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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Olhó cretino!

31
Mar10

“A verdade é que eu escolhi 15 jogadores e esses jogadores fazem tudo posicionalmente o que deixei lá. Mas não quero tirar o mérito a ninguém. O Sp. Braga está no segundo lugar, tem bons jogadores, eu soube escolhê-los”

 

“Um cretino é um cretino, e um vintém é um vintém, e será sempre assim”

 

A primeira das duas frases é da autoria (de quem mais poderia ser?) de Jorge Jesus, num dos seus frequentes acessos de humildade, neste caso, após o jogo com o SC Braga. A segunda, que a primeira me trouxe inevitável e imediatamente à memória, de Manuel Machado, treinador do Nacional da Madeira, após o jogo da primeira volta, na Cesta do Pão, entre este clube e o Benfica.

 

Não sei se, posicionalmente, os jogadores do SC Braga actual, fazem tudo o que o Jesus por lá deixou, embora me pareçam existir algumas diferenças em relação ao meio-campo, pela entrada do Hugo Viana (e agora, pela saída do Vandinho), e pela troca, até Janeiro, do Rentería pelo Paulo César. Agora, de uma coisa tenho a certeza, se “o SC Braga está no segundo lugar” e “tem bons jogadores”, porque o Jesus “soube escolhê-los”, então que dizer do Benfica?

 

Se ele foi buscar quinze dos jogadores bracarenses, e, segundo o João Gobern, dos catorze que entraram em campo no jogo contra o Benfica, onze eram do tempo de Jesus, que dizer do Benfica?

 

No Benfica que defrontou o SC Braga, nada mais, nada menos de nove jogadores já tinham o actual local de trabalho: Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Carlos Martins, Cardozo e Di Maria.

 

Se acrescentarmos o Fábio Coentrão, que estava emprestado, passam a ser dez os jogadores que já estavam sob contrato com os encarnados. Dos suplentes que entraram, o Rúben Amorim e o Aimar também já lá estavam. Quem é que resta? O Javi Garcia, o Ramires, o Saviola e o Kardec.

 

E estes, será que o mérito da escolha foi do Jesus? Ora, o Javi Garcia veio do Real Madrid. Será que qualquer manco joga no Real, tirando o Secretário e o Balboa? Não me parece. Vindo de onde veio, era meio caminho andado para que a coisa corresse bem, ou não?

 

O Ramires é só titular da selecção brasileira. Dispensa apresentações, não dispensa? E o Saviola. Toda a gente já tinha ouvido falar do Saviola. Estava na mó de baixo, é certo, mas se não houvesse nele algum potencial, talvez não tivesse andado por Barcelona e por Madrid. O Kardec seria o menos conhecido, mas mesmo assim foi titular da selecção brasileira de sub-20, que perdeu o campeonato do Mundo para a Costa do Marfim. Era uma aposta de risco?

 

Portanto, será caso para dizer, o Benfica está em primeiro lugar, tem bons jogadores. O Koeman, o Camacho e o Quique souberam escolhê-los?

 

Jesus terá o mérito, e ninguém lho negará certamente, de por a jogar alguns jogadores que por lá andavam a pastar (Carlos Martins, Di Maria, Cardozo, Aimar…), e ter formado um colectivo que joga à bola.

 

Contudo, não lhe ficava mal, pelo menos, reconhecer ao Domingos o mérito de não ter estragado o que encontrou em Braga, e deixar-se de comentários tristes e disputas de paternidades.

 

Pois é, já tivemos Ligas conquistadas por palermas de diversos tipos. Esta época é irremediável: a Liga Pescada vai ser ganha por um palerma cretino.

Decisões, decisões, decisões

25
Mar10

Sem grandes surpresas, lá veio a decisão do Conselho de Justiça da FPF, que “convolou” o castigo aplicado aos jogadores do FC Porto, Hulk e Sapunaru, reduzindo-os de 3 e 4 meses, para 3 e 4 jogos, respectivamente.

 

Isto, apesar de numa primeira versão, posta a circular no início da tarde, se afiançar que os castigos tinham sido mantidos. Pequeno lapso de troca de “meses”, por “jogos”. Aliás, conforme, de resto, terá acontecido ao Conselho de Disciplina da Liga e ao Exm.º Meret(riz)íssimo Dr. Ricardo Costa.

 

E digo, sem grandes surpresas, porque, por aquilo que me ensinaram, quando se tenta explicar qualquer coisa, deve-se partir do geral para o particular. Assim sendo, quando, o excelso relator do Acórdão que puniu os portistas, fez das tripas coração para justificar a presença dos “stewards” no corredor de acesso aos balneários da Cesta do Pão, e que eram “intervenientes do jogo”, recorrendo para tanto à Lei geral sobre segurança privada, aplicando-a aos “stewards”, que até têm funções específicas, algo corria mal.

 

Nem é preciso ser muito inteligente, ou não ser benfiquista, para perceber isso, e o próprio Conselho de Justiça tinha já dado provas de que essa era a sua posição no caso da sentença proferida relativamente ao Director de Comunicação do FC Porto, e que o Dr. Ricardo Costa, tanto quanto me consta, teimosamente, se recusa a cumprir.

 

Também pouco ou nada surpreendente é a decisão do Presidente da Liga de, em bom português, “dar à sola”, quando se aproxima a hora de ponta!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os ratos são famosos por serem normalmente os primeiros a abandonar o navio. Mesmo antes das mulheres e das crianças… Ora, a ratazana maior já se foi, agora faltam os hamsters, que andam à roda nos Conselhos de Disciplina e de Arbitragem.

 

Tenho a certeza de que o Dr. Hermínio Loureiro sai de cabeça erguida, com o sentimento do dever cumprido. Fez tudo o que estava ao seu alcance pela credibilização do futebol português, e se mais não fez foi porque dava nas vistas. Nunca se viu o futebol português mais credível. É credibilidade a rodos…e o Benfica quase campeão.

 

Mas fica-me uma dúvida: não teria sido melhor esperar pelo desenlace do Benfica x SC Braga, do próximo fim-de-semana? Será que chegam para as encomendas o Dr. Costa e o Sr. Pereira? 

 

Essa é outra decisão que está pendente. Se o Benfica calha a ganhar o jogo, é o fim da Liga. Seis pontos de avanço para o seu próximo adversário parecem-me ser insuperáveis, mesmo tendo ainda de defrontar Sporting e FC Porto.

 

Outro resultado, que não a vitória dos vermelhuscos, deixa tudo (ainda) em aberto.

 

Qual quê?! Às vezes parece que não sou de cá. Mas perfila-se alguma outra hipótese que não seja a vitória benfiquista?

 

Este é um dos motivos pelos quais o Benfica vai ser campeão nacional: a capacidade de antecipação do que vai acontecer, e de influenciar por essa via, a seu favor, os eventos futuros.

