Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2014

Truz, truz, quem vem lá?

Há uma regra na vida, que embora nunca tenha aplicado pessoalmente, tenho de ciência certa, que resiste a qualquer teste ou experimentação.

 

Só vocês saberão o porquê, mas imaginem que vão visitar uma vidente, uma astróloga, uma cartomante, uma taróloga, uma cigana, como quiserem. Se baterem à porta ou tocarem à campainha, e do lado de lá uma voz perguntar: “Quem é?”, esqueçam. É escusado, podem dar meia volta e ir embora.

 

Assim andam a arbitragem portuguesa e as nomeações do Vítor Pereira. Ele bem nos pode oferecer a bola de cristal, o baralho de Tarot, e dizer-nos que vamos ter os melhores árbitros nos melhores jogos.

 

A acção não bate certo com o discurso, e as nomeações que faz são de tal forma incompreensíveis, que se tornam mais imprevisíveis que uma ida dos meus filhos à casa de banho.

 

Isto, caso se perguntem, vem muito concretamente a propósito da recente nomeação dos Manueis, o Oliveira e o Mota, para os jogos do actual primeiro classificado e o nosso.

 

Mas não é novo. Já no final da época passada, que ainda por cima, marcou a estreia da profissionalização da arbitragem, questionei esta “política”. Não estão disponíveis os internacionais/profissionais, e vão estes? Será isso?

 

Paulo Baptista – um árbitro que, não obstante a longa carreira, pelos vistos, nunca mostrou competência suficiente para alcançar a internacionalização, mas que possui no seu currículo um vasto lastro de presenças em clássicos e até uma final da Taça de Portugal – comentou criticamente na época passada, que seria uma forma de preservar os internacionais.

 

Apitavam menos, logo, mais longe do escrutínio geral estariam e menos erros cometeriam.

 

Então mas estes, não é suposto serem os melhores? Se são os melhores, não errarão menos que os outros?

 

Ou afinal, é tudo a mesma coisa? Se é assim, porque é que estes é que são internacionais/profissionais, e não os outros? Qual é o critério de escolha? As avaliações?

 

Então, mas se não chegam a internacionais porque não têm boas notas, a seguir vão apitar os tais melhores jogos? Para quê? Melhoria de nota?

 

Tudo isto é muito relativo. Ainda há umas jornadas atrás tivemos um belo exemplo do que é a ironia poética da nossa arbitragem.

 

Bruno Paixão, um árbitro que fez o percurso inverso, sendo despromovido de internacional, segundo a lógica, por não ser suficientemente competente para tal, foi apesar disso, escolhido para um jogo importante.

A coisa até não lhe terá corrido mal, mas um dos seus auxiliares cometeu um daqueles erros de palmatória, perfeitamente naturais, quando a favor de um dos clubes em compita. O que é que aconteceu? Todos caíram em cima do Bruno, e irão cair-lhe enquanto o caso estiver em cache na memória.

 

Nessa mesma jornada, o Artur Soares Dias, árbitro internacional, fez uma arbitragem do mais ranhoso que há, num jogo nosso, e o que é que lhe sucedeu? Escapou-se incólume por entre as gotas de chuva.

 

Por isso, esta questão, quanto a mim, ultrapassa já o mero pormenor da “escolha”. Acho que entrámos grandemente no domínio da gestão danosa.

 

Se existem recursos disponíveis, estamos a pagar por eles, e não os utilizamos, o que é que podemos chamar a isso?

 

Faz-me lembrar um País que conheço, que também foi pago para esquecer a pesca, a agricultura, a indústria: “Ah, e tal, esqueçam lá isso, que vos damos fundos para a formação profissional”. O resultado está à vista.

 

E se existem recursos disponíveis, pagamos por eles, não os utilizamos, e ainda vamos pagar a outros piores para executarem a mesma tarefa, então, nem sei o que diga.

publicado por Alex F às 19:59
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 21 de Outubro de 2013

O dia em que milhares...

"Ao ler as notícias vejo que o presidente da Liga disse que há uma monarquia na arbitragem e no sistema. Ele como repu...

Ler artigo
sinto-me:
música: A lenda d' El Rei D. Sebastião - Quarteto 1111
publicado por Alex F às 22:57
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 25 de Fevereiro de 2013

Agilidade informativa...

Numa da inúmeras tiras do Quino, uma das personagens, salvo erro o Miguelito, a páginas tantas, queixa-se à Mafalda porq...

Ler artigo
sinto-me:
música: Sunday bloody sunday - U2
publicado por Alex F às 13:24
link do post | comentar | ver comentários (9) | favorito
Segunda-feira, 21 de Janeiro de 2013

Os grandes números e ...

Quem segue o futebol português, por há muito pouco tempo que o faça, facilmente se terá apercebido que se trata de solo ...

Ler artigo
sinto-me:
música: State of love and trust - Pearl Jam
publicado por Alex F às 13:41
link do post | comentar | favorito
Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2013

O "peep show" da arbi...

Quando escrevi o texto "Quem melhor?", fi-lo à pressa e a quente, pois acabara de saber da nomeação do Duarte Gomes par...

Ler artigo
sinto-me:
música: Look away - Big Country
publicado por Alex F às 13:33
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Terça-feira, 14 de Dezembro de 2010

A propósito de prenda...

Aqui há dias, à saída do Circo Vítor Hugo Cardinalli, e quiçá, por isso mesmo, houve alguém que iniciou uma daquelas coi...

Ler artigo
sinto-me:
música: Big girls don't cry - Fergie
publicado por Alex F às 23:37
link do post | comentar | ver comentários (2) | favorito
Quarta-feira, 29 de Setembro de 2010

Uma estrela em ascens...

"A star is born", como dizem no cinema. Carlos Xistra, o anti-Hulk, passou de um exagerado "dispensador" de cartões ama...

Ler artigo
sinto-me:
música: Lucky Star - Madonna
publicado por Alex F às 18:01
link do post | comentar | favorito

.Outubro 2019

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.posts recentes

. Truz, truz, quem vem lá?

. O dia em que milhares de ...

. Agilidade informativa, a ...

. Os grandes números e os p...

. O "peep show" da arbitrag...

. A propósito de prendas, p...

. Uma estrela em ascensão

. Submarinos na Marginal e ...

.links

.tags

. todas as tags

.arquivos

.mais sobre mim

blogs SAPO

.subscrever feeds