O Manel Cajuda é algarvio, tal e qual como eu, e apesar de ser de Olhão, foi como capitão do meu Farense que terá atingido o ponto mais alto da sua carreira.
É por isso que, de algarvio para algarvio, lhe dedico, à laia de conselho, o título deste texto. Mas aviso desde já, que é só o título, pois o resto não tem nada a ver.
O Cajuda é um bocado lírico, por isso tenho alguma dificuldade de perceber o alcance do seu “morrer de pé”. Presumo que esteja mais relacionado com a situação que vive o seu clube actual, do que o desenrolar do jogo do Dragão, onde a sua equipa poucas vezes se preocupou com a baliza adversária.
(Estatísticas Oficiais da Liga Zon Sagres - LPFP/wTVision/Amisco)
É que, quanto ao jogo, não sei que razão de queixa é que o bom do Manel terá. Ele e outras aventesmas, como aquela do cabelo ondulado e sebento, que, em nome da verdade desportiva, debita diarreia mental na SIC-N.
Ontem, para meu azar, a seguir ao jogo zappei por esse canal. Como vi que era do nosso jogo que arengavam, resolvi estacionar por um bocadinho.
Então não é que para o Sr. Rui Santos, distinto cavalheiro a que acima me referia, na expulsão do Schaffer, o árbitro foi rigoroso, mas esteve bem. Porém, não terá usado da mesma dose de rigor ao não dar a mesma ordem de expulsão ao Janko, por atingir o guarda-redes leiriense.
Além disso, na jogada do primeiro golo, curiosamente o mesmo Janko, aquando do passe do João Moutinho, para o James, estaria em fora-de-jogo posicional.
Sabedor como é das regras do jogo, diz o Rui Santos que o fora-de-jogo posicional deixou de ser sancionado. Ainda assim, a posição do nosso ponta-de-lança (reparem como encho a boca e o peito, enquanto escrevo isto!), uma vez que dela partiu para intervir na jogada, beneficiando desse facto, deveria ter sido punida.
Só não o ouvi falar foi sobre o penálti que ficou por marcar sobre o Hulk, ainda antes da expulsão e do primeiro golo. Pormenores.
Sobre as outras questões, dei-me ao trabalho de ir consultar uma fonte, supostamente fidedigna, para me instruir sobre a matéria, o site da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. E que vejo eu?
Antes de mais uns gráficos, com animação, muito bonitos e bem elaborados, como o que se segue. E depois, que nenhuma das situações aí retratadas se assemelha, ainda que ligeiramente, com o que terá visto o Rui Santos.
Aliás, certamente por manifesta incapacidade de retenção na memória visual de todos os lances desde o início das partidas, os senhores que congeminaram as regras, a pensar como não poderia deixar de ser, naqueles que têm sobre si o ónus de as aplicar, avaliam o fora-de-jogo na altura do último passe, e não de um dos trezentos e cinquenta e nove que o antecederam.
Ora assim sendo, derivado dessa amnésica lacuna, concluir-se-á, como aquiescerão Vossências, que o Janko não estava efectivamente fora-de-jogo.
Para que o Rui Santos perceba como é que estas coisas funcionam, dou-lhe um exemplo. No jogo do Nacional da Madeira, a dada altura, um jogador da equipa que os madeirenses defrontavam, de nome Luisão, alcunha “Gioconda”, teve uma entrada a pés juntos sobre um opositor.
O lance continuou, mas mandavam as regras, sim, as tais regras a que o Rui tanto se apega quando apregoa a “sua” verdade desportiva, que na primeira interrupção, o ex-Super Dragão Jorge Sousa, lhe acenasse, pelo menos, com a cartolina amarela.
Mais adiante, há um homem alvi-negro, ou o Claudemir ou o Diego Barcelos, que faz falta sobre um oponente, o lance continua, e na primeira interrupção superveniente da partida, levou com o inerente cartão amarelo.
A memória humana é assim, nuns casos falha por insuficiente capacidade de retenção, noutros por selectividade. Caro Rui, qual das duas a mais grave, a bem da “sua” verdade desportiva?
Confesso que não vi o lance do Janko sobre o guarda-redes benfiquista emprestado. Mas caramba, o do Schaffer fez lembrar a entrada do Nélson Oliveira sobre o João Moutinho na época passada, quando representava o Paços de Ferreira, por empréstimo da mesma equipa do Oblak.
Todos os três fizeram por honrar quem lhes paga o ordenado, o guarda-redes legitimamente, os outros dois, nem por isso.
Foi mal expulso o Schaffer? Brincam!
O Rui Santos é mais um daqueles indivíduos, que são pagos para opinar, e que se auto-investiram em cavaleiros andantes em cruzadas sem tréguas contra o FC Porto, presumo eu que movidos, não só pelo amor por outras cores, mas neste caso, muito mais pelo ódio visceral que nutre por Jorge Nuno Pinto da Costa.
Contudo há o pormenorzinho das regras. Essas malvadas leis que espartilham tão belo jogo. O Rui pode não concordar com elas, e até apelar insanamente pela “sua” verdade desportiva, que não adianta.
Por exemplo, eu, pessoalmente, acho a fisionomia do Rui Santos ideal para ser sodomizado, num qualquer estabelecimento prisional deste país, por um gang de sujeitos sensíveis, do género daqueles motards que aparecem nos filmes americanos.
Isso irá algum dia acontecer? Provavelmente, não. E é pena.
É essa a diferença entre a realidade e o sonho, e entre o Rui Santos e um jornalista à séria. Se se deixasse de parvoíces só ficava a ganhar.
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