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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

E se se xaringassem nas putas das desculpas?

05
Mar14

 

A fantochada começou com o Helton. No domingo, vi com os meus próprios olhos, e ouvi pelos meus ouvidos, o Abdoulaye a repetir a gracinha.

 

Mas que merda é esta das “desculpas aos adeptos”?

 

Onde é que estamos?

 

O Helton, que já leva uns anitos bons entre nós, deve saber de onde é que partiu esta ideia peregrina das desculpas aos adeptos. Ao Abdoulaye, ainda lhe dou um desconto.

 

Esta parvoíce das desculpas aos adeptos, que me lembre, ou pelo menos, a primeira vez que a vi, estupefacto, começou no período áureo do benfiquista Vale e Azevedo, quando após um mau resultado qualquer, apareceu aos microfones, a falar em nome do plantel, um pesaroso João Vieira Pinto – olha quem! – a pedir desculpas aos adeptos pelo sucedido.

 

Achei a coisa tão aberrante, que nunca me passou pela cabeça ver jogadores do meu clube a enveredar por tal caminho.

 

Falar com os adeptos, como fez o Bruno Alves após a derrota com a Naval 1.º de Maio em 2008, tudo bem. Pedir desculpas?! Tá tudo doido, ou quê?

 

Alguém se importa de explicar àqueles dois de onde é que isto surgiu. Dizer-lhes que isso não é nosso. É coisa doutros lados, doutras gentes, e é daquelas importações que, como tantas outras, dispenso.

 

Será que alguém á capaz de perguntar àqueles rapazes, ou aos colegas, para que é que nós, adeptos, queremos as desculpas?

 

Estamos a marimbar-nos para as desculpas. O que queremos são resultados, vitórias, títulos. Desculpas, não servem rigorosamente para nada.

 

Expliquem-lhes lá, se faz favor, que o que queremos é que façam jus àquela velha sentença de que as desculpas não se pedem, evitam-se.

 

Melhor ainda, que corram, que se esforcem, que lutem, e se possível, que joguem alguma coisa. Se o fizerem, mesmo que não ganhem, quero lá saber de desculpas!

 

Alguém que lhes explique, porque de um treinador que não consegue explicar o inadmissível, de um treinador que se limita a constatar, qual vítima, mas de mais ninguém senão de si próprio, que, no estado actual do clube, é fácil falar mal dele, mas que permitiu que chagássemos a esse estado, e daí para diante, pouco ou nada fez para inverter a situação, não espero tanto.

 

 

 

E que dizer de uma SAD ou de um presidente que preferem segurar um tal treinador, e dar apertões ao plantel, fazendo os jogadores passarem por entre os seus próprios adeptos, numa suposta humilhação de um cortejo de derrotados, reminiscência de um qualquer filme sobre a Antiguidade Clássica?

 

Então e se experimentassem explicar aos jogadores porque é que aqueles adeptos ali estavam, e o que é que estavam a sentir? Ou não sabem? Ou não querem saber, agarrados às muitas vitórias que já lhes ofereceram?

 

Talvez fosse preferível. Talvez assim os jogadores e o treinador percebessem onde estão. Porque a realidade é que parecem confusos, e nem precisam de meter cidades alemãs ao barulho.

 

Se é verdade que ninguém nasce ensinado, então talvez fosse mais indicado ensinar-lhes, em vez de censurá-los ou humilha-los.

 

Se não quiserem aprender, aí o caso muda necessariamente de figura, mas talvez valesse a pena começar por aí.

 

E por favor, cresçam, sejam homenzinhos, e de uma vez por todas, xaringuem-se nas putas das desculpas!

 

 


Nota: Entretanto, foi-se o Paulo Fonseca. Bela prenda de anos! Para nós! Bem, sobre isso, e a entrada do Luis Castro conto falar depois. Para já, queiram ler em pretérito passado as referências anteriores ao ex-treinador.

Sim, sinto-me estupidamente optimista. Estarei a chocar alguma?

20
Fev14

Antes de mais, quero manifestar o meu mais profundo apreço e sincera admiração pelos que que vêem e persistem em ver o copo (leia-se: o FC Porto, versão 2013-2014), meio vazio.

