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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Pieguice calimera em acção

14
Fev12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem é que não estava à espera que o Domingos, mais cedo do que tarde, fosse eleito o cordeiro de sacrifício lá para os lados da Calimeroláxia?

 

Estava-se mesmo a ver, não estava?

 

Foi daquelas contratações que, mesmo dando errado, tinha tudo para dar certo. Se a coisa corresse bem, lindamente. Se a coisa corresse mal, “ah pois claro, o gajo é até é portista desde pequenino”. Para a Direcção calimera, que muitos agora se distraem a criticar, não havia nada a perder.

 

Só me faz espécie é como é que o Domingos alinhou nesta charada. Era mais que evidente que o seu passado portista constituiria sempre uma nódoa imperdoável e inultrapassável no seu currículo.

 

Quanto ao resto, constata-se que a Direcção do clube, no fundo, e este fundo é quase literal, se comporta tal e qual os respectivos adeptos.

 

Já experimentaram discutir futebol com um sportinguista? Eu já. Aliás, as minhas primeiras discussões futebolísticas a sério, foram com um sportinguista.

 

De então para cá, pura e simplesmente desisti. Não vale o esforço.

 

Parecem casos agudos de bipolaridade: tão depressa são capazes apresentar um discurso e uma linha de raciocínio escorreitos e racionais, como, subitamente, tudo se enviesa, como numa casa de espelhos, e emerge em toda a sua plenitude a mais pura irracionalidade.

 

Por exemplo, é muito mais fácil discutir sobre estas matérias com benfiquistas. Basta, para início de conversa, dar-lhes sempre razão, e depois é só encaminhá-los no sentido que pretendemos. Como os cães pastores e as ovelhas, estão a ver?

 

Curiosamente, os sportinguistas conseguem levar uma vida normal no mundo real, ou seja, integram-se perfeitamente no seio da família e no trabalho. Bem, vêm-me assim de repente à cabeça dois exemplos de deficiente integração no trabalho. Ou não, porque não fazem a ponta d’um corno.

 

Conclusão: a irracionalidade manifesta-se, fundamentalmente e quase exclusivamente, no que ao futebol diz respeito.

 

Para os que acham que estou a exagerar, ou que eventualmente pensem acusar-me de falar de cor, devo dizer que, a maior parte dos meus familiares mais chegados são sportinguistas e grande parte dos meus bons amigos, também o são. Não direi que falo de cátedra, porque isso é o outro das chiclas, mas quase.

 

Além disso, o meu primeiro desgosto, futebolisticamente falando, foi provocado precisamente pelo Sporting, quando nos impediu de ser tricampeões em 79/80. Foi de tal maneira traumatizante, que nunca mais me esqueci dessa equipa: Fidalgo; Bastos, Eurico, Meneses e Inácio; Ademar, Fraguito e Marinho; Manoel, Manuel Fernandes e Jordão.

 

Foi o meu tio que me deu este onze, que passou a ser a equipa oficial daquele clube nos campeonatos de Subbuteo dessa época.

 

De resto, há que admitir que é uma agremiação com o seu quê de interesse. Quase um case study.

Queixam-se do tal “sistema”, mas foram campeões por duas vezes, por sinal os dois últimos títulos que conquistaram, com o dito cujo em pleno funcionamento, e ainda têm um ex-presidente que acusa outro ex-presidente, de conluio com o tal “sistema”.

 

Mais, uma apreciação au vôle de l’oiseau, pelo rol de indivíduos que presidiram aos destinos da instituição nos últimos trinta anos, encontramos nomes como João Rocha, Jorge Gonçalves, Sousa Cintra, Pedro Santana Lopes, a Academia de Alcochete foi obra de José Roquette, o anti-sistema campeão Dias da Cunha.

 

Dava um bom ponto de partida para se perceber o estado a que as coisas chegaram.

