Terça-feira, 17 de Abril de 2012

O que falta do que está para vir

Com regularidade, a trancas e barrancas, temos o título de campeão nacional a quatro jornadas de distância e interpõem-se entre nós e esse objectivo quatro equipas: o Beira-Mar, em casa; o Marítimo, nos Barreiros; o Sporting, novamente em casa; e o Rio Ave, em Vila do Conde.

 

Dada a almofada pontual de quatro pontos que temos em relação ao segundo classificado, bastam-nos três vitórias ou duas vitórias e dois empates, ou menos que isso, dependendo dos resultados dos nossos rivais.

 

Assim sendo, dediquei-me a dar uma vista de olhos ao nosso histórico de confrontos com estes adversários, mais concretamente, aos nossos dez últimos embates com aquelas equipas, cuja análise passo de seguida a fazer.

 

 

Com os aveirenses, nas últimas dez vezes em que nos encontrámos a jogar em casa, temos sete vitórias, um único empate, na primeira época do rol – 1993/1994, e duas derrotas: em 2004/2005 e 2001/2002.

 

Em 2001/2002 acabaria por sagrar-se campeão nacional o Sporting, do Boloni, com o Jardel como melhor marcador da prova, enquanto do nosso lado o treinador era já o José Mourinho, então ainda a congeminar o sucesso das épocas que se seguiram.

 

Neste jogo ficou para a posteridade uma magnífica exibição do Carlos Xistra, que marcou "A origem do xistrema".

 

Em 2004/2005, as faixas de campeão ficaram no Estádio da Lucy, com uma passagem pelo Algarve. O jogo foi à 13.ª jornada e o nosso treinador era o Victor Fernandez, que pouco tempo depois haveria de ser campeão do Mundo em Tóquio, e a seguir, despedido.

 

O golo do Beira-Mar foi obra do Beto, que na época seguinte se mudou para o clube campeão nessa temporada, onde permaneceu duas épocas, com Koeman e Fernando Santos. Prémio ou wishfull thinking?

 

 

Com o Marítimo em terreno forasteiro, temos cinco vitórias, três empates e duas derrotas: em 2009/2010 e 2002/2003.

 

O campeão de há duas épocas foi o mesmo de 2004/2005, e fomos derrotados por um golo na própria baliza do Rolando. A ter em consideração…

 

Em 2002/2003 fomos campeões, o primeiro título do José Mourinho. Não me lembro das incidências da partida, mas o Deco e o Pepe, na altura ainda nos madeirenses, acabaram expulsos.

 

 

Seis vitórias, três empates e uma derrota, é o nosso saldo entre muros contra o Sporting. A única derrota ocorreu em 2006/2007, sob a batuta do Jesualdo Ferreira, na sua época de estreia entre nós. Ainda assim fomos campeões.

 

 

No Estádio dos Arcos, o score é mais tremido. São quatro vitórias, cinco empates e também, apenas uma derrota. Esta aconteceu com o Mourinho, em 2003/2004, à 33.ª e penúltima jornada, quando éramos já campeões e o pensamento estava em Gelsenkirchen.

 

Tudo somado, são 22 vitórias, 12 empates e seis derrotas, em quarenta jogos. Apenas nas duas épocas em que perdemos com o Beira-Mar (2001/2002 e 2004/2005) e numa daquelas em que fomos derrotados pelo Marítimo (2009/2010), não nos sagrámos campeões.

 

Bem, se, para além de entediados, ficaram animados com o que leram até aqui, esqueçam.

 

Não interessa para nada. O que lá vai, lá vai, e o que interessa é o que aí vem.

 

E o que aí vem são quatro jogos que são para ganhar, e mais nada. Até porque, uma vez ultrapassado na próxima jornada o Marítimo, desconfio que o nosso principal rival muito dificilmente perderá pontos nos três últimos desafios.

 

A nosso favor temos:

 

a)    Quatro pontos de vantagem, que na prática são cinco;

 

b)    O Danilo, que ao que consta, parece estar recuperado, e que, juntamente com o Alex Sandro, tem quatro jogos para confirmar a presença nos Jogos Olímpicos de Londres;

 

c)    Literalmente, menos gordura no plantel, com o encosto definitivo do Cebola;

 

d)    O facto de ao clube mais difícil que vamos enfrentar fora de portas – o Marítimo, lhe tocar na jornada que imediatamente antecede esse jogo, o segundo classificado, com todas as consequências que daí poderão advir;

 

e)    O jogarmos em casa com o Sporting, podendo fazer a festa do título nesse jogo, que sendo contra um grande ou coisa que o valha, deve ter uma envolvente motivacional assegurada.

 

Faltam quatro jogos (ou menos) para o septuagésimo primeiro título. Uma bela forma de festejar trinta anos de presidência.

 

 

música: Fazer o que ainda não foi feito - Abrunhosa & Comité Caviar
sinto-me:
publicado por Alex F às 13:37
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