 

Sou sincero. Em condições normais, não me assiste a menor dúvida que estaria entre Vós. Desta vez, porém, não sei o que se passa comigo. Por mais que o tente, não consigo.

 

Sinto-me doentia e estupidamente optimista, talvez até como nunca me sentira antes, mesmo perante situações bem mais risonhas.

 

Não, não pensem que estou assim por causa do jogo de Barcelos. Posso estar optimista, mas ainda não estou completamente tótó. Esses pastam lá para os lados da Calimeroláxia!

 

 

 
Percebi perfeitamente que aquele Gil Vicente não é nada de especial. Tirando os Hugos Vieiras e os Luíses Martins, e mais um ou outro, que resolvem fazer do jogos que disputam contra nós, os pináculos das suas tristes vidas, não lhe vi nada de especial. Ainda se o Paulo Baptista fizesse de Bruno Paixão…

 

Não, isto já vem de mais atrás. Se num acesso de masoquismo, releremo que escrevi aquando do regresso do Quaresma, percebem facilmente uma nota de franco optimismo. Ou ilusão, que apesar de tudo, se mantém, contra ventos e borrascas.

 

Se costumam passar por cá, também com certeza que já perceberam que a minha veia de optimismo não se confunde com o tomar por maná dos céus toda e qualquer sacrossanta decisão emanada da direcção da SAD.

 

Bem, talvez fizesse melhor se, em vez de jogar conversa fora, desembuchasse porque é que raios é que me sinto optimista, e quem sabe, com uma dose valente sorte, talvez ainda consiga converter um ou dois de Vós. Havia de ser lindo!

 

Então vamos lá. Em primeiro lugar, estou optimista porque nos encontramos claramente na nossa “zona de conforto”.

 

Estamos a quatro pontos do primeiro classificado, que vamos receber no Dragão na última jornada da Liga. Partantos, não dependemos única e exclusivamente do nosso desempenho para revalidarmos o título. O que, paradoxalmente, joga a nosso favor.

 

Claramente preferimos assim, e as coisas correm-nos melhor quando estamos neste estado. Cai-nos melhor o papel do underdog.

 

Até parece que estar em primeiro não nos motiva por aí, além, e daí os deslizes pungentes, que surgem com uma arreliadora naturalidade. Não somos aves de rapina necrófagas em busca da carniça, e quem nos tira o prazer da caça, da perseguição, tira-nos quase tudo.

 

E depois, é como diz o Francesco Bernoulii, no “Carros 2”:

 

“Para destruir os sonhos de alguém, é preciso subir as expectativas!”    

 

Além disso, não sei se já olharam para o calendário de competições. Vamos entrar numa fase de maior regularidade, as interrupções vão ser menores e mais espaçadas, e isso, em princípio, favorece as equipas que fazem da constância exibicional uma regra.

 

O busílis é atingir essa constância, ou que mais não seja a constância pontual, como nos tempos do Villas Boas.

 

Aquele que será sempre o nosso principal rival, como se isso fosse uma grande novidade, ou se o conseguisse efectivamente fazer, avisou de antemão que não vai gerir coisa nenhuma!

 

As intermitências são claramente benéficas para quem insiste em fazer do futebol uma intensa cavalgada, e o faz jogo atrás de jogo. Beneficia ainda as equipas em construção, que precisam mais de treinar do que jogar, para criarem os necessários automatismos, e ressacarem convenientemente, quando a vida lhes corre menos bem.

 

Deste ponto de vista, uma sucessão mais contínua de jogos parece-me que nos será vantajosa.

 

O outro motivo pelo qual estou optimista – sim, são apenas dois! O que é que esperavam? Ficaram desiludidos? – é que conseguimos neutralizar uma das mais perigosas variáveis aleatórias que nos poderiam sair ao caminho: o Paulo Fonseca, o nosso treinador.

 

E aí, verdade seja dita, o mérito é todinho da direcção da SAD.

 

São muitos os que clamam pela substituição do nosso actual treinador, talvez tantos, se não mais, quanto os que ficaram desagradados com a famosa entrevista de Pinto da Costa ao Porto Canal, e nomeadamente com o voto de confiança ao técnico então expresso.

