Corria o ano de 1981, e em 1 de Março, o FC Porto veio a Faro defrontar o SC Farense para a Taça de Portugal.
O jogo saldou-se por uma vitória azul e branca, com o Sousa a ser o autor de ambos os golos.
Ao intervalo, um pai sportinguista mexeu os seus cordelinhos, e conseguiu infiltrar o filho portista, vá-se lá saber como e porquê, (que a mãe também é sportinguista!) no pátio de acesso aos balneários do velhinho Estádio de São Luís.
E foi ali, a acenar envergonhadamente com um bloquinho de notasaos jogadores que iam passando, para que o assinassem, que resolveu a dúvida existencial do primeiro embate entre aqueles dois clubes a que assistiu.
Trinta e três anos depois, quase trinta e quatro, no rescaldo de um recente repasto em família, enquanto procurava um antigo jogo de xadrez para os filhos, outra vez feito miúdo, deu de caras com um bloco de notas, feito por si na aula de Trabalhos Manuais, que detestava.
De dentro do bloco, saltaram as duas folhinhas abaixo reproduzidas.

Algumas das assinaturas são perfeitamente identificáveis. Duda, Frasco, Freitas, Fernando, um defesa-central barbudo, que viera do SC Braga, o Albertino, hoje pintor.
Mas a que resta, por mais que me esforce, não consigo identificar. Não sei se será do Sousa, o herói desse jogo.
Será que alguém com boa memória e acuidade visual me consegue ajudar?
Nota: Ainda não vi o jogo de ontem, todo. Mas gravei-o, e conto vê-lo logo, por isso, hoje apeteceu-me encher chouriços com esta manobra de diversão.
Nota da nota: Prometo que, quando lá chegar, vou festejar o golo do Herrera, como se fosse um momento único e irrepetível!
De
Alex F a 27 de Novembro de 2014 às 13:48
Inteiramente de acordo com a parte de fazer mais sentido apoiar o clube da terra de cada um, embora no nosso País isso não passe de uma utopia. Mas atenção, de acordo desde que isso se aplique a todos os clube.
Apoiar o clube da minha terra é o que faço desde que tomei consciência (real) da sua existência.
Ou seja, tenho dificuldade em discernir se fui primeiro farense (do SC Farense) ou portista.
Morei muitos anos defronte para o São Luís, sabe?
Claro que não sabe. Como também não sabe que joguei alguns anos basquetebol federado com o emblema do SC Farense no peito, e tenho muito orgulho disso.
E que fui sócio do SC Farense durante praticamente 20 anos. Estive com o Farense desde a segunda divisão, até mesmo quase a descer para a terceira, até à primeira divisão, passando pela Taça UEFA.
Por isso não brinque com isso do hino e da história, que talvez se arrependa!
Só deixei de ser sócio, e já agora, de ter lugar cativo no São Luís quando surgiu a SAD. Discordei e discordo, nunca me agradou, e sempre me pareceu que ia dar mau resultado, como se veio a verificar.
Se leu o texto, deve ter reparado na parte onde digo que ficou resolvida uma dúvida existencial.
Percebeu onde é que eu queria chegar? Não deve ter percebido, mas eu explico-lhe.
Nunca entrei no São Luís (ou em Portimão, que também lá vi um jogo contra o Porto, por interdição do São Luís!) para ver um SC Farense x FC Porto, que não fosse a torcer pelo Farense.
E nunca sai de lá sem ser a torcer pelo FC Porto. Sabe porquê? Por causa dos adeptos do Farense, que tomando as mágoas de outros clubes, que não os da terra deles, constantemente gritavam para partirem pernas aos do FC Porto, e coisas do género.
Assisti, ninguém me contou (morei perto do Estádio, recorda-se?), o autocarro do FC Porto a ser apedrejado por adeptos vestidos à Farense, com camisolas vermelhas por debaixo das brancas, e a usarem cachecóis vermelhos e brancos com NN virado ao contrário. Acha que eram dos South Side Boys?
Portanto, não julgue os outros sem saber do que fala.
Sou de Faro, sou farense e sou do SC Farense. Sempre fui, e sempre serei.
Como também sou portista, por apesar de ser do sul, sentir uma maior afinidade com o norte do que com a capital do nosso País e os clubes de lá.
Lamento que lhe agrade, mas não muito. Da mesma maneira que também lamento se não agradar a alguém do outro lado.
De
Alex F a 27 de Novembro de 2014 às 22:58
Lamento que "não" lhe agrade, falta o "não" como é óbvio.
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