 

A actual Direcção deu mais uns valentes passos no sentido da melacianização do clube, como muitos sócios/adeptos parecem desejar. Veja-se o caso do Zé Diogo Quintela. É um daqueles sportinguistas, que na realidade, é mais uma papoila saltitante. Só que ainda não se apercebeu disso. Outros gostariam de o ser.

 

 

 

 

 

Esta equipa dirigente copia o rival de Circular na irresponsabilidade financeira, no atirar para a frente as dívidas, e contratou jogadores sem se perceber muito bem de onde nasce o dinheiro. “É do fundo” dirão. Mais uma cópia do rival.

 

Também gostam de se associar aos mais grandes do Mundo dos arredores de Carnide, quando se trata de apregoar valores éticos e morais, e ir buscar reminiscências de Calheiros e quejandos.

 

Porém, esquecem-se de figuras como o Mário "Chinês" Luís, do Manaca, e, por exemplo, que o maior “cavador” de penáltis cá por estas bandas, antes do João Vieira Pinto, se chamava Manuel Fernandes, e o Duarte Gomes ainda não apitava.

 

 

 

 Gostam tanto de se parecer com os outros, que nem se reparam quando aqueles lhes passam a perna.

 

A realidade é que não têm onde cair mortos, e o que os vai salvando são as migalhas que o BES lhes vai atirando das sobras do que dá ao rival, quais pombos a vagabundear pelo jardim.

 

Isso viu-se bem nos valores envolvidos nos fundos de ambos os clubes, e nas avaliações feitas aos jogadores neles incluídos. O Sporting é na actualidade uma espécie de grupo desportivo do BES, enquanto que os outros são um investimento.

 

Nas últimas eleições disse a alguns amigos sportinguistas que, a única solução para garantirem uma sobrevivência minimamente condigna, seria se o Miguel Galvão Teles assumisse a presidência, e fizesse do clube o seu hobby pessoal, tipo Chelsea de Abramovich.

 

Não foi essa a solução encontrada, e vão continuar ligados à máquina dos fundos que vão vindo a conta-gotas, sobrevivendo artificialmente, como de resto, uma grande parte dos clubes nacionais.

 

Posto isto, resta-me estimar rápidas melhoras. Ou não, como queiram, tanto faz.

 

Já agora, que vão ter como treinador o Sá “coração-de-leão e punhos de ferro” Pinto, aproveito para sugerir uma actividade que poderão utilizar tanto nos treinos, como no aquecimento para os jogos, para gáudio dos espectadores presentes.
 
  

 

 
 

Tiro na água e tiro no porta-aviões

29
Jul10

 

 

O SC Braga do Domingos Paciência continua com a sua veia de fazer bons resultados frente a clubes que trajam equipamentos de riscas horizontais verdes e brancas.

 

Depois da dupla vitória da época passada sobre o Sporting, agora foi a vez do Celtic de Glasgow. Se bem que, com o equipamento amarelo e preto que este utilizou ontem, e com as abébias que os seus defesas centrais deram, mais fazia lembrar uma trupe de abelhas Maias.

 

Parabéns ao SC Braga e ao Domingos Paciência, e um tiro na água do Miguel Sousa Tavares (MST), que na sua última crónica dizia qualquer coisa como isto:

 

“Tive ocasião de lamentar aqui que (…) fosse o Sp. Braga e não o FC Porto a disputar um lugar na Champions. Porque o FC Porto já todos sabemos que, em qualquer circunstância, tem capacidade para o fazer e seguir em frente, enquanto o Braga, oxalá me engane, mas não o estou a ver conseguir entrar no quadro final da Champions (…)”

 

 

Efectivamente, com a vitória caseira por 3-0, os minhotos parecem estar lançados no bom caminho. Parafraseando pela negativa o MST, oxalá não me engane.

 

Agora, a vitória bracarense de ontem foi um valente tiro no porta-aviões que é o FC Porto. Aliás, esta época, quer se queira, quer não, se as coisas não correm de feição para o nosso lado, todo o sucesso que o SC Braga, e porque não a Académica de Coimbra, consigam alcançar, só vêm aumentar a fasquia da pressão que se coloca sobre o FC Porto e o seu treinador.