 

Ao bom estilo de Mourinho, de quem o Jorge Jesus (infelizmente) não copiou só a pesporrência, a arrogância e a estupidez, este desafio começou a ser preparado com semanas de antecedência. Mais exactamente, desde o jogo Benfica x Paços de Ferreira.

 

Recordo que, no final desse encontro, o treinador benfiquista se atirou ao árbitro Artur Soares Dias, dizendo, a propósito de um amarelo, pretensamente mal mostrado a Saviola, por simular uma falta dentro da área, que "os árbitros portugueses precisam de ser mais práticos e menos teóricos".

 

Para além disso, Di Maria e Luisão, viram também cartões amarelos, que, dependendo de como decorresse o jogo com o Nacional da Madeira, os poderiam colocar em risco de exclusão do jogo com os bracarenses.

 

Na altura, aquela reacção pareceu-me exagerada. Mas e depois!? A mim, sempre que o Jorge Jesus abre a boca, sem ser para bocejar, parece-me um exagero.

 

Primeiro, porque segundo consta (Rui Santos dixit), o Artur Soares Dias, apesar de ser do Porto, é benfiquista, e depois, porque o lance não teve nada de especial.

 

O Saviola faz mais uma das suas jogadas típicas, em que se atira para o chão, e como já vai dando nas vistas, o árbitro “amarelou-o”. Nada de mais.

 

Depois de ver os resumos do jogo nos programas desportivos de segunda e terça-feira, é que atingi. É que o senhor Di Maria, teve, por volta dos trinta e poucos minutos de jogo, uma entrada a pés juntos sobre um adversário, depois de adiantar em demasia a bola, na sequência de uma série de fintas sobre vários adversários, que, somada ao cartão amarelo que, efectivamente levou, lhe dava era o vermelho. E o mesmo, relativamente ao senhor Luisão, com excepção dos contornos da jogada.

 

O Jorge Jesus, com aquela reacção descabelada, numa manobra digna de um grande de prestidigitador, afastou as atenções do facto de não terem sido expulsos (uma vez mais!) aqueles dois jogadores, e preparou terreno para condicionar o árbitro do jogo seguinte, com o Nacional. O que até não era necessário, pois o jogo viria a ser arbitrado pelo Paulo Baptista.

 

E deu resultado. Eles lá vão estar contra o SC Braga.

 

É por estas, e por outras, maiores ou menores, mas do mesmo género, que o Benfica vai conquistar a Liga Pescada, e pelo mesmo motivo que também tenho uma decisão por tomar.

 

Como portista, aquilo que mais quero é o sucesso do FC Porto. Uma vitória do Benfica, permitiria uma aproximação ao SC Braga, e o acalentar do sonho da Champions.

 

Mas o meu anti-benfiquismo diz-me que, o empate ou a vitória do SC Braga, ainda podem dar a este último uma chance de tirar a Liga aos encarnados.

 

E agora? Que fazer?

 

O FC Porto ficar de fora da Champions, pode ser o tónico regenerador que a equipa necessita. Como quando conquistou a velha UEFA.

 

Na Liga Europa, como se viu, não é complicado atingir os oitavos-de-final. Caramba, até o Sporting conseguiu!

 

E tanto ao Sporting e ao Benfica, só nesta fase da prova é que surgiram adversários de alguma monta (Atlético do Sabrosa e OM). O Liverpool, adversário do Benfica nos quartos-de-final, parece, na sua versão actual, um adversário ao alcance, tanto de benfiquistas, como do FC Porto, mesmo nesta fase má. Pelo menos havia de dar para discutir a eliminatória…

 

Tudo isto sem falar nas possibilidades de rodar jogadores, obter algumas receitas, menores que na Champions, mas ainda assim…, e moralizar a equipa com alguns triunfos internacionais. Como fez o Benfica ao longo da presente temporada.

 

Dito isto. É pá, que se lixe!

 

FORÇA BRAGA!!!


 

Nota: Entretanto saíram as nomeações para a 24.ª jornada: Pedro Proença, um malquisto pelos benfiquistas, naquela fase do "isto é tudo para nos f...", no Benfica x SC Braga e Paulo Baptista, no Belenenses x FC Porto.

 

Esta última não percebo se é recompensa pelos bons serviços prestados no Nacional da Madeira x Benfica, ou se é uma tentativa de reviver a derrota do FC Porto na Madeira, em que este senhor foi o árbitro, mas ao que consta, até nem deu nas vistas…

Acabou-se o martírio

03
Mar10

Finalmente. O Sporting fez o favor de acabar com o estado de agonia latente em que vinha vivendo de há uns tempos a esta parte.

 
Desde muito cedo que tive a intuição de que esta edição, modalidade “Pescada”, da Liga Sagres tinha um destinatário projectado. E escrevi-o. Mais exactamente em 10.08.2009. Poupo-vos o trabalho de ir à procura:   
 
Benfica. O Sport Lisboa e Benfica é, claramente, o principal candidato ao título da Liga Sagres 2009-2010.
 
Um clube com seis milhões de simpatizantes, que, de entre todos os clubes do Mundo, tem o maior número de associados, ainda que alguns não paguem quotas há mais de 30 anos. Um clube que tem como presidente Luís Filipe Vieira, como responsável pelo futebol, o “Maestro” Rui Costa, e o melhor treinador português, tem que ser o principal candidato ao título.
 
Uma SAD que gasta 20 e não sei quantos mais milhões de euros, em contratações de jogadores, alguns que mal aterram, e assim que o treinador lhes põe os olhos em cima, fazem ricochete, e vão de volta, e que só vende, por algo que valha a pena (dois milhões de euros), um jogador - o Katsuranis, tem que ser o candidato número um ao título.
 
Uma equipa que ganha a Eusébio Cup, sim, a EUSÉBIO CUP, e logo ao grande AC Milan, desculpem lá, mas ainda que a alguns custe a aceitar, é assim mesmo, e não há volta a dar. Especialmente quando os principais adversários, claramente, ficaram na mesma, ou perderam potencialidades.
 
O Sporting tem praticamente a mesma equipa que, nas últimas quatro épocas, se classificou à frente do Benfica. Por isso, dadas as melhorias na equipa da Luz, este ano é que não vão ter hipótese.
 
O FC Porto, à medida que o Benfica ia contratando grandes jogadores, trocou os seus dois melhores jogadores, dizem por aí, por quase uma dezena de jogadores medianos, ou desconhecidos. Também não vai lá.
 
(…)
 
FC Porto. O tetracampeão Futebol Clube do Porto, ou treta campeão, como alguns entendidos na matéria, com toda a propriedade lhe chamam, esta época não tem qualquer hipótese de revalidar o título.
 
Por duas ordens de factores: os externos e os internos. Na frente externa, o Benfica TEM que ser campeão.
 
