Este título a fazer lembrar épocas de saldos, soa a chunga, mas é assim mesmo. Cada vez mais começam a escassear dias, semanas, jornadas, para os nossos rivais nos apearem do primeiro lugar.
A partida deste fim de semana, na ilha dos buracos, que cada vez mais se aprofundam – agora, ao que parece, são mais dois mil milhões – contra o Marítimo, deve estar a ser encarada por alguns, assim a modos que, como uma última oportunidade.
Não quero dizer com isto que este jogo seja mais complicado que qualquer um dos outros dois, contra o Sporting e o Rio Ave. Contudo, esta será a última oportunidade para termos um árbitro susceptível de influenciar o desfecho final desta Liga, se não o fez já, e sem grandes preocupações no tocante ao factor casa, no Dragão, e proximidade, em Vila do Conde.
A medida do Conselho de Arbitragem, de não divulgar as nomeações dos árbitros, é outro ponto a favor desta possibilidade. Vítor Pereira (o dos árbitros, não o nosso treinador), que aqui há duas épocas atrás, se vangloriava de ter instituído um sistema de avaliação dos árbitros, do mais transparente à face da Terra, agora, no que diz respeito à nomeação dos ditos, opta, continuo a dizer, por uma não-medida, de total opacidade.
E afinal de contas, o que é que têm de especial no nosso futebol, as nomeações dos juízes dos encontros? Deveriam ser encaradas como algo perfeitamente natural, parte do jogo, como os demais elementos.
Esta não-medida, apenas tomada para serenar ânimos e evitar medidas, eventualmente mais agrestes em relação a alguns intervenientes (o castigo ao tal senhor da cabeleira desgrenhada, é para quando? Quando, matematicamente for irreversível a derrota?), é a admissão tácita, mas muito expressa, de que há, de facto, algo de estranho, a envolver as nomeações.
Assim sendo, quem será que vai dirigir a nossa partida no caldeirão dos Barreiros?
Para além do Duarte Gomes, se os critérios de nomeação forem mantidos como até aqui, também estarão inibidos o Bruno Paixão, que esteve no Estádio da Lucy, no último encontro dos insulares, bem como o Bruno Esteves e o Olegário, que estiveram nos nossos dois últimos jogos.
Quase de certeza, seguindo a lógica dos últimos três confrontos do Marítimo, curiosamente, desde a 25.º jornada, em que foram ultrapassados pelo Sporting, e dos nossos quatro últimos jogos fora de portas, o árbitro será um internacional.
O Marítimo teve já 18 árbitros nos seus jogos, dos quais, nove bisaram as suas presenças: Duarte Gomes, Bruno Paixão, João Capela, Jorge Sousa e Artur Soares Dias, todos internacionais, e ainda Rui Silva, Manuel Mota, Bruno Esteves e Hugo Miguel, que não são internacionais.
Porém, o trio Benquerença, o João “pode vir o João” Ferreira e Pedro Proença, só interveio em partidas com o Marítimo na qualidade de visitante, respectivamente em Coimbra, em Guimarães e na Calimeroláxia (V, D, V).
Posto isto, pode parecer estranha a aposta, pois a única vez que o João “pode vir o João” Ferreira arbitrou os madeirenses, saldou-se por uma derrota. E talvez ainda se recordem, há duas épocas, da expulsão, certamente inovadora no Mundo do desporto, do Olberdam, por palavras dirigidas a um colega de equipa.
Estes dados, tendo em conta aquele é o procedimento usual de Vítor Pereira, muito pouco de acordo com aquilo que seria o consensual, e em prol da defesa dos árbitros, em vez disso, a enviá-los alegremente para os cornos do touro, ainda mais reforçam a minha convicção.
Ainda por cima, o mote para o ambiente que vai envolver o jogo, está dado pelo presidente dos insulares, ao relebrar o mais que morto e encerrado caso Kléber, ele próprio - o Kléber - bastante elucidativo do estado daquele processo. A propósito de quê?
Quanto ao resto, é a máxima força do nosso lado, enquanto do lado deles, como antecipei, com muita sorte à mistura, pois o jogo anterior do nosso adversário, até foi dirigido pelo Bruno Paixão, vai estar ausente por acumulação de amarelos, o homem dos pontapés de fora da área, o Roberto Sousa.
Que venha o Marítimo, que a poncha não afecte os nossos rapazes, que levem guardanapos suficientes para o Carlos Pereira limpar as lágrimas, e que no final, fique a faltar apenas uma vitória ou dois empates.
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