 

Oxalá eu, o Miguel Sousa Tavares, e os portistas, em geral, não venhamos a dar por nós a precisar de muita paciência! 

 

 

 

Olhó cretino!

31
Mar10

“A verdade é que eu escolhi 15 jogadores e esses jogadores fazem tudo posicionalmente o que deixei lá. Mas não quero tirar o mérito a ninguém. O Sp. Braga está no segundo lugar, tem bons jogadores, eu soube escolhê-los”

 

“Um cretino é um cretino, e um vintém é um vintém, e será sempre assim”

 

A primeira das duas frases é da autoria (de quem mais poderia ser?) de Jorge Jesus, num dos seus frequentes acessos de humildade, neste caso, após o jogo com o SC Braga. A segunda, que a primeira me trouxe inevitável e imediatamente à memória, de Manuel Machado, treinador do Nacional da Madeira, após o jogo da primeira volta, na Cesta do Pão, entre este clube e o Benfica.

 

Não sei se, posicionalmente, os jogadores do SC Braga actual, fazem tudo o que o Jesus por lá deixou, embora me pareçam existir algumas diferenças em relação ao meio-campo, pela entrada do Hugo Viana (e agora, pela saída do Vandinho), e pela troca, até Janeiro, do Rentería pelo Paulo César. Agora, de uma coisa tenho a certeza, se “o SC Braga está no segundo lugar” e “tem bons jogadores”, porque o Jesus “soube escolhê-los”, então que dizer do Benfica?

 

Se ele foi buscar quinze dos jogadores bracarenses, e, segundo o João Gobern, dos catorze que entraram em campo no jogo contra o Benfica, onze eram do tempo de Jesus, que dizer do Benfica?

 

No Benfica que defrontou o SC Braga, nada mais, nada menos de nove jogadores já tinham o actual local de trabalho: Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Carlos Martins, Cardozo e Di Maria.

 

Se acrescentarmos o Fábio Coentrão, que estava emprestado, passam a ser dez os jogadores que já estavam sob contrato com os encarnados. Dos suplentes que entraram, o Rúben Amorim e o Aimar também já lá estavam. Quem é que resta? O Javi Garcia, o Ramires, o Saviola e o Kardec.

 

E estes, será que o mérito da escolha foi do Jesus? Ora, o Javi Garcia veio do Real Madrid. Será que qualquer manco joga no Real, tirando o Secretário e o Balboa? Não me parece. Vindo de onde veio, era meio caminho andado para que a coisa corresse bem, ou não?

 

O Ramires é só titular da selecção brasileira. Dispensa apresentações, não dispensa? E o Saviola. Toda a gente já tinha ouvido falar do Saviola. Estava na mó de baixo, é certo, mas se não houvesse nele algum potencial, talvez não tivesse andado por Barcelona e por Madrid. O Kardec seria o menos conhecido, mas mesmo assim foi titular da selecção brasileira de sub-20, que perdeu o campeonato do Mundo para a Costa do Marfim. Era uma aposta de risco?

 

Portanto, será caso para dizer, o Benfica está em primeiro lugar, tem bons jogadores. O Koeman, o Camacho e o Quique souberam escolhê-los?

 

Jesus terá o mérito, e ninguém lho negará certamente, de por a jogar alguns jogadores que por lá andavam a pastar (Carlos Martins, Di Maria, Cardozo, Aimar…), e ter formado um colectivo que joga à bola.

 

Contudo, não lhe ficava mal, pelo menos, reconhecer ao Domingos o mérito de não ter estragado o que encontrou em Braga, e deixar-se de comentários tristes e disputas de paternidades.

 

Pois é, já tivemos Ligas conquistadas por palermas de diversos tipos. Esta época é irremediável: a Liga Pescada vai ser ganha por um palerma cretino.