Não é à toa que se faz um investimento como o que o Benfica fez. Um investimento daquele calibre, feito cirurgicamente, quando o Porto perde dois dos seus pilares da equipa, não é feito só para hipotecar futuras receitas, e comprometer as hipóteses de aparecimento de candidatos à liderança do clube, que agora, até a eleições já têm a desfaçatez de apresentar-se.
 
Não, um investimento daqueles tem que ter retorno desportivo, e imediato. E isso, exige a conjuração de todas as forças possíveis e imaginárias, ou, tão simplesmente, a vitória do PSD nas próximas eleições, que assegure a continuidade, e eventualmente, potencie a desfaçatez e a falta de vergonha que campeia na Liga de Clubes.
 
(…)
 
Portanto, em termos globais, não me parece que o FC Porto esteja assim, taaão mais fraco, que na época passada. Tem muitos jogadores novos. Isso é verdade. Vai ser complicado integrá-los todos. Tudo bem.
 
Mas é uma pena que o alinhamento estelar e que Saturno na quinta casa do Caranguejo, não permitam a esta equipa lutar pelo título, de igual para igual com o Benfica. Havia de ser um belo campeonato!
 
Assim, como assim, mais valia fazer aquilo que propus aqui há tempos, mas em relação ao FC Porto: entreguem esta época a vitória na Liga ao Benfica, e passemos à seguinte, de preferência, em pé de igualdade”.
 
Na altura, não estava jogado um único segundo da Liga Pescada. O Hulk não tinha sido duplamente expulso no mesmo jogo pelo Carlos Xistra, na jornada inaugural contra o Paços de Ferreira. As nomeações de árbitros pelo Vítor Pereira eram (e continuam a ser, em boa verdade!) inimagináveis. O Olegário Benquerença ainda não tinha anulado um golo limpo ao FC Porto, no jogo com os Belenenses, no Dragão, e o Rui Costa, contra o Paços de Ferreira.
 
O Lucílio Baptista não tinha marcado uma falta inexistente sobre o Di Maria, no jogo contra a Naval 1.º de Maio, de onde haveria de nascer o único golo dos encarnados, da autoria do Javi Garcia, e com o qual haviam de vencer o desafio, nem tinha validado o golo marcado pelo Benfica contra o FC Porto, antecedido por um claríssimo fora-de-jogo, e o Jorge Sousa não tinha anulado um golo limpo ao Vitória de Setúbal, que lhe poderia dar a vitória sobre os vermelhuscos.
 
Nada disto tinha acontecido. O Mossoró, o Ney e o Vandinho não tinham sido castigados. A bem dizer, não me passava pela cabeça que o SC Braga seria o principal opositor do Benfica na luta pelo título.
 
O Hulk e o Sapunaru não tinha agredido os “stewards”, nem sido castigados por isso mesmo, e não imaginava que estes fossem “agentes desportivos”.
 
Enfim, uma série de situações que, a 10 de Agosto de 2009, não imaginava que pudessem vir a acontecer. Mas aconteceram. E, neste momento, tudo se conjuga para que a minha previsão bata certo: o Benfica lidera a Liga Pescada, a nove jornadas do seu epílogo, com um ponto à maior sobre o SC Braga, e nove sobre o FC Porto.
 
Apesar de tudo isto, a teimosia, a negação das evidências, mais que evidentes, e o “matematicamente possível”, ainda me levavam a acreditar que era possível, e a martirizar-me com isso.
 
Ser portista é isso mesmo. O “perder” é algo difícil de encaixar, como se vê nos discursos, ainda que de circunstância, do Bruno Alves e do Jesualdo Ferreira.
 
Imbuído deste sentimento, antes do jogo entre o SC Braga e o Sporting, dediquei-me a fazer contas. O FC Porto estava então com seis pontos de desvantagem para bracarenses e benfiquistas, os quais, para além de ainda terem de jogar entre si, ainda teriam que defrontar os sportinguistas.
 
Ora, acreditando eu que o Benfica não perderia mais pontos esta época, a não ser com aquelas duas equipas, para o FC Porto ainda ser campeão bastaria que aqueles três adversários empatassem entre si e com o Sporting, e perdessem com o tetracampeão.
 
Ah! Para além disso, teríamos que ganhar todos os jogos a disputar, ou, pelo menos imitar os resultados dos minhotos e das papoilas saltitantes. Nada mais fácil. Era de caras!
 
SC Braga e Benfica perderiam assim sete pontos (dois no jogo entre si, mais dois, nos jogos com o Sporting, e três nos jogos com o FC Porto), e o penta estava garantido.
 
Mas, entretanto, o FC Porto empata com o Paços de Ferreira, o Benfica empata com o Vitória de Setúbal e antecipa o jogo da 20.ª jornada com a União de Leiria, que ganha, e passa a ter nove pontos de vantagem sobre o FC Porto.
 
Até aqui, tudo dentro do previsto. Agora, mau mesmo foi a vitória do SC Braga sobre o Sporting. É que assim, os bracarenses conseguiram frente ao Sporting mais dois pontos do que aquilo que seria expectável, e isso, somado ao empate portista com os pacenses, fez com que a distância para o FC Porto, que, por altura do embate entre estas duas equipas se deveria, desejavelmente, cifrar em quatro pontitos, fosse o dobro. 
 
Cumprida a obrigação de vencer o SC Braga, o FC Porto fica a cinco pontos deste clube, dois para recuperar no jogo entre os minhotos e o Benfica, e três, não se sabe muito bem aonde. Mas, ainda assim, nada que parecesse à partida impossível.
 
O Benfica descansa uma jornada, o calendário da competição retoma o seu normal curso, e eis que chega a visita a Alvalade com os encarnados seis pontos à frente do FC Porto, seguidos do SC Braga, a cinco.
 
E, pronto. Acabou-se. Agora são nove pontos para os vermelhuscos de Lisboa, e oito, para os de Braga.
 
Ou seja, em relação ao Benfica, que acredito piamente, não tornará a perder pontos nas jornadas decisivas da Liga Pescada, a não ser contra SC Braga, FC Porto e Sporting, três derrotas (por exemplo, no Dragão, contra o Sporting e contra o SC Braga, na Luz), ainda podem resolver o problema, desde que a derrota no Porto seja por mais de um golo.
 
Já no caso dos bracarenses a coisa fia mais fina. O Benfica é o único grande com que lhes falta jogar. Sendo imperiosa a sua vitória nesse jogo, para que o FC Porto alcance os benfiquistas, os oito pontos de vantagem do SC Braga, uma vez que há vantagem portista no “goal average” dos jogos entre ambos, teriam que ser perdidos contra outras equipas. Resta saber, é quais… Não estou a ver. É muito ponto.
 
E tudo isto, claro está, partindo do pressuposto de que o FC Porto ganhará todos os restantes jogos.
 
Por outras palavras, era precisa muita sorte, e uma conjugação de resultados que, faz favor!
 
