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Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Azul ao Sul

Algarvio e portista E depois? O mar também é azul...

Mas que raio de merdas são estas?

20
Mar13

Sete dias, com uma breve reincidência pelo meio, e onze páginas de paleio depois, que espero, me rendam no mínimo, uma medalha de mérito, eis que espero interromper aqui a minha sabática semi-voluntária.

 

Devagarinho, e sem muita paciência para grandes devaneios, como é sintomático após uma paragem. Ou deveria sê-lo.

 

Depois de ler o que segue, já nem sei…

 

"João Moutinho já corre no relvado para recuperação da lesão muscular"

 

 

Ainda que pressurosamente, alguns tenham acorrido a esclarecer que "treinou, mas contínua em dúvida".

 

Este, para que não haja confusões, é o mesmo João Moutinho que saiu ao intervalo no La Rosaleda, e que nem se equipou no Funchal. Porquê?

 

Porque teve, ao que consta, uma recidiva da lesão que o apoquentara e privara de alinhar, aquando das partidas frente ao Sporting e ao Estoril-Praia.

 

O mesmo João Moutinho que se apresentou em Óbidos lesionado, e que, ao contrário de outros, como, com muita propriedade, frisou o Caríssimo Kosta, do Kosta de Alhabaite, em vez de receber guia de marcha para casa, permaneceu no estágio. E agora? É tipo “up and at’em”? É isso?

 

Terá sido a pensar no segundo jogo do duplo confronto com Israel e o Azerbaijão?

 

Não me acredito que o Paulo Bento esteja a contar com ele para, depois da lesão mal recuperada, e da subsequente recaída, fazer dois jogos em cinco dias. Nem que seja aos bochechos ou a lateral-direito.

 

No meio disto tudo, ocorre-me perguntar: então e o João Moutinho, ele próprio, o que é que terá a dizer sobre esta matéria?

 

Antes disto, havia sido a reintegração de Fucile no plantel principal.

 

 

 

Enquanto me perguntava a mim mesmo, se o desespero teria chegado a este nível ou se, mediante a fucilização de tanto gajo, teriam optado pela “real thing”, ou seja, o original.

 

Quando me alegrava por um dos principais erros de planeamento da temporada, agravado em Janeiro, pela saída do Miguel Lopes, ir finalmente ser corrigido, ainda que muito provavelmente, a destempo.

 

Quando me fiava na mais-valia que seria a possibilidade do uruguaio jogar tanto à direita, como à esquerda.

 

Quando apesar do que disse atrás, me irritava, por esta reintegração me soar a déjà vu, e trazer à memória o processo do Sapunaru, que quando fez falta, foi chamado de volta ao grupo, mas que, a seguir, foi dos primeiros a fazer da porta de saída serventia da casa.

 

Eis quando senão, vem de lá o Correio da Manhã e, não me deita água na fervura, dá-me é uma banhada, da cabeça aos pés.

 

Não é a sério. Afinal, não houve nada uma reintegração, "este regresso do Fucile não representa uma reintegração no plantel, uma vez que o atleta não está inscrito na liga portuguesa". Et por cause, não poderá jogar no que resta da temporada.

 

Ou seja, se não foi inscrito, terá sido por nunca ter sido cogitada a hipótese da sua reintegração.

 

Se assim foi, o que é que se alterou? Se foram chamados ao treino 13 jogadores da equipa B, não haveria por lá mais um para fazer de meco, como defesa-direito ou esquerdo?

 

Será que, para além das hipóteses anteriores, dado o ambiente que se vive, deveremos, à cautela, é claro, adicionar um populismozinho, tão usual por outras bandas, mas a que não estamos muito habituados e, pela minha parte, espero nunca vir a estar?

 

Ou terá sido apenas e só, um mero acto de pura compaixão pascal?

Nostalgia natalícia

21
Dez12

Apesar da quadra a isso convidar, por norma, não sou muito dado a acessos nostálgicos. No entanto, e por enquanto, tenho memória quanto baste, o que é substancialmente diferente.

 

E curiosidade. Por exemplo, andava curioso por saber o que era feito daqueles rapazes que, com excepção do Janko, estavam entre nós no Natal passado, uns de corpo e alma, outros nem por isso.

 

Como é que eles se estariam a dar, lá pelas paragens onde demandaram novos desafios, que nós não lhe colocávamos. Ou, pura e simplesmente, para onde foram recambiados.