 

 

 

Retive do que se escreveu na altura, a opinião do Miguel Sousa Tavares que, se interrogava, relativamente ao presidente, se “esse dom [do fino conhecimento que sempre teve do futebol] se perdeu algures, ou se ele entrou por uma estranha e suicidária estratégia”.

 

Concluindo, a questionar:

 

“Então, o que pretenderá Pinto da Costa: convencer-nos de que nós – todos nós, os adeptos – depois de 30 anos assistir a vitórias, não somos capazes de perceber de que matéria elas são feitas?”

 

E seremos? – pergunto eu.

 

É que, onde muitos vêem na inacção para a substituição, uma omissão, eu vejo acção no sentido da reparação de um erro, do qual, a direcção, ainda que não o assuma, estará, tudo leva a crer, perfeitamente consciente.

 

Paulo Fonseca é um misto de Luigi del Neri dos tempos modernos, e daquela dona de casa dum anúncio de um óleo (ou de uma margarina, não me lembro), que dizia sonhadora: “Hoje vou variar. Hoje vou fazer maionese de gambas”.
 
 
 
 

Apenas teve a sorte de ter conseguido disfarçar melhor a coisa nos primórdios da sua estadia entre nós, e verdade seja dita, a vida não lhe ter corrido excessivamente mal, conseguindo passar além do período de experimental.

 

A equipa, com aquela estória do duplo pivot e com o Lucho para diante, andava claramente partida, dividida entre um bloco defensivo demasiado recuado e desprotegido pela confusão gerada a meio-campo, e um bloco avançado desapoiado, e com extremos, ou algo parecido, como o Josué, incapazes de catapultarem o jogo para diante.

 

O resultado foi o que se viu na deplorável fase de grupos da Champions que fizemos.

 

Havia que dar uma volta às coisas, e o que é que aconteceu em Janeiro? Para começo de conversa, o regresso do Quaresma.

 

Já por diversas vezes ouvi, inclusivamente da parte do presidente, que o grande obreiro da sua vinda teria sido o treinador.

 

Custa-me a aceitar. Que eu saiba, por onde passou, o Paulo Fonseca nunca treinou grandes vedetas, muito menos uma vedeta do calibre de um Ricardo Quaresma.

 

Acredito que tivesse vontade de experimentar, mas a vinda do extremo, quanto a mim, colocou-o claramente sob pressão. É muito fácil despachar um Iturbe, ou encostar um Kelvin ou um Quintero, quando comparado com o sentar um Quaresma no banco.

 

Se veio, veio para titular. Nem os adeptos lhe perdoariam algo diferente. Com o Quaresma no onze, a equipa tem necessariamente que chegar-se mais à frente. É como disse aquando do seu regresso, liberta os colegas e puxa para diante a tracção da equipa.

 

Por muito que o treinador seja apreciador de cautelas e caldos de galinha, é meio caminho andando para enviar para o esquecimento o tal duplo pivot.

 

Só dou aqui o benefício da dúvida sobre os méritos e o assentimento do Paulo Fonseca para sua vinda, porque simultaneamente, sendo ele, Quaresma, quem é, e vindo inevitavelmente para titular, mais facilmente se justifica aos olhos dos adeptos, o desaparecimento do Kelvin ou do Quintero.

 

Cronologicamente em seguida, tivemos a saída do Lucho. Por muito que se diga que saiu a seu próprio pedido, ninguém me tira da cabeça que houve ali dedo da SAD.

 

A saída do Lucho veio resolver uma situação que o Paulo Fonseca se vinha a revelar incapaz de solucionar convenientemente.

 

Disse, quando escrevi o texto "O Kama Sutra táctico do Paulo Fonseca", que a questão do Lucho era difícil de resolução, fundamentalmente porque ia para além do racional de qualquer adepto, entroncando directamente no plano do emocional.

 

 

E não só dos adeptos. Não me esqueço da homilia em defesa do Lucho Gonzalez, proferida pelo José Fernando Rio no Porto Canal, no pós-match do jogo contra o SC Braga no Dragão.

 

Curiosamente, ou talvez não, quanto a mim, um dos nossos melhores desempenhos da época, e em que o El Comandante, doente, saiu ao intervalo para dar o lugar ao Carlos Eduardo.