Ponto final, não vale a pena pensar mais nisso, ainda que “matematicamente” ainda seja possível.
 
Obrigado Sporting, por pôr um fim a esta lenta e longa agonia, que me atormentava desde Agosto. Venha de lá a Liga 2010-2011, e que não seja Pescada.
 
Talvez agora deixem em paz o FC Porto, e os seus jogadores, e se dediquem a infernizar a vida ao SC Braga. Se bem que, pelo que já me apercebi, para alguns benfiquistas, mesmo a nove pontos, o FC Porto continua a ser a preocupação dominante.
 
Devem ser masoquistas. Até ao segundo lugar me parece quase impossível chegar, quanto mais…
 
Resta-me, no que falta disputar da “competição”, torcer pela vitória do SC Braga, que está sem margem para dúvidas, a fazer uma época, a todos os títulos excelente, e que, nos jogos entre os principais concorrentes ao título, ostenta um registo impressionante.
 
Se não for assim, então o Benfica que ganhe. Mas por mais de dez pontos de vantagem em relação ao FC Porto.
 
É a única forma para que fiquem compensados os pontos que foram até agora sonegados nos jogos que acima mencionei, e ainda, aqueles que, em condições normais, não seriam atribuídos ao futuro campeão.
 
Não é por nada, é só para que a sensação de roubalheira, fique um bocadinho mais adocicada e fácil de digerir.
 
FC Porto (pontos a menos):
 
- dois pontos, no jogo com o Belenenses, no Dragão;
- mais dois, no jogo com o Paços de Ferreira, também no Dragão;
- e um no jogo com o Benfica;
 
Benfica (pontos a mais):
 
- dois pontos, no jogo com a Naval 1.º de Maio, na Luz;
- dois pontos, no jogo com o FC Porto, idem;
- e um ponto, no jogo com o Vitória, em Setúbal;  
 

Nota 1: quando digo que o SC Braga tem um registo impressionante nos jogos com os “grandes”, refiro-me a isto:
 
- Sporting x SC Braga (1-2);
- SC Braga x FC Porto (1-0);
- FC Porto x Sporting (1-0);
- SC Braga x Benfica (2-0);
- Sporting x Benfica (0-0);
- Benfica x FC Porto (1-0);
- SC Braga x Sporting (1-0);
- FC Porto x SC Braga (5-1); e
- Sporting x FC Porto (3-0)
 
Resumindo:
 
SC Braga – 5 jogos, 4 vitórias, 1 derrota, 7 golos marcados, 6 golos sofridos, 12 pontos;
FC Porto – 5 jogos, 2 vitórias, 3 derrotas, 6 golos marcados, 6 golos sofridos, 6 pontos;
Benfica – 3 jogos, 1 vitória, 1 empate, 1 derrota, 1 golos marcados, 2 golos sofridos, 4 pontos;
Sporting – 5 jogos, 1 vitória, 1 empate, 3 derrotas, 4 golos marcados, 4 golos sofridos, 4 pontos;
 
Ao Benfica ainda falta jogar com todos aqueles que seriam, à partida, os seus concorrentes directos. Caso ganhe todos estes jogos, poderá superar o registo do SC Braga, fazendo treze pontos, e é, de caras, campeão.
 
Mas, se por hipótese, empatar em casa com os bracarenses, e se o FC Porto fizer no Dragão, o mínimo que se lhe exige, ou seja, ganhar aos encarnados, ainda vamos ver o Jorge Jesus a chorar por ter defendido o empate em Alvalade!
 
Há imagens que não se apagam da memória, e não me consigo esquecer da cara de incredulidade e impotência do bom do Jesus, na época passada em Braga, quando uma vitória sobre o Benfica do sobrinho da Lola Flores lhe dava o terceiro lugar, e não foi capaz de lá chegar.
 
Era essa a cara que me dava um gozo imenso voltar a rever!
 
 
Nota 2: para evitar discussões infindáveis, e perder tempo com interpretações mais que muitas sobre as Leis do Jogo, como pontos retirados ao FC Porto ou atribuídos indevidamente ao Benfica, só considerei aqueles que, ou resultaram de lances de foras-de-jogo mal assinalados, que invalidaram golos efectivamente obtidos por portistas e sadinos, mas não sancionados, ou que decorreram directamente de jogadas onde existiram ilegalidades generalizadamente aceites.
 

O ponto que devia ter sido outorgado ao FC Porto no jogo com o Benfica, resulta do facto de que, sendo retirados aos encarnados dois dos três pontos da vitória, o outro pontinho do empate para alguém teria de ir...

Curiosidades sobre o SC Braga x Benfica

05
Nov09

Na época passada, o SC Braga orientado pelo Jorge Jesus, com o Luís Aguiar e o Rentería, em vez do Hugo Viana e do Meyong, perdeu 1-3, com o Benfica, treinado pelo sobrinho da Lola Flores, que jogava três vezes menos que o actual Benfica (Jorge Jesus dixit).

 
O Benfica actual, treinado pelo Jorge Jesus, com o Saviola, o Fábio Coentrão e o Javi Garcia, em vez do Reyes, do Jorge Ribeiro e do Katsouranis, perdeu contra os arsenalistas do Minho, com jogadores escolhidos pelo Jorge Jesus, e treinado pelo Domingos Paciência.
 
O SC Braga deve estar a dar graças a Deus, por Jesus ter ido para a capital!
 

Jesus, provavelmente, ainda reclamará para si algum do mérito desta vitória do SC Braga. Admitamos: desta vez, por uma vez, merece-o!

 

 

Ao Benfica foram perdoados: um cartão vermelho ao Javi Garcia, por agredir o Meyong, com um pontapé na cabeça, quando este se encontrava por terra, depois de sofrer uma falta não assinalada do Ramires; um cartão “cor-de-laranja”, ao Cardozo, por mais uma daquelas entradas a destempo sobre um adversário, como no jogo do Marítimo sobre o Alonso; um cartão amarelo, ao Di Maria, por idêntico motivo.
 
E ainda: a falta mencionada do Ramires, e mais uma entrada do Luisão, como de costume.
 
Aos 7 minutos de jogo, o Fábio Coentrão faz falta sobre o Alan, e vê cartão amarelo. Da cobrança da falta, nasce o primeiro golo do SC Braga.
 
Tudo aquilo que disse antes disto, passou-se… pasmem, até aos cinco minutos de jogo!
 

E o Benfica diz que foi prejudicado em Braga?! Deixem-me rir!

Tenham lá Paciência (actualizado em 04.11.2009)

02
Nov09

Futebol todo-o-terreno, no rescaldo do SC Braga x Benfica

 

Na bancada:

 

"Tantos milhões e o Lucílio [Baptista] continua a ser o vosso melhor jogador"

(faixa colocada pelos adeptos do SC Braga numa bancada do Estádio AXA)

 

 

 

No campo:

 

2-0, para o SC Braga.

