Por favor, digam-me que estou enganado. Que não estou a ler bem.
Digam-me que não é verdade que este filho de uma putéfia, coitada, que de certo não terá culpa pelo acto falhado de gente que pôs no Mundo, em vez pedir a derrota dos vizinhos, no jogo que o vento levou, vem agora pôr em causa a imparcialidade do Conselho de Disciplina da Liga, apenas e só, em função das perguntas feitas a alguns intervenientes no processo, e que transpiraram para a imprensa.
Curioso é que, antes do relatório da Comissão de Instrução e Inquérito, não se soube se esta quis ouvir ou ouviu alguém, ou que perguntas foram feitas, para além da posição que foi amplamente divulgada do clube do pateta alegre em questão.
Digam-me que na citação desta primeira página falta a palavrinha "selectivamente". Ou seja, que seria assim: «Vamos acabar "selectivamente" com a impunidade no futebol português!». Porque é isso que deve estar em causa.
Este cabrãozeco está atrasado. Não atrasado no sentido que possam eventualmente cogitar, mas atrasado porque, aqui há uns anos atrás, houve uma fase em que estavam na moda os testes.
Eram testes sobre tudo e mais alguma coisam, e nada em especial. Agora o que está na moda são os testes de stress da banca e as avaliações da troika.
O que este fulano vem fazendo, desde que começaram a conceder-lhe direito de antena, e muito por causa disso é que lho dão, é, no fundo, aplicar um teste, não aos professores, como o ministro Crato, mas aos adeptos do seu clube, e a si próprio: o teste da melancia.
O teste da melancia é um poderosíssímo instrumento de avaliação, que mede, por exemplo, a inteligência dos adeptos do clube a que o indigente preside.
Permite avaliar até que ponto é que os adeptos percebem que este tipo anda apenas a fazer o jogo dos vizinhos do estádio dos flocos de lã, e os anda a iludir.
Testa ainda a sensibilidade dos adeptos, ou seja, até que ponto conseguem os ditos serem encornados, sim, eu disse "encornados", e não outra coisa parecida, e continuarem o seu caminho, remirando os flocos que caem do céu, se não forem chapas de zinco, e assobiando alegremente o hino da senhora do cabelo verde.
E finalmente, um teste ao projecto de vida do próprio. É assim que testa aquilo que quer na vida, e a forma como quer ficar, se é que quer, nos anais do futebol português, a que, às vezes, diz não pertencer, mas a que tanto fez para chegar: como uma entrada de topo de página, ou como um burrié, escondido algures num cantinho da contra-capa do livro.
A escolha parece-me óbvia. Não é, ó cagaita!?
. Digam-me que estou engana...