Algo me diz que a nossa comunicação social desportiva, ou parte dela, aquela que tem mais a ver com periquitos e gaiolas, se está a sentir em casa lá para as bandas da Polónia e da Ucrânia.
Ao contrário do que por aí vi escrito, parece-me perfeitamente compreensível e legítima, a apreensão manifestada pela nomeação do árbitro turco Cuneyt Çakir, para a nossa meia-final.
Quem não fica apreensivo depois de saber que, afinal, o “Presidente do comité de árbitros da UEFA é espanhol e vice-presidente é turco e amigo do Barcelona e da UNICEF”.
Pior, quando lhe falta esse selo indelével de garantia, que é o “Cuneyt pode vir o Cuneyt”, e ao que consta, não figura na lista de contactos do Paulo Pereira Cristóvão, do Miguel Relvas ou de qualquer espião da Ongoing.
Mais grave ainda, ouviram-se zunzuns de que, um dia, quando colocado ao estilo linha de reconhecimento policial, perante três fotografias de Jorge Nuno Pinto da Costa, foi capaz de identificá-lo numa delas, como sendo presidente de um clube de futebol de um País qualquer, começado por “L”. Lissabon, Lisbon, ou qualquer coisa do género…
Fica-lhes bem este assomo patrioteiro de preocupação, que tornado extensível a todos nós, “Portugal indignado”, nos coloca mesmo à mão de semear um excelente bode expiatório, para o caso de as coisas não correrem pelo melhor logo ao fim da tarde.
E, vindo de quem vem, é claro que é para ser levado com a devida seriedade, pois é oriundo de gente que sabe do que fala. Convirá ter em conta que estamos perante jornalistas que, nas suas lides caseiras, estão habituados a obrar com este tipo de situações e a olhar despreocupadamente para o outro lado, quando as coisas se fazem “pelo outro lado”, e eles próprios participam em repastos onde são congeminadas as estratégias nesse sentido.
Porém, chegam tarde. Ainda o Euro 2012 mal tinha começado, e já as simpáticas raparigas ucranianas, activistas do grupo FEMEN, haviam exposto os seus argumentos, e dito de viva voz, não à prostituição e outras formas de exploração.
Confesso o meu total desconhecimento sobre o efeito que este protesto terá eventualmente surtido entre as(os) profissionais encartadas(os) do ramo.
A avaliar pelo rebanho transumante de ruminantes, entre os quais repórteres, correspondentes, enviados especiais, comentadores e outros, que entre a Polónia e a Ucrânia, procuram pasto, ora para alimentar as páginas do papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos onde escrevem, ora para que, volta e meia, um qualquer pirómano venha e se encarregue de lhe puxar fogo, não terão sido inteiramente bem sucedidas na tentativa de banir a mais velha profissão do Mundo deste Euro.
Prostitutas e putas, por prostitutas e putas, antes estas que aqueles(as) que, sendo incapazes ver o que os rodeia, sem que seja como um reflexo dos seus próprios umbigos, persistem em confundir juízes, ou neste caso árbitros, com meretrizes.
Deixem-se de tretas, e façam como o Rui Santos. Esse, pelo menos, é capaz de distinguir sem espinhas a realidade uefeira da nacional.
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