 

No túnel:

 

1-1.

 

Na sala de imprensa:

 

Pelo menos uns 3-0, para o Domingos Paciência.

 

Conclusão do Jorge Jesus:

 

"O Benfica não é invencível. Não há equipas invencíveles" (ou será: "invencívels"?)

 

Parabéns SC Braga e Parabéns Domingos!

 

 


Nota: Nem Todos-os-Santos conseguiram ajudar o Sporting a levar de vencido o Marítimo, vamos lá ver o que é que o Dia de Finados nos traz.

 

Quem ainda estrebucha, após o desaire de Braga, é o Glorioso. Agora é uma queixa, no Ministério Público, por causa das cenas edificantes, passadas no túnel no intervalo do jogo com o SC Braga.

 

Ou seja, apesar da ajuda que alguns adeptos do Sporting vieram dar, para que fosse rapidamente varrida das páginas dos jornais, a derrota haloweenesca do Benfica, o Pablo Aimar ainda é capaz de ver satisfeito o seu desejo de que "falem tanto do golo anulado, como do pénalti" da jornada anterior.

 

Por aqui se vê o calibre do artista. Fá-las, e ainda tem a lata de vir com recriminações. E, ainda por cima é reincidente (convém não esquecer Leiria!).

 

Parecem despontar alguns sintomas de nervosismo lá para os lados da 2.ª Circular. No Benfica, é uma estranha fixação por túneis, e no Sporting, até tiros foram necessários para afastar os adeptos mais indefectíveis.

 

No meio disto tudo, é de louvar a mensagem transmitida aos senhores das claques de futebol, sejam elas de que clube forem, pelo Conselho de Disciplina da Liga de Clubes, ao arquivar o processo contra o presidente do SLB, por apoio dado a uma das claques do seu clube.

 

São exemplos destes de que o futebol precisa. E isto, apesar de o processo ter tido origem numa participação do Ministério Público, com suporte, entre outros, no depoimento de um comandante da PSP.

 

Noutras situações, e estou a lembrar-me, sei lá, por exemplo, do "Apito Final", as teses do Ministério Público fizeram fé, e serviram para punir dois clubes.

 

Mas isso foram outros tempos e outros clubes. O Presidente do Conselho de Justiça, que até propôs penas mais duras, para os casos de corrupção desportiva (a destempo - helas!), agora está numa mais soft, ou então os clubes, que são quem realmente tem o poder, deram-lhe a volta.

 

Vejam lá que o Aimar, pela brilhante performance contra o Nacional, é capaz de se safar com uma multazita, quando o Lisandro, na época passada, foi realmente castigado.

 

Enfim, é o que temos. Ao contrário do que o homem dos "invencívels" nos quer fazer crer, o futebol não se joga só no rectângulo de jogo, e a sua entidade patronal, possui um lastro invejável de experiências nessa matéria.

 

 

Haja Paciência - a conclusão

22
Set09

Lá diz o ditado, e com razão: "as gatas apressadas, parem os filhos cegos".

 

Com a pressa de pôr cá fora o post anterior, esqueci-me de algo muito importante: dar os parabéns ao Domingos Paciência.

 

E não é só pela vitória. É por isso, e pelos resultados que alcançou até aqui, com uma equipa de jogadores, que, como diz o omnipresente Jesus, "foram escolhidos por mim".

 

E ainda por quase conseguir calar aqueles que diziam que iria fazer um favor ao FC Porto. Deu-lhes um banho de dignidade e profissionalismo.

 

Parabéns! 

Haja Paciência

21
Set09

 

Como diria o "Gato Fedorento", digamos que fiquei "medianamente" lixado com a derrota do FC Porto em Braga.

 

É certo que o FC Porto perdeu, e isso irrita-me, mas, dentro de tudo, houve atenuantes para que não ficasse completamente lixado.

 

Vejamos, ou melhor, não vejamos, porque não vi o jogo. Só uns quantos comentários, a jogada do penálti do Álvaro Pereira e o golo do Alan. Não sei se o FC Porto jogou bem ou mal, mas por aquilo que ouvi e vi, o Pedro Proença até perdoou uma grande penalidade ao FC Porto.

 

Estava a começar a detectar no Álvaro Pereira uma perigosa tendência para fazer faltas estúpidas nas proximidades da área, e claro, agora aprimorou-se, e cá vai disto, mesmo dentro da área.

 

E quanto ao golo, o que dizer de um golo assim? "Ponham o Beto no lugar do Helton"?! Será que adiantava? Não sei, mas não me parece.

 

Mas isto são só pormenores. O que irrita verdadeiramente é que foi preciso o FC Porto perder em Braga, para alguns palermas engolirem em seco aquela estupidez do jogo com o Sporting de Braga, não passar de favas contadas, porque o Domingos havia de fazer um favorzinho ao Porto.

 

Cambada de idiotas! Então só porque o homem jogou em tempos no FC Porto, e é portista, ia perder ou empatar um jogo, "para fazer um favor"!

 

Os palermas que colocaram essa hipótese nunca devem ter ouvido falar em brio e dignidade profissional. Deve ser qualquer coisa que não existe nos seus clubes, e claro está, é perfeitamente normal para eles, até obrigatório, que os treinadores dos clubes adversários, ex-profissionais do seu clube, façam o tal "favorzinho", quando defrontam o "grande clube".

 

Por favor. Então se o homem é do FC Porto, já deviam saber que, a última coisa que ele faria, era um favor. A quem quer que fosse. Não é essa a fama do FC Porto?

 

O que é chato é que foi preciso uma derrota para calar esses idiotas. E nem assim se calaram. Agora é ver as parangonas: "Traição de Domingos". Estúpidos, o jogo até foi ao Sábado!

 

Está-se mesmo a ver que com o Jorge Costa e o Olhanense, vai ser a mesma história.

 

E depois temos o Glorioso, e mais o seu divino treinador.

 

Ainda mal tinha acabado o jogo, e já o Mestre proclamava: "Tenho a certeza que foi grande penalidade"!

 

Compreende-se. Foi uma questão de fé.

 

Na realidade, não era castigo máximo. Quando muito seria jogo perigoso, livre indirecto, e cartão amarelo.

 

Mas o que é que isso interessa? Niente. Para o bom do Jesus, inabalável na sua fé, mesmo depois de ver o lance na televisão, continua a ser penálti, e mais, "É com este espírito que se fazem campeões", diz ele.

 

Não lhe chamaria "espírito", mas lá que é espirituoso, ai isso é. E depois, vêm alguns criticar o Jesualdo...

 

O bom do Jesus prepara-se para suceder ao Giovanni Trappatoni, e ver cair-lhe no colo um título da Liga. Só que ao contrário do Trap, que não soube muito bem de onde é que aquilo veio, este sabe perfeitamente, de onde é que vem e como é que vai ser campeão.