 

Apenas por mera curiosidade, e sem ser animado por qualquer sentimento de ressabiamento, ou numa de “ó tempo, volta p’ra trás”.

 

Meia horita de trabalho intensivo no Zerozero.pt, e eis os resultados que obtive:

 

 
Bracalli (Olhanense)

 

7 jogos na Liga Zon Sagres, 12 golos sofridos, 630 minutos jogados.

1 jogo na Taça de Portugal, 2 golos sofridos, 90 minutos jogados.

 

 

 

 

Beto (SC Braga)

 

11 jogos na Liga Zon Sagres, 14 golos sofridos, 990 minutos jogados.

5 jogos na Champions, 11 golos sofridos, 450 minutos jogados.

2 jogos na qualificação para a Champions, 2 golos sofridos, 180 minutos jogados.

 

 

 

 

 

Sapunaru (Saragoça)

 

12 jogos na Liga BBVA, um golo marcado, oito cartões amarelos (o segundo na Liga com mais amarelos!), e 1.080 minutos de jogo.

3 jogos na Taça do Rei, 2 amarelos e 270 minutos jogados.

 

 

 

   

Fucile (Santos FC)

 

Lesionado desde Abril, as últimas notícias dão-no como encontrando-se de saída do clube, onde alinhou apenas em 14 jogos, e marcou um golo.

 

 

 

 

Álvaro Pereira (Inter de Milão)

 

11 jogos na Série A italiana (8 a titular e suplente utilizado em 3), 1 golo, 1 amarelo, 720 minutos em campo.

6 jogos na Liga Europa (5 vezes titular, 1 suplente utilizado), 1 amarelo, 473 minutos jogados.

1 jogo como suplente utilizado na Copa de Itália, 15 minutos de jogo.

 

 

 

Souza (Grémio)

 

6 jogos na Copa Sudamericana (5 vezes titular, 1 suplente utilizado), 1 amarelo e 470 minutos de jogo.

23 jogos no Brasileirão, sempre titular, 3 amarelos, 1 golo e 1.795 minutos em jogo.

 

 

 

 

 

Guarín (Inter de Milão)

 

15 jogos na Série A italiana (10 a titular e 5 como suplente utilizado), 3 amarelos, 3 golos marcados, 973 minutos em campo.

8 jogos na Liga Europa (6 de início e 2 como suplente utilizado), 2 golos, 620 minutos em jogo.

 

1 jogo como suplente utilizado na Copa de Itália, 1 amarelo e 1 golo, 45 minutos em jogo.

 

 

 

 

Belluschi (Bursaspor)

 

 14 jogos na SuperLiga turca (12 como titular e 2 como suplente utilizado) 2 amarelos, 3 golos, 1.100 minutos em campo.

 

 

 

 

 

Hulk (Zenit Sampetesburgo)

 

9 jogos na Liga russa (8 a titular e 1 como suplente utilizado), 5 cartões amarelos, 2 golos, e 625 minutos de jogo.

 

5 jogos a titular na Champions, 2 amarelos, 1 golo e 440 minutos.

 

 

 

 

Walter (Goiás)

 

23 jogos na Série B brasileira (19 a titular e 4 como suplente utilizado), 2 amarelos, 16 golos marcados e 1.670 minutos jogados.

 

 

 

Djalma (Kasimpasa)

 

15 jogos na SuperLiga da Turquia, todos a titular, 1 amarelo, 1 golo, 1.282 minutos de jogo.

 

  

 

  

Janko (Trabzonspor)

 

12 jogos na SuperLiga turca (6 a titular e outros tantos como suplente utilizado), 3 amarelos, 1 golo e 542 minutos.

 

 

Para dar uma ajuda nas eventuais conclusões que possam/queiram tirar, acrescento que, na nossa Liga, vão disputadas, nesta data, doze jornadas.

 

Na Liga BBVA espanhola são dezasseis. Na Série A italiana, dezassete. No Brasileirão (desde Agosto), são vinte e três. O mesmo na Série B brasileira, também desde Agosto. Na Liga russa, são dezanove as rondas jogadas, e na SuperLiga turca são quinze as jornadas disputadas.

 

O Olhanense fez dois jogos na Taça de Portugal e o SC Braga oito na Champions League (incluindo a qualificação).

 

O Saragoça fez três jogos na Taça do Rei e o Inter de Milão, um na Copa de Itália, e mais dez na Liga Europa (incluindo paly-offs).

