Sexta-feira, 24 de Fevereiro de 2012

Uma suave fragância a esturro no ar

 

 

Há qualquer coisa estranha no ar. Algo não me soa bem, não consigo explicar bem porquê.

 

É mais forte do que eu, quando vejo que o João “pode vir o João” Ferreira nos vai apitar, dão-me destes faniquitos.

 

E quando para os jogos dos quatro primeiros classificados, três dos quais jogam em casa, vejo nomeados dois internacionais para os jogos do FC Porto e do SC Braga, e o Paulo Baptista, para a Calimeroláxia, e depois o Hugo Miguel, para Coimbra, então ainda mais se me contorcem as entranhas.

 

A nomeação do Paulo Baptista é, mais ou menos natural. Vem de dirigir ranhosamente um jogo do FC Porto, onde marcou faltas e faltinhas, sempre que um setubalense se atirava, deixava cair, e pasme-se, por vezes, poucas, até quando era falta. É o ideal, em sentido inverso, para um Sporting “à Sá”, a jogar perante o seu público.

 

É natural ainda porque os da casa, em 20 jogos, tiveram até agora 9 árbitros internacionais, incluindo, obviamente, as partidas disputadas com os outros três primeiros classificados. Na segunda volta, são dois em seis, portanto, tudo normal.

 

O Hugo Miguel em Coimbra, deixa-me verdadeiramente de pé atrás. E nem é por o rapaz pertencer à associação de um dos clubes em contenda. Adivinhem qual.

 

É uma deslocação a um terreno, que é reputado como difícil. Para terem uma ideia, na temporada passada quando lá disputámos o tal famoso jogo de pólo aquático, o árbitro foi o Duarte Gomes, e nesta época tivemos o Paulo Baptista.

 

Quando para uma saída, que se prefigura como complicada, se nomeia um juiz de Lisboa, com aspirações a internacional, desculpem-me lá mas há algo que olfativamente me desagrada. 

 

No Dragão, “pode vir o João” Ferreira. É o regresso do artista. Não dirigia um jogo com um grande por interveniente, desde o Gil Vicente contra o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide na primeira jornada.

 

Daí em diante, recusou-se a arbitrar o Sporting em Aveiro, e só marcou presença em dois jogos dos bracarenses, em casa contra o Feirense, e fora, em Olhão. Depois foi o há tanto tempo devido, castigo.

 

Retorna agora a um palco onde é tão apreciado, como a broca de um dentista. A uma jornada da nossa visita ao Estádio da Lucy, será bom presságio?

 

Para o dérbi minhoto, o João Capela. Na primeira volta foi o Pedro Proença. Na época passada, foi o João “pode vir o João”, em ambos os jogos.

 

O João Capela faz o seu sexto jogo envolvendo os clubes melhor classificados, igualando nessa tabela o Marco Ferreira e o Hugo Miguel, e repete o SC Braga na Pedreira, depois de lá ter estado no embate com o Sporting. Deve-lhe ter tomado o gosto.    

 

Pode até não ser nada, mas que me cheira a esturro, cheira, e por via das dúvidas, vou sair de baixo do detector de fumos.

 

música: Smoke on the water - Deep Purple
sinto-me:
publicado por Alex F às 18:18
link do post | comentar | favorito
1 comentário:
De Anónimo a 25 de Fevereiro de 2012 às 14:55
..."O Hugo Miguel em Coimbra, deixa-me verdadeiramente de pé atrás."...

E com razão !

Comentar post

.Outubro 2019

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Coisas diferentes, talvez...

. O efeito Mendes

. Quando uma coisa é uma co...

. O acordo necessário e a n...

. No limiar da perfeição

. In memoriam

. FC Porto 2016/2017 - Take...

. A quimera táctica do FC P...

. No news is bad news, (som...

. Poker de candidatos

.Let's tweet again!

.links

.tags

. todas as tags

.arquivos

.mais sobre mim

blogs SAPO

.subscrever feeds