 

O Trappatoni, que já tem títulos ganhos a dar com uma pá velha, se calhar, ao contrário do Rui Costa, até tem alguma selectividade em relação ao orgulho que tem dos títulos que conquista.

 

O que é certo é que, depois de ganhar a Liga pelo Benfica, com a desculpa das saudades da família, pisgou-se de volta para casa. Deve é ter tomado o caminho mais longo, porque, ao que consta ainda não chegou lá.

 

Lembro-me perfeitamente do amigo Jesus, dos tempos de jogador do SC Farense, a caminho do Estádio de São Luís, de blusa de linho, calça largachona, sandálias e bolsa a tiracolo, com o aspecto de quem andava a fumar coisas esquisitas.

 

Como jogador, batia a cem por cento certo com o que o Manuel Fernandes disse dele no "Record" de domingo: sem chama, mole, pouca nervo, como que a pisar ovos em pleno campo, isto, quando jogava.

 

Agora redefiniu-se como treinador. É aguerrido, tem fibra, tem opiniões firmes, ainda que erradas, e é a voz do dono. É pena.

 

Mas se é esse o preço que se tem de pagar para ser campeão, que seja.

 

E daí o "medianamente" lixado. Como cada vez mais estou convicto que esta podia ser baptizada a Liga-pescada (antes de o ser, já era), e que vai ser para o Benfica, pelo menos não vou ficar completamente lixado com as derrotas que o FC Porto possa sofrer.

 

Com as vitórias imerecidas dos outros, é que vamos a ver...

 

 

 

 

 

Antevisão da época 2009-2010, em tons de azul

10
Ago09

No Domingo que passou teve início oficial a época futebolística de 2009-2010, com a vitória do FC Porto sobre o Paços de Ferreira, na Supertaça Cândido de Oliveira, aquela que, como dizia aqui há uns anos, o Manuel Galrinho Bento, se joga “a feijões”.

 
Isto ao nível nacional, porque internacionalmente já contamos com duas equipas encostadas às boxes: o Sporting de Braga e o Paços de Ferreira. Mau começo para o Domingos Paciência em Braga. Vamos lá ver se os bracarenses têm paciência, para além dele!
 
No entanto, nem tudo foi mau na estranja. O Sporting, com um golpe de ombro pastorício, lá conseguiu eliminar o Twente, e agora venha de lá a Fiorentina.
 
Esta antevisão, assim sendo, já vem um bocadinho a destempo, mas, como até me divirto, vai ser interessante lá para Maio, constatar se pesco um coche da bola ou não. Provavelmente se acertar nalguma coisa, passe a modéstia, será por mera casualidade.
 
Obedecendo ao alinhamento prevalecente dos candidatos ao título, e só destes, porque dos outros, tenham dó, cá vai.
 
Benfica. O Sport Lisboa e Benfica é, claramente, o principal candidato ao título da Liga Sagres 2009-2010.
 
Um clube com seis milhões de simpatizantes, que, de entre todos os clubes do Mundo, tem o maior número de associados, ainda que alguns não paguem quotas há mais de 30 anos. Um clube que tem como presidente Luís Filipe Vieira, como responsável pelo futebol, o “Maestro” Rui Costa, e o melhor treinador português, tem que ser o principal candidato ao título.
 
Uma SAD que gasta 20 e não sei quantos mais milhões de euros, em contratações de jogadores, alguns que mal aterram, e assim que o treinador lhes põe os olhos em cima, fazem ricochete, e vão de volta, e que só vende, por algo que valha a pena (dois milhões de euros), um jogador - o Katsuranis, tem que ser o candidato número um ao título.
 
Uma equipa que ganha a Eusébio Cup, sim, a EUSÉBIO CUP, e logo ao grande AC Milan, desculpem lá, mas ainda que a alguns custe a aceitar, é assim mesmo, e não há volta a dar. Especialmente quando os principais adversários, claramente, ficaram na mesma, ou perderam potencialidades.
 
O Sporting tem praticamente a mesma equipa que, nas últimas quatro épocas, se classificou à frente do Benfica. Por isso, dadas as melhorias na equipa da Luz, este ano é que não vão ter hipótese.
 
O FC Porto, à medida que o Benfica ia contratando grandes jogadores, trocou os seus dois melhores jogadores, dizem por aí, por quase uma dezena de jogadores medianos, ou desconhecidos. Também não vai lá.
 
A equipa-base que não deve fugir muito disto: Júlio César; Maxi Pereira, David Luiz, Luisão e César Peixoto; Javi Garcia; Ramires e Aimar; Saviola, Cardozo e Di Maria, tendo em conta o modelo de jogo que Jorge Jesus utilizava no Sporting de Braga.
 
Como se vê, ainda ficam de fora, muitos e bons jogadores: Quim, Moreira, Sidnei, Miguel Vítor, Shaffer, Ruben Amorim, Carlos Martins, Urreta e Yebda (se ficar). E no ataque então, é um deslumbramento: Nuno Gomes, Mantorras, Fábio Coentrão, Keirrison e Weldon.
 
Pergunto-me, tendo em conta as lacunas que foram apontadas ao plantel da época transacta, onde é que param os defesas laterais? Sendo a integração do Luís Filipe uma incógnita, quanto tempo levará o Jorge Jesus até pôr o Miguel Vítor à direita? O David Luiz já fez uma perninha a lateral esquerdo, e muita porrada deu ele nas perninhas dos milaneses, enquanto o Sidnei ganhava tempo de jogo a central.
 
Curiosamente, sai o David Luiz, entra o Shaffer, e faz o cruzamento para o golo. E agora com mais o César Peixoto? A ver vamos.
 
No resto, o Benfica permanece igual a si próprio. O caceteiro-mor, Maxi Pereira, está fora por dois meses, mas tem lá os seus escudeiros: o David Luiz, o Luisão e o Miguel Vítor. É mais do mesmo, com o Javi Garcia a parecer perfeitamente integrado na filosofia de jogo destes colegas, e o Ruben Amorim a continuar a fazê-las pela calada.
 
Uma porradinha aqui, outra ali, mas sempre à sorrelfa, para não dizer à canídeo.
 
Estamos indubitavelmente perante o principal candidato ao título. Sem qualquer discussão.
 
O único contra que vejo, é a possibilidade do Fábio Coentrão ficar no plantel. É que, ficando, dificilmente jogará. Se fosse emprestado, pelo menos contra o FC Porto, haveria de fazer dois jogos do caraças!
 
Admitamos, é muito pouco em contra.
 
Sporting. A equipa do Sporting Clube de Portugal, especialmente depois de ver o jogo fora contra o Twente (o do golpe de ombro do Rui Patrício), parece-me mais fraca do que na época passada. Comparativamente com o Benfica, já se viu que não tem hipóteses.
 