 

Defendia o comentador que o Lucho teria sempre lugar naquele meio-campo, pois fazia qualquer uma das três posições em causa.

 

Pelos vistos, o Paulo Fonseca parecia pensar o mesmo, e por isso mesmo, daí para diante limitou-se a fazer a entrar o Carlos Eduardo para dez, e o Lucho recuou no terreno.

 

Isto quando, progressivamente, na mente dos adeptos se ia tornando cada vez mais evidente que, nas condições físicas em que se encontrava então, a única posição possível para o ex-capitão era a de sentado no banco de suplentes.

 

Mesmo recuado no terreno, isso tornou-se bem evidente na derrota da Cesta do Pão. Contra equipas mais pequenas, o Fernando ainda faria à vontade os dois lugares mais recuados do meio-campo, e nem se notaria a “ausência” do Lucho.

 

Contra equipas de outra dimensão, ou na Liga Europa, já não seria assim, com a agravante para a SAD, de termos em campo um jogador, que saltava à vista desarmada não poder com uma gata p’lo rabo, e no banco, jogadores contratados a peso d’oiro, a desvalorizarem-se de dia para dia.

 

E este era um problema que o Paulo Fonseca não queria, ou era incompetente para resolver. A saída do El Comandante facilitou-lhe a vida de sobremaneira.

 

Depois temos a renovação do Fernando. A renovação do Polvo foi a machadada final, assim espero, e penso que todos nós, na estória do duplo pivot. Com o novo capitão em campo, é para esquecer essa hipótese.

 

Finalmente, a venda do Otamendi e o regresso do Abdoulaye. Com esta troca ficou bem transparente que o que está em causa, vá-se lá saber por quê, é a falta de confiança do Paulo Fonseca no Maicon.

 

Só assim se explica a “opção táctica” que foi retirá-lo da equipa, e com que sucesso, na Cesta do Pão, e agora, a entrada do Abdoulaye na equipa, directamente de emprestado a titular.

 

Com todas as panes cerebrais de que o Otamendi vinha padecendo, mantê-lo à disposição do treinador, em especial para as partidas mais importantes, e numa fase em que todas elas são decisivas, era um risco desnecessário de fogo amigo.

 

Assim, como assim, uma vez afastado o Maicon, fica o Abdoulaye, que, não desfazendo, pior do que o argentino não será fácil fazer.

 

Por tudo isto é que eu digo que não vejo qualquer inaccção por parte da Direcção da SAD.

 

Antes pelo contrário, a SAD, apercebendo-se do erro original, que terá sido a contratação do Paulo Fonseca, esteve activa e operante, fazendo aquilo que estava ao seu alcance para, sem dar o braço a torcer, dotar a equipa das condições necessárias para discutir o campeonato até ao fim.

 

E mais, fê-lo entrando por uma área onde, por exemplo, com Vítor Pereira, não o fez: as quatro linhas.

 

Estas entradas e saídas tiveram, ou esperar-se-ia que tivessem, impacto directo na constituição do onze que entrasse para jogar, enquanto que com o Vitor Pereira, o regresso do Lucho, não sendo despicienda a sua presença em campo, teve muito mais em vista pôr em ordem um balneário. Senão, veja-se a chamada em simultâneo do Paulinho Santos à equipa técnica.

 

Desta vez, designadamente uma vez assegurada a continuidade do Fernando, e com a saída do Lucho, criadas expectativas de titularidade em rapazes como o Defour ou o Quintero, o balneário parece pacificado.

 

Com as movimentações operadas, as questões estruturais da equipa e da sua forma de jogar estão resolvidas por exclusão de partes. Restam no fundo, apenas as taras e manias do Paulo Fonseca, como sejam, a ostracização do Maicon, a indecisão rotativa do meio-campo, a preferência pelo Ricardo, em detrimento do Kelvin ou do Quintero, e os seis minutos de glória do Ghilas.

 

Por isso, ainda que compreenda os anseios manifestados por alguns colegas, a substituição do Paulo Fonseca, neste momento, não me parece que seja de todo prioritária, uma vez que aquele se encontra reduzido a uma expressão pouco mais que irrelevante.