Tenham lá Paciência (actualizado em 04.11.2009)

02
Nov09

Futebol todo-o-terreno, no rescaldo do SC Braga x Benfica

 

Na bancada:

 

"Tantos milhões e o Lucílio [Baptista] continua a ser o vosso melhor jogador"

(faixa colocada pelos adeptos do SC Braga numa bancada do Estádio AXA)

 

 

 

No campo:

 

2-0, para o SC Braga.

 

No túnel:

 

1-1.

 

Na sala de imprensa:

 

Pelo menos uns 3-0, para o Domingos Paciência.

 

Conclusão do Jorge Jesus:

 

"O Benfica não é invencível. Não há equipas invencíveles" (ou será: "invencívels"?)

 

Parabéns SC Braga e Parabéns Domingos!

 

 


Nota: Nem Todos-os-Santos conseguiram ajudar o Sporting a levar de vencido o Marítimo, vamos lá ver o que é que o Dia de Finados nos traz.

 

Quem ainda estrebucha, após o desaire de Braga, é o Glorioso. Agora é uma queixa, no Ministério Público, por causa das cenas edificantes, passadas no túnel no intervalo do jogo com o SC Braga.

 

Ou seja, apesar da ajuda que alguns adeptos do Sporting vieram dar, para que fosse rapidamente varrida das páginas dos jornais, a derrota haloweenesca do Benfica, o Pablo Aimar ainda é capaz de ver satisfeito o seu desejo de que "falem tanto do golo anulado, como do pénalti" da jornada anterior.

 

Por aqui se vê o calibre do artista. Fá-las, e ainda tem a lata de vir com recriminações. E, ainda por cima é reincidente (convém não esquecer Leiria!).

 

Parecem despontar alguns sintomas de nervosismo lá para os lados da 2.ª Circular. No Benfica, é uma estranha fixação por túneis, e no Sporting, até tiros foram necessários para afastar os adeptos mais indefectíveis.

 

No meio disto tudo, é de louvar a mensagem transmitida aos senhores das claques de futebol, sejam elas de que clube forem, pelo Conselho de Disciplina da Liga de Clubes, ao arquivar o processo contra o presidente do SLB, por apoio dado a uma das claques do seu clube.

 

São exemplos destes de que o futebol precisa. E isto, apesar de o processo ter tido origem numa participação do Ministério Público, com suporte, entre outros, no depoimento de um comandante da PSP.

 

Noutras situações, e estou a lembrar-me, sei lá, por exemplo, do "Apito Final", as teses do Ministério Público fizeram fé, e serviram para punir dois clubes.

 

Mas isso foram outros tempos e outros clubes. O Presidente do Conselho de Justiça, que até propôs penas mais duras, para os casos de corrupção desportiva (a destempo - helas!), agora está numa mais soft, ou então os clubes, que são quem realmente tem o poder, deram-lhe a volta.

 

Vejam lá que o Aimar, pela brilhante performance contra o Nacional, é capaz de se safar com uma multazita, quando o Lisandro, na época passada, foi realmente castigado.

 

Enfim, é o que temos. Ao contrário do que o homem dos "invencívels" nos quer fazer crer, o futebol não se joga só no rectângulo de jogo, e a sua entidade patronal, possui um lastro invejável de experiências nessa matéria.

 

 

Haja Paciência - a conclusão

22
Set09

Lá diz o ditado, e com razão: "as gatas apressadas, parem os filhos cegos".

 

Com a pressa de pôr cá fora o post anterior, esqueci-me de algo muito importante: dar os parabéns ao Domingos Paciência.

 

E não é só pela vitória. É por isso, e pelos resultados que alcançou até aqui, com uma equipa de jogadores, que, como diz o omnipresente Jesus, "foram escolhidos por mim".

 

E ainda por quase conseguir calar aqueles que diziam que iria fazer um favor ao FC Porto. Deu-lhes um banho de dignidade e profissionalismo.

 

Parabéns!