Bem sei que ultimamente poderei parecer muito dado a teorias da conspiração, mas será que alguém me consegue explicar porque é que, para jogos envolvendo os cinco primeiros classificados da tabela, são nomeados quatro internacionais, e apenas uma dessas partidas não tem direito a ser dirigida por um internacional?
O Marítimo, vem ao continente defrontar o Vitória de Setúbal, e vai ser arbitrado pelo João Capela, de Lisboa.
O Sporting vai a Barcelos, e o árbitro será o portuense presumível ex-Super Dragão, Jorge Sousa.
Os bracarenses vão a Vila da Feira, ou a Aveiro, e terão o também lisboeta Duarte Gomes a dirigi-los no embate com o Feirense.
O FC Porto, digladia-se hoje, na Choupana sob os auspícios do Carlos Xistra.
Todos internacionais, como é bom de ver. Entretanto, no Estádio da Lucy, onde vai tentar jogar o Beira-Mar, vamos ter um tal de Manuel Mota, um jovem empresário de Braga, com 34 anos e um recém-chegado a estas andanças de gente importante. Além desta partida, apenas esteve na Calimeroláxia, quando lá jogou a União de Leiria.
Há alguma regra que obrigue a que os jogos fora daquelas equipas sejam apitados por internacionais, e os jogos em casa da outra equipa não? Será que esperam que o pobre rapaz se sinta esmagado pela imponência do palco onde vai actuar? É essa a expectativa? Ou serão de tal maneira favas contadas, que um qualquer maçarico serve?
O Marítimo e o Braga, que estão em disputa directa com clubes de Lisboa, levam com árbitros precisamente oriundos de Lisboa. Acaba por ser coerente com um bracarense no jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.
E o Sporting? O Marco Ferreira não estava disponível desta vez? Ou foram asneiras em demasia no último fim-de-semana no Dragão, e jarra com ele?
E nós? O Xistra. Nos últimos tempos há quem tenha mais razões de queixa dele do que nós.
Assim de repente, na presente época, recordo-me do Sporting x Olhanense, que motivou aquela reacção apocalíptica dos leões, da derrota em Guimarães, do segundo classificado actual, e também da derrota deste na Pedreira, na temporada transacta.
Connosco, esteve no Estádio da Lucy, então Cesta do Pão, na meia-final da Taça de Portugal, em que virámos o resultado de 0-2, para 3-1. Boas recordações.
Contudo, dado o lastro em sentido contrário que o Xistra ostenta no seu currículo, não fico tranquilo. Por muito tempo que passe, não me consigo esquecer da dupla expulsão do Hulk, em Paços de Ferreira, no arranque da Liga Sagres 2009/2010.
Estas nomeações do Vítor Pereira (o dos árbitros, obviamente!) deixam-me sempre na dúvida se não terão por detrás alguma tentativa de reabilitação perante o establishment.
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