A perda do Derlei, não é fácil de superar. Não pelo muito que aquele jogasse, mas pelo empenho e dedicação que punha em campo, batendo-se sempre com grande abnegação. E, fundamentalmente, pela componente traumática, pré e pós entrada ao lance, que induzia nos adversários, e que os fazia pensar duas vezes, antes de discutirem uma jogada com o “Ninja”.
 
O Romagnoli até era engraçado, e dava umas voltas e reviravoltas giras, quando pegava na bola. Claro está que isto de dar voltas, é como dizia o João Pinto, são 360º, e não se sai do mesmo sítio. Bem, o “Pipi”, acabou por sair, e já não mora em Alvalade. Fico triste e feliz, ao mesmo tempo, porque, tirando os jogos contra o Porto, em que, por burrice do Jesualdo, o dito cujo até conseguia desequilibrar, nos outros jogos, não fazia nada de especial.
 
O Ronny também saiu. E é também uma grande perda, dada a mais valia que constituía para o Sporting na marcação dos livres directos. Já para não falar dos lançamentos laterais. Perdi a conta aos golos que marcou de livre!
 
Os que entraram, não me parecem muito diferentes dos que lá estão. Excepto o Caicedo, que é muito mais forte que o Derlei, e por enquanto, ainda parece distinguir as pernas dos adversários da bola. O André Marques parece integrado no espírito da equipa, e o Matias, até agora parece uma espécie de Romagnoli, sem tatuagens (pelo menos que eu tenha visto), logo, com melhor aspecto. Dá a impressão que tem um estilo de jogo mais perpendicular para a baliza, mas posso estar enganado. A confirmar.
 
Os que ficaram. Os que ficaram continuam a mesma corja de caceteiros que espalhou nódoas negras pelos relvados portugueses na temporada transacta.
 
Na defesa safa-se, por pouco, o Abel, quando não apanha os árbitros distraídos, e mete mãos à bola desnecessariamente. Mas há o Polga, o Tonel, o Daniel Carriço, em plena fase de consolidação, o Pedro Silva, o Caneira, e como se não bastasse, o André Marques, é do mesmo género.
 
No meio do terreno temos esse portento de jogador, que é o Rochembach. Um autêntico rolo-compressor a meio-campo. É um jogador que faz a quadratura do círculo. Ou seja, é tão quadrado, como redondo ao mesmo tempo. No futebol propriamente dito, não há grande coisa a dizer.
 
Faz o lugar. Ou melhor, dada a sua dimensão, futebolística, claro está, faz vários lugares. E distribui fruta abundante e gratuitamente, em todos eles, sendo mais um, quando não o principal cabecilha, da trupe fandanga acima mencionada.
 
Nas segundas partes, surge uma nova variação da quadratura do círculo, e passa a ser um quadrado no grande círculo.
 
Nos jogos contra o Twente, foi substituído, com vantagem, tenho que admitir, pelo Miguel Veloso, que aparentemente, voltou a pentear-se com escova, abandonando o pente, que lhe picava as ideias. Resta saber se é para durar.
 
O Izmailov está de baixa, e o Vukcevic, vendo a equipa que o Paulo Bento pôs a jogar contra o Twente, não tem um lugar garantido. Enfim, são opções.
 
Como o Sporting já fez dois jogos oficiais, acho que é batotice da minha parte propor uma equipa-tipo, até porque não andaria muito longe da oficial: Rui Patrício, se bem que tenho as minhas dúvidas, se não seria de pô-lo no lugar do Postiga; Abel, Polga, Daniel Carriço e Caneira; Miguel Veloso (Adrien); Matias Fernandez (Miguel Veloso ou Izmailov), João Moutinho e Vukcevic; Liedson e Postiga (Caicedo, Yannick ou Rui Patrício).
 
Recuperado o Izmailov, penso que tem lugar na equipa, seja lá onde for.
 
Uma nota para dois rapazes que me agradam de sobremaneira: o João Moutinho e o Pereirinha. Os meus parabéns ao Sporting, pois conseguiu “amorfizar” completamente o João Moutinho.
 
O moço está amorfo, sem chama, desinteressado e desinteressante. Até com pubalgia jogava mais. E se o libertassem mais para a frente? Não seria de aproveitá-lo para organizar jogo, em vez de lhe darem um papel secundário? É só uma ideia parva.
 
Afinal de contas, só andou a carregar com a equipa duas épocas consecutivas, e se foram à final da UEFA, podem agradecer-lhe. Se acharem que não, e que assim como está, está bem, não fico chateado.
 
Ao Pereirinha, falta-lhe aquele golpe de asa, que o torne, pelo menos, candidato a aparecer mais vezes na equipa principal. E se fosse rodando a lateral-direito?
 
O outros. O que é que se há-de dizer do Yannick Djaló e do Hélder Postiga? Boa sorte com a Luciana Abreu, e boa sorte em geral. O Boavista não deve tardar a subir de Divisão, e lá poderá voltar ao Porto.
 
FC Porto. O tetracampeão Futebol Clube do Porto, ou treta campeão, como alguns entendidos na matéria, com toda a propriedade lhe chamam, esta época não tem qualquer hipótese de revalidar o título.
 
Por duas ordens de factores: os externos e os internos. Na frente externa, o Benfica TEM que ser campeão.
 
Não é à toa que se faz um investimento como o que o Benfica fez. Um investimento daquele calibre, feito cirurgicamente, quando o Porto perde dois dos seus pilares da equipa, não é feito só para hipotecar futuras receitas, e comprometer as hipóteses de aparecimento de candidatos à liderança do clube, que agora, até a eleições já têm a desfaçatez de apresentar-se.
 
Não, um investimento daqueles tem que ter retorno desportivo, e imediato. E isso, exige a conjuração de todas as forças possíveis e imaginárias, ou, tão simplesmente, a vitória do PSD nas próximas eleições, que assegure a continuidade, e eventualmente, potencie a desfaçatez e a falta de vergonha que campeia na Liga de Clubes.
 
Na ordem interna, no FC Porto, tal como na última temporada, continuam a denotar-se diferenças perigosas de comportamento face aos adversários directos, que ainda não comprometeram irreversivelmente as suas aspirações, mas que mais tarde ou mais cedo, acabarão por fazê-lo. Neste caso, aposto que é mais cedo.
 
Os jogadores do FC Porto, quando comparados com uma grande parte dos jogadores do Benfica e do Sporting, são uns anjinhos. Não fazem mal a uma mosca. São incapazes de dar um porradão bem dado a um adversário. Ainda agora com o Paços de Ferreira, se tornou a ver mais do mesmo.
 
Um jogador como o Hulk, com um corpanzil daqueles, leva porrada e fica a reclamar com o árbitro? Para quê? É na jogada a seguir afinfar uma pantufada no adversário, e pronto. Assunto arrumado.
 
