O programa de erradicação do Paulo Fonseca em curso, segue dentro de momentos.
Não vi o nosso jogo de ontem. Jogos às seis da tarde têm destas coisas. Fui ouvindo o relato e acompanhando um minuto-a-minuto na internet, que mais parecia um quarto-de-hora-a-quarto-de-hora. Depois vi o resumo no Porto Canal e na net.
Do pouco que vi e ouvi, fiquei com a ideia de que os três golos alemães tiveram na sua génese, como de costume, déficits colossais do nosso sector defensivo, e nós marcamos três, fundamentalmente, à conta do querer e da determinação. E do Quaresma, e do Ghilas, e do Mangala, e do Licá. Sim, do Licá. Que extraordinário, não é!?
Este jogo não altera rigorosamente nada do que está para trás, apenas entreabre a porta para o que aí poderá vir.
O verdadeiro teste ao Paulo Fonseca não era este. O teste a sério vai ser quando regressar ao Dragão para receber o Arouca.
O de ontem e o do próximo fim de semana em Guimarães, não passam de etapas classificativas, quiçá eliminatórias, para o teste final.
Da maneira como as coisas estão, com a pateada do último domingo e com o que desde então se disse e escreveu, as posições extremaram-se de tal forma, que por muito boa vontade que se tenha, acho que foi atingido o ponto de não retorno.
Quem recuar agora vai saborear o travo amargo da derrota. Aqui chegados, a ironia é que a vitória do clube (do treinador, do presidente e da SAD), será a derrota da quase generalidade dos adeptos, que desespera por uma mudança. Por sua vez, a derrota do clube, será a vitória destes últimos.
Bem vistas as coisas, é um win-win agri-doce para quem quer a mudança – não acredito que, apesar de tudo, haja um portista a sério que não fique contente com a vitória do seu clube – portanto, que vença o FC Porto, dê lá por onde der.
E pode ser também ao Nápoles, dos Hamsiks, dos Higuains e dos Inlers, que os jogos e as eliminatórias só se perdem no fim.
Antes que me esqueça, uma nota final para o Jackson "cha-cha-cha" Martinez. É verdade que marca muitos golos. Mas também é verdade que, nos últimos tempos, falha para aí o triplo das oportunidades que marca, o que o deixa muito próximo de perder um dos "cha"'s do epíteto.
Entretanto, o Gonçalo Paciência está de volta aos B, e a fazer bons jogos. Que tal uma troca?
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