Julen Lopetegui resolveu dar uma abébia aos seus inúmeros ilustres "colegas" de bancada e de sofá, e não só retirou Herrera do onze inicial, como ainda lançou Brahimi a 10.
Tenho cá para mim que ele, ou alguém do staff, devem ser leitores assíduos de alguns sítios da bluegosfera...
Para minha satisfação pessoal, Martins Indi apareceu a lateral-esquerdo, compondo assim, a defesa de quatro "Ms" que, desde Julho, previa vir a ser uma hipótese.
Politicamente correcta, ou Lopeteguicamente correcta, como se lê no titulo, a coisa não correu mal. De início. Brahimi, não sendo propriamente um organizador de jogo, mostro-se activo e voluntarioso, q.b., na procura da bola, ainda que depois, com ela nos pés, nem sempre se decidisse pela melhor solução.
A opção rendeu um golo madrugador, mas à medida que o tempo foi avançando, tornava-se evidente que haviam ali unidades em claro sub-rendimento: Varela, Tello e Imbula.
Qualquer um destes três poderia ser candidato a uma saída precoce. No entanto, certamente para grande alegria de Miguel Sousa Tavares, Lopetegui optou por Varela.
Ora, se um cretino será sempre um cretino, um casmurro, será sempre um casmurro.
Ausentes quaisquer um dos dois extremos, que na altura lhe restavam no plantel, Hernâni e Ricardo Pereira, a troca directa estava fora de questão.
Sai Varela, entra André André, e acabou-se Brahimi a 10. Tello muda para o flanco direito e o argelino vai para a esquerda.
E a equipa continuou em queda até ao intervalo, e depois dele. Pior que isso, como Tello para além de pouco mais ter feito que Varela, também não defendia, e Indi pouco avançava, abria-se nas suas costas espaço, por onde o Estoril aproveitava para se esgueirar (coincidência, ou talvez não, quando Tello mudou para a direita, o Estoril começou a mostrar-se mais atrevido por esse lado).
Eis senão quando, Lopetegui regressa a si próprio e lança Herrera na partida, por troca com Imbula. Sem que aquele tivesse feito algo de muito relevante, o FC Porto marca o segundo golo, no livre do Maicon.
A entrada de Herrera mexeu com o Feng-Shui da equipa. Removido o escolho que obstaculizava o fluxo do ki, o yang e o yin entraram em harmonia.
Ou por outras palavras, com Martins Indi, que tem uma menor projecção ofensiva que o seu antecessor, e que o colega do outro lado, no onze inicial, Lopetegui contaria com o dinamismo de Imbula e Danilo, para carrearem o jogo para diante.
Como isso não aconteceu, e equipa partiu-se. Herrera acabou por funcionar como o elo de ligação que André André, sozinho não conseguira ser.
O segundo golo deitou por terra o atrevimento estorilista, e ainda houve tempo para espetar mais um prego no caixão, onde irá jazer não tarda muito, o que resta da confiança de Aboubakar.
Lopetegui começou o jogo satisfazendo os anseios dos adeptos, lopeteguicamente correcto. Porém, à medida que o tempo foi passando, como quem não quer a coisa, foi voltando a si próprio, para acabar no esquema que lhe é habitual.
No processo, terá acabado por queimar uma substituição. Será que das três unidades em sub-rendimento, não foi capaz de identificar aquela que mais impacto tinha no (mau) funcionamento da equipa?
Ou será que fazer avançar logo ali o Herrera, dava muito nas vistas?
O que me parece é que este sistema com o Brahimi a 10, tem potencial, e merece uma segunda tentativa. Mas, se assim fôr, que seja uma experimentação séria e sem pressas de voltar ao que era dantes.
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