Tirando o Bruno Alves, o FC Porto não tem jogadores que façam concorrência aos caceteiros do Benfica e do Sporting. É bem certo que os árbitros não são tão complacentes com o FC Porto, nesse tipo de situações. Mas, por favor, observem os adversários. Vejam o Polga, o Caneira ou o Ruben Amorim, e vejam como isso se faz, disfarçadamente e pela calada.
 
Este é, quanto a mim, o principal óbice do FC Porto. Ainda não vi jogar o Prediger. Espero que o apodo de “El Perro”, signifique alguma coisa.
 
Este ano, com a contratação do Beto, já se pode introduzir um outro tipo de rotatividade entre os guarda-redes. O Helton joga a Liga, o Nuno, as Taças, e o Beto, os jogos internacionais. E assim evitam-se as palhaçadas do Helton, nos jogos internacionais.
 
Na defesa, o Fucile, apesar das intermitências mentais de que parece padecer ao longo do jogo, deve ser titular, porque o Sapunaru… Enfim, o Sapunaru é como dizem os americanos: “The ligths are on, but no one’s home”. Futebolisticamente falando, é claro. Aquela tirada do Fucile, de que o FC Porto se alimenta de conquistas, valeu-lhe o lugar. E merece-o, porque demonstrou que sabe onde está.
 
O Bruno Alves, depois do golo que ofereceu na meia-final da Peace Cup, parecia ter resolvido definitivamente a questão da saída do Porto. Se bem que, com o golo que marcou ao Paços de Ferreira, não sei, não.
 
Ná, não há olheiros de equipas estrangeiras a assistirem à Supertaça portuguesa, quando em Inglaterra se jogou a Community Shield. E ainda para mais contra o Paços de Ferreira!
 
O Rolando é o exemplo acabado do jogador que não faz mal a uma mosca. Joga, sim senhor. Até acerta mais do que falha, mas é duma moleza confrangedora. Falta-lhe chispa, uma centelha, um click, que o faça impor-se com arrogância, e dizer: “este espaço é meu!”. O Pepe, em termos físicos, não deve andar muito longe, e vejam lá se não arreou os dois patassos, e mais uns quantos secos no outro gajo!
 
Enquanto o Rolando não ganhar porte, tenho muita pena, mas não acho que seja jogador para ser titular do FC Porto. Vamos lá ver o Nuno André Coelho e o Maicon.
 
O Álvaro Pereira, honra seja feita à prospecção de jogadores do Benfica, caiu que nem uma luva na lateral esquerda.
 
No meio-campo, gostava de ver o Raul Meireles a fazer, não de Lucho, mas de organizador ou lançador de jogo. Mas isso colocava um problema: e depois, quem é que fazia de Raul Meireles?
 
Desde que não seja o Mariano Gonzalez a fazer de Lucho, como o Jesualdo Ferreira ensaiou, num pesadelo qualquer no passado, talvez um dos novos, o Belushi ou o Valeri, faça o lugar.
 
Uma coisa é certa, com a saída do Lucho Gonzalez, o FC Porto ganhou uma mobilidade no meio do terreno, que com o “El Comandante” era inimaginável. Ele não se mexeu durante duas das cinco épocas que cá esteve, nomeadamente na última, que acabou com aquela lesão providencial.
 
Por isso, por aí, desenganem-se se pensam que o meio-campo do Porto ficou mais fraco com a saída do Lucho.
 
No ataque, o Hulk é indiscutível. Vamos ver se entretanto, não vem de lá o Chelsea com um camião de dinheiro, e o leva para Londres.
 
O Silvestre Varela pode, a espaços, fazer de Lisandro López. Só tem é que ser chato, e insistente na forma como pressiona nos adversários, porque marcar golos, isso foi coisa que o Lisandro também só fez quando namorou a Marta Leite Castro.
 
E longe de mim querer insinuar o que quer que seja, quanto a namoricos…
 
No centro, o Farías continua aquela coisa esquisita, macambúzia, com um penteado pouco ortodoxo, mas marca golos, e ao Falcao, já lhe vi uma jogada muito interessante. Parece é que foi a única que fez!
 
E falta o Cristián Rodriguez. Macacos me mordam, se de entre o Cristián, o Varela, o Hulk, o Farías e o Falcao, não dá para aproveitar qualquer coisa de jeito.
 
Portanto, em termos globais, não me parece que o FC Porto esteja assim, taaão mais fraco, que na época passada. Tem muitos jogadores novos. Isso é verdade. Vai ser complicado integrá-los todos. Tudo bem.
 
Mas é uma pena que o alinhamento estelar e que Saturno na quinta casa do Caranguejo, não permitam a esta equipa lutar pelo título, de igual para igual com o Benfica. Havia de ser um belo campeonato!
 

Assim, como assim, mais valia fazer aquilo que propus aqui há tempos, mas em relação ao FC Porto: entreguem esta época a vitória na Liga ao Benfica, e passemos à seguinte, de preferência, em pé de igualdade.

Técnicas de Negociação

06
Ago09

Esqueçam os manuais de técnicas de negociação, de comunicação e de marketing. O "Mercator" já era, e o pessoal das vendas agressivas de "time-share", colchões ortopédicos, cartões de viagens, aspiradores (perdão, purificadores de ar), e panelas "Bimbi", que se cuide.

 

O Luís Filipe Vieira acaba de redesenhar toda essa panóplia de parvoíces, e, fazendo a apologia do aforismo "o cliente tem sempre razão", inaugurou uma nova era no relacionamento vendedor-comprador.

 

No aeroporto, à saída do Sporting de Braga para a Suécia, na falta de melhor para perguntar, os jornalistas questionaram o presidente dos minhotos sobre o César Peixoto.

 

Nada de especial, não quis jogar, o Carlos Freitas comunicou a recusa do jogador, está suspenso a aguardar o desfecho do processo disciplinar, e pronto.

 

E contactos com o Benfica?

 

"Bem, o presidente do Benfica telefonou-me, disse que estavam interessados no César Peixoto, e quais eram as condições para o contratarem. Eu, acho que que vende é que diz em que condições vende, por isso..."

 

Grande Vieira. O Vieira quer, o Vieira pode, o Vieira manda. E o Braga, baixa as orelhas!

 

Não vale apena insistir sobre os padrões de comportamento do distinto sr. Luís Filipe Vieira, dignos de outros tempos, certamente, mas infelizmente, cada vez mais frequentes e estranhamente aceites sem reparo.

 

Só espero que o SC Braga não esteja desesperado por receber os 300 mil euros, que valerá o César Peixoto, porque o que ele merecia era ficar na bancada a época toda.

 

E já agora, o "monsieur" Platini, tão preocupado que está com a ética do Cristiano Ronaldo, podia dar uma vista de olhos a casos como este de extremo "fairplay" negocial.

 


Nota: Estúpido! O "monsieur" Platini ainda deve estar a recuperar do desgosto de ter que gramar com o FC Porto na Champions!