganhar e pronto. Por vários motivos:
1.º o nosso adversário apresenta-se desfalcado de três das suas pedras nucleares, a saber: Ricardo Quaresma, Guti e Holosko (quem é este gajo?). Portanto, é uma excelente oportunidade para os despachar com uma derrota;
2.º uma vitória hoje deixa-nos, no caso de empate no jogo entre o Rapid de Viena e o CSKA de Sófia, com o apuramento quase garantido (basta nos nossos próximos jogos com aqueles dois clubes, fazer melhor do que eles fizeram nos primeiros jogos conosco).
Em caso de vitória de um dos intervenientes no outro jogo, bastará um empate no nosso próximo jogo com essa equipa.
Com uma dupla vitória sobre o Besiktas, hoje e no Dragão, a 4 de Novembro, garantimos o primeiro lugar do grupo;
3.º o dinheiro, papel, taco, bago, cheta, pasta, cacau, pilim, cantante, vil metal que vamos arrecadar;
4.º a moral, e essas tangas;
5.º os pontos, Senhor, os pontos tão importantes para daqui a dois anos, podermos ter o Sporting de volta à Champions.
Estarei talvez a ser demasiado optimista. Dificilmente o Sporting de Braga se deixará ultrapassar pelo Sporting!
Agora a sério. Não andarei muito longe da realidade se disser que, no princípio do próximo mês, o FC Porto tem resolvida esta questão da fase de grupos da Liga Europa.
A partir daí, temos três competições, nas quais não podemos facilitar, porque são para ganhar - nem se coloca outra hipótese - mas onde, com parcimónia, se pode fazer rodar o plantel.
Quanto a mim, este foi um dos segredos do sucesso do campeão da época transacta. O resto não foi segredo, esteve à vista de toda a gente.
A Taça de Portugal, a Taça da Liga Bwin, ou lá como é que se chama desta vez, e a Liga Europa, possibilitam fazer uma gestão do plantel de molde a dar minutos de jogo e aprimorar física e animicamente os jogadores menos utilizados na Liga Zon Sagres, o que é sempre importante, desde que não se comprometam os objectivos delineados, que terão necessariamente que passar pela vitória nessas competições.
É claro que a prioridade terá sempre de ser a Zon Sagres, mas essa, ou muito me engano, ou lá para Fevereiro, quando voltarem os jogos europeus a sério, deve estar muito bem encaminhada, senão mesmo resolvida.
Digo isto porque, por essa altura, o actual segundo classificado, é bem capaz de estar nos quartos de final da Champions (pouco provável, depois de ontem), a querer botar figura. Então terá que dividir a sua atenção entre a prova europeia, as nacionais e as mil e uma conjuras, efabulações, divagações e asneiradas afins, patrocinadas pelos seus dirigentes. Ou, na pior das hipóteses, andará a passear a sua enorme grandeza pela Liga Europa.
Pior ainda do que isso, com a abertura em Janeiro da janela de transferências, imagino o prof. Doutor Rei da Chuinga, num déjà vu da cena de há dois meses atrás, a gritar, como naquele anúncio de comida para gatos: “Ó Chico, fecha a janela!”
Sejamos objectivos, havendo na mesa a possibilidade de uma ida para o estrangeiro, não são os aumentos de ordenado que vão amarrar os jogadores à Cesta do Pão, e as recentes renovações de contratos para aquelas bandas, são, a esse nível, significativas.
E são vários os jogadores nessas condições. Se os presentes sete pontos de vantagem passarem a dez no princípio do próximo mês, por falta de comparência ou não, a tendência mais provável será para o aprofundar do fosso, e não para a sua diminuição.
Ainda que volte à ribalta o tal, pelos vistos, agora esquecido, Fundo das Estrelas…
O Olhanense e o Vitória de Guimarães não têm pedalada para estas lides. Estão onde estão, e estão bem, mas a tendência será sempre para descer.
O Sporting de Braga, ou estará também na Liga Europa, ou pior ainda, andará pela Liga nacional, a curar a frustração desta participação europeia. Se agora está a oito pontos de distância, tenho cá para mim que então, se não estiver na mesma, estará pior, com os jogadores a ressentirem-se deste arranque pouco habitual de temporada.
O outro Sporting, o da capital, já deve ter mandado embora o treinador, ou o Costinha ou o Bettencourt, ou dois deles, ou os três! Apesar de ser quase impossível estar pior, há sempre alguma margem para surpresas.
Como vêem estou bastante optimista.
Nem a lista de árbitros nomeados para a 8.ª jornada me tirou a boa disposição.
Artur Soares Dias, no Sporting de Braga x Olhanense? Lá vão para a rua, pelo menos, dois homens de Olhão.
Vasco Santos, no FC Porto x União de Leiria? Com este temos umas contas a ajustar, mas desde que não deixem o Sá Pinto à solta, não deve haver problema de maior.
O Hugo Miguel, no Portimonense x Benfica? É uma estreia. Tendo em conta a época passada, pensei que só o deixavam fazer jogos do FC Porto e do Sporting. Afinal parece que também pode arbitrar o maior do Mundo dos arrabaldes de Carnide.
Porque é que alguns ficam tão abespinhados por o Paulo Costa não ter dirigido jogos deste clube em 2009-2010, e ninguém se preocupa com o Hugo Miguel, é que eu não percebo.
O Litos também parece que terá umas contas a ajustar. Qualquer coisa relacionada com um jantar e umas ameaças. Nada de muito importante, pelo menos para quem investiga ou devia investigar essas coisas. Oxalá consiga fazer valer os seus argumentos.
E o Benquerença, que regressa para o Sporting x Rio Ave? O Vítor Pereira é tramado. Um internacional de tal craveira num jogo entre o décimo e o último classificados, é pior do que a “jarra”. A propósito, será para apadrinhar a despedida do Carlos Brito? Ou do Paulo Sérgio?
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