Não vi o jogo. O carro tem o rádio avariado, por isso também não ouvi grande parte do relato.
Fui acompanhando, como pude, as incidências da partida através do telemóvel, e ainda consegui apanhar o relato, quando cheguei a casa, por volta dos setenta e poucos minutos. Mais ou menos por volta da altura do descalabro, o que é sempre estimulante.
No lado positivo, ontem deve ter havido um pico de produtividade no País. De certeza que benfiquistas e sportinguistas trabalharam até mais tarde. Ou não, bem vistas as coisas.
Para além disso, levámos uns quantos amarelo que nos tolheram o jogo de pressão alta e de transições agressivas.
Que eles têm um orçamento de milhões, que têm jogadores de elevado quilate técnico e que têm muito mais soluções no banco (desportivo e não só!), que nós, é indiscutível. Nem vale a pena ir por aí.
Agora se isso serve para aliviar a nossa dor, então melhor seria nem ter jogado a eliminatória. Para os que ainda se lembram, por acaso em 87 contra o Bayern, em 2004 com o outro Manchester, ou em 84, contra a Juventus, tínhamos mais milhões, jogadores com maior qualidade ou mais soluções no banco?
Nesses jogos demos réplica, não demos? Até ganhámos ao Bayern e eliminámos o United. Contra a Juve, ouve outros factores, que o monsieur Platini se esqueceu quando nos chamou batoteiros.
Soam-me um bocado incongruentes aquelas justificações, e todo aquele enaltecimento do City, que, diga-se, não é uma equipa qualquer, e depois ver a nossa equipa entrar a jogar aberto, de peito feito para o adversário.
Se eles eram assim tão bons, tão, tão superiores, não seria mais avisado avançar à cautela, apostar na manha, na matreirice, e de preferência, com alguma concentraçãozinha à mistura? O Vítor Pereira tem idade suficiente para ter visto actuar equipas treinadas pelo José Maria Pedroto ou pelo Artur Jorge, ou não viu?
E ainda levam para lá o miúdo, o Podstawski para ver. Com certeza foi para aprender o que não fazer em situações daquelas.
Ainda há a questão da sorte. Para alguns a sua ausência, em contraponto com a que teve o Villas Boas, também influi no actual estado de coisas. Bom, se o Villas Boas teve sorte, e deu para ganhar a Liga Europa, de que nos despedimos ontem, a Zon Sagres, a Taça de Portugal, que também não revalidaremos, e a Supertaça, contra o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, então receio bem que o nosso stock se tenha esgotado para os próximos tempos.
Os objectivos para esta temporada vão caindo uns atrás dos outros, como peças de dominó. Dos seis títulos, que para nós, adeptos que ainda acreditamos no Pai Natal, no coelhinho da Páscoa, e que o FC Porto entra em todas as competições para ganhar, salvou-se a Supertaça.
Restam a Liga Zon Sagres e a Taça dos outros, que, curiosamente, vão ser decididas contra a mesma equipa, e no Estádio da Lucy.
O ”Sou Portista com muito orgulho” publicou um calendário do que falta de temporada para os quatro grandes, mais grandes, e assim-assim.
Vamos ter seis saídas: ao Estádio da Lucy, à terra dos buracos, em duplicado (Nacional e Marítimo), a Braga, Paços de Ferreira e Vila do Conde, onde espero que o Atsu não se constipe.
O primeiro classificado, vai ter tal como nós, seis saídas: a Coimbra, Olhão, Calimeroláxia, Setúbal, e também a Vila do Conde e Paços de Ferreira.
Como nos recebem em casa, e ainda vão a Setúbal, dá-me ideia que estão em vantagem, mas lá está, dependemos apenas de nós.
O pior é que está época começa a parecer-me um daqueles jogos de computador, em que vamos progredindo nível após nível, até chegar a um ponto em que os níveis se tornam inultrapassáveis, por mais que se porfie.
Podemos sempre voltar a jogar, mas não saímos do mesmo sítio…
. Coisas diferentes, talvez...
. Quando uma coisa é uma co...
. O acordo necessário e a n...
. FC Porto 2016/2017 - Take...
. A quimera táctica do FC P...
. No news is bad news, (som...