Rui Patrício e Podence, ambos representados pela Gestifute, de Jorge Mendes, são, até à data, os únicos dois jogadores que rescindiram com o Sporting, e arranjaram formalmente clube.
(nesta data, a contratação de Rúben Ribeiro, pelo Nantes, estará presa por um “contratempo”, e nós vimo-nos e desejámo-nos para vender um homem que esteve no Mundial, o Layún, por uma bagatela, e aquém do que custou.)
Rui Patrício seguiu para o Wolverhampton, clube da Fosun, ou seja, do Jorge Mendes, e Podence, para o Olympiakos, de Evangelos Marinakis, também proprietário do Nottingham Forest, treinado pelo adjunto favorito de Mourinho, Aitor Karanka, e para onde neste defeso, se transferiram do Benfica, João Carvalho e Diogo Gonçalves (e se falou do Bruno Varela), e onde está emprestado pelo Mónaco, Gil Dias.
Sim, todos Gestifute.
Na época passada, André Silva e Rúben Neves, que também são Gestifute, saíram do FC Porto, para o AC Milan e para o Wolverhampton, e para este último, saiu Boly, por empréstimo, entretanto, concretizado em saída definitiva.
Ricardo Pereira, cuja carreira não é gerida por Jorge Mendes, saiu para o Leicester, para onde, antes dele, haviam saído do Sporting, Slimani e Adrien.
O Leicester, que parece próximo do Stellar Group, parece ser um bom porto de abrigo para jogadores que não são representados pela Gestifute.
No mercado de Janeiro, o FC Porto contratou Waris, vindo do Lorient, cujo proprietário, vindo do mundo da finança, aparentemente trabalha por conta própria, Paulinho, do Portimonense, ligado a Juan Figer, e fez regressar Gonçalo Paciência.
Por sua vez, o Sporting, como termo de comparação, contratou Rúben Ribeiro, que já teve a carreira acompanhada por agentes como César Boaventura ou Tiago Calisto, e apalavrou Marcelo, junto do Rio Ave, e Wendel, através de um consórcio que terá juntado Figer e o Stellar Group.
Antes destes, havia contratado no início da época ao SC Braga, Bataglia. Sobre o Rio Ave e o SC Braga, e a relação destes com Jorge Mendes, será desnecessário dizer alguma coisa.
Surpreendentemente, Diogo Dalot e Gonçalo Paciência, ambos representados pela Proeleven, de Carlos Gonçalves, antigo agente de Rui Patrício, não renovam com o FC Porto, e saem. Dalot para o Manchester United, orientado pelo primeiro dos treinadores de Jorge Mendes, José Mourinho, e Gonçalo Paciência, para o Eintracht de Frankfurt.
No entanto, não obstante ter colocado Lindelöf em Manchester, Mendes parece vir a perder protagonismo para aquelas bandas, em detrimento de Mino Raiola.
De Dalot, correm zunzuns que apontam no sentido de ter sido pressionado para mudar de empresário e a aceitar um empréstimo ao Wolverhampton, e de Gonçalo Paciência, que terá sido convidado a renovar e a sair novamente emprestado, não se sabe para onde, mas não fica muita margem para a imaginação.
Curiosamente, o próprio presidente do Nápoles afirmou que, quando estava em negociações com o Sporting (supõe-se que através da Proeleven), de repente surgiu Jorge Mendes, que não era sequer representante do jogador, e as coisas descambaram.
Miraculosamente, surge uma proposta do Wolverhampton, e tudo se resolve. Mas antes, Rui Patrício teve de mudar de empresário. Diogo Dalot e Gonçalo Paciência, até ver, permanecem com Carlos Gonçalves.
Entretanto, é público, depois da destituição de Bruno de Carvalho, o Sporting pediu auxílio a Jorge Mendes.
E, extraordinariamente, a dramática hemorragia das saídas por rescisões de contratos parece estancada. Dos mais renitentes, Gelson Martins, através de Futre, é negociado para o Atlético de Madrid, outro dos clubes da esfera de Mendes, e resta Bataglia.
Porém, Hernan Barcos - ainda se lembravam dele? – é colocado no Cruzeiro de Belo Horizonte, que tem um acordo com Mendes, e através do qual tenta arranjar clube, entre outros, para Joel, que esteve na temporada passada emprestado ao Marítimo.
O FC Porto, por sua vez, empresta Galeno ao Rio Ave, tal como na época transacta, o Sporting emprestou Francisco Geraldes.
Eu não sei que conclusão tiram destas movimentações, mas a mim, fica-me a sensação de que, ao contrário do Sporting, que já recorria indirectamente a Mendes, e agora passou a fazê-lo directamente, no nosso caso, fomos impelidos a fazê-lo. E pelo próprio Mendes.
Parece-me estranho, num mercado com tantos clubes e tantos empresários, só consigamos vender, ou através do Mendes, para onde ele quer, e pelo preço que quer, ou para o Leicester.
E por outro lado, só consigamos fazer aquisições em franjas perfeitamente marginais do mainstream (Waris, João Pedro, Janko), ou ao Portimonense (Paulinho, Ewerton).
Fico com a nítida sensação que o nosso mercado é decisivamente condicionado pelo Jorge Mendes, e a via poderá ser aquela que circula por aí, em relação aos casos do Rui Patrício e do Diogo Dalot, tendo por objectivo estrangular-nos financeiramente, e colocar-nos na sua dependência.
A confirmar-se esta hipótese, entre clubes-satélites do Benfica e da Gestifute, a Liga NOS está toda ela controlada. Com que propósito? Veremos.
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