Aqui há dias houve quem tivesse ficado surpreendido pela eleição de Mário Figueiredo para a presidência da Liga de clubes, ao arrepio daqueles que seriam os anseios mais ardentes dos clubes ditos grandes e mais que grandes cá do burgo.
Teve que ser o presidente do Gil Vicente, António Fiúza, a vir elucidar o pagode sobre o motivo pelo qual os clubes, ou pelo menos alguns, votaram no candidato eleito:
"Mário Figueiredo prometeu que nenhum clube iria descer".
Em face de tããããão surpreendente revelação, lá teve que sair das suas tamanquinhas insulares o novel presidente, e esclarecer que não era bem assim. O que prometeu foi que iria aumentar o número de clubes na Liga.
A parte de não haver descidas de divisão foi uma deficiente interpretação da parte dos clubes, que para seu grande azar, até votaram nele.
Agora é tarde, está votado, está votado. Quem tresleu nas entrelinhas, não tivesse treslido…
Outro caso de tresleitura generalizada, é a transferência do nosso Fucile. Mas esse ainda ninguém o esclareceu.
Que o Fucile foi em prestado ao Santos, não resta margem para dúvidas. E ao que parece, o Santos não terá tido qualquer encargo com o empréstimo, que terá ficado por conta do desbloqueamento da situação do Danilo.
Entretanto, segundo as imprensas brasileira e italiana, o Ganso será apenas a ponte que levará Fucile para Itália. Ao que parece o Milan estará disposto a pagar a cláusula de rescisão de 20 milhões que o liga ao FC Porto, com quem tem contrato até 2014.
Ou seja, o FC Porto tem um jogador encostado, que nesse estado, vale zero. Cede-o de borla ao Santos, e com essa cedência desbloqueia um investimento de 13 milhões, mais portes de envio.
Portanto, pelo menos 13 milhões o Fucile já vale. E apesar de fora dos planos do nosso treinador, o Milan está disposto a pagar, sem regatear, a cláusula de rescisão, acima desse valor.
Faz-me confusão que um jogador deste quilate, e com tamanha aceitação no mercado, não tenha lugar na nossa equipa, e tal só acontecerá certamente por mau feitio do treinador.
E ainda mais confusão me faz que, antes do desfecho a contento de todas as partes envolvidas neste sonho de fadas, e eventualmente de algumas ainda por envolver, o empresário do jogador tenha afirmado que, "pelo menos por um ano ele tem que sair, pois não tem lugar no time".
Porquê a referência então a “um ano”? Prazo de validade do Vítor Pereira no FC Porto?