É o que se exige de Vítor Pereira, ao fazer o exercício da nomeação de árbitros para os vários jogos desta Liga Zon Sagres.
E é o que ele tem demonstrado a menos.
Nomear Jorge Sousa, sem margem para grandes dúvidas, excelente árbitro e o único do quadro da primeira categoria, que indiscutivelmente nutrirá simpatia clubística pelo FC Porto, é uma asneira.
E é uma asneira ainda maior porque, de antemão, já se sabe que o ambiente vai estar escaldante, por causa da transferência do João Moutinho. Nomear o Jorge Sousa para este jogo, é deitar, logo à partida, mais lenha na fogueira.
É bem certo que não haveria muito por onde escolher. Teria à partida, que ser um árbitro internacional. Destes, o João Ferreira, que dirigiu este jogo na época transacta, não esteve particularmente bem no Vitória de Guimarães x SC Braga, da última jornada.
O Pedro Proença e o Duarte Gomes estiveram recentemente no massacre do Dragão e no Académica x FC Porto, respectivamente.
Dos outros, menos proeminentes, o Artur Soares Dias esteve na jornada anterior no Académica x Sporting, logo, nada feito. O Bruno Paixão estaria reservado para preencher a quota de árbitros de Setúbal, em jogos do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, e vai para Aveiro.
Restavam o Xistra e o Olegário. O Xistra esteve no embate entre o mais grande do Mundo e o Sporting (2-0) e no Vitória de Guimarães x FC Porto (1-1), jogos de má memória para ambos os contendores.
Correndo o risco de contra mim falar, porque não o Olegário? Sinceramente, preferia-o ao Jorge Sousa.
O Vítor Pereira ao escolher um árbitro com uma simpatia publicamente reconhecida por um dos emblemas, coloca-o numa situação difícil. Tal como também tinha feito já com o Duarte Gomes, quando o nomeou para a recepção ao Sporting no Dragão, quando este tinha uma situação de conflito aberto com os de Alvalade.
O árbitro, ou, de facto, demonstra toda a sua qualidade, que no caso, até nem é pouca, ou força-se a si próprio a actuar num registo de hiper-imparcialidade, que é o meu receio. Até porque, de certeza que o jogo da final da Taça Lucílio Baptista, há-de vir por aí à baila, de novo.
Caso contrário, e sem lhe retirar qualquer pontinha de consideração, se por algum infortúnio do destino, calha a errar a favor do FC Porto…
Está o caldo (verde e branco) entornado.
Sensibilidade e bom senso, dão-se alvíssaras a quem os encontrar.
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