 

Assim sendo, e em conclusão, mais do que do treinador ou da SAD, parece-me que estamos nas mãos dos jogadores, e daquilo que resolverem fazer ou não.
 
 
 

Ora, se quase todos eles são internacionais, muitos deles com aspirações a estarem presentes no próximo Mundial, é muito natural que, com portismo ou sem portismo, com tarjas ou sem tarjas, sejam suficientemente espertinhos para perceberem que o seu sucesso e o das suas carreiras, será tanto maior quanto assim o for o da sua equipa. 

 

Dito isto, e abundantemente, três dias após ter começado este monólogo à la Fidel de Castro, tenho a declarar que continuo estupidamente optimista.

 

Com o resto da família toda doente, e rodeado de uma incultura de vírus, germes e outros bicharocos, estarei a chocar alguma?

Passou-se

22
Nov12

 

Bem, as coisas não correram como se esperava, mas é como encontrar alguém na rua, após uma daquelas passagens de anos em que nada de especial acontece:

 

“Então como é que correu?”

 

“Passou-se…”

 

(este “passou-se” pode ser interpretado num outro sentido, mas não é a esse a que me refiro)

 

Assim foi mais este adversário: “passou-se”. Para quem, como eu, esperava uma entrada triunfal, marcar o primeiro, marcar o segundo, e depois sim, entrar na gestão do plantel, tendo em conta o compromisso do próximo fim-de-semana contra o SC Braga, nada disso aconteceu.

 

Digamos que o opositor era daqueles tão enfezadinhos que as meias-tintas chegaram e sobraram. O ritmo foi aquele que foi, e chegou quanto baste para atingir o resultado que antecipara, apenas com uma única unidade em alta rotação, o João Moutinho.

 

No mais, “passou-se”.

 

Mas atenção, não queiram ler aqui uma crítica veemente à nossa exibição. Nada disso, estivemos focados, e fizemos o suficiente para, ainda que com pouco brilhantismo à mistura, superar mais um passo em direcção ao primeiro lugar do grupo e meter ao bolso mais um milhão de euros.

 

Achei interessante um comentário do nosso treinador, quando confrontado com a situação que vivia há um ano atrás, e com aquela que experimenta hoje, e que ajuda grandemente a explicar as diferenças:

 

«Faz parte da vida, é preciso crescer e isso acontece fundamentalmente nas dificuldades. O contexto é diferente este ano, o trabalho é o mesmo, as cabeças estão limpas, focadas e quando assim é...»

 

Quanto a mim, os motivos de interesse não param por aqui. A tal gestão do plantel, apesar de tudo, foi feita. O Fernando e o Alex Sandro sempre jogaram uns minutitos, para aquecerem para Braga, e o Atsu também.

 

Convenhamos que seria injusto para este último, depois da exibição contra o Nacional da Madeira.   

 

Mas há mais. Gosto muito da nossa defesa. Estou a gostar muito de ver o Abdoulaye. Pronto, tem daquelas coisas que o rapaz não consegue evitar, e que lhe fazem sair na rifa cartões amarelos, quiçá desnecessários.

Se pensarmos num Fernando Couto, num Jorge Costa ou num Bruno Alves, por acaso eram meninos de coro?

 

E também não desgosto do Mangala. Está à esquerda por necessidade, mas não compromete por aí, além. É um pouco como o colega anterior, às vezes, exagera um bocadinho. No cômputo geral, o que é isso?

 

Há ainda outro aspecto que me agradou de sobremaneira, e que também tem que ver em parte com o Mangala.

 

Sai o Abdoulaye por, lá está, um daqueles amarelos, e entra o Alex Sandro. O francês vai da esquerda para o meio, e siga a marinha.

 

Sai o Lucho Gonzalez, entra o Christian Atsu. Este vai jogar junto à linha, e o James interna-se para assumir o papel do Lucho.

 

Ou seja, temos polivalência. Temos alternativas na equipa para várias posições, e até dentro do onze inicial, os que iniciam o jogo podem mudar de posição durante a partida, não estamos na dependência de trocas directas, muito mais previsíveis para os adversários.

 

É bom sinal. Quanto a mim, pelo menos.

 

…e venha de lá o SC Braga.