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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Às vezes...

24
Nov12

Às vezes fico com a sensação que o Vítor Pereira - o dos árbitros, não o nosso treinador - é um dos visitantes cá do estaminé.

 

Ainda há não muito tempo, a propósito da lista de árbitros a erradicar dos jogos do actual primeiro classificado provisório, ou se calhar, com mais propriedade, cujas nomeações deveriam ser evitadas para o nosso lado, fornecida pelo incomparável Rui Gomes da Silva, comentei que desde a divulgação daquela lista, "nenhum dos árbitros ostracizados por Rui Gomes da Silva foi nomeado", para partidas do nosso principal rival.

 

Sobre o árbitro Rui Silva, não entendendo o porquê da sua inclusão naquele rol, disse o seguinte:

 

"Interessante também é o caso do Rui Silva, que aparece metido nestes assados quando apenas anda nestas andanças, nada mais, nada menos, que desde a época transacta, e só leva no curriculum dois singelos desafios apitados entre os clubes maiores, mais grandes e afins, cá da terra.

 

Pronto, ambos tiveram o nosso clube como interveniente, e ambos foram no Dragão (Gil Vicente e União de Leiria), mas daí até à inclusão naquele rol… Coitado, deve estar mais pequeno que o bago de milho!"

 

E eis que, quem é que é nomeado para a recepção ao Olhanense na Cesta do Pão? Nem mais, nem menos, que o Rui Silva. Que pontaria!

 

 

 

Pior ainda, para o nosso desafio na Pedreira, dada a sua importância e quiçá, inspirado no que aconteceu na época transacta, aventei naquela altura, os nomes do Pedro Proença e do Olegário Benquerença.

 

Porém, tendo notado que ainda não nos tinha calhado o Xistra, no que ia decorrido de temporada, acrescentei: "Ou o Xistra. Ainda não nos tocou o Xistra esta época. Era mesmo ao queres…"

 

E quem é que lá vai estar?

 

 

Nem mais, o Xistra!

 

Como diria um realizador de cinema que, aqui há tempos, armado em comentador desportivo, distorcia com toda a objectividade, a interpretação de qualquer jogada a favor do seu clube, não que nesta altura tenha algum partis pris contra o Carlos Xistra.

 

Os tempos da dupla expulsão ao Hulk, em Paços de Ferreira, na jornada inaugural da liga de 2009/2010, já lá vão, nesse campeonato, que baptizei de Liga Pescada, porque o campeão antes de o ser, já o era.

 

Mais recentemente, o preocupante é que o SC Braga, ao que consta, até terá sido favorecido por este árbitro.

 

   

Será este o tipo de sorte a que se refere um treinador que, quando estava do outro lado, e um dia a sua actual equipa jogou em Braga, disse que ganhar-lhe, só na Playstation?

 

Hoje, por exemplo, também teve sorte. Teve a sorte de a sua equipa ter marcado o primeiro golo ao Olhanense de grande penalidade. Existente, é certo. Só que do nosso lado, nem isso temos por garantido.

 

Uma coisa é certa, este SC Braga é muito parecido com a essa outra equipa, que tal como os do Minho, também veste de vermelho. Vê-se isso quando defronta equipas que lhe são superiores. Viu-se isso mesmo nos jogos com o Manchester United.

 

Entra a todo o vapor, e as coisas até lhe podem estar a correr bem. Mas depois, bem depois falta-lhe estaleca para aguentar. Ou isso, ou é por terem lá o Peseiro, o homem que em oito dias perdeu um campeonato, uma Taça UEFA e o apuramento directo para a Champions.

 

Seja como for, li algures num dos jornais desportivos, que o Martinez não marca à três jogos. Pode ser que seja desta.

 

Estamos num bom momento, como diz o nosso treinador. Com sorte, com o Martinez e com o Peseiro, pode ser que o Xistra nem atrapalhe.  

