Quem me conhece minimamente sabe que, pese embora me esforce por não demonstrá-lo, sou por natureza, um gajo emotivo.
Do género que tanto expludo quando um palerma qualquer escreve uma baboseira num comentário a um post, como sou de lágrima fácil noutras situações.
Há muito tempo que não me acontecia virem-me lágrimas aos olhos por um golo marcado. Nada de choros compulsivos, mas um acesso emotivo para lá de qualquer dúvida.
Assim de repente, recordo-me do golo do Vermelhinho, em Aberdeen, do golo do Juary, contra o Bayern de Munique, e o do Madjer, em Tóquio. Mas neste último, com desconto pela hora do jogo.
Ontem emocionei-me, não com o golo, propriamente dito, mas com a alegria que se viu na cara do Castro quando o apontou.
Há muito tempo que não via um jogador do FC Porto, e à FC Porto, tão genuinamente feliz pela marcação de um golo.
Manuel Queiroz, na Antena 1, a dada altura dizia que o Fernando, o João Moutinho e o Lucho, formavam o trio de meio-campo que melhor punha em prática as ideias do treinador, e que por isso, lhe dava mais garantias.
É pena, porque alguém como este Castro faz falta na equipa, com o que de bom e de mau que isso possa acarretar, e no mau estou a pensar na expulsão contra o Braga.
Há quanto tempo não temos alguém assim na nossa equipa?
O teu dia há-de chegar miúdo. Tem que chegar. Se não for assim, é um desperdício sem perdão.
Quem também me trouxe memórias foi o Danilo, com o golo que marcou.
Fez-me lembrar o golo do Carlos Alberto contra a Itália, no Mundial de 70. Não o vi ao vivo - tinha meses de vida -, mas já tive oportunidade de ver várias vezes a gravação.
E agora fui revê-la. Dirão, em relação às duas jogadas, que a cara de uma é o cú da outra.
A posição e a força com que é feito o remate, numa o passe é de um tal de Pelé, noutra é do Lucho. O brasileiro estava praticamente sozinho quando passa a bola, e o Carlos Alberto tem um adversário à ilharga quando remata. No caso do Danilo, é o inverso.
Ainda assim, lembrou-me. Foi um bom ensaio do Danilo. Oxalá continue a tentar, e talvez chegue ao Carlos Alberto.
Romário, o Baixinho, que tanto admirei no Barcelona, veio dizer: "Existem 10 jogadores melhores que Hulk no Brasil" ...
. Pianinho, Baixinho, piani...