Quarta-feira, 24 de Novembro de 2010

Sensibilidade e bom senso

É o que se exige de Vítor Pereira, ao fazer o exercício da nomeação de árbitros para os vários jogos desta Liga Zon Sagres.

 

E é o que ele tem demonstrado a menos.

 

Nomear Jorge Sousa, sem margem para grandes dúvidas, excelente árbitro e o único do quadro da primeira categoria, que indiscutivelmente nutrirá simpatia clubística pelo FC Porto, é uma asneira.

 

E é uma asneira ainda maior porque, de antemão, já se sabe que o ambiente vai estar escaldante, por causa da transferência do João Moutinho. Nomear o Jorge Sousa para este jogo, é deitar, logo à partida, mais lenha na fogueira.

 

É bem certo que não haveria muito por onde escolher. Teria à partida, que ser um árbitro internacional. Destes, o João Ferreira, que dirigiu este jogo na época transacta, não esteve particularmente bem no Vitória de Guimarães x SC Braga, da última jornada.

 

O Pedro Proença e o Duarte Gomes estiveram recentemente no massacre do Dragão e no Académica x FC Porto, respectivamente.

 

Dos outros, menos proeminentes, o Artur Soares Dias esteve na jornada anterior no Académica x Sporting, logo, nada feito. O Bruno Paixão estaria reservado para preencher a quota de árbitros de Setúbal, em jogos do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, e vai para Aveiro.

 

Restavam o Xistra e o Olegário. O Xistra esteve no embate entre o mais grande do Mundo e o Sporting (2-0) e no Vitória de Guimarães x FC Porto (1-1), jogos de má memória para ambos os contendores.

 

Correndo o risco de contra mim falar, porque não o Olegário? Sinceramente, preferia-o ao Jorge Sousa.

 

O Vítor Pereira ao escolher um árbitro com uma simpatia publicamente reconhecida por um dos emblemas, coloca-o numa situação difícil. Tal como também tinha feito já com o Duarte Gomes, quando o nomeou para a recepção ao Sporting no Dragão, quando este tinha uma situação de conflito aberto com os de Alvalade.

 

O árbitro, ou, de facto, demonstra toda a sua qualidade, que no caso, até nem é pouca, ou força-se a si próprio a actuar num registo de hiper-imparcialidade, que é o meu receio. Até porque, de certeza que o jogo da final da Taça Lucílio Baptista, há-de vir por aí à baila, de novo.

 

Caso contrário, e sem lhe retirar qualquer pontinha de consideração, se por algum infortúnio do destino, calha a errar a favor do FC Porto…

 

Está o caldo (verde e branco) entornado.

 

Sensibilidade e bom senso, dão-se alvíssaras a quem os encontrar.

 

música: So what - Pink
sinto-me:
publicado por Alex F às 18:13
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