 

O Grémio de Porto Alegre jogou seis vezes para a Copa Sudamericana, e o Zenit de Sampestesburgo, seis jogos na Champions.

 

Portanto, tudo somado, estamos em presença de apenas dois totalistas: O Souza, com 23 presenças, noutros tantos desafios, e o Djalma, com 15 em 15.

 

Do Souza, já ouvi por aí que, caso o Fernando não renove o contrato que o vincula a nós, e por isso, seja vendido agora em Janeiro, poderia vir a substitui-lo.

 

Bem vistas as coisas, neste momento, rodagem não lhe faltará, ainda que o ritmo brasileiro seja diferente, e sem a sombra eucalíptica do Fernando, talvez a coisa corra melhor, ainda que não seja aquele o seu lugar de eleição.

 

Quem parece ter encontrado o seu lugar na Série B brasileira é o Walter. Dezasseis golos marcados em vinte e três jogos, é obra. Por cá, talvez não se desse mal, agora que até temos equipa B…

 

Quanto aos outros, destaque para o Sapunaru, com muitos jogos feitos em Saragoça, mas com muitos amarelos à mistura. Andará a ver a dobrar?

 

Nos resto, nada mal os dois guarda redes. Por cá, com o Helton em boa forma, estavam os dois encostados. Pouco conveniente para dois trintões. O Belluschi não está mal. No entanto, convirá ter em conta que estamos a falar do Bursaspor!

 

O Janko está, mais coisa, menos coisa, igual a si próprio, e a grande desilusão é sem dúvida o Hulk.

 

E pronto.

 

Agora resta-nos entrar de novo na dança das entradas e saídas que se avizinham, com pensamento positivo…

O passarinho, a merda, amigos e inimigos

04
Mai12

Era uma vez um passarinho teimoso que habitava num país onde o inverno era rigoroso. Como era teimoso, resolveu ficar para trás ao invés de voar como os outros para o sul.

 

O inverno chegou e o passarinho viu-se acometido de uma valente hipotermia. Não conseguindo voar, caiu no chão e ficou à espera da morte.


Uma vaca que passava por ali ficou com dó do passarinho e defecou em cima dele merda quente o reanimou e salvou.


O passarinho aquecido começou a cantar de alegria. Porém, um gato que por ali passava, escutou o seu canto tirou-o da merda e comeu-o.


Morais da história.


Nem sempre aquele que te poe na merda é teu inimigo.

Nem sempre aquele que te tira da merda é teu amigo.

Portanto se estás bem na merda, mantém a o bico fechado.

 

 

Quando li n’ "Os Invencíveis Azuis e Brancos", que a juíza que determinou a ida a julgamento do Hulk, do Helton, do Cristián Rodriguez, do Fucile e do Sapunaru, pela agressão aos stewards no túnel do Estádio da Lucy, àquela altura Cesta do Pão, simultaneamente, comunicou o arquivamento do processo movido por alegadas injúrias de Sandro Correia aos jogadores do FC Porto, lembrei-me do excerto que acima reproduzi, e da história do passarinho.

 

Caso não tenham lido na altura, aquele bocado de texto, não a história do passarinho, é parte integrante do Acórdão, produzido pelo Conselho de Disciplina da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, dirigido pelo nefando Dr. Ricardo Costa, e que decidiu o processo disciplinar aplicado ao Hulk e ao Sapunaru.

 

Impressionante, não é?

 

A douta senhora doutora juíza bem pode arquivar o processo acessório relativo às injúrias, e apesar de parecer estapafúrdio, manter a qualificação das agressões para forma qualificada, mas será que irá ignorar esta magnífica conclusão oriunda desse génio jurídico que é o Dr. Ricardo Costa?

 

É essa a consideração que, à justiça civil, merece a justiça desportiva?

 

Será que é o ex-conselheiro João Carrajola Abreu quem tem razão? Iremos chegar à conclusão de que esta juíza perceberá tanto de justiça desportiva como de um lagar de azeite?

 

Então, e se optar neste caso por ignorar aquele acórdão, tão explicito e inequívoco, como é que vão ficar aqueles para quem a justiça desportiva, em mais do que um sentido, é o ai Jesus da verdade, da transparência e da incorruptibilidade? Continuará a ser só na justiça civil que os juízes são todos portistas desde pequeninos?

