Nas notícias da meia-noite de ontem (ou será, hoje?) deram algum destaque, merecidíssimo, diga-se em abono da verdade, a um fulano de grenha branca, a quem para burro só lhe faltam as penas.
Zurrava então o tal indivíduo, quando, presumo eu, alguém da comunicação social tentou enfatizar a importância da vitória da equipa por si dirigida, após uma magnífica série de quatro jogos, repito quatro, nem um, nem dois, nem três, mas quatro jogos consecutivos sem conhecer o sabor do triunfo, correspondentes a um ponto em nove possíveis, para a Liga Zon Sagres, que sim, que era importante, mas não tanto assim, porque os seus jogadores sabiam que não tinham sido recentemente derrotados pelo FC Porto, mas por “outros factores”.
Nada de especial esta reiteração de algo já visto e ouvido logo a seguir ao tal jogo, uma vez que, conforme na altura referi, esta figura, e outras do mesmo género são claramente inimputáveis disciplinarmente.
Contudo, esta questão levantada por tal criatura, certamente mitológica, suscita um chorrilho de mais umas quantas de idêntica natureza.
Então quer dizer que, quando a tal equipa ganhou, aqui há umas semanas em Aveiro, o Feirense foi derrotado, mas pelo árbitro auxiliar, que anulou um golo limpo aos da Feira?
Ou quando derrotaram a Académica de Coimbra, com um golo antecedido de um fora-de-jogo e um domínio de bola com a mão por assinalar, os de Coimbra foram derrotados pelo árbitro?
Ou ainda, quando nos derrotaram há duas épocas no nosso salão de festas preferido da capital, vulgo Estádio da Lucy, vai-se a ver, fomos derrotados pelo Lucílio Baptista?
Assim, como, na mesma temporada, a Naval 1.º, também pelo Lucílio, ou que foram o Jorge Sousa, o Rui Costa e o Olegário Benquerença, que empataram as partidas do tal clube contra o Vitória de Setúbal, e as nossas, contra Paços de Ferreira e Belenenses, respectivamente.
Para não falar da Taça da Liga, conquistada arduamente, também pelo Lucílio Baptista.
É curioso que o sujeito não se recorde destes episódios, quando, para se enaltecer a si próprio, consegue puxar da memória e recuar de uma assentada uma vintena de anos, à última vez que aquela equipa esteve nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Dirão que não valia a pena gastar tanta cera, com tão ruim defunto. É verdade. Faço-o apenas para que conste, e porque também temos memória para contrapor à selectividade de alguns.
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