Parecia eu que estava a adivinhar, quando disse que a jornada aparentemente fácil que se avizinhava, não era nada que os árbitros nomeados não pudessem desmentir.
Pimba! Toma lá disto. Na União de Leiria contra o SC Braga, o Artur Soares Dias conseguiu expulsar três jogadores bracarenses.
Atenção, por muito que o Domingos peça para o deixarem acabar um jogo com onze jogadores, neste, quanto a mim e ao próprio presidente do clube, não lhe assistirão por aí razões de queixa.
As expulsões do Miguel Garcia e do Matheus parecem-me correctas, assim como os dois penáltis contra a sua equipa. Já a do Mossoró…Bem, pelo menos não corre o risco de ser suspenso por ainda mais tempo, no próximo jogo contra o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, para a Taça de Portugal.
Agora, complicativo a valer foi o amigo Elmano Santos, no FC Porto x Vitória de Setúbal.
Há algo que provoca neste árbitro uma espécie de descontrolo emocional, sempre que entra em jogos onde um dos contendores é o FC Porto, e que porventura, mais do que a indisfarçável falta de capacidade, o tolhe e leva a que cometa erros em catadupa.
A exibição realizada por este indivíduo na época 2009-2010, ontra a União de Leiria no Dragão, havia já deixado a desejar, e agora, mais este monumento à incompetência.
O penálti assinalado contra o Vitória parece-me, de todo, despropositado. Vi e revi a jogada, e não vejo falta que o justifique. No lance do penálti a favor dos sadinos, parece-me claramente que, a existir falta, por agarrão, ela acontece fora da área.
Dentro desta, há, sim senhor, uma mão do Fucile no adversário, mas daí até ser penálti…É a tal história da intensidade da falta. Falem com o Gabriel Alves. Ele explica!
E depois, o amarelo ao Otamendi, que não faz qualquer falta no lance, compõe o ramalhete de estupidezes. A ser amarelo era ao Fucile, e era o segundo, com a consequente expulsão, sem que tenha havido motivo para o primeiro.
Um pouco à imagem do que aconteceu com o Olegário, na época passada, num jogo que ganhámos 3-1, a uma equipa qualquer.
Dito isto, importará dizer que não me surpreendem os erros dos árbitros. Aliás, nalguns casos, como no do Elmano Santos, são perfeitamente naturais. Preocupante sim, é a predisposição para cometer esses erros.
Passo a explicar. Acho que é perfeitamente natural que numa jogada como a do golo anulado ao Olhanense, no jogo deste clube na Cesta do Pão, venham os mesmos que defenderam o árbitro auxiliar que deixou passar o fora-de-jogo do Valdés, contra o FC Porto, com o argumento de que lhe seria quase impossível descortinar a irregularidade, e que na dúvida, esteve bem, ser agora os primeiros a defender que o golo do Paulo Sérgio foi bem anulado.
Nada de anormal, é apenas a costumeira coerência. Agora já não acho tão razoável que árbitros como o Elmano Santos ou o Jorge Sousa, em duas jogadas onde, quase de certeza terão tido dúvidas, e refiro-me à do penálti a nosso favor neste jogo (que parece que terá sido assinalado por indicação do auxiliar) e à da expulsão do Maicon, em Alvalade, tenham, sem hesitação assinalado, respectivamente, a favor e contra o FC Porto.
E não me venham dizer que o Elmano o fez por que foi comprado, por causa da fruta, do chocolate, ou do raio que os parta.
Alguém que em duas épocas consecutivas tem a coragem de assinalar, em pleno Dragão, nos instantes derradeiros das partidas (U. Leiria e Vitória de Setúbal), penáltis contra a equipa da casa, não merece ficar com o estigma de ter actuado em prol do FC Porto.
Na época passada o Helton defendeu, e agora o setubalense enervou-se com a repetição e falhou. Também não me venham com a conversa de que o homem mandou repetir a grande-penalidade de propósito.
O Jailson tinha, tal como na primeira tentativa, 50% de hipóteses de acertar (bem, talvez um pouquinho menos, se contar-mos com a nervoseira!), sem que o árbitro tivesse nesse capítulo qualquer intervenção e/ou controle. Era só metê-la lá dentro, como fez à primeira…
Errar, erra-se, mas esta aparente predisposição para tal, preocupa-me bem mais do que os erros propriamente ditos. Até porque depois, entramos nos famosos jogos de compensações, como se viu no penálti para o Vitória e no cartão ao Otamendi.
Outro cuja predisposição para a asneira me preocupa é o Fucile. Ele foi o tal 3-1, com o Olegário. Tinha sido antes o jogo com o Arsenal, depois, e mais recentemente, o de Guimarães.
Começa a fazer-me lembrar aquela estória que se conta do Marinho Peres e do Heitor, quando se cruzaram em Guimarães.
Por esses dias o Vitória andava pela defunta Taça UEFA, e depois de uma campanha, a todos os títulos meritória, soçobrou perante, salvo erro, o Borussia de Moenchengladbach.
No final do jogo foram dar com o Marinho Peres, sentado, cabisbaixo, pensativo e com o semblante mais carregado com que alguma vez o viram, ele, que até era bastante expansivo.
Para animá-lo, quem o encontrou, lembrou-lhe o quão meritório havia sido o percurso vitoriano, e que, como tal, não se justificava tamanho desalento.
Ao que o bom do Marinho replica que não está triste pela eliminação. Antes pelo contrário. A grande preocupação na sua cabeça, era decidir quem é que iria por a marcar o Heitor no próximo jogo.
O Heitor era o médio/lateral-esquerdo da equipa, que fazia jus a outros laterais-esquerdos que eram possuidores de uns valentes “pés-canhões”, e que, nesse jogo cometera a proeza de apontar, nada mais, nada menos que dois auto-golos.
Assim está o Fucile, para mim. Olho nele mister…