 

A ver vamos como se irá portar esta juíza, e quem haveria de nos dizer que, com certeza inadvertidamente, o Dr. Ricardo Costa, pôs-nos na merda, mas ainda é capaz de se vir a revelar um amigalhaço…

 

Entrelinhados

24
Jan12

Aqui há dias houve quem tivesse ficado surpreendido pela eleição de Mário Figueiredo para a presidência da Liga de clubes, ao arrepio daqueles que seriam os anseios mais ardentes dos clubes ditos grandes e mais que grandes cá do burgo.

 

 

 

Teve que ser o presidente do Gil Vicente, António Fiúza, a vir elucidar o pagode sobre o motivo pelo qual os clubes, ou pelo menos alguns, votaram no candidato eleito:

 

"Mário Figueiredo prometeu que nenhum clube iria descer".

 

 

Em face de tããããão surpreendente revelação, lá teve que sair das suas tamanquinhas insulares o novel presidente, e esclarecer que não era bem assim. O que prometeu foi que iria aumentar o número de clubes na Liga.

 

A parte de não haver descidas de divisão foi uma deficiente interpretação da parte dos clubes, que para seu grande azar, até votaram nele.

 

Agora é tarde, está votado, está votado. Quem tresleu nas entrelinhas, não tivesse treslido…

 

Outro caso de tresleitura generalizada, é a transferência do nosso Fucile. Mas esse ainda ninguém o esclareceu.

 

 

Que o Fucile foi em prestado ao Santos, não resta margem para dúvidas. E ao que parece, o Santos não terá tido qualquer encargo com o empréstimo, que terá ficado por conta do desbloqueamento da situação do Danilo.

 

Entretanto, segundo as imprensas brasileira e italiana, o Ganso será apenas a ponte que levará Fucile para Itália. Ao que parece o Milan estará disposto a pagar a cláusula de rescisão de 20 milhões que o liga ao FC Porto, com quem tem contrato até 2014.

 

Ou seja, o FC Porto tem um jogador encostado, que nesse estado, vale zero. Cede-o de borla ao Santos, e com essa cedência desbloqueia um investimento de 13 milhões, mais portes de envio.

 

Portanto, pelo menos 13 milhões o Fucile já vale. E apesar de fora dos planos do nosso treinador, o Milan está disposto a pagar, sem regatear, a cláusula de rescisão, acima desse valor.

 

Faz-me confusão que um jogador deste quilate, e com tamanha aceitação no mercado, não tenha lugar na nossa equipa, e tal só acontecerá certamente por mau feitio do treinador.

 

E ainda mais confusão me faz que, antes do desfecho a contento de todas as partes envolvidas neste sonho de fadas, e eventualmente de algumas ainda por envolver, o empresário do jogador tenha afirmado que, "pelo menos por um ano ele tem que sair, pois não tem lugar no time".

 

Porquê a referência então a “um ano”? Prazo de validade do Vítor Pereira no FC Porto?

Ode à incompetência

07
Dez10

Parecia eu que estava a adivinhar, quando disse que a jornada aparentemente fácil que se avizinhava, não era nada que os árbitros nomeados não pudessem desmentir.

 

Pimba! Toma lá disto. Na União de Leiria contra o SC Braga, o Artur Soares Dias conseguiu expulsar três jogadores bracarenses.

 

Atenção, por muito que o Domingos peça para o deixarem acabar um jogo com onze jogadores, neste, quanto a mim e ao próprio presidente do clube, não lhe assistirão por aí razões de queixa.

 

As expulsões do Miguel Garcia e do Matheus parecem-me correctas, assim como os dois penáltis contra a sua equipa. Já a do Mossoró…Bem, pelo menos não corre o risco de ser suspenso por ainda mais tempo, no próximo jogo contra o mais grande do Mundo dos arredores de Carnide, para a Taça de Portugal.

 

 

 

Agora, complicativo a valer foi o amigo Elmano Santos, no FC Porto x Vitória de Setúbal.

 

Há algo que provoca neste árbitro uma espécie de descontrolo emocional, sempre que entra em jogos onde um dos contendores é o FC Porto,  e que porventura, mais do que a indisfarçável falta de capacidade, o tolhe e leva a que cometa erros em catadupa.

 

A exibição realizada por este indivíduo na época 2009-2010, ontra a União de Leiria no Dragão, havia já deixado a desejar, e agora, mais este monumento à incompetência.

  

O penálti assinalado contra o Vitória parece-me, de todo, despropositado. Vi e revi a jogada, e não vejo falta que o justifique. No lance do penálti a favor dos sadinos, parece-me claramente que, a existir falta, por agarrão, ela acontece fora da área.

