“Muito portista por aí fora precisa de aprender a perder para voltar a saber ganhar”.
Li esta frase num texto que o Jorge escreveu recentemente, no Porta 19, intitulado "Culpa".
Antes de mais, será talvez conveniente introduzir aqui uma nota prévia.
O Jorge, para além de ter para com ele uma dívida eterna de gratidão, por um dia ter entrado no Estádio do Dragão, é na bluegosfera o que mais próximo terei de um role model.
Quando fôr grande, quero ser o Jorge.
Dito isto, direi também que compreendo onde ele quer chegar, e cada vez mais tendo a subscrever a mensagem que transmite, embora volta e meia tenha recaídas.
Como se não bastassem as milhentas desculpas esfarrapadas que aparecem nas horas das derrotas: os árbitros, o Vitor Pereira, as prioridades, o Lopetegui, a rotatividade, o Quaresma, os assobios, o Tózé, a chuva, o sol, o alinhamento de Júpiter com Saturno, o caralho que foda, e por aí adiante, ainda temos de gramar com as culpas e os culpados.
E, consequentemente, com o alijar das responsabilidades dos que pretendem não ter culpa no cartório.
No entanto, confesso que fiquei chocado. Costuma ser assim com os conceitos inovadores.
Se há temática que nunca me passou pela cabeça ver tratada na bluegosfera, a necessidade de algum portista, quem quer que ele seja, ter de aprender a perder, é o caso.
Deve ser um sinal dos tempos.
Eu, a última coisa que quero é aprender a perder. Muito simplesmente, porque não quero perder.
Perder é uma merda, foda-se! Ponto final. E é tudo quanto sei e quero saber sobre o assunto.
Perder é bom para os outros. Ficam tão bonitinhos nesse papel. Chiam, choram, gritam, culpam enfurecidos este Mundo e o outro, inventam desculpas mirabolantes.
Fica-lhes bem, assenta-lhes que nem uma luva, e fazem-no com a desenvoltura de quem a isso está habituado. Para quê mudar o que está bem?
Eu não quero aprender a perder. Fora de questão. Aceito que não se pode ganhar sempre, e até poderá ter o seu quê de pedagógico, mas, macacos me mordam se algum dia me passar pela cabeça aprender a perder.
E, apesar de tudo, enquanto portista, o mais natural é que nunca venha a perder um número de vezes suficiente sequer para uma introdução à matéria, quanto mais para aprofundá-la.
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