Vai de Mota

16
Mar12

 

Bem sei que ultimamente poderei parecer muito dado a teorias da conspiração, mas será que alguém me consegue explicar porque é que, para jogos envolvendo os cinco primeiros classificados da tabela, são nomeados quatro internacionais, e apenas uma dessas partidas não tem direito a ser dirigida por um internacional?

 

O Marítimo, vem ao continente defrontar o Vitória de Setúbal, e vai ser arbitrado pelo João Capela, de Lisboa.

 

O Sporting vai a Barcelos, e o árbitro será o portuense presumível ex-Super Dragão, Jorge Sousa.

 

Os bracarenses vão a Vila da Feira, ou a Aveiro, e terão o também lisboeta Duarte Gomes a dirigi-los no embate com o Feirense.

 

O FC Porto, digladia-se hoje, na Choupana sob os auspícios do Carlos Xistra.

 

Todos internacionais, como é bom de ver. Entretanto, no Estádio da Lucy, onde vai tentar jogar o Beira-Mar, vamos ter um tal de Manuel Mota, um jovem empresário de Braga, com 34 anos e um recém-chegado a estas andanças de gente importante. Além desta partida, apenas esteve na Calimeroláxia, quando lá jogou a União de Leiria.

 

Há alguma regra que obrigue a que os jogos fora daquelas equipas sejam apitados por internacionais, e os jogos em casa da outra equipa não? Será que esperam que o pobre rapaz se sinta esmagado pela imponência do palco onde vai actuar? É essa a expectativa? Ou serão de tal maneira favas contadas, que um qualquer maçarico serve?

 

O Marítimo e o Braga, que estão em disputa directa com clubes de Lisboa, levam com árbitros precisamente oriundos de Lisboa. Acaba por ser coerente com um bracarense no jogo do mais grande do Mundo dos arredores de Carnide.

 

E o Sporting? O Marco Ferreira não estava disponível desta vez? Ou foram asneiras em demasia no último fim-de-semana no Dragão, e jarra com ele?

 

E nós? O Xistra. Nos últimos tempos há quem tenha mais razões de queixa dele do que nós.

 

Assim de repente, na presente época, recordo-me do Sporting x Olhanense, que motivou aquela reacção apocalíptica dos leões, da derrota em Guimarães, do segundo classificado actual, e também da derrota deste na Pedreira, na temporada transacta.

 

 

Connosco, esteve no Estádio da Lucy, então Cesta do Pão, na meia-final da Taça de Portugal, em que virámos o resultado de 0-2, para 3-1. Boas recordações.

 

Contudo, dado o lastro em sentido contrário que o Xistra ostenta no seu currículo, não fico tranquilo. Por muito tempo que passe, não me consigo esquecer da dupla expulsão do Hulk, em Paços de Ferreira, no arranque da Liga Sagres 2009/2010.

 

Estas nomeações do Vítor Pereira (o dos árbitros, obviamente!) deixam-me sempre na dúvida se não terão por detrás alguma tentativa de reabilitação perante o establishment.

 

 

Diz que disse

19
Abr11

É compreensível que esta notícia não tenha tido a ampla divulgação pública que outras merecem. Mas, para que conste, pode ser encontrada aqui e aqui, e já agora, transcrevo-a:

 