 

Dentro desta, há, sim senhor, uma mão do Fucile no adversário, mas daí até ser penálti…É a tal história da intensidade da falta. Falem com o Gabriel Alves. Ele explica!

 

E depois, o amarelo ao Otamendi, que não faz qualquer falta no lance, compõe o ramalhete de estupidezes. A ser amarelo era ao Fucile, e era o segundo, com a consequente expulsão, sem que tenha havido motivo para o primeiro.

 

Um pouco à imagem do que aconteceu com o Olegário, na época passada, num jogo que ganhámos 3-1, a uma equipa qualquer.

 

Dito isto, importará dizer que não me surpreendem os erros dos árbitros. Aliás, nalguns casos, como no do Elmano Santos, são perfeitamente naturais. Preocupante sim, é a predisposição para cometer esses erros.

 

Passo a explicar. Acho que é perfeitamente natural que numa jogada como a do golo anulado ao Olhanense, no jogo deste clube na Cesta do Pão, venham os mesmos que defenderam o árbitro auxiliar que deixou passar o fora-de-jogo do Valdés, contra o FC Porto, com o argumento de que lhe seria quase impossível descortinar a irregularidade, e que na dúvida, esteve bem, ser agora os primeiros a defender que o golo do Paulo Sérgio foi bem anulado.

 

Nada de anormal, é apenas a costumeira coerência. Agora já não acho tão razoável que árbitros como o Elmano Santos ou o Jorge Sousa, em duas jogadas onde, quase de certeza terão tido dúvidas, e refiro-me à do penálti a nosso favor neste jogo (que parece que terá sido assinalado por indicação do auxiliar) e à da expulsão do Maicon, em Alvalade, tenham, sem hesitação assinalado, respectivamente, a favor e contra o FC Porto.

 

E não me venham dizer que o Elmano o fez por que foi comprado, por causa da fruta, do chocolate, ou do raio que os parta.

 

Alguém que em duas épocas consecutivas tem a coragem de assinalar, em pleno Dragão, nos instantes derradeiros das partidas (U. Leiria e Vitória de Setúbal), penáltis contra a equipa da casa, não merece ficar com o estigma de ter actuado em prol do FC Porto.

 

Na época passada o Helton defendeu, e agora o setubalense enervou-se com a repetição e falhou. Também não me venham com a conversa de que o homem mandou repetir a grande-penalidade de propósito.

 

O Jailson tinha, tal como na primeira tentativa, 50% de hipóteses de acertar (bem, talvez um pouquinho menos, se contar-mos com a nervoseira!), sem que o árbitro tivesse nesse capítulo qualquer intervenção e/ou controle. Era só metê-la lá dentro, como fez à primeira… 

 

Errar, erra-se, mas esta aparente predisposição para tal, preocupa-me bem mais do que os erros propriamente ditos. Até porque depois, entramos nos famosos jogos de compensações, como se viu no penálti para o Vitória e no cartão ao Otamendi.

 

Outro cuja predisposição para a asneira me preocupa é o Fucile. Ele foi o tal 3-1, com o Olegário. Tinha sido antes o jogo com o Arsenal, depois, e mais recentemente, o de Guimarães.

 

Começa a fazer-me lembrar aquela estória que se conta do Marinho Peres e do Heitor, quando se cruzaram em Guimarães.

 

Por esses dias o Vitória andava pela defunta Taça UEFA, e depois de uma campanha, a todos os títulos meritória, soçobrou perante, salvo erro, o Borussia de Moenchengladbach.

 

No final do jogo foram dar com o Marinho Peres, sentado, cabisbaixo, pensativo e com o semblante mais carregado com que alguma vez o viram, ele, que até era bastante expansivo.

 

Para animá-lo, quem o encontrou, lembrou-lhe o quão meritório havia sido o percurso vitoriano, e que, como tal, não se justificava tamanho desalento.

 

Ao que o bom do Marinho replica que não está triste pela eliminação. Antes pelo contrário. A grande preocupação na sua cabeça, era decidir quem é que iria por a marcar o Heitor no próximo jogo.

 

O Heitor era o médio/lateral-esquerdo da equipa, que fazia jus a outros laterais-esquerdos que eram possuidores de uns valentes “pés-canhões”, e que, nesse jogo cometera a proeza de apontar, nada mais, nada menos que dois auto-golos.

 

Assim está o Fucile, para mim. Olho nele mister…