"O último Sp. Braga-Benfica ainda dá que falar a propósito do caso do jogo: a expulsão de Javi García, após um lance com Alan. O árbitro Carlos Xistra foi penalizado pela decisão de mostrar o cartão vermelho ao jogador benfiquista e teve uma nota negativa: 2,7. O observador do árbitro, Joaquim Dantas, considerou que não houve razão para expulsão do trinco do Benfica e este erro pesou na nota final. Porém, o árbitro recorreu para a Comissão de Análise e a Comissão de Arbitragem e viu estas darem-lhe razão. Depois de visionadas de novo as imagens, o grupo liderado por Vítor Pereira entendeu que Carlos Xistra decidiu bem e fez a revisão da nota, avaliando-o de forma positiva. Com tudo isto quem ficou a perder, e bastante, foi o observador do árbitro nesse polémico jogo, que viu a sua nota descambar para níveis que até podem pôr em causa a sua permanência no quadro principal de observadores. "A expulsão injustificada do n.º 6 da equipa B, aos 40 minutos do primeiro tempo, acabaria por marcar negativamente a sua atuação e o próprio desenrolar do jogo", escreveu Dantas no seu relatório, cuja versão foi agora contrariada pelos altos comandos da arbitragem portuguesa dos campeonatos profissionais. Recorde-se que a nomeação de Carlos Xistra para este jogo, que praticamente ditou o fim da esperança benfiquista pela revalidação do título, foi também ela controversa. A Comissão de Arbitragem, embora por canais oficiosos, fez saber que Carlos Xistra era o único árbitro internacional disponível para esta partida. Mas pelo menos Olegário Benquerença e Bruno Paixão estavam em condições de ser nomeados, situação que nunca foi clarificada. "Esse jogo mereceu-nos o mesmo rigor e detalhe de análise de sempre", limitou-se a afirmar Vítor Pereira sobre esta questão, há poucas semanas, durante a última ação de aperfeiçoamento dos árbitros e árbitros assistentes de 1.ª categoria, que decorreu no Luso. O próprio Carlos Xistra vinha de um jogo no qual teve nota negativa, fator que em condições normais o faria descansar na jornada do tal Sp. Braga-Benfica... A correção à nota de Xistra cria agora outra expectativa, a de saber se a atuação de Duarte Gomes no clássico da Luz entre Benfica e FC Porto será ou não, também ela, sujeita a uma avaliação diferente da Comissão de Arbitragem em relação àquela que teve o observador que classificou de muito boa a performance do juiz lisboeta. "

 

 

 

Entretanto, diz hoje "O Jogo", que a instrutora do processo disciplinar aplicado ao Prof. Doutor Rei da Chuinga, terá proposto um castigo de dois meses, em vez dos onze dias, cirurgicamente aplicados pelo Conselho de Disciplina da Liga.

 

Com certeza foi uma antecipação da vinda do FMI. É assim como as reduções de vencimento que vão ser impostas aos funcionários públicos: por cada dois meses de trabalho, recebem meio mês de salário.

 

 

No “Jornal de Notícias”, podemos ler na capa: “Árbitro do Dragão na mira do [coisa e tal].

 

Como não se consegue ler a notícia na versão on-line, presumo que seja por causa de uma revelação arcangelical do director de comunicação do mesmo coisa e tal.

 

“O director de comunicação do Benfica revelou que o clube da Luz está «ansiosamente à espera da conferência de imprensa que o FC Porto vai fazer sobre o jogo com o Sporting», disputado no Domingo, no Dragão, para a Liga. Em causa a actuação de Artur Soares Dias. «Estamos ansiosamente à espera da conferência de imprensa que o FC Porto vai fazer sobre o jogo com o Sporting e a arbitragem de Artur Soares Dias», disse João Gabriel à agência Lusa. O responsável encarnado aludia assim ao facto de o FC Porto ter promovido uma conferência de imprensa em que acusava o árbitro Duarte Gomes de ter cometido 15 erros contra os benfiquistas no jogo que garantiu aos portistas o 25º título nacional, com uma vitória por 2-1 sobre o Benfica, em Lisboa. «Seguramente que o vídeo vai ter mais de sete minutos. Já agora, ficamos à espera que alguém explique o motivo e o teor da conversa entre o árbitro e Nélson Puga [médico portista]», referiu Gabriel. Segundo a imprensa desta segunda-feira, Nélson Puga e Artur Soares Dias terão mantido uma conversa ao intervalo do jogo no Estádio do Dragão, que o FC Porto ganhou por 3-2, a qual terá deixado incomodado o treinador do Sporting, José Couceiro”.

 

Fez-me lembrar o Raul Solnado. Nos meus tempos de miúdo, as estórias do Raul Solnado estavam disponíveis em singles de 33 rotações (onde é que isso já vai?!), e os meus pais tinham uns quantos destes discos.

 

Um deles era “A minha ida à Guerra”. Nesta rábula o Solnado dizia que tinha uma Prima Georgina, que “gostava muito de dizer coisas”, nem que fosse tão simplesmente “pois”, como era o caso na situação.

 

Assim está o indivíduo acima. Com uma pequena diferença. Depois dos comunicados emitidos pelo FC Porto na semana que passou, a propósito das cretinices patrocinadas pelo clube que lhe paga o ordenado, ficar em silêncio até parecia mal. Havia que meter um “pois” em qualquer lado.

 

A propósito da recente arbitragem de Artur Soares Dias, curiosamente, ouvi ontem o Presidente da Assembleia Geral de um dos clubes em causa, o Sporting (porque será que o último e o actual Presidente da Assembleia Geral deste clube, foram e são, respectivamente, comentadores em programas desportivos? Não há mais lá na casa?), insurgir-se, não com a jogada do penálti, pretensamente  cometido pelo Rolando, ou com o posicionamento do banco do FC Porto, mas com a falta apontada aos leões, no lance da lesão do Helton.

 

Dizia ele que era a prova do "condicionamento psicológico" dos árbitros no ajuizar de lances envolvendo jogadores portistas. Como eu o compreendo. Depois de ter visto o Jorge Sousa expulsar o Maicon em Alvalade, certamente por "condicionamento psicológico", se há coisa de que compreendo a potes, é disso mesmo.

 

Ó Caro Dr. Eduardo Barroso, o árbitro marca falta, e mal, porque, ao contrário do que se diz, de que não haveria nenhum jogador do Sporting na jogada,  o Guarín e o Polga estão por perto, e, como o Vítor Pereira muito bem há-de explicar um dia destes, ter-lhe-á parecido que o sportiguista empurrou o colombiano. É assim tão díficil de perceber, que se tem de recorrer a teses tão elaboradas de "condicionamento psicológico"?

 

 

 

 

Para o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, vamos ter “Uma Taça cheia de paixão”.

 

Não é nada subliminar a mensagem, graças a uma qualquer entidade divina. “Paixão”, em letras daquele tamanho e vermelhas, é de certeza absoluta, mera coincidência.

 

Curiosamente, ou talvez não, sei lá, no “Bola na Área”, o Eugénio Queirós, coloca como hipóteses o Olegário Benquerença ou o acima mencionado Carlos Xistra, e aposta mesmo neste último.

 

Diz ele, bem informado, ou pelo menos, melhor do que o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos, que o Bruno Paixão terá pedido dispensa deste jogo.

 

Cá por mim, tanto me faz. Agora, uma coisa é certa, a minha professora da primeira classe, a mesma que me ensinou o que era uma “chuinga”, também me ensinou que a caneta vermelha era para uso exclusivo dela própria.

 

Só a professora escrevia a vermelho, e para corrigir, para o bem ou para o mal, aquilo que nós fazíamos. Para nós era a caneta azul ou o lápis, pois escrever a vermelho era como mandar alguém a “uma parte muito feia”.

 

O que, no fundo, no fundo, é o que o papel para forrar fundos de gaiolas de periquitos faz diariamente aos seus obstinados leitores.

 

Na volta, com esta professoral dicotomia cromática, a senhora acabou por ajudar a ditar a minha escolha de cor clubística…


 

Nota: Venho manifestar a minha solidariedade para o o director de comunicação mencionado no texto, uma vez que, tal como ele, também tenho alguma curiosidade relativamente a algumas conversas mantidas por Artur Soares Dias, com personagens menos gratas do que o Dr. Nélson Puga.

 

Assim sendo, gostaria de saber, por obséquio, o que é que se discutia alegremente neste